Eu não gosto da tensão
Dos equívocos
Sobre nossa natureza apaixonada
( Aurora: Cure for me);
Arthur Karelly
Neusa se retirou da sala extremamente furiosa e magoada. Ela acha que terminou a minha vingança, mas ela só está começando, ela não devia ter brincado, pisado e estraçalhado o meu ego. Eu só quis fazer um favor para ela e ela retribuiu com hostilidade, bom! Não fui eu quem começou, foi ela e agora, ela que arque com as consequências.
— Você não tem jeito né? Nem faz Vinte quatro horas aqui, e já está se comportando feito um maluco, aaaah! Eu vou enlouquecer com você e ela aqui — minha madrasta me dá uma bronca enquanto serve um verdadeiro banquete para mim.
A Sheila cuidou de mim, desde que o meu pai me roubou da minha mãe, ela nunca quis ocupar o lugar dela, muito pelo contrário, ela sempre frisou que tenho mãe, ela fez de tudo para que eu voltasse a ver a minha mãe. Por isso que eu e ela nos damos bem, não é uma relação de mãe e filho, mas é uma relação de melhores amigos, na verdade ela é minha melhor amiga, ela sabe de todos os meus segredos e nunca contou eles para o meu pai, ela sempre deu um jeito de me livrar das broncas dele, sempre me acobertou, mesmo eu não tendo nenhuma razão.
— Fica calma mamy, eu não fiz absolutamente nada, cheguei ontem, lembra? — provoco com a minha melhor cara de inocente, ela odeia ser chamada de mãe por mim.
Sheila e o meu pai, tem diferença de vinte anos de idade e eu e ela temos diferença de dose anos de idade. Ela casou muito jovem com o meu pai, ela tinha só vinte anos e o meu pai um velho de quarenta anos, com uma bagagem de quatro filhos, outros mais velhos que ela.
— Aiiii! Olha só para a minha cara, eu pareço ter um filho velho que nem você? Cheio de barbas assim? — minha madrasta prova rindo de mim.
Ela sempre fala isso quando provoco ela, usa a minha altura e fisionomia europeia nada proporcionar.
— Uuuuuuhm! Filho lindo você quis dizer, porque é isso o que eu sou, lindo, gostoso, educado e todas morrem por mim — falo todo orgulhoso de mim.
Mas conhecendo a minha madrasta como eu conheço, ela vai me dar uma resposta que eu vou me arrepender para todo o sempre.
— Todas, menos uma né — ela solta a bomba e ri ainda mais. Meu sorriso morre na hora e o dela fica muito maior, ela é realmente uma diaba. Dá nisso contar tudo para a madrasta.
— Poxa Sheila, você pegou pesado ehm! — reclamo desanimado, ela não se abala em nada, simplesmente ri ainda mais de mim.
Ela ri de mim como se eu não estivesse sofrendo, Poxa a vida, todas as mulheres da face da terra me querem mas a única que eu quero prefere um filho da mãe que, nem sequer faz ela gozar.
— Relaxa, você vai reconquistar-la, ela só está magoada com você, mas na primeira oportunidade que você colocar as mãos nela, ela vai voltar — minha madrasta fala tão convicta que sinto vontade de rir.
Na primeira oportunidade que eu colocar as mãos nela, mas eu já coloquei as mãos nela e não tive nada, além de insultos e desaforos.
— Eu já coloquei as mãos nela Sheila, até fiz ela gozar e sabe, o que ela me falou? — minha madrasta está com um grande O na boca só abana a cabeça, querendo saber o resto da história — Ela falou que o namorado dela, faz ela gozar sem nem colocar as mãos nela — murmuro envergonhado e frustrado.
Minha madrasta ri da minha cara e da minha dor, eu estou a sofrer, por isso, mas ela ri, até saírem lágrimas dos seus olhos. Que crueldade, que tipo de mãe faz isso, ver um filho sofrendo e não ajudar ele, só rir da cara dele.
— Uhm! Uhm! Desculpa querido, mas foi muito engraçado, caramba que orgulho — ela fala orgulhosa da maldita feiticeira e não fica do meu lado, eu que sou o filho dela, quem ela devia proteger.
— Orgulho? Ela foi uma maldita bruxa, eu me senti um verdadeiro i****a — reclamo e Sheila só ri ainda mais da minha cara. Ela ri tanto que se debruça no balcão.
Estou fazendo figura de parvo, por duas vezes, nem sequer fiz vinte quatro horas nesse país e já fui feito de palhaço duas vezes.
— Uhm! Perdão querido, mas é muito engraçado ver você totalmente irritado com isso, é óbvio que ela não tem namorado, foi só uma coisa para te chatear — minha madrasta explica e isso traz uma pontinha de esperança em meu coração.
Se a minha bruxa realmente mentiu para mim, então, o meu caminho está livre, eu teria facilidade para conquistar ela.
— Será que ela mentiu? Só para me irritar? — falo com esperança e minha madrasta concorda.
— É óbvio querido, uma mulher magoada se transforma num verdadeiro demônio, se ela tivesse um namorado realmente, ela não teria deixado você colocar as mãos nela — minha madrasta explica rindo.
Ela tem razão, se Neusa tivesse realmente um namorado, ela não estaria se tocando pensando em mim e nem teria deixado eu colocaria as mãos nela, é óbvio que ela ainda me deseja.
— Mamy! Eu te amo, você é a maior, estou mais aliviado — abraço minha madrasta e dou-lhe um beijo na bochecha.
Saio da cozinha rumo ao meu quarto, preciso me trocar, não posso ficar andando pela casa sem camisa, é bem provável que o meu sogro me dê um tiro só por passar perto dele.
— O que faz aqui? Não está satisfeito com a confusão que causou? — minha deusa está sentada na minha cama, ainda vestindo a minha camisa e somente a capulana, provavelmente sem calcinha.
— Eu só vim me trocar, quero só tomar um banho, se quiser, eu posso te emprestar algumas roupas e alguma cueca minha, sabe, para não andar por aí sem calcinha — provoco entrando no quarto.
Eu sei que tenho que me comportar, mas é mais forte do que eu, eu não resisto a cara de brava dela. É extremamente sexy e irresistível.
— Seu filho da mãe desgraçado, você vai pagar muito caro — ela berra irritada e esbarra em mim.
Gente! Para quê isso? Eu só quis ser alguém educado com ela, só ofereci ajuda para ela e como sempre, ela me trata igual a um qualquer, poxa a vida, que ingrata.
Tomo um banho frio, para tentar controlar as minhas emoções, meu p*u está duro desde ontem, eu tive que fazer um esforço para não deixar transparecer o meu p*u na frente de todos. Mas parece que isso não funcionou muito bem, só faltou meu pai desmaiar de tanto segurar o riso. Preciso encontrar a minha irmãzinha, desde o ano passado que não a vejo. Os meus pais ( Ares e Sheila), sofreram muito para ter a Maya, mas assim que ela nasceu, foi uma verdadeira festa para toda a família Karelly, a princesinha da família, a menina é tão mimada que se bobiar, ela pode se transformar numa verdadeira supernova.
— Manooooo! Você voltou, eu senti a sua falta — minha princesa vem correndo em minha direção, ao lado dela, está um mine projeto olhando para ela de uma forma estranha.
Se esse projecto de satanás pensa que vai colocar as patas dela, na minha irmã, ele está muito enganado, eu vou sumir com o corpo dele.
— Minha princesinha, como está crescida meu amor — mordo suas bochechas e minha irmã se mata de rir.
O projecto de homem, é só a p***a do irmão mais novo da minha deusa, o encapetado que costumava empatar as nossas fodas. Eu me recordo muito bem, de todas as vezes que ele boicotou os nossos planos, esse mine diabinho é pior que o próprio satanás.
— Como você está diabinho? — provoco ao encapetado e ele se atreve a me enfrentar.
O desgraçado está na minha casa, está me devendo muito dinheiro, por todas as vezes que tive que subornar ele para ficar calado e agora, ele me encara com cara como se soubesse de algo, ele vai me chantagear com certeza. Como se não bastasse ter que lidar com uma Neusa, furiosa, tenho que lidar com o irmão endiabrado dela.
— Estou bem mano, pronto para te servir — o maldito diabinho não presta, ele vai realmente vender a irmã para conseguir algo de mim.
Bom, pelo menos desta vez, eu terei um aliado e não um chantagista para me irritar.
— Muito bem moleque, tenho uma missão para você — falo com um sorriso nos lábios e o encapetado sorri também, provavelmente pensando no dinheiro que vai ganhar.
Bom! É melhor tê-lo como meu aliado, pelo menos ele será os meus olhos e ouvidos quando voltarmos para Maputo. Se o meu plano não funcionar hoje, eu terei o plano B.