Você não tem o direito.

1879 Words
PEDRO . . . Mais um verão que eu vou para casa, mas desta vez não estou tão animado assim. Desta vez minhas férias foram adiadas, passei meu aniversário fazendo provas, eu sempre saio de férias logo no início do verão aqui na Suíça, mas desta vez me atrasei com as provas e fiquei meu aniversário recuperando o prejuízo, por não ter entregue as coisas no prazo, minha mãe me deu um sermão por telefone, sobre responsabilidade . Ao invés de 8 semanas como de costume, vou ficar apenas 6 semanas em casa. - Pedro sua mãe chegou. – Hugo entra no quarto. Nós dividimos o alojamento, e ele tem se tornando um amigo. - Obrigado Hugo. – termino de juntas as minhas coisas. - Vai falar com ela? – ele pergunta. Hugo é brasileiro e combinamos a tempos de eu ir passar uma ou duas semanas com ele no Brasil. Toquei no assunto com a minha mãe umas duas vezes, mas ela é contra e eu ainda não tive a coragem de contar para ele que ela não vai permitir. - Vou tentar conversar com ela. – Digo pegando minha mocinha. Minha mãe sempre vem me buscar, e eu sempre anseio por esse momento, mesmo quando ela está viajando correndo o mundo, ela sempre está aqui, e passa as minhas férias comigo, amo esse momento nosso. - Oi mãe – digo chegando perto da limusine dela. - Oi querido. – ela apenas sorri. Sinto aquela vontade de abraçar ela. Mas desta vez reprimi esse sentimento, ela sempre diz que estou grande para isso, simplesmente dou um sorriso e ela abre a porta do carro. – Como foi o ano? - Bom – ao longo do ano aqui na Suíça temos três férias. As duas primeiras são poucos dias, duas semanas e uma semana, essa dura oito semanas. E apenas nessa eu consigo ir para casa. Minha mãe não permite que meu pai me pegue sozinho. Então eu espero ela volta de alguma viajem para ver ele. A viajam até em casa durou mais do que o esperado por causa de um transtorno no voo. Minha mãe já estava mais que nervosa quando finalmente conseguimos chegar. - Finalmente o que aconteceu com vocês? – meu pai perguntou assim que passamos pelas portas. – Filho como está? - Meu pai me abraça. - O bendito avião que quebrou, tivemos que esperar novo voo do contrário teríamos que vir de classe econômica. Deus me livre. Preferi esperar seis horas por um novo voo. - Estou bem pai. – ele na verdade é pai da minha mãe, mas como desde pequeno eu cresci chamando ele de pai, pelo exemplo da minha mãe, e meu verdade pai está morto. Acabei me acostumando com isso. - Como foi o ano? - Bom, o mesmo de sempre. – dou de ombros. Vou para o meu quarto, me parece um lugar estranho, não mudou em nada na verdade, meus pais não costumam mexer em nada do que é meu, eu que geralmente mudo a decoração e as coisas que eu quero que tire ou coloque ao longo dos anos. Mas desta vez, me sinto em um lugar estranho, os dois últimos anos no internato não foram tão fatídicos como os outros, aprendi a gostar do lugar a me sentir bem lá, me sentir em casa, afinal são 10 anos, praticamente morando lá. Entrei quando tinha apenas seis anos, minha mãe disse que seria bom para a minha doutrina e realmente ela está certa, me tornei uma pessoa mais centrada. Olho pela janela o dia está lindo, os cavalos correndo pelos campos me incitam a vontade de cavalgar. Vou até o closet trocar a minha roupa. Estou mesmo com saudades do meu cavalo. - Pedro? – dias batidas na porta. - Oi pai. - Está bem? - Sim, por que? - Nada, imaginei que poderíamos ir ao cinema, tomar um sorvete. - Pode ser outro dia pai, queria cavalgar um pouco, estou com saudades do lótus. – lótus é meu cavalo, meu pai me deu ele quando eu tinha cinco anos. - Claro, temos algumas semanas ainda, não é. - Sim. – digo fechado minha roupa de equitação. Deixo ele sozinho no meu quarto olhando para o chão, seu olhar é triste, por um segundo pensei em desistir, mas a sensação de estar sobre o meu cavalo correndo livre é a melhor do mundo, posso ficar com meu pai depois. A fazenda é um dos meus lugares favoritos, eu confesso que amava muito mais esse lugar quando mais jovem, mas ainda assim quando estou por aqui, me sinto um pouco livre, mesmo quando minha mãe está sempre falando dos Garcia e a nossa vingança. O pouco tempo que meu pai obriga ela a me deixar livre é ótimo. - Lótus. – assim que pronuncio seu nome ele fica inquieto na sua baia. – Oi amigão – faço carinho nele. Depois de eu mesmo selar ele, saio pela fazenda indo o mais longe possível, a sensação do vento cortando o meu rosto é demais. Desde os meus 9 anos que monto o lótus, ele se tornou um companheiro e tanto, crescemos juntos e eu adoro está com ele. Fico por muito tempo passando, até que finalmente vejo o céu ficar laranja, resolvi volta para a baía. Quando estava entrando no estábulo uma menina aparece na minha frente. Ela se assustar com o movimento do lótus e da um grito caindo no chão, consigo rápido controlar ele que também se assusta. - Ei, calma garoto.. – assim que ele se acalma desço do cavalo e vou até ela. – Você está bem? - Sim – estendi a mão para ajudar ela a se levantar. – Olha por onde anda. – ela responde m*l humorada. - Você entrou na frente do cavalo – respondi com rispidez também. - Aliás o que está fazendo com esse cavalo? Ele é do filho dos donos ninguém pode mexer nele por que o garoto é um chato. – dou um pequeno sorriso. - Prazer. Chato. – estendi minha mão para ela. - Você é o Pedro? - Exatamente. - Falaram que você possivelmente não viria esse ano. Por que estava com pendência no internato. - Nada que não pudesse resolver rápido. – ela me analisa depois de uma segundos. - Me desculpa por isso. Eu sou Dália, filha do mestre dos estábulos. – ela finalmente aperta a minha mão. - Como eu nunca te vi aqui antes? - Eu morava com a minha mãe, mas ela morreu e eu tive que vir morar com meu pai. – ela da de ombros. - Sinto muito. – foi só o que eu consegui dizer. Depois deste dia Dália e eu passamos a conversa quase todos os dias, ela era uma menina incrível, com muitos planos e ideias de uma vida maravilhosa, percebi que meus sentimentos por ela foram além da amizade, e os dela também por mim. Sempre que podia estávamos juntos. Depois das minhas tarefas e de passar um tempinho com a minha mãe arquitetando o nosso plano combina vamos de nós encontrar, com o tempo Dália apreendeu a montar e passávamos muito tempo juntos, nossa primeiro beijo foi de baixo da árvore de salgueiro plantada pela a minha avó de quem eu não me lembro já que ela morreu quando eu tinha apenas três anos. - Pedro as férias estão acabando, fico tão triste de ficar sem te ver. Falta menos de uma semana. - Eu andei pensando em conversar com a minha mãe, e não estudar mais lá. Posso terminar meus estudos no colégio que você estuda. - Seria incrível pode ficar com você. Eu te amo Pedro. - Eu também te amo Dália. – essa noite passamos juntos nos estábulos. Dália e eu era a coisa mais importante que tinha acontecido na minha vida. Eu a amava demais. Acabamos pegando no sono. - O que está acontecendo aqui! – acordamos com os gritos da minha mãe. - Mãe!? – me levanto rápido. - Que merd@ está fazendo garoto? – seu olhar é de ira. - Mãe eu amo a Dália. - É senhora nos apaixonamos. Queremos ficar juntos. – minha mãe da uma gargalhada. - Querem ficar juntos? – ela diz com ironia. - Não seja ridícula garota, você quer é dar o golpe do baú no meu filho! Acha que eu não conheço tipo como você? - Eu? Não. Eu amo o Pedro. - Amor? Faça me o favor. É uma pobre coitada que não tem onde cair m0rta, acha mesmo que eu vou permitir que o meu filho. Um rapaz nobre fique com a filha de um empregadinho? - Mãe, nos realmente nos amamos, passamos o verão juntos, eu quero ficar come lá, não quero voltar para o internato. Quero estudar aqui, e me casar com ela. – o estalo foi tão alto que possivelmente poderia ser ouvido de longe. Meu rosto queimava. - Seu i****a! Achou mesmo que eu iria permitir isso? Achou realmente que eu ia deixa você ficar com a filha do empregado e estragar todos os meus planos? Não! – ela grita. – Não mesmo. Você tem um destino já Pedro e não envolve essa golpista. Eu não vou permitir que você estraguei o que eu estou a anos planejado Pedro, não agora que está perto. Você não tem o direito de estragar os meus planos. - Mãe, eu amo ela. - Você não tem esse direto Pedro! Como pode querer ser feliz e amar alguém quando sabe que o amor da minha vida foi tirado de mim? Isso é egoísta da sua parte. Quer ser feliz em cima da minha infelicidade? - O que está acontecendo aqui? – o pai da Dália chega. - Está acontecendo que essa garotas está tentando dar o golpe no meu filho. Eu quero vocês foram daqui. Hoje ainda. - Pai não foi nada disso. - Foi sim. Onde a sua filha dormiu? Isso mesmo aqui como uma qualquer com o meu filho. Você está demitido, vê se aprende a cuidar da sua filha. - Não, senhora por favor, eu dependo desse emprego até para cuidar dela. - Não quero saber. Vocês estão fora daqui. - Senhora Elize, eu não tenho como me manter sou velho ninguém vai me dar emprego. Começou uma discussão minha mãe fala tantas atrocidades para eles que ficou com pena dos dois. Mas fica nítido que ele tenta manter o seu emprego. Segundo Dália me disse o pai dela não é mais tão novo, a mãe dela se separou dele a anos e agora que ela teve que vir morar com ele. Não podem ficar sem nada, ele precisa trabalhar. - Mãe! – chamo sua atenção – Mãe. Eu vou embora, vou voltar para o colégio antes, e fico longe dela. Esqueça o que eu disse. Só não demite ele. - O que? Pedro não. - Dália, eu sempre soube que isso não poderia dar em nada, minha mãe e eu temos planos que não envolve você. Foi legal, mas é só uma coisa de verão. - Pedro? - Combinado assim mãe? Nada mudou. – fico olhando em seus olhos. - Sim. – não olho para trás. Não posso ver a dor nos olhos dela.
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