Eu tenho fantasiado (o tamanho)
E nós temos muito tempo (tempo)
Amor, venha me f***r (f***r)
Preciso saber como é (como é)
É, é, oh, uau, uau (oh)
Amor, eu preciso saber, hm
( Doja Cat: Need to know)
Neusa Cumbe
Faz duas semanas que voltei a Maputo, faz duas semanas que não o vejo, que não escuto a voz dele, faz duas semanas que eu sinto falta dela e p***a isso é frustrante, eu estou parecendo uma maldita drogada. Faz duas semanas que eu não consigo gozar sozinha, mesmo pensando nele, em como ele faz em mim, o meu corpo simplesmente não me obedece. Pode parecer coisa de loucos, mas antes de voltar para casa, eu roubei algumas camisetas dele e algumas cuecas, eu sei que é loucura, mas eu não consigo dormir sem sentir o cheiro dele.
As camisas dele têm o cheiro dele, as cuecas bom, elas me recordam o p*u enorme dele, a vontade que eu tenho de ter ele me preenchendo é tanta que, mesmo agora me tocando, eu só consigo chegar perto de gozar por causa da cueca dela.
— Aaah! p***a Arthur, mais forte — seu p*u entra em mim com tanta força que duvido que a cama vá sobreviver.
Ele mete tão rápido e forte que duvido que, amanhã, eu vá conseguir andar. Arthur me coloca de quatro e dá um t**a em minha b***a.
— Empina essa b***a pra mim deusa — como a cadelinha que ele me ensinou a ser, eu empino a b***a para ele.
Ele estoca forte em mim, sem um pingo de piedade, a mistura entre a dor e o prazer é tanta que eu já nem sei qual é o meu próprio nome, ele estoca com raiva e pressa, como uma punição. O acúmulo em meu interior é tão forte que, a qualquer momento eu vou gozar.
— Quer gozar não quer? — Arthur desacelera nas estocadas, me deixando a beira da loucura.
— Eu quero, por favor Arthur, me faça gozar — imploro empinando ainda mais a minha b***a, mas o desgraçado pará completamente com os movimentos e me encara descaradamente.
— Peça ao seu namorado para fazer isso, sem nem tocar em você — ele sussura em meu ouvido antes de sumir e mais uma vez, eu acordo sem gozar.
Eu tenho esse pesadelo desde que voltamos da praia, mesmo que eu me toque de todas as formas possíveis e existentes, eu simplesmente não consigo chegar a lugar algum, meu corpo simplesmente trava, não chego lá e a maldita voz dele, sempre ecoa em minha mente, falando o que ele me falou na sala de jogos, antes de me deixar plantada com cara de b***a e o o*****o negado.
— Aaaaaah! Desgraçado, maldito, filho da mãe, eu te odeiooooooo! — grito frustrada e me levanto da cama com as pernas trémulas.
Esse maldito pesadelo se repete todas as noites, me torturando, me deixando com um humor do cão no dia seguinte. Saio do quarto frustrada e vou tomar banho, diferente da mansão Karelly, que tem uma casa de banho para cada pessoa, a minha casa tem uma casa de banho para o povo que Somos nós e uma suíte no quarto dos meus pais. Assim sendo, se não quiser chegar tarde na faculdade, eu preciso brigar com o meu irmão, pela casa de banho.
— Perdeuuuuuu! — meu irmão grita entrando na casa de banho.
O desgraçado do Karelly, para além de me atormentar, ele fez acordar tarde e agora eu terei que entrar no banheiro depois dele, que demorar uma eternidade. Volto ao meu quarto extremamente frustrada, Júnior vai cagar e vai fumegar toda a casa de banho, aquilo vai estar igual a Chernobyl.
Procuro pelas minhas roupas, vou usar uma calça jeans azul e uma camisa dele. Ela é uma camiseta polo, daquelas bem caras, na cor branca e como é antiga, ela me serve, não fica que nem um vestido em mim, ela tem uma gola redonda e é muito confortável. Procuro por uma calcinha para usar, mas desde que voltamos, as minhas calcinhas têm desaparecido, quando ainda estávamos em Bilene, todas sumiram e só voltei com duas, lá sabia quem roubava, mas aqui em casa? Quem entraria só para roubar as minhas calcinhas, Arthur não seria louco a esse ponto.
— Tia Joana, parece maluquice o que vou falar, mas alguém tem entrado aqui em casa, só para roubar as minhas calcinhas — explico para a secretária de casa e ela não ri de mim, muito pelo contrário, ela me olha preocupada, como se as notícias que estão por vir não fossem boas.
— Cuidado menina, têm pessoas que levam calcinhas para tratar, não esqueceu lá onde estavam? — ela pará de lavar a louça e me olha atentamente.
Eu não esqueci as minhas calcinhas na casa de praia, elas foram roubadas por Arthur, assim como eu roubei algumas cuecas dele, mas eu tenho um verdadeiro arsenal de calcinhas e agora ele está praticamente vazio, só fiquei com dez delas e são as esquecidas da gaveta, as ficam bem distantes porque são as furadas e outras desbotadas.
— talvez eu não tenha deixado cair lá mesmo e não sei, vou procurar bem no meu quarto — deixo ela na cozinha e volto ao meu quarto, eu não vou encontrar em nenhum canto, elas foram roubadas, eu terei que comprar novas calcinhas e esquecer as roubadas. Talvez sejam ratos.
Saio do quarto até o corredor, espero que Júnio saia do quarto e assim que o faz, o cheiro de podre invade as minhas narinas e eu tenho que fazer um esforço enorme para não vomitar, esse menino não é de Deus, não é possível, o cheiro é tão forte que até tia Joana que está na cozinha é obrigada a sair da casa.
— Essa criança come o quê? Isso não normal — tia Joana reclama quando ficamos do lado de fora da casa.
Ela passa o pano na sua cara e faz um enorme esforço para não rir. Eu também estou fazendo um esforço, é impossível se manter sério nesta situação ainda mais quando o próprio dono da m***a, sai da casa tapando o nariz, como se não aguentasse seu próprio cheiro.
— Eu sou mau pha! Sheeeee! Ninguém me supera — ele está convencido por ter feito uma m***a que ninguém, aguentou, ele está se achando por isso, por ter nos botando para correr de casa por conta de seu cheiro.
Nós ficamos um bom tempo fora de casa, até que o cheiro dele se espalhou e a casa voltou a ficar um pouco tolerável, tia Joana acendeu alguns incensos para perfumar a casa e isso ajudou bastante. Depois de finalmente estar pronta, eu saio para a faculdade, na boleia da minha Uber particular, minha amiga Eunice, mesmo que não goste, ela é nossa motorista.
— Eu acredito que você está com a camisa dele, depois grita aos quatro ventos que já esqueceu tudo que tiveram — Eunice reclama olhando para a camiseta que está em meu corpo.
Eu nem preciso perguntar para saber como é que ela sabe que a camisa não é minha, minha amiga é uma psicopata e com certeza, foi investigar meu ex-namorado, para ter algo contra ele, caso eu precise algum dia.
— Ele roubou as minhas calcinhas, isso não é nada para ele — retruco de forma inocente e minhas amigas me encaram espantadas, acho que falei demais.
— Como assim, em que momento ele teve a liberdade de tirar a sua calcinha? — elas indagam ao mesmo tempo com um grande O na boca.
Elas parecem realmente incrédulas e curiosas, de tanta curiosidade, Eunice estaciona o carro num canto e abre os vidros.
— Pode contar minha filha, que história é essa minha filha — Elas exigem e me encaram como se eu tivesse duas cabeças.
Eu e a minha boca grande, quando voltei a Maputo eu não contei para elas o que nós dois fizemos, a vergonha que sinto por ter sido fraca é tanta que não sei onde colocar a minha cara.
— Não foi nada demais, nós só tivemos uma recaída — falo sem contar os detalhes, mas parece que isso não é suficiente para elas.
— Recaída é vocês se beijarem, não ele tirar sua calcinha e roubar ela, pode contar os detalhes, quantas vezes foram e como foi, o que exatamente foi essa recaída — Eunice fala com convicção e Maddie concorda com ela, ela abana a cabeça para tudo que Eunice fala.
Tomando a pouca coragem que tenho, eu conto a elas, tudo o que aconteceu comigo na casa de praia, desde a chegada dele, até o nosso último dia lá, ocultando é claro a parte em fui pega me tocando e chamando por ele.
— Sinto muito Maddie, eu sou fã número do ship “Neythur”, sinto muito, nas estou me demitindo do fã clube “Bruney” — Eunice fala boquiaberta.
Ela e Maddie e brigam sobre o melhor partido para mim, mas eu não consigo escutar mais nada, todos os meus sentidos e atenção, são levados para a figura de Arthur encostado em seu carro e falando ao celular, bem próximo da minha faculdade, será que ele está me seguindo?