LETÍCIA
Quando estava prestes a chegar à praia, ouvi o barulho de uma sirene atrás de mim.
Letícia: p***a,agora fudeu!
Eu parei minha moto sem retirar o capacete, enquanto aguardava o policial chegar ao meu lado. Quando olho, vejo um cara gato que fez minhas calcinhas molharem e uma outra policial ao lado dele com cara de cu. AFF, mereço isso, viu.
— Você estava acima da velocidade permitida aqui e preciso que me acompanhe.
A cara de cu começou a falar.
Em seguida, foi a vez do gato. Dirigir a uma velocidade superior a 20% do limite estabelecido é classificado como infração média, resultando na perda de 5 pontos na carteira de habilitação. Nesse caso, o valor da multa é de R$ 130,16. Quando o excesso de velocidade varia entre 20% e 50% do limite máximo, o motociclista comete uma infração grave, que também implica na penalização de 5 pontos na habilitação, além do p*******o de uma multa no valor de R$ 195,23. Você está me ouvindo garoto?
O gato parece pensar que sou um garoto. Ele, a todo instante, falava sem olhar para mim, e foi então que percebi que era a minha oportunidade. Retirei meu capacete e direcionei meu olhar para o policial, e foi nesse momento que nossos olhares se cruzaram.
Letícia: Peço desculpas, estava tão distraída que não percebi a velocidade. Sabe como é, quando estou dirigindo uma máquina dessas, acabo me esquecendo da velocidade.
- Não sabemos como e , garota. Você ouviu o que meu parceiro disse: terá que vir conosco para pagar a multa ou poderá perder sua habilitação.
Ela reagiu de forma negativa e eu não expressei minha opinião a respeito.
Desci da moto e pude ver o policial, que não conseguia nem disfarçar, babando por mim. Olhei na direção da nojenta e dei um sorriso sapeca, ficando frente a frente com o gato.
Letícia: 'Está aqui meu número, gato. Mande a conta da multa para o meu número.'
Coloquei meu cartão com meu número no bolso dele, pisquei para ele e subi na minha moto, jogando um beijo para a cara de cu e sai em alta velocidade.
CAIO.
Meu nome é Caio, tenho 32 anos e sou policial civil. Minha parceira de patrulha é Juliana. Tivemos alguns relacionamentos no passado, mas foram apenas casuais e sem maiores compromissos. Hoje, durante a nossa ronda, encontramos uma motocicleta em alta velocidade e decidimos persegui-la. Ao abordar o motorista, comecei a discutir as possíveis consequências, como multa ou perda da habilitação, acreditando que o rapaz não estava prestando atenção.
No entanto, ao retirar o capacete, percebi que se tratava de uma mulher deslumbrante. A beleza dela me deixou completamente atordoado. Quando ela desceu da moto, fiquei paralisado, incapaz de formular uma palavra diante de sua presença encantadora. Para minha surpresa, ela deixou um cartão no meu bolso, piscou para mim e se afastou em alta velocidade. Fiquei ali, imerso em pensamentos, observando-a desaparecer na minha frente.
Juliana: Que palhaçada foi essa Caio? Você deixou a garota ir embora.
Caio: O que você esperava que eu fizesse, Juliana?
Juliana: Você deveria ter levado ela presa, não sei caio, em vez de ficar admirando-a.
Caio: Quem disse que eu estava admirando? Não exagera, Juliana.
Juliana: Era só observar sua expressão quando ela retirou o capacete; você ficou completamente encantado ao ver que era uma garota.
Caio: Já chega, Juliana. Vamos embora.
Juliana: Mas antes, me passe esse cartão.
Ela tentou pegar do meu bolso, mas não permiti.
Caio: Eu vou ligar para a garota e avisá-la sobre a multa. Me deixe em paz.
Entrei no carro, e ela também, seguimos o trajeto em silêncio. Deixei a viatura na delegacia e peguei meu carro direto para casa.
Moro sozinho; meus pais vivem em outra cidade e minha escolha de ser policial não foi bem aceita por eles, o que acabou nos afastando. Ao chegar em casa, abri a porta e fui direto para o meu quarto. Tirei meu uniforme, me joguei na cama e peguei o cartão que a garota me havia entregado.
Caio: Como pode ser tão linda a Danada?
Estava analisando o cartão e notei que constava apenas o nome dela, Letícia, sem sobrenome ou outros detalhes. Fiquei refletindo se devo entrar em contato ou não.
LETÍCIA
De volta ao morro, já ao anoitecer, passei pela Barreira e fiz um gesto de carinho para os meninos. Dirigi-me diretamente para minha casa, deixei minha bebê na garagem e, antes de entrar, decidi dar uma volta pelo morro para respirar um pouco de ar fresco.
Foi então que me lembrei do policial que havia cruzado minha mente.
Continuando meu trajeto, passei por um beco e avistei um homem embriagado tentando agarrar uma jovem que gritava desesperadamente. Sem hesitar, aproximei-me dele, peguei a faca que mantinha oculta entre os s***s e a deslizei em seu pescoço, provocando sua morte instantânea.
A escuridão me impediu de ver claramente quem era a garota; apenas me recordo do bêbado repulsivo que acabei de eliminar.
— Vá embora, garota, e não conte a ninguém sobre o que aconteceu aqui, entendeu? — ordenei.
— Jamais, eu devo minha vida a você — respondeu ela, antes de sair correndo.
Dirigi-me novamente ao corpo do bêbado imundo e cravei a faca em seu coração, deixando um corte profundo. Em seguida, erguendo-me, lancei uma carta sobre seu corpo.
Deixei o corpo dele em um estado lamentável e fui para casa. Entrei sem ser percebida, dirigi-me ao meu quarto, retirei as roupas manchadas de sangue e coloquei em um saco preto. Em seguida, fui tomar um banho, sentindo-me tranquila com minha consciência.