VIII - San

565 Words
Depois do nosso almoço eu levei ela de volta para a empresa e agora estou indo buscá-la novamente para irmos ao shopping. Não me pergunte porque estou fazendo tudo isso, eu não sei, só sinto que devo fazer. Flor é uma menina pura, ela é muito alto astral e eu me sinto verdadeiramente bem ao seu lado. — Pronto para o seu dia de princesa? — Pergunto quando ela entra no carro. — Mais que pronta — Ela sorri, um sorriso que iluminaria o mundo inteiro. Chegamos ao shopping e fomos a uma loja de roupas mais sociais para ela encontrar algo para trabalhar. Ela começa a olhar as peças de roupas e tem uma moça auxiliando ela. — Santiago, faz o favor — Ela me chama no cantinho. — Você ficou doido é? Como eu vou pagar essas coisas depois? Olha o valor disso! — Para de olhar valor, vai logo lá escolher as coisas. — Eu nunca vou poder pagar isso, vou morrer velhinha e cheia de dívidas porque não vou conseguir terminar de pagar. — Você não tem que pagar nada. Vai logo escolher. Ela faz um biquinho lindo e vai atrás da moça que está ajudando ela. Depois dessa loja fomos a umas outras duas e levei ela na loja de lingerie. — Eu não vou comprar calcinha, isso não faz parte do look de trabalho — Você trabalha sem calcinha? — Pergunto rindo da cara dela. — Santiago, não testa minha paciência. — E nem você a minha, vai entra ai logo — Empurro ela para dentro da loja. Depois fomos a uma loja de sapatos, outra de maquiagem e por fim ela comprou uma bolsa para ela poder ir trabalhar. — Porque está entrando nessa loja? — Ela pergunta ao me ver ir em direção a uma loja infantil. — Quero comprar uns presentinhos para Liz. — Santiago, para, por favor — Ela segura em meus braços e vejo que está com os olhos cheios de lágrimas — Eu não posso aceitar tudo isso. — Vem Flor, só curte o momento comigo, eu estou me divertindo ao seu lado hoje, tenta relaxar também. — Peço. — Você está se divertindo gastando essa fortuna comigo? — Sim, fazia um tempo que eu não gastava dinheiro assim, estava precisando tirar um pouco do banco — Brinco. — Exibido. — Chata. Vem logo — Ela me mostra a língua. Entramos e compramos várias coisinhas para Liz. — A filha de vocês deve ser linda, vocês são lindos juntos, obrigada e voltem sempre. — A atendente fala quando termino de pagar as coisas. — Não é noss... — Interrompo ela. — Obrigado — Pego Flor pela mão e saio da loja. — Porque não deixou eu esclarecer? — Ela me pergunta. — Porque não devemos satisfação, ué. Está com fome? — Sim. — Então vamos comer. — Sabe o que eu estava pensando? — O que? — Pergunto curioso. — Se nada der certo eu posso vender essas calcinhas, o preço que você pagou nelas daria para me sustentar por um bom tempo. Caio na gargalhada, essa menina é hilária. — Vem logo Florence, só você mesmo. Depois de comer nós vamos ao supermercado — Ela me olha com cara de brava — Nem adianta ficar reclamando, nós vamos e ponto final. Ela não fala mais nada, pois sabe que é em vão.
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