Capítulo 02

1212 Words
Henrico Rossi Nós não nos falamos no restante da viagem e sinceramente, eu não conseguia entender o motivo de toda a minha chateação. Na verdade, eu deveria agradecer que Beatrice encontrou um passatempo, isso significa que eu não vou ter alguém me enchendo o saco a cada quinze ou vinte minutos enquanto eu tento trabalhar no meu escritório. As coisas já são difíceis o suficiente na minha vida, enquanto eu procuro em cada canto desse mundo pela mãe da minha filha e pela mesma. Eu sei que as coisas não são e nunca mais vão ser as mesmas, eu sequer sei se vou conseguir recuperar a minha garotinha' e isso me sufoca. Eu me sinto um m***a por todas essas coisas. Me sinto assim por questões óbvias, entretanto, eu nunca imaginei que ela fosse roubar Pietra. Ela viajou duas horas inteiras de carro e a levou. Eu, sinceramente, senti vontade de m***r todas as freiras daquele lugar. Mas, no fim, elas não sabiam que não deveriam entregar a minha filha, eu e Nina tínhamos o costume de inverter. E já tinham se passado um longo anos desde tudo isso. Um ano procurando e eu nunca sequer cheguei perto de descobrir. Estacionei o carro na frente da casa de Vicent e desci, acompanhado de Yelena. Beatrice demorou um pouco mais e resmungou para a mãe algo sobre deixarmos ela para trás. Entrei a chave ao motorista da casa — ele sabia o que fazer. Entrei na enorme casa, encontrando Isabela no meio da sala, segurando Matteo, enquanto se preparavam para ir para a parte de trás da casa. Murmurei cansada. — Isa. — Cumprimentei, e ela me ligou. — Como você se sente? — Ah, Oi! — Ela se virou e sorriu para mim, abertamente. — Estou ótima e você? Ela perguntou, como quem não queria nada, mas eu sabia o que ela queria dizer. No último ano, Isabela me viu afundar mais vezes que o necessário e ela e Vicent que foram como irmãos para mim, cuidaram de mim em diversas noites de bebedeira. E então, um dia, eu decidi parar de fazer isso comigo mesmo. Eu estava me destruindo sozinho, e sinceramente, parar foi a melhor opção. Desconto agora todos os meus problemas em sacos de box que ficam na academia que eu montei na minha casa e acabo não tendo nenhum tempo livre, já que o tempo em que eu usava para aproveitava para passar com a minha família, eu acabo usando para ajudar Beatrice á aprender a lutar. Não é como se ela precisasse saber dessas coisas, de qualquer maneira, mas, acabo ensinando. Ao menos, eu sei que se ela precisar se defender um dia, ela o fará. — Eu tenho uma coisa para te contar. — Murmurou, virando a cabeça para o lado. Isabela mantinha um sorriso sapeca no rosto. — Hum? Conta. — Resmunguei. — Você está solteiro a um ano e eu tenho participado muitas vezes na semana do Encontro de mulheres para conversar sobre os eventos futuros e... — Ela fez uma pausa. — Você sabe, têm o Smith no pedaço e eu conheci a filha dele, a Carolina. — E o que que têm? — Cruzei os braços. Eu sabia que tinha alguma coisa nessa história. Isabela estava fazendo a cara de criança quando faz m***a. Yelena se aproximou e pegou o neto do colo de Isabela e a Ruiva sorriu sugestiva para mim. — Conheci ela, é uma garota boa, de boa família, SOLTEIRA, bonita.. acabei falando de você para ela e ela ficou super animada para conhecer você. — Ela segurou a minha mão. — E eu chamei ela também, espero que você não se importe. Suspirei, porque todos achavam que eu precisava de uma mulher para me casar? Eu não precisava de Carolina ou de qualquer outra b****a para ser feliz. Eu era um homem livre, caramba. — Não preciso de uma esposa. — Murmurei para ela. — Ela também não quer um esposa, querido. — Ela levantou o nariz. — Ela entrou na máfia, mas todos têm a noção de que ela não é mais uma garota virgem, ela já foi casada, sabia? — Isabela cruzou os braços. — Eu vou ser bem direta com você e céus, deus sabe como isso me deixa desconfortável, ela está procurando uma transa de algumas noites, nada mais sério que isso e sinceramente? Acho vocês perfeitos um para o outro. Beatrice empurrou meu ombro, com a cara emburrada e encarou a irmã. — Ele já disse que não quer uma mulher, Isabela, para de ser irritante. — Resmungou e saiu andando em direção ao jardim. — Que bicho mordeu essa menina? — Isabela perguntou, todos estávamos aprendendo a lidar com o temperamento da mais nova. menos Vicent. Ele costumava ameaça-la sempre que ela o tratava com desrespeito, jurando que o castigo seria doloroso. Todos sabíamos que ele não faria, por Isabela, mas não faria. Mas, ele conseguia colocar rédeas na mini ruiva e por isso, ninguém acabava se importando. — Pergunta pro' jardineiro. — Resmunguei. — E a sua amiga? Ela me olhou confusa, mas deu de ombros e sorriu animada. — Ela está lá atrás. — Ela me puxou pela mão, até o jardim. Isabela me puxou até uma mulher linda, que estava parada com uma garrafa de cerveja em mãos. Ela tinha a pele bronzeada, estava usando um biquíni verde neon. Ela tinha uma b***a enorme e um belo par de p****s. Me sinto culpado de pensar nela assim, mas ela é a p***a de uma mulher gostosa para c*****o. E se ela só quiser s**o casual, para mim é ainda melhor. — Carolina, esse é o Henrico. — A mulher desceu seus olhos amendoados por todo o meu corpo. — Henrico, essa é a Carol. — Oi, Henrico. — Ela sorriu, ela também tinha um sorriso lindo. — A Isabela falou muito de você, e muito bem. — Ela é exagerada, as vezes. — Eu ri baixo. — Uh, o Vicent está me chamando. —Isabela me empurrou um pouco mais para perto de Carolina. — Faça companhia para ela, não seja m*l educado e isso é uma ordem. — Sim, Senhora De Lucca. — Murmurei e sorri. Ela saiu rapidamente de perto de nós e foi até Vicent, que estava jogado sobre uma cadeira de sol, claramente acabado. Ri baixo e voltei a minha atenção a mulher. — Isabela é um pouco.. — pensei no que dizer, eu ainda achava Isabela uma enxerida, mas ela só queria o meu bem. — É, ela é sim. — Ela riu. A encarei, ela tinha entendido o que eu queria dizer. Dei um sorriso de canto. Me agachei ao seu lado e peguei uma garrafa de cerveja dentro do cooler que estava ao nosso lado, abri com os dentes e cuspi a tampa no jardim. Ela me encarou de cima abaixo, enquanto eu dava um gole na minha garrafa. — Você parece ser uma boa pessoa. — Murmurei. — Aparentemente, bom.. eu penso isso, meu ex marido, nem tanto. — Ela resmungou e sorriu. — Ah, temos uma outra história triste de término aqui? Hum, que legal. — Eu sorri abertamente. — Porque nós não conversamos mais sobre isso? •★•
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