Capítulo 40

1622 Words
Pedro: Satisfeito, é palavra que me define nesse momento. Agora ele sabe o que todas às vitimas passaram; agora ele esta sentindo o que meu filho sentiu. Fecho os olhos e ainda ouço seu choro; seus gritos. Ódio é o que sinto por Leôncio e aquela vagabunda. Ela só tinha que proteger, amar nosso filho. Nunca pensei que Amanda teria coragem de deixar alguém machucar Joseph, ele é filho dela. Ouço os gritos do maldito e fecho meus olhos apreciando o maravilhoso som. Pietro - Não tenham pressa, temos o dia todo. - Alef, chame um médico. Não quero que esse infeliz morra, não ainda. Depois que quero que me leve há dois lugres. Pietro - Não quero que vá até aquela vagabunda. Eu já dei meu aviso para ela. - Desculpe, pai. Mas eu preciso ter meu acerto de contas com aquela meretriz. Ela não vai viver do dinheiro do meu filho; não vai viver às custas dele. Pietro - Tudo bem, filho. Só não caia na conversa daquela mulher. Vamos almoçar juntos? - Não, depois eu vou até a fazenda. Mas, amanhã estarei aqui. Pietro - Tome cuidado, o miserável do prefeito pode estar por perto. Eu ficarei mais um pouco aqui, ainda não estou satisfeito. Balancei minha cabeça em afirmativa e sair daquele maldito lugar que assombrou meu menino por anos. Entrei no carro com Alef e perguntei: - Onde mora a menina por quem meu filho esta apaixonado? Me leve até ela. Ele rapidamente olhou para mim e disse: Alef - Ele a ama Pedro, por favor. Não faça Alisson odiar você. E sem contar que se encostar um dedo nela, não só sofrerá a ira apenas do seu filho, mas do pai dela também. A garota é filha de Yuri Velasquez, a lenda que ninguém nunca viu. - Calma, Aléf. Até parece que você não me conhece. Não vou machucar a mulher que meu filho ama. Alef - Eu sei o que esta pensando, Pedro. Ela não é a vagabunda da Amanda. Nunca fará Alisson sofrer, disso eu tenho certeza. Ele a ama de verdade, Pedro. O garoto brincou até de casinha por que ela decidiu que ele tinha que experimentar o que é ter infância. Não posso esquecer do episódio da fazenda, ela deu uma surra em uma das filhas dos empregados, porque a garota se aproveitou do trauma de seu filho para tentar t*****r com ele a força. - Alef, eu não vou machuca-la ou afasta-la dele. Quero apenas conversar com a minha nora. Alef - Eu ficaria com muita raiva se fizesse isso, Pedro. Não pode achar que toda mulher vai ser como Amanda. Desde a sua suposta morte, Alisson parou de sorrir. Mas ele voltou a sorrir novamente, e a Thais é o motivo. Eu tentei amenizar tudo que Leôncio fazia ao nosso garoto, Pedro. Mas àquela menina fez milagres. Me recostei no banco e fechei os olhos, enquanto ele coloca o carro em movimento. Minutos depois ele parou em frente a uma casa.-Pense bem no que vai fazer, Pedro. - Alef, chame a garota, por favor. Ele desceu do carro hesitante e foi chama-la. Logo saiu uma garota na porta, linda, muito linda. Ele fala alguma coisa e ela olha para o carro. Ela balançou a cabeça que sim e se aproximou. Alef abriu a porta, assim que ela me viu arregalou os olhos franzindo a testa. Thaís - Olá, bom dia! O senhor é parece com o meu Josep... - É o pai dele? Ela levou a mão a boca. Encarei ela por alguns minutos sem dizer nada, claro que meu filho se apaixonaria. A garota é fofa e muito bonita. - Sim, eu sou pai de Joseph, seu sogro. Pedro, muito prazer. Estendi a mão que ela pegou prontamente. Thaís - Aconteceu alguma coisa com ele? Ah, meu Deus, espera deixa eu respirar. Agora pode dizer estou pronta. Ela fechou os olhos e abriu devagar. Acabei rindo! Peguei uma de suas mãos sobre as minhas, e disse: - Não aconteceu nada, queria conhecer a garota que faz os olhos do meu filho brilharem intensamente e o sorriso em seus lábios se alargar quando apenas mencionam seu nome. Sabe, Thais. Quero agradece-la por fazê-lo feliz, por não desistir mesmo conhecendo seu passado, por fazer dos seus dias os melhores. E por favor, eu te peço uma coisa, não faça meu menino sofrer. A mulher que se diz mãe dele já fez estrago suficiente na vida do meu filho. Thaís - Aquela mãe horrorosa, ela não é mãe. Às mães de verdade amam seus filhos, não fazem esse tipo de coisa, maldade. Bruxa, isso que ela é, poderia dar uns bons tapas nela. Eu não vou fazer Joseph sofrer, gosto dele, ele faz borboletinhas voarem na minha barriga. Como meu filho não amaria. A garota é um doce até sendo brava. Ri novamente. - Preciso ir agora, mais uma vez obrigada por tudo, Thais. Thaís - Não precisa agradecer. Ah, o senhor esta convidado para o meu aniversário também. - Obrigado pelo convite, mas não vou poder vir. Mas feliz aniversário, depois mandarei seu presente. Thaís - Não precisa se incomodar. Foi um prazer conhecer o senhor. Joseph o ama muito. Balancei a cabeça, ela saiu do carro, me deu tchau e entrou. Alef - Estou feliz por não vou precisar odia-lo. -Fiquei ofendido pela sua pouca fé em mim, meu amigo. Não machucaria alguém que os meus filhos ame, Alef. Agora me leve até a vagabunda. Ele balançou a cabeça e seguimos em silêncio. Minutos depois... Paramos em frente a uma clínica para dependentes químicos. Entramos, conversamos com a recepcionista e nossa entrada foi liberada. Entrei e Aléf ficou esperando na porta, olhei para desgraçada, e puxei o ar dos meus pulmões para me acalmar. Ela esta dormindo, soltei um riso de lado e me sentei na poltrona. Olhei para os quatro cantos quarto, não pude deixar de notar o quanto é luxuoso. Meu filho é mesmo um garoto de bom coração. Parei os meus devaneios com um par de olhos castanhos me olhando, assustada. Amanda - Pedro? Ela se levantou para vir até a mim. Levantei a mão fazendo ela parar no meio do caminho. - Me perdoa, meu amor. Eu o amo! Olhei para cara da vagabunda e a minha vontade é de enforca-la. - Eu só queria que você tivesse amado o nosso filho, Amanda. Eu teria te perdoado se tivesse cuidado dele como uma mãe de verdade que ama seus filhos fazem. Tem noção do quanto estou te odiando agora? Não pense que é por você ter aberto as pernas para Leôncio, não. É pela forma como mesmo se sentindo culpada, deixou àquele monstro machucar meu filho. Isso eu não vou perdoar. Odiou Joseph por achar que era filho do seu amante, sua filha da p**a, vagabunda. Ainda que ele fosse filho daquele infeliz, era sua obrigação como mãe ama-lo, protegê-lo. Ele era uma criança, não tinha culpa dos seu erros. Eu deixei todo o dinheiro de seus pais acessível a você, Amanda. Te dei todo o poder, poderia ter fugido com o nosso filho. Amanda - Pedro, por favor. Eu amo, Alisson. Soltei uma risada sem humor e perguntei: - Ama, Amanda? O que você fez para demonstrar esse amor? Lembra quando Leôncio te bateu e Joseph tomou a frente? - É a minha querida, o verme filmava tudo e mandava para mim. - Por que deixou meu filho apanhar no seu lugar? E nem com essa demonstração de amor da parte dele, você teve a coragem de ser a mãe que ele precisava. - Nunca amou nosso filho, Amanda. Estava em uma batalha consigo mesma entre odia-lo ou ama-lo. Amanda - Você não sabe nada! Eu amo Alisson. - VOCÊ NUNCA AMOU ELE SUA VAGABUNDA. Sei mais do que você pensa. Era apaixonada por Leôncio, Amanda. Mas passou a odia-lo depois que ele começou a te tratar como prostituta. Ele te enganou direitinho e usou. Iludiu você para se casar comigo e roubar todo o meu dinheiro. Armou com o seu pai, Leôncio já tinha fodido você. Só que não estava em seu planos me amar, e nem nos dele. Leôncio ficou puto, passou a te chantagear. Pensou que eu não sabia, Amanda? Amanda - Você me traiu, dormiu com aquela prostituta e engravidou ela. Queria levar a bastarda para dentro da minha casa. - Minha filha não é bastarda, ela tem pai. Aquela casa nunca foi sua, ela é dos meus filhos. E a mãe da minha filha nunca foi uma prostituta, você é sim, é uma. Eu já não era mais seu marido. Você sempre foi mulher de Leôncio, não minha. Amanda - Você é um miserável, Pedro. - Agora chega desse falatório, quero você fora dessa clínica ainda hoje. Não vai viver as custas do meu filho. É melhor pegar o resto do dinheiro que sobrou de seu pai e sumir de Cantville. Ah não posso esquecer, com certeza meu pai te deu uma bolada Amanda- Eu sou sua esposa, Pedro, não vai se livrar de mim tão facilmente. Eu tenho o direito na metade de sua fortuna, sou casada com você. Gargalhei e disse: - Não é mais minha esposa. Aquele papel que você assinou antes da minha suposta morte era nosso divórcio, Amanda. Meu filho não vai mais gastar dinheiro com nada relacionado a você, quero te ver na sarjeta. Saia daqui com a suas próprias pernas, ou será jogada na rua. Não vou permitir que meu filho gaste dinheiro com você, não vai extorquindo-lo. Saí do lugar deixando ela aos gritos. - Me leve para fazenda. Preciso respirar o ar do campo. Entramos no carro e seguimos para fazenda.
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