Capítulo 47

2287 Words
[...] Desde o dia em que passei m*l, Joseph tem insistido para irmos ao médico. Mas não quero preocupa-lo, e também não voltei a me sentir m*l desde aquele dia. Se esse assunto chegar ao ouvido de Iago, ele vai ficar falando o tempo todo, ira me examinar do fio de meu cabelo até o dedinho do meu pé. Eu estou bem, senti apenas um m*l estar. Mas como vou colocar isso na cabeça do meu lindo namorado e na da minha amiga? Consegui adiar o máximo que pude essa minha ida ao médico. Contudo, não teve jeito, Naiara me jogou dentro de um táxi, obrigando-me a ir a força, depois de ter sentindo um pouco de tontura e uma pontada forte na cabeça, que levou-me a vomitar tudo que havia comido no café da manhã. Não contei a Joseph que viria, não quero preocupa-lo por bobagens, tenho certeza que não é demais. Acho que deve ser estresse, passei por muitas coisas nos últimos meses. A pior delas foi a invasão na casa de Joseph. Deus, eu quase enfartei com o susto, me sentir em uma guerra. Naiara - Chegamos, Thaí. Saia por bem ou eu mesma irei tira-la pelo cabelo. Eu não sou Alisson, vamos logo. Deixei meus pensamentos com a risada do meu motorista, que olhava para Naiara com divertimento. Saí do carro antes que a minha amiga cumpra o que disse. Ela pagou o motorista e seguimos para clínica. E se eu tiver com algum doença? E se eu estiver a beira da morte? Fiquei muitos anos trancada dentro de casa sem ver a luz do dia ou escuridão da noite. Posso muito bem ter desenvolvido algum tipo de doença. Meu coração disparou a mil, mas tratei de me acalmar. Lembrei, que alguns meses atrás Iago me obrigou a fazer um monte de exames. Não há possibilidade de ter desenvolvido alguma doença depois, há? Comecei a respirar com dificuldade, Naiara pegou em minha mão e perguntou: Naiara - O que esta acontecendo com você, Thaís? Conte pra mim, não é normal essas coisas que esta sentindo amiga. - Não sei, Nai. Talvez seja os efeitos colaterais de ter ficado tanto tempo trancada em casa. Será que estou com alguma doença grave? Naiara - Pelo amor de Deus, Thais. Não diga isso nem de brincadeira. Agora vamos adiantar os passos. Esta quase em cima da hora. Entramos na clínica e, estou pedindo a Deus que Joseph não tenha nem cinco porcento de ações desse lugar. Não quero que ele saiba se por acaso estiver com a alguma doença, não quero ver meu bebê triste e nem quero vê-lo sofrer por minha causa, ele já sofreu demais. Quando passei pelas portas giratórias, meu nome foi anunciado. Chegou a hora de saber o que tenho, estou preparada. Naiara- Calma, amiga. Ficarei do seu lado, vamos logo fazer esses exames. Fique tranquila, Thaís. Entramos no consultório médico, e a senhora sentada na cadeira a minha frente olhou pra mim de cima abaixo e franziu a testa. Médica - Você esta muito pálida, sente-se. Me sentei, ela levantou, olhou os meus olhos, meu pulso e aferiu a minha pressão. - Tomou café da manhã Thaís? Balancei a minha cabeça negando, não consigo falar. Naiara- Tomou, mas jogou tudo para fora e não comeu nada ainda. Provavelmente, não comerá nada meio dia também. Médica - Hum, vamos fazer alguns exames, Thaís? Confirmei que sim! Ela deu um sorriso gentil e disse...- Não se preocupe, fique calma. Para que sofrer por antecedência? Respirei fundo e solte o ar devagar. - Antes de começar a fazer seus exames, preciso te fazer algumas perguntas. Tudo bem? Consegue me responder agora? - Sim, senhora! Ela deu outro sorriso gentil e começou fazer às perguntas, e dessa vez conseguir responder todas. Algumas horas depois.... Depois de fazer tantos exames, fomos almoçar e passear pelas ruas de Cantville até os resultados ficarem prontos. Senti uma sensação de liberdade incrível e também de esta sendo observada. Não são os seguranças de Joseph, eles já teriam dado com a língua nos dentes, e no minuto seguinte ele estaria aqui fazendo mil perguntas para mim e a médica. - Está na hora de voltarmos, Nai. Os resultados já devem estar prontos. E voltamos para clínica, mas, aquela sensação de ser observada ainda continuava. Minutos depois, chegamos na clínica e me sentir aliviada. Entramos e logo fomos informada que a médica já estava a minha espera. Seguimos para o consultório, entramos e a médica estava séria, séria demais. Meu coração deu um solavanco, meu Deus o que será que aconteceu. Vou morrer! Médica - Se acalme, Thaís. Conseguiu almoçar? Balancei a cabeça que sim.- Olhei todos os seu exames, pelo que vi em sua ficha acabou de fazer vinte e dois anos, estou certa? Franzi a testa sem entender o que a minha idade tem haver com o meu m*l estar. Ela começou a me explicar algumas coisas e o motivos delas. Depois de toda explicação, finalmente descobrir o que tenho. Desmaiei, graças a Deus que estava sentada. Depois de alguns minutos comecei a recobrar os sentidos. Médica - Thais? Está bem? Você teve uma queda de pressão. Olhei para o lado e a Naiara estava chorando. - Não pode ser doutora, há algo de errado. Médica - Não tem nada de errado, senhorita Thais. Você precisa tomar os devidos cuidados como já eu expliquei. E agora meu Deus? O que eu vou fazer? Naiara não conseguia dizer nada, nem sei o que ela esta sentindo. Naiara - Não pense besteira, não seja boba! Ela me abraçou apertado como quem quer dizer: Estou aqui para o que precisar e da um sorriso lindo afirmando que vai dar tudo certo. Eu nem sei o que estou sentindo. Como isso foi acontecer? Médica - Volte com quinze dias! Balancei a cabeça dizendo que sim.- Se você precisar de algum apoio, estamos aqui. O que diabos ela esta pensando? Ah, meu Deus! Naiara - Vamos Thais! Não se preocupe, vai da tudo certo. Balancei a cabeça afirmando que sim, agradeci a médica e seguimos para casa. Meu destino era a casa de Joseph e Naiara a sua casa. Como vou contar isso a ele? Me perguntei! Ah, meu Deus... Iago, Jesus! Comecei a chorar, estou um emaranhado de sentimentos confusos. Olhei para o papel, e não sei nem o que dizer ou pensar sobre isso. ****** Ando de um lado a outro preocupado, já liguei para Thaís umas dez vezes. Por isso não queria tirar os seguranças dela, mas o fiz porquê ela me pediu de um jeitinho que não pude resistir. Estou preocupado, tem uma louca que não pára de me mandar fotos e cartas anônimas. Deus, o que essa maluca esta pensando? E se ela fizer mau a minha Thais? Não, não, não! Balancei a cabeça afastando os maus pensamentos. Alguma coisa esta errada, minha joaninha não ia desligar o celular assim. Ela sabe que eu ficaria louco. Droga, Alisson! Soquei o sofá. Por isso fiquei hesitante em morar na minha cobertura. A minha casa ficava mas próxima da dela. Ouço interfone tocar, mas a minha vontade é de arrebenta-lo, sei que não é a minha Thaís, ela tem a senha da porta e as suas digitas estão gravadas também. E claro, o segurança da portaria a conhece e os meus seguranças também, e o principal, ela não precisa pedir permissão para subir. - Fala. Mando! Segurança - Senhor, tem uma senhorita aqui. Ela disse que precisa falar com o senhor, urgente. Afirmou ser mãe de sua filha. - Ela esta com a criança? Segurança - Sim, senhor! Mas a menina esta dentro do carro com o motorista. - Permita a subida dela! Desliguei e fiquei aguardando a louca. Minutos depois, o barulho da campainha soa por toda casa. Abri a porta e franzi a testa. - Você? O que quer p***a? Sabia que tinha se jogando em frente ao meu carro de propósito. Michele- Precisamos conversar! Não é possível que tenha me esquecido. Achei que tivesse sido especial para você, mas vi que não, logo tratou de arranjar outra. Franzi a testa, eu sei que esse rosto não é estranho. Mas onde eu o vi antes? Onde? -Droga, Alisson! Como pôde não se lembrar de mim? Não vai me convidar para entrar? - Não! Diga o que quer e saia da minha porta, não apareça mais. Michele - Tudo isso é por causa daquela v***a interesseira? Não sabe o quanto estou louca para esmaga-la. Peguei no pescoço dela e apertei. Ela esbugalhou os olhos e que se encheram de lágrimas. - Não gosto de machucar mulheres, mas você esta pedindo. Não ouse insultar a minha futura esposa e muito a ameace. Saia da porta da minha casa e não me venha com essa de que tenho filho com você, quando nem posso engravidar uma mulher. Menti só para ver a reação dela, que parece surpresa. Ela franziu a testa e me encarou! Soltei a desgraçada que começou a tossir, procurando por ar. Michele - Claro que você pode ter filhos, a prova disso esta lá embaixo. Estou decepcionada que além de não se lembrar de mim, colocou outra em meu lugar. - Nunca existiu lugar seu, nem mesmo sei quem é você. Nunca me envolvi com mulheres, a não ser contra a minha vontade e era apenas sexo. E a única mulher que sempre teve o meu coração foi a minha Thaís. Os olhos dela enchem de lágrimas, mais uma doida. - Se não tem mas nada a dizer, com licença. Preciso ir ao encontro da minha mulher agora. Michele - Como você pode mudar tanto, Alisson? VOCÊ DISSE PRA MIM: IREI TE DAR UMA PRIMEIRA VEZ DIGNA DE UMA PRINCESA, NÃO VOU MACHUCA-LA, VOCÊ É LINDA. E NAQUELE DIA ME AMOU COMO NENHUM OUTRO FEZ. Nunca conseguir te esquecer, todos esses anos tenho procurado por você incansavelmente e agora que eu o encontrei não vou desistir. Você é mais meu do que daquela menina. Eu ainda não conseguir assimilar o que ela disse. Não pode ser que essa garota veio das profundezas para atormentar a minha vida. E não, não há possibilidades da filha dela ser minha. Eu usei camisinha e Leôncio fez com que ela tomasse remédio, ele sempre enchia as mulheres de remédios. Talvez ela pense que não vi que Leôncio empurrando o remédio na boca dela. Eu não a amei, só apenas tratei com carinho, não iria machuca-la da forma como Leôncio queria. Ainda assim, precisei pensar na minha Thais para toca-la. Ela era apenas uma menina, uma adolescente, tinha a mesma idade da minha Thaís. Como eu poderia tornar a primeira vez dela traumática como foi a minha? Foi por isso que pedir a Aléf que desce uma quantia generosa a ela, para que começasse a vida em outro lugar. Como ela pode se agarrar a algo que não existe? - Lembrou, Alisson? Eu retornei e quero que você assuma as suas responsabilidade de pai com a minha filha e de bom esposo para mim. - Ficou louca p***a? Eu não sou pai da sua filha, a única coisa que fiz naquele dia, foi impedir que você fosse violentada por meia dúzia de velhos nojentos. Eu te tratei com carinho, não fiz amor com você. E nem vou dizer como conseguir ir adiante. - Joseph? O que esta acontecendo aqui? Thais pára na porta, desviei meu olhar da mulher que tem a face endurecida e olhei para meu coração. Franzi a testa, algo estava errada. Ela estava chorando? - O que você tem, meu amor? Passou m*l novamente? Peguei não mão dela e puxei para que entrasse. - Eu te fiz uma pergunta. O que esta acontecendo aqui? Quem é essa mulher? Michele - Essa mulher é a mãe da filha dele e a mulher com quem ele deveria ter se casado. Thais soltou a minha mão e olhou para mim... -Carinho, sabe que não minto para você. Lembra da garota que te falei? Ela olhou rapidamente para mulher e abriu a boca em descrença. - É ela? Balancei a cabeça dizendo que sim. * Olhei para garota a minha e, posso entender o motivo dele ter me tocado com tanto carinho aquele dia, ele a ama. Foi por ela quem ele chamou aquela noite enquanto me tocava e nem mesmo se deu conta. Eu a odeio com todas as minhas forças. Mas eu também sei jogar baixo e pretendo ganhar. Estudei essa mosca morta por vários dias, ela tem um bom coração e pretendo usar isso ao meu favor. Olhei pra ela e perguntei: Michele - Você não quer deixar uma criança sem pai, quer? Tenho certeza que teve um lar com um pai e uma mãe, vai entender o que estou dizendo. - Mesmo que você faça chantagem com a minha Thaís e ela me deixe, não vou te querer. E já que esta insistindo muito que eu sou o pai da criança, quero um teste de dna. Michele - Eu tenho certeza que ela vai me entender, não é mesmo Thais? Ela ignorou o que eu disse e continuou persuadindo minha garota. - Sim, estou entendendo. E, é por isso que não abrirei mão de criar meu filho sem o pai dele. Você me entende não é mesmo? Ela perguntou ironicamente.- Sinto muito, mas não vou deixar o pai do meu filho e o homem da minha vida só porque você não consegue entender que ele apenas te tratou com carinho em um momento delicado de sua vida. Ele é meu e não pense que sou i****a. Um silêncio se fez no lugar, olhei rapidamente para Thaís e perdi totalmente a voz.
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