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Entramos em um lugar estranho, uma espécie de subsolo, e nesse momento comecei a temer pela vida da minha irmã ao lado desse homem.
Por outro lado, ele a protegeu por todo esse tempo. Fiquei pensando o que teria sido da minha Thais se o amor que ele sente por ela não o tivesse resgatado desse mundo sombrio. O sentimentos que tem por ela não deixou que ele descesse, chegasse ao fundo da escuridão. Nunca acreditei na teoria de que o amor pode tudo, agora já não estou tão certo.
- Não se preocupe, cunhado. Thais nunca será arrastada para essa parte de minha vida, nunca verá, para ela eu sou o Joseph.
Diz ele olhando dentro dos meus olhos, parecendo ter adivinhado os meus pensamentos. Apenas balancei a minha cabeça em concordância e seguimos por um longo corredor.
Assim que entramos na sala, sentir o cheiro de sangue e carne podre. E como médico, devo afirmar que essa pessoa precisa urgente de um hospital, mas, ao lembrar que ele é o assassino de meus pais, a minha ética foi para p**a que pariu.
Ele levantou a cabeça, me encarou com um sorriso cínico, zombeteiro e disse para o neto:
Leôncio - Olha só você, parece um i****a, posso apostar que conseguiu comer a orfãozinha. Eu te dei um b****a virgem, Alisson, mas porque insistiu em algo tão insignificante? Prendeu o seu próprio avô aqui por causa de uma mulherzinha qualquer.
- É por isso que o senhor esta aqui, por ela não ser uma mulherzinha qualquer. Já deveria saber disso, talvez eu teria te deixado livre, se não tivesse mexido com ela. De todas às mulheres, Leôncio, ela foi a sua escolha errada. Entretanto, acabei de descobrir que não é somente eu que quero o seu pescoço. Acabei de tomar uma decisão a caminho daqui, vovozinho, deixarei que os seu inimigos decidam o que fazer com você, claro, depois que meu pai fizer às honras.
Leôncio - Do que você esta falando, i****a? Espero que a sua ninfeta coloque um homem encima da sua cama como a v***a da sua mãe fez com o corno do seu pai. E ainda assim, ele continuou amando aquela vagabunda traidora. Maldita seja a linhagem de Pie...
Franzi a testa!
-Termine, Leôncio, fale? Jogue os podres para fora. Maldita a linhagem de quem? Diga!
Leôncio - Trouxe o irmão da v***a para cuidar de mim, que bom neto eu tenho. Disse ele mudando de assunto...- Já contou quem foi o responsável pelo acidente dos pais dele?
- Sim, inclusive tenho grandes novidades. Eu estou namorando a Thaís. Me sinto feliz, como nunca havia me sentido antes. Ah, meu cunhado tem os punhos fortes, sei disse porque ele me enforcou a poucos instantes. Mas eu não tiro a sua razão, se tivesse uma irmã, faria o mesmo.
Leôncio - E quem disse que você não tem uma irmã? Acho que ela deve ter mais ou menos a idade da sua ninfeta. Se for mais velha, são apenas alguns anos. Seu pai a escondeu de mim, ele achou que nunca ficaria sabendo da bastarda. Pergunte ao seu cão de guarda, ele conhece a sua irmãzinha. Perdi o ar no mesmo instante buscando o olhar de Aléf, e neles eu vi que é verdade...-A mãe da bastarda acabou morrendo. Não é maravilhoso? Ele da uma risada diabólica...- Vai chorar? Vai odiar o seu pai por tê-la criado longe de mim e deixado você em minhas mãos.
Aléf- Não ouça ele, Alisson. Não tem nada a ver. A sua mãe nunca iria aceitar a menina, e o seu pai temia que ela machucasse a garota. Seu pai pretendia levá-lo para conhecê-la, mas, seu avô acabou armando pra ele. O Pedro te ama, Alisson, nunca duvide disso. Ele só soube da garota um pouco antes de morrer, a menina nem sequer teve tempo de saber quem é o pai.
- Porque não me informou sobre isso, Aléf? Dei um soco na parede.
Aléf - Porque o seu pai era quem tinha que contar, Alisson, não cabia a mim. E não daria a você mais uma franqueza, se soubesse da garota, Leôncio usaria isso contra você como usou a Thais.
- Se o meu pai não tivesse vivo, iria deixar a minha irmã por ai sem saber que tem uma família?
Aléf - Não tive permissão do seu pai para te contar isso. E sabe o quanto eu sou leal a ele e a você. Mas seu pai antes de tudo, é o meu amigo, nunca trairia ele. E a menina não esta por ai, esta com alguém da confiança de seu pai. Nem me pergunte, porque eu também não sei quem é. Ela deve ter agora os seus 23 anos, e não, não a conheço. Vi apenas uma vez.
Leôncio - Você é mesmo patético, conte a verdade pra ele. A única pessoa a quem Pedro confiaria essa menina é a traidora da Selene, Aléf, seja menos ridículo.
- Quem é Selene? Na hora que ele abriu a boca para responder, levantei a mão interrompendo...- Depois você me explica essa história, Aléf. E quando eu estiver calmo, porque agora serei capaz de socar a sua cara. Me virei para o irmão da Thais e disse...-Então, cunhado, ele é todo seu.
Ele olhou para cara de Leôncio com uma fúria e se aproximou.
Leôncio - Sabe que eu não sou o culpado pela morte de seus pais, não sabe?
Iago começou a desferir soco em Leôncio!
Iago - Além de ter causado a morte de meus pais, queria abusar da minha irmã e mata-la.
- Conte a verdade, Leôncio, que meu falecido sogro era um agente e estava investigando a sua vida, por isso armou aquela emboscada, uniu o útil ao agradável. Não foi somente para me afastar da Thais que fez isso, vovozinho. Sebastian Muniz, era nada mais, nada menos que Yuri Velasquez, agente Russo. Ele foi contrato para por um pai desesperado para saber quem sequestrou a sua filha. Achou que a menina era apenas filha de uma camponês, Leôncio. Mexeu com gente muito perigosa. Iago rapidamente parou de bater no maldito quando se deu conta do que falei.
Ele se virou pra mim e disse:
Iago - Meu pai não era nada disso, mas sim um simples corretor.
Dei um sorriso de lado e virei o notebook pra ele.
- Leia! Nunca procurou saber o porque de tanto dinheiro na conta de vocês? O seguro nunca pagaria um valor exorbitante desses. Esse valor era o que ele tinha em conta, como agente e trabalhos feitos para pessoas que o contratava, ele ganhava muito bem. Seu pai nunca mostrava o rosto, por isso vivia uma vida pacata e tranquila aqui em Cantville. Yuri Velasquez, ninguém o conhecia, mais era temido por muitos. O seu único erro foi investigar Leôncio com a identidade falsa.
Ele caiu sentado sem acreditar e disse:
Iago - O papai sempre viajava, ele dizia que iria levar alguns clientes para ver alguns imóveis. Quanto ao dinheiro, nunca mexi nele. Sempre achei que alguém tivesse depositado errado, e que logo iria aparecer o dono. Mas se passaram anos e ninguém nunca ligava para cobrar, nem mesmo o banco. Passei um tempo me perguntando se eu deveria mexer nele ou não. Por fim, decidir não tocar, vai que aparecesse o dono reivindicado. Nem mesmo permitir que a Thaís usasse, o dinheiro foi depositado na conta de cada um em valores iguais.
- Agora que você sabe o real motivo da morte de seu pai, não conte a Thaís. Ela pode passar a correr riscos, quanto menos souber, vai ser melhor. Seu pai tinha muitos inimigos, era o melhor agente. Mesmo antes de morrer, conseguiu desmanchar o tráfico humano, da qual o meu querido avô participava. Essa é a raiva de Leôncio.
Essa é a única coisa que pretendo não contar a Thais, Iago, para o bem dela. Peço que não coloque meu corazón em risco.
Iago - Esta me achando com cara de i****a? Já entendi essa merda toda, e não pretendia contar a ela mesmo que você não tivesse pedido. Quero minha irmã longe disso tudo, quanto menos ela souber, melhor. Agora vamos, quero sair desse lugar.
Balancei a cabeça em afirmativa e me levantei seguindo para fora daquele lugar horrível.