Depois do nosso almoço eu levei ela de volta para a empresa e agora estou indo buscá-la novamente para irmos ao shopping. Não me pergunte porque estou fazendo tudo isso, eu não sei, só sinto que devo fazer. Flor é uma menina pura, ela é muito alto astral e eu me sinto verdadeiramente bem ao seu lado.
— Pronto para o seu dia de princesa? — Pergunto quando ela entra no carro.
— Mais que pronta — Ela sorri, um sorriso que iluminaria o mundo inteiro.
Chegamos ao shopping e fomos a uma loja de roupas mais sociais para ela encontrar algo para trabalhar. Ela começa a olhar as peças de roupas e tem uma moça auxiliando ela.
— Santiago, faz o favor — Ela me chama no cantinho.
— Você ficou doido é? Como eu vou pagar essas coisas depois? Olha o valor disso!
— Para de olhar valor, vai logo lá escolher as coisas.
— Eu nunca vou poder pagar isso, vou morrer velhinha e cheia de dívidas porque não vou conseguir terminar de pagar.
— Você não tem que pagar nada. Vai logo escolher.
Ela faz um biquinho lindo e vai atrás da moça que está ajudando ela. Depois dessa loja fomos a umas outras duas e levei ela na loja de lingerie.
— Eu não vou comprar calcinha, isso não faz parte do look de trabalho
— Você trabalha sem calcinha? — Pergunto rindo da cara dela.
— Santiago, não testa minha paciência.
— E nem você a minha, vai entra ai logo — Empurro ela para dentro da loja.
Depois fomos a uma loja de sapatos, outra de maquiagem e por fim ela comprou uma bolsa para ela poder ir trabalhar.
— Porque está entrando nessa loja? — Ela pergunta ao me ver ir em direção a uma loja infantil.
— Quero comprar uns presentinhos para Liz.
— Santiago, para, por favor — Ela segura em meus braços e vejo que está com os olhos cheios de lágrimas — Eu não posso aceitar tudo isso.
— Vem Flor, só curte o momento comigo, eu estou me divertindo ao seu lado hoje, tenta relaxar também. — Peço.
— Você está se divertindo gastando essa fortuna comigo?
— Sim, fazia um tempo que eu não gastava dinheiro assim, estava precisando tirar um pouco do banco — Brinco.
— Exibido.
— Chata. Vem logo — Ela me mostra a língua.
Entramos e compramos várias coisinhas para Liz.
— A filha de vocês deve ser linda, vocês são lindos juntos, obrigada e voltem sempre. — A atendente fala quando termino de pagar as coisas.
— Não é noss... — Interrompo ela.
— Obrigado — Pego Flor pela mão e saio da loja.
— Porque não deixou eu esclarecer? — Ela me pergunta.
— Porque não devemos satisfação, ué. Está com fome?
— Sim.
— Então vamos comer.
— Sabe o que eu estava pensando?
— O que? — Pergunto curioso.
— Se nada der certo eu posso vender essas calcinhas, o preço que você pagou nelas daria para me sustentar por um bom tempo.
Caio na gargalhada, essa menina é hilária.
— Vem logo Florence, só você mesmo. Depois de comer nós vamos ao supermercado — Ela me olha com cara de brava — Nem adianta ficar reclamando, nós vamos e ponto final.
Ela não fala mais nada, pois sabe que é em vão.