Neusa Cumbe
Eu não acredito que o desgraçado do Karelly está mesmo me seguindo, ele realmente veio até aqui só para me chatear, desgraçado filho da mãe.
— Aquele não é o deus grego gostoso do submundo? — minha amiga Eunice aponta para a direção em que ele está.
É óbvio que é ele, não é preciso de muito para saber que ele. Ele está magnífico como sempre, parece um personagem de livro e*****o, um maldito bad boy sarcástico.
— Fiquem aqui, eu vou resolver isso — saio do carro furiosa.
Pisando duro, atravesso a estrada com pressa e vou até o outro lado, para onde ele está. Assim que chego até próximo dele, seu perfume me invade e preciso de todo o meu autocontrole para não gemer ou gozar agora. p***a! Ele não podia ser f**o ou m*l cheiroso?
— Vai embora daqui, o que quer? Não bastou o que fez em Bilene? — expulso ele sem muita paciência. O desgraçado parece surpreso em me ver.
Ele não me dá uma resposta verbal, o desgraçado simplesmente me come com os olhos, ele nem sequer tem a decência de disfarçar que está me secando. Antes de Arthur falar algo, Bruno, surge de sei lá onde e me abraça, passando as mãos de forma possessiva em mim.
— Oi princesa, ele está te incomodando — eu nunca gostei desse apelido, acho tão pouco original, tão sem graça, faz com que eu me sinta uma criança indefesa, eu não sou uma princesa, eu sou uma deusa.
— Ah! Oi B, eu estou bem esse é... — retruco com calma e tento explicar quem é Arthur, mas antes de completar, Bruno me cala com um beijo.
Seus lábios são secos e sem vida, o beijo dele não me causa nenhum outro sentimento além de desespero. Não consigo nem sequer fechar os olhos, estou surpresa com a atitude dele, quem ele pensa que é? Sua língua tenta invadir a minha boca, mas eu não dou permissão para ela, eu quero que esse beijo termine logo.
— Vejo você na sala — Bruno fala ofegante e olha de forma convencida na direção de Arthur.
Meus lábios doem parece que fui beijada por um aspirador de **, ele beija tão m*l que não consigo me imaginar fazendo isso novamente. Me sinto estranha, parece que cometi um erro, parece que trai Arthur. A minha frente, ele aperta as mãos de raiva, ele respira ofegante e suas pupilas estão dilatadas, ele está com raiva, muita raiva de mim, o que ele vai fazer comigo?
— Você gostou do beijo dele? — ele Murmura de raiva, sua voz sai mais grave que o normal.
Eu sei que o beijo foi h******l, mas eu não consigo me segurar, ele me irritou, me humilhou quando me deixou naquela sala, cheia de sua p***a e sem gozar, estou com raiva dele por me deixar uma semana inteira sem gozar por causa da maldição que ele colocou em mim.
— Eu adorei — falo com um sorriso lindo nos lábios, como se realmente tivesse adorado o beijo de Bruno, sendo que o beijo foi o pior da minha vida.
— Aproveita enquanto pode — Arthur declara com raiva e entra em seu carro batendo a porta.
Seu carro se retira de perto de mim e sai cantando pneus. Volto até o carro com o coração palpitando, não é por causa do beijo, e sim por causa do que está por vir. Eu sei que ele vai fazer alguma coisa para se vingar de mim, eu espero que ela me faça gozar de raiva.
— O que foi aquilo? Aaaaaah! Eu quase gritei, Bruno é um máximo, eu adoro a pegada de macho alfa — Maddie grita assim que entro no carro.
Minha amiga Eunice está irritada com o que aconteceu e não é para menos, eu também estou irritada, eu não gostei nada da atitude dele, quem ele pensa que é para sair me beijando daquela forma, inclusive num lugar público.
— Eu não gostei nada daquilo, foi extremamente desrespeitoso — Eunice fala com raiva.
— Eu vou falar com ele, não gostei nada daquilo, ainda mais num lugar público — Murmuro irritada e passo as mãos nos meus lábios, para tentar tirar um pouco da sensação sufocante que é beijar Bruno.
— Claro porque foi com Bruno, mas quando Arthur te comeu na sala de jogos perto dos seus pais, você não achou nenhuma falta de respeito — Maddie fala irritada e nós duas ficamos caladas.
A verdade que ela até pode estar certa sobre isso, mas com Arthur não é errado, não parece errado, tudo errado com Arthur parece certo. Ele faz tudo parecer certo e bom, mesmo que seja t*****r com ele na presença dos nossos pais. Eu não me sinto cometendo um crime com ele, porque eu sou dele, nossas almas se pertencem, tudo com ele é perfeito, incomparável e inquestionável, mesmo que isso fira vários códigos penais, mesmo que isso provoque uma catástrofe, sempre vai parecer certo.
Sem falar mais nada, nós saímos até a faculdade, Eunice parqueia o carro, nós esperamos do lado de fora. Quando finalmente deixa seu carro bem posicionado, cada uma saiu e foi até sua sala. Cada uma de nós, está em uma faculdade diferente, eu e Bruno estamos na mesma sala.
— Oi princesa, demorou o que estava fazendo? — Bruno vem até mim, tenta me abraçar mas a atitude dele me irritou.
Me esquivo de seu abraço, ele olha para mim de forma assustada e chateada. O que foi? Eu é que devia estar chateada com ele, depois da cena de ciúmes que ele fez.
— O que aconteceu? — ele Indaga surpreso, como não soubesse o que tinha feito há minutos atrás.
Não me dou ao luxo de sequer esconder o meu descontentamento, mostro para ele com o meu olhar, quero que ele saiba que me irritou com sua atitude cafona.
— Como o que aconteceu? Eu não gostei o que você fez lá fora, o que pensa que é, meu dono? — falo com toda a minha raiva, mas não grito muito alto, não quero que as pessoas prestem atenção em nós.
Bruno tenta me responder, mas o professor entra na sala e interrompe a nossa conversa. Em todas as duas aulas que tive, fiz questão de fugir dele, no final sai da sala, sem nem sequer falar com ele. Eu e as minhas amigas, depois faculdade saímos para a loja de lingeries na baixa da cidade. Estou escolhendo novas calcinhas, visto que, as minhas foram roubadas.
— Por quê só está comprando calcinhas de renda? — Maddie indaga escolhendo algumas calcinhas também.
Eu me faço essa mesma pergunta a muito tempo, a verdade é que eu só compro calcinhas de renda, porque Arthur me confidenciou que adora quando eu visto calcinhas de renda, parece patético e decadente depender da opinião dele para escolher as minhas calcinhas, mas eu concordo com ele, elas são realmente lindas.
— Elas são chiques, luxuosas, sexy, delicadas e me dão um ar angelical, com um toque sensual— retruco usando as palavras dele. Foi isso que ele falou quando me viu pela primeira vez com uma calcinha branca de renda.
Sem nenhum argumento para me contradizer, minhas amigas escolhem outras calcinhas para elas. Saímos da loja de lingeries e cada uma volta a sua casa.
— Oi querida, nós vamos jantar na casa dos Karelly, vá se preparar — minha mãe me recebe já jogando uma bomba na minha cara.
Qual é o problema da minha vida? Não podia ser em qualquer outro dia? Justo hoje? Um jantar na casa dele, depois do que houve mais cedo, será um verdadeiro desastre, eu sei que será.
Arthur vai se vingar de mim, vai aprontar alguma coisa comigo, ele é impiedoso, implacável, ele não deixa as coisas passarem sem um castigo, eu sei que serei castigada. Eu não queria me organizar demais, mas ao colocar os pés na mansão Karelly, eu percebi que fiz a melhor escolha ao me vestir assim. Escolhi esse vestido de propósito, só para provocar ele. O vestido é longo até o tornozelo, é feito de cetim, de alcinha e as costas são nuas. Ele tem uma f***a do lado esquerdo, mas não muito exagerada, ele destaca todas as minhas curvas e os meus s***s, talvez eu também queira ver o que vai acontecer depois. Faz só dez minutos que nós chegamos a casa dele e eu já me aproveitei da distração dos meus meus pais, para poder entrar no quarto dele escondido. Eu sei que não devia estar aqui, eu sou mesmo uma psicopata. Seu quarto está organizando e limpo, seu perfume está por toda parte e para piorar a minha doença, eu vejo os livros que costumávamos ler. A sensação de Deja me invade, eu fico presa nesse misto de raiva, saudade e excitação.
— O que faz aqui minha deusa? Quer recordar os velhos tempos? — Arthur me assusta sussurando em meu ouvido, sua voz me arrepia e atinge directamente em minha b****a. Uma pontada muito certeira em meu c******s, encharcando a minha calcinha.
Arthur beija as minhas costas nuas, meu corpo traidor corresponde aos carinhos dele, minha mente trava e eu não consigo fazer nada além de respirar ofegante.