Kemylla

Kemylla II

Eram tantas as coisas que ele me falava, tantos insultos que eu não conseguia render em mais nada, sentia-me um verdadeiro lixo.

Parei os curso que fazia, assim como os que ministrava também, já não me arrumava como antes, estava a verdadeira decadência, enquanto ele... ah! Ele estava lindo, forte e resistente.

Vivi nessa situação 3 anos da minha vida. E que situação minha gente!

O auge do término, foi o dia mais horrível da minha vida. Estávamos numa festa de família, aniversário de uma tia minha. Tinham muitas pessoas, pessoas até que eu não conhecia. Estávamos num sítio, tinha piscina e muitaaa bebida.

Rogério bebendo como se não houvesse amanhã.

Então todos começaram entrar na piscina, e eu não tinha condições para isso com o corpo todo marcado. Até que uma tia indagou:

- Mylla, você que sempre foi tem "para frente" não vai botar nenhum daqueles seus biquininhos?

A minha cara queimou, Rogério olhou-me e exclamou:

- É Kemylla, coloca um dos seus biquininhos para gente ver!

Foi aí o maior erro dele e a minha salvação.

Eu tinha muitos primos, e com essa afirmação do Rogério eles sentiram algo no ar, tínhamos conexão mesmo sem estar o tempo todo juntos.

Então o meu primo Léo, negr.o lindo... Sentou ao lado de Rogério e disse:

- Vai Mylla, coloca aquele biquíni que te dei você vai ficar maravilhosa!

Imagina, Léo nunca me havia dado biquíni algum, eu não o via fazia tempos, ele morava na Austrália e estava ali de passagem, de visita.

Rogério ficou louco...

- Então quer dizer que vocês têm um caso?- gritou enfurecido

- Opa, quem te disse isso? Somos primos tenho respeito pela minha família diferente de você. - Léo disse já se levantando.

- Calma, para que brigas vamos seguir com tudo - Falei segurando no braço do Léo, como quem diz. Acaba com ele!

Léo viu o desespero nos meus olhos, que escorriam em formato de lágrima.

Quando dou por mim, uma tia bem aleatória pega no meu braço e levanta a minha blusinha e vê um hematoma gigantesco...

- KEMYLLA, O QUE É ISSO? - grita inconformada.

- Você está louco, eu vou acabar com você - diz Léo enfurecido.

Então Rogério, se encolhe feito bebê... Pois outros primos encostaram loucos de ódio também.

Eu só sabia chorar, mas não era um choro de tristeza, parecia de libertação... As minhas tias pediam-me calma, que tudo ia se resolver e que agora eu estava bem.

Enquanto isso do lado de fora, a gangue familiar fez uma tortura psicológica com Rogério. Várias ameaças que se ele se aproximasse de mim, acabariam com ele

Eles tinham poder para dizer isso, não eram flores que se cheire.

Rogério acuado, só pedia para deixar ele ir embora e que sim, ele sumiria.

Na minha cabeça, aquilo estava terminado ali, embora as marcar internas ficariam para sempre, mas pelo menos eu conseguiria seguir com a minha vida.

Que situação!

Eu que julguei sempre de forma indireta outras mulheres que se deixam numa relação dessas, eu estava ali vivendo na pele.

Graças a Deus, Vivi nunca me abandonou, mas não tinha forças para lutar com aquele escroto.

Quando voltei para casa, ela já estava lá me esperando, de braços abertos. Simplesmente se mudou pra a minha casa, para cuidar de mim.

Eu não conseguia dormir direito, acordava chorando, assustada e ela sempre estava lá, me apoiando... Cuidando!

- Oh sorte a minha!

Após ter vivido tudo essa desgraça-me fechei de vez para o amor.

Fala sério gente, quem em sã consciência ia querer um amor depois de tudo o que passei?

Só sendo louca né?!

Passei a focar na minha vida profissional, na minha carreira... Meus estudos... Tudo, menos amor!

Ah! Claro que voltei a curtir com a Vivi, saímos muito, principalmente viagens que adoramos sempre... E se tinha um lugar que amávamos.estar era em Ilha Bela, quantas histórias colecionamos ali, e sim estávamos de volta!

Tínhamos outra amiga bem próxima, mas não tão próxima (risos) chamada Luana, e ela iria dar uma festa lá em Ilha e convidou-nos. Aceitamos na hora... Seria o final de semana, porém tinha uma questão, como eu me tinha engajado novamente nos meus trabalhos estava com encomendas até o fio de cabelo e não podia deixar tudo na mão das minhas 2 colaboradoras.

A festa da Lu, começaria na sexta-feira... Um sucesso, porém eu não poderia ir na sexta, pois tinham as entregas a fazer... Então combinei com a Vivi que a encontraria no sábado tarde no clube que estaria a acontecer a festa.

Assim foi feito, corri com tudo, com muito capricho sempre... Cheguei morta de cansada na sexta quase 02h da manhã, comi algo, tomei banho e fui deitar.

Quando acordei pela manhã, já atrasada para finalizar alguns trabalhos, recebo uma mensagem da Vivi:

- Amiga, como vão às coisas? Você vem mesmo né - um áudio superanimado

- Claro, mana vou, sim, já finalizo os pedidos assim que te sair aviso! - abrindo a boca de sono.

Corri, tomar banho... Sai ligeira para o ateliê. Chegando lá as minhas meninas haviam comprado um cafezão para nós.

Sentei e alimentei-me enquanto mexia nos meus vários papéis em cima da mesa.

Celular toca:

- Alô! - atendo

- Bom dia, Kemylla? - diz a voz do outro lado

- Sim, quem é? - falando com a boca cheia

- Tem uma chamada para você!

Era o Léo!

Nossa meu coração estava em festa, quanto tempo não nos falamos, acho que desde a confusão trocamos 4 conversas por mensagem.

- Como você está prima? Com voz calma

- Estou bem e você?

- Estou bem também, só queria saber se voltaram a incomodar-te?

- Está tudo bem, retomei as minhas coisas não o vi mais e nem trombei por aí. Ele sumiu - disse animada.

- Prima, tome cuidado! Esboçou preocupado

- O que aconteceu, já está-me a deixar nervosa!

- Não aconteceu nada, mas lembro-me das palavras dele. Ele garantiu que voltaria.

O meu mundo caiu, entrei em desespero e danei chorar.

Porr.a, já estava tudo caminhando que diabos receber essa ligação.

- Não é para você chorar, estou só te avisando, para se cuidar. Não sabemos qual é a desse cara louco. - disse em tom preocupado.

Falamos mais um pouco ele me tentando acalmar e assim nos despedimos.

As minhas meninas ficaram desesperadas ao ver-me daquele jeito. Não sabia o que faziam. Chegava até ser engraçado o corre corre delas. Até que uma delas exclamou:

- Mylla, vai para seu passeio e deixa que nós terminamos tudo aqui. Você sabe que damos conta e você já deixou tudo pronto. Liga para Viviane e vai!

Fiquei pensativa por uns minutos e a minha mala já estava pronta, e eu confiava nelas. Não tinha por que não aceitar. Já as deixei em situações piores (risos).

Então aceitei a proposta... E fui para casa pegar as minhas coisas.

No caminho para casa, liguei para Vivi avisando que já estava indo e ela gritou de felicidade, que menina doida (risos), e para finalizar conta-me que conheceu pessoas novas e já tinha até falado de mim... Olha que pessoa doida e eu amava...

Foram mais ou menos 1h30 de viagem, ouvindo um sertanejo tentando não pensar no que tinha sido dito... Não tinha como não se preocupar né?!

O homem é doido, quem garante que não vai aparecer denovo, tenho medo dele tentar algo contra mim.

Enfim, cheguei e a doida da Vivi já me esperava, chapada (risos), feliz da vida. Era um som altíssimo no lugar... E ela dançando enlouquecida.

Notei a presença de um lindo boy do seu lado, mas não comentei.

Estacionei, desci... Ela veio ao meu encontro abraçou-me... E cochichou no meu ouviu:

- Você chorou?..

Como assim, fazem 5 minutos que ela me viu e ela já sabia que tinha chorado... Que conexão... A minha alma gêmea (Risos)

Apenas dei um sorriso amarelo e seguimos....

- Não me vai apresentar Vivi? - exclamei rindo para o moço!

- Eu mesmo apresento-me, prazer Gustavo!

- O prazer é meu, Kemylla!!

E assim entramos para a casa onde acontecia a festa!

Encontrei com a Luana, a dona da festa. Abraçámo-nos e desejei felicidades pelo niver.

A festa estava super animada, hospedei-me no mesmo quarto que a Vivi estava...

Naquele momento estava me sentindo livre após tanto tempo...

Então como de costume, pois nunca fui fácil... Peguei um maiô body maravilhoso, e extremamente pequeno, na cor preta que valorizava muito as minhas curvas.

Queria ser desejada na festa, mesmo não querendo ter nada com ninguém, precisava dessa massagem no ego.

O sol estava escaldante, um para cada. Então ia dar aquela intensificada na minha cor... estava amarela com mofo (risos).