E adiante

2039 Words
E como o esperado,o tempo parecia conspirar a favor do casal. Agatha estava radiante por ter consigo seu diploma,estava contente por ter alcançado algo tão gratificante. No entanto, parando para pensar e buscando certos desejos em seu interior,ela ainda conseguia sentir aquela saudade; mesmo que tivesse sido desprezada por eles,ela ainda gostaria de que seus pais estivessem lhe prestigiando. Quando deixaram aquele salão de festas, Noah a levou de volta para o apartamento para pegarem suas malas; passariam as férias em Toronto. Então,ao estarem prontos,seguiriam oara o aeroporto. Apesar dos pesares e da forma como tiveram de se esforçar para estarem onde estavam,o casal não negava ter sido uma das melhores conquistas. Noah Agreste tomaria frente a empresa da família em Nova York, iria gerenciar cada filial e cede,seria o nomeado CEO das Agreste investments ,seria o sucessor de seu pai e daria orgulho a família. Havia estudado longos cinco anos,se dedicou cada segundo para que pudesse ser um exemplo a ser seguido. Ágatha também tinha em mãos uma empresa para coordenar,teria de se empenhar para continuar sendo o orgulho de seus sogros e noivo, não os desapontaria em nenhum momento. Desde que começara na universidade,se viu dedicando-se cada segundo e minutos de sua vida para ser uma boa aluna e em breve,uma excelente profissional. Ágatha e Noah seriam a imagem de Pietro e Cecília Agreste. — Baby ruiva! Sabe que não precisa se preocupar,vou estar com você cada segundo que se passar — abraçando a noiva,esse que tremia por medo, Noah selou seus lábios nos fios ruivos de Agatha. Haviam feitos diversos vôos durante aquela estadia em Londres, passaram as férias em algumas cidades e países, então se tornava confuso a forma como a garota se tremia e apertava-se ao abraço do noivo. Entretanto,em um dos últimos vôos qie precisaram fazer, ambos passaram por uma turbulência e, consequentemente,tiveram de fazer um pouso de emergência. — Amor...— apertando a blusa moletom do mais velho, Ágatha fez manha e choramingou. — Calma minha bebê! Vamos ficar bem. Se imagine em Toronto,na casa dos meus pais e sobre os mimos de dona Cecília. Acho que perderei você por ela! — distraindo a mais nova, Noah franziu o cenho ao pensar na possibilidade. Não gostava de ficar longe da ruiva. — Sabe que não lhe troco por nada nesse mundo. Eu te amo e nada será capaz de me fazer esquecer desse sentimento — selou seus lábios aos do rapaz. O relacionamento entre ambos eram incrivelmente saudável; dentre dos quatro anos que estava juntos,nunca tiveram uma briga ou discussão,sempre prezavam pela conversa onde poderiam esclarecer o que de fato poderia estar incomodando um ao outro. Eram maduros o suficiente para conseguirem lidar com os obstáculos que surgiram e ainda estava por vir. Então,se abraçando melhor ao noivo e ao ouvirem a chamada para embarcarem, Agatha sorriu ansiosa para rever os sogros e aproveitarem as férias. Mas o que realmente estava lhe deixando inquieta,era o fato de ter algo a contar,uma notícia que poderia causar certa felicidade naquela família,no entanto, também seria um grande desafio para ambos. Ágatha se acomodou em seu acento ao lado de Noah e suspirou por saber que estava iniciando mais um capítulo de sua história. As páginas de seu livro estavam virando e novas experiências,assim como acontecimentos,se encontravam sendo digitalizados,as palavras formando um dos mais belos relatos. Ela estava preparada para o que viria,mesmo que fosse se surpreender. […] Quando desembarcaram no aeroporto de Toronto, suspiraram em alívio e cansaço. As horas naquele avião pareciam não passar nunca, então era compreensível que ambos implorassem somente por um banho quente e uma cama aconchegante. O percurso até a mansão fora alho rápido e descontraído,pois mesmo que estivessem constando os minutos e segundos para poderem se acomodar confortavelmente en algum quarto,era notoria e não poderia ser escondida a forma na qual aqueles dois jovens se encontravam eufóricos e felizes por , finalmente, estarem juntamente ao casal que mais lhes apoiaram. A casa era enorme, localizada em uma zona mais calma e afastada da cidade. Pietro e Cecília costumam dizer que,mesmo sendo um casal de negócios vivendo em meio ao ciclo acumulativo de pessoas, precisariam se afastar,colocar a mente para descansar e, sabiamente, cuidar de seus corpos e emocionais. Noah e Agatha não pensavam diferente,afinal,uma vida conturbada pode significar muitas rupturas,assim como a exaustão seria significativa. O casal conhecia muito bem cada centímetro e canto daquele lugar,estavam cientes de onde passariam a noite e quais lugares seriam propícios para seus momentos de lazer e descanso, então,com as malas em mãos e um corpo gritando por descanso, ambos pediram licença e subiram. Pietro e Celina,esses que admiravam a forma apaixonado que seu filho e nora conversavam e se olhavam, suspiraram sabendo que seriam mais que marido e mulher,seriam melhores amigos e parceiros em todos os momentos; seriam uma refletida do que eram, o casal Agreste se orgulhava cada vez mais daquele que fora fruto de seus relacionamento. Ágatha abraçou o namorado no momento em que as malas foram deixadas no canto superior do quarto,o abraçou enterrando seu rosto na curvatura do pescoço pálido, exalando uma fragrância masculina muita vem conhecida por si. Com os dedos percorrendo sobre a nuca alheia, acariciou os fios - agora - negros e suspirou selando seus lábios na pele leitosa e imaculada. Naoh lhe abraçou pela cintura,pouso suas mãos sobre o fim da linha de sua coluna e sorriu por comparar a diferença de altura,se divertiu por vê-la ter de ficar na pontinha do pé. Eram uma casal adorável,algo pouco visto naquela sociedade cheia de interesse material. Então, suspirando profundamente, posicionou seu queixo sobre o ombro magro. — Eu te amo, muito! — a declaração foi algo aleatório,mas fora capaz de arrepiar o corpo másculo e forte de Noah. O rapaz sorriu e lhe impulsionou para seu colo,caminhou até a cama e sentou-se a mantendo ali. Seus dedos ágeis a percorreram o rosto delicado e juvenil,contornaram cada contraste e imperfeições - o que para si,era perfeito - então,com o olhar preso aos da noiva, sorriu verbalizando aquilo que era capaz de acelerar os batimentos cardíacos de Ágatha. Não tardaram naquela cama. Ambos tomaram um banho relaxante e se vestiram em roupas leves e aconchegantes, então, fechando as cortinas daquele quarto,o deixando completamente escuro,o casal se acomodaram na cama para conseguirem dormir e repôr toda a energia que haviam gasto. Ágatha fora a primeira a ressonar baixinho,suas condições a obrigavam a tal desgaste físico. […] Seu corpo pesava de forma torturante,afinal,haviam dormido por dezessete horas seguidas; o que fez seus pais questionarem se estavam sob efeito de medicamentos para insônia. Então, deixando um beijo nos fios ruivos e bagunçados de Ágatha, Noah se levantou e caminhou para o banheiro. Se aprontaria para o café da manhã - eram oito e quarenta da manhã - e,conhecendo os pais que tinha,teriam todo tipo de conversa. Ao se sentar na mesa de jantar,após cumprimentar seus progenitores, Noah suspirou por saber que , diferente do que encontrava em sua mesa todos os dias daqueles anos,teria um excelente e prazeroso café da manhã. Sua rotina na universidade não lhe permitia uma boa alimentação, não lhe dava liberdade para comer algo natural e preparado por si. — Onde Ágatha está? Ainda não despertou? — levando a xícara de chá até os lábios, Cecília aguardou a resposta do filho. O rapaz não se surpreendeu com o questionamento de sua mãe, afinal,sabia o quão a mais velha amava sua noiva. Era difícil encontrar família com aquele tipo de convivência,aceitando todas as escolhas e decisões que eram postas a mesa; Noah muito ouviu pessoas próximas a si,dizerem o quão sentiam inveja, cobiçarem o relacionamento de seus pais e a amizade que cada m****o levava em consideração,antes de rotularem seus envolvimentos. — A deixei dormindo,parecia estar bastante cansada. Ultimamente, com todo esse processo de mudança e conclusão da faculdade,assim como a despensa dos estágios, Ágatha tem se desgastado muito. — suas palavras enaltecem o quão preocupado ficava com o bem estar da noiva. Servindo-se com um achocolatado e um sanduíche natural, Noah gemeu em antecipação,o que fizera seus pais segurarem o riso. Gostavam de ter o filho em casa,se divertiam com a forma infantil na qual ele agia a cada coisa que havia perdido o acesso ao se mudar, para eles,era o mesmo que estarem diante da criança de de anos lhe pedindo por algo. — O que tem comido enquanto estava em Londres,meu filho? Não me diga que se entupiu de conservas e alimentos industrializados — o encarando com um olhar afiado e repressor, Cecília questinou preocupada com a saúde de seu menino. — Não se preocupe, mamãe! Apenas não tive tempo de me dar ao luxo de conseguir algo assim,mas juro que tive uma alimentação, quase, saudável — o sorriso nervoso surgiu em seus lábios marcados pelo achocolatado. — Não se preocupe Lia, cuidei muito bem do nosso garoto — causando um pequeno susto nas três pessoas ali, Agatha ponderou na explicação. Sentando-se ao lado do namorado,a garota sorriu e limpou a boca avermelhada com delicadeza. Se sentia envergonhada de beija-lo em frente ao sogros, então, apenas deixou um selar na bochecha e testa do mais velho,esse que compreendeu. Não era a primeira vez,e não seria a última. — Dormiu bem, querida? — carinhosamente, Cecília questinou realmente querendo saber. A conversa se estendeu,e vez ou outra, Pietro se colocava a falar. No entanto,quando deram por encerrado o café da manhã,cada um seguiu para seus afazeres que serviriam como distração para as mentes. Noah e Ágatha optaram por ficarem no jardim,sentindo o cheiro das floresta e árvores, tendo a brisa perfeita para lhes acalentarem. Estando acomodada entre as pernas do noivo,com o corpo apoiado no peitoral forte e másculo, Agatha se deixou levar por pensamentos profundos, questionamentos que lhe deixariam tensa e insegura de seus próximos passos para um bom futuro. Estava feliz em poder ter Noah ao seu lado, lhe apoiando em tudo,no entanto, sentia medo do que poderia acontecer quando fossem para Nova York . As vezes,mesmo que nos mostremos seguros do que escolhemos, da nossa força de vontade e confiança em cada passo que possamos dar,sempre haverá algo em nossos mundo, algo capaz de sucumbir o muro da segurança,aquela afirmativa que sustentamos como um mantra. A realidade é algo mais c***l do que possamos imaginar, mais dolorosa do que qualquer outro relato há mencionado sobre. E Ágatha tinha medo de tudo isso,se sentia um animalzinho indefeso no meio de leões disputando quem iria lhe devorar como prato principal. Era algo difícil de se explicar; tinha opinião própria e queria levar sua vida a outro patamar,no entanto,sempre que pensava na possibilidade de ter contato com seu passado,algo em si parecia lhe congelar no lugar,lhe aprisionando pelas correntes que sua mente criara. Então,mesmo que soubesse ser capaz de ir além do que imaginava,sempre haveria aquela partezinha inocente, gritando aos quatro cantos o quando estava se precipitando,o quão arriscado poderia ser ter esse contato direto. Ela não temia por si,mais sim,pelo o que poderia afetar seu relacionamento com Noah. Ela temia perder aquele que mais amava em todo mundo. E quando se seu conta,estava sendo abraçada pelo noivo,sendo acalentada por estar chorando. Não havia percebido,mais a cada segundo que passava colocando os prós e contras sob a balança de seu racional,suas emoções se abalava e as lágrimas deslizavam sobre sua face. Não havia percebido quando começou a chorar deliberadamente, tão pouco,quando segurou firme o pulso de Noah e o puxou de encontro a si. Estava em pânico somente com a ideia de se perderem em um caminho sem volta. Amar, muitas das vezes pode causar feridas irreparáveis. Assim como também,pode significar a salvação,aquela luz no fim do túnel. E para Agatha, Noah Agreste era bem mais do que aquela chama de esperança: ele era e sempre seria o seu oxigênio,aquela seretonina em seus dias de alegria: ele era o seu mundo inteiro e um pouco mais. Então,se houvesse a possibilidade de o perder em uma das muitas caminhas que teriam, Ágatha se via condenado ao sofrimento eterno. Seriam suas feridas se abrindo e o sangramento imparável escorrendo por cada corte. Não poderia e não suportaria o deixar partir, ainda mais se,a culpada de tudo,fosse suas ações.
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