O mar

1738 Words
evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. Danilo tinha verdadeira fascinação pelo mar. Desde pequeno gostava de olhar as ondas batendo nas pedras, aquele som reconfortante lhe trazia paz interior. Fernando era o seu responsável lhe ensinou, a comer, andar, falar, a ler, escrever, a meditar e a se defender. O menor era curioso com a língua afiada porém era afável, carinhoso e de coração puro. Aceitou o fato de ser oferecido como noivo de braços abertos, nunca questionou seu destino. Mesmo com medo, mesmo imaginando que seu futuro seria a morte pois de acordo com a lenda seu futuro marido seria um grande dragão n***o de três cabeças que guardava o mistério do reino das águas, carregando a água dos rios e mares levando para o céu para a chuva assim ser feita. No dia de seu sacrifício, o ômega de cabelos amarelos entrou na liteira com o traje cerimonial. Estava feliz e triste ao mesmo tempo estava largando sua casa, seus amigos, seu mundo por um desconhecido. Durante o caminho se pensou nas crianças menores que ele cuidava no templo. Por anos ele questionou a palavra família e enfim ele sentiu que teve uma com Fernando, os monges e as crianças, sim, eles eram uma família. Os monges entoaram um mantra repetitivo alguns choravam alto outros escondiam suas lágrimas. O cortejo ia de encontro a estátua de dragão na praia na praia do ômega. A praia aonde o Deus chorou por dias com o corpo de seu amado nos braços, assim dizia a lenda. Ao chegar o Danilo caminhou descalço pela areia, a sua frente no meio do mar uma estátua gigante esculpida na pedra de um dragão com um ômega desfalecido em seus braços. Ao olhar aquilo Danilo sentiu um aperto em seu peito, um desespero a vontade de correr pro mar. Um monge mais velho começou a rezar em voz alta, em uma língua antiga realizando a cerimônia de casamento do ômega com o Deus. Por fim o monge pedia a Gabriel, O Senhor Supremo que desse ao ômega vida eterna e uma eternidade feliz. Ao terminar de dizer essas palavras o monge abraçou o ômega lhe dando um beijo na testa. O loiro caminhou devagar até que seus pés tocaram o mar, aos poucos o céu foi mudando de cor e o dia ensolarado ficou nublado, e a chuva forte caiu molhando todos os presentes. Fernando com os olhos cheios de lágrimas colocou o ômega no barco e lhe entregou um pequeno ramo de flores. Danilo agradeceu abraçando o seu mentor e chorando em seguida. O barco se mexeu sozinho como se ali estivesse um condutor invisível. Ao passar pela estátua seu peito doeu mais uma vez. Pouco tempo depois Danilo se viu cercado de água por todos os lados, não se via mais sinal de terra em nenhuma das direções. O barco começou a rodar lentamente, e antes que se desse conta o ômega estava no meio de gigante redemoinho, que estraçalhou o barco o puxando pro fundo. O primeiro instinto de Danilo foi tentar nadar, se debater, aos poucos ele sentiu que sua vida havia acabado ali e aos poucos foi se despedindo da vida. Até que o ômega sentiu um par de mãos fortes o tirando da água e o carregando nos braços com delicadeza. Em um momento de lucidez, o ômega vê o homem que só conhecia em seus sonhos para logo depois ir perdendo a consciência. Danilo dormiu por horas, ele havia perdido a noção de tempo espaço. Ao abrir os olhos um homem alto de cabelos longos negros extremamente bonito o olhava fixamente nos olhos Danilo dá um grito e se encolhe na cama demonstrando medo. - Até que enfim acordou, eu já estava cogitando a ideia de te devolver pro mar já que é uma oferenda. - i ri enquanto Naru faz cara de que não entendeu.- Sacou?.... Volta pro mar oferenda?....Não????- Danilo balança a cabeça em negativa com ar de medo se cobrindo com os lençóis. -Hmmmm, entendi, mais um sem senso de humor. Bom, vou avisar que você a acordou você anda bem popular por aqui - Quem.... quem é você? - Desculpa minha falta de educação Sou Matheus Deus da fauna e flora, seu cunhado. -Danilo se encolhe mais na cama. - Volto em um minuto, quer dizer em um momento. Enquanto isso... - Matheus abre a porta dando espaço a dez ou mais criadas que entram no quarto como se flutuando. - Cuidem dele, lembre-se, o ômega ainda está muito fraco! O alimentem e o vistam apropriadamente. Matheus sai. Às criadas fazem algo parecido com um ballet tirando o ômega da cama e o colocando na banheira gigante. Sem entender muito o ômega obedece. Em uma hora Danilo estava devidamente vestido com uma bandeja de comida gigante à sua frente. A porta se abre mais uma vez, Itachi volta com uma mulher de cabelos negros e pele clara que sorri olhando o pequeno ômega. O loiro para de comer imediatamente e mais uma vez se encolhe. - Calma criança, você sabe onde está? O menor balançou a cabeça que não. - Você está no Reino das águas, meu nome é Luna, deusa da lua e esse desmiolado aqui do meu lado você já conhece correto?- O ômega balançou a cabeça que sim - Nós cuidamos de você. - Quer dizer eu e minhas ervas cuidamos dele né, mãe. - Matheus diz indignado. - Trabalhei tanto que merecia até tirar uma casquinha antes do meu irmão. - Pare de falar besteiras. - A Deusa bate na cabeça do filho. Danilo ri da cena e Matheus faz cara feia. - Já está rindo, já está bem, pronto pra encarar o assustador dragão de 4 rabos e 3 cabeças que se diz meu irmão. - Matheus ! - Luna o o repreende. - Ele tem que saber a realidade casou com uma aberração. O ômega se encolhe na cama mais uma vez. - Pare, ele vai ficar ainda mais assustado, bom, vejo que acabou de comer e está vestido. Aguenta andar? O Pequeno ficou em com pé com dificuldade as criadas o colocam em uma liteira, os eunucos são chamados carregando o ômega nas costas e em pouco momento Danilo desfilava pelo castelo. As paredes altas, a arquitetura, as figuras, tudo era novo e empolgante para o ômega Ele foi levado para um jardim interno e logo foi colocado no chão. Uma criança linda de cabelos negros e olhos mais negros ainda de aproximadamente uns 5 anos brincava com a Ama e ao ver a Luna saiu correndo correndo para o colo da A Deusa pega o menino no colo se sentando em um banco. O ômega observa tudo atentamente enquanto as criadas o ajudam a sair da liteira. - Venha meu querido. - A Deusa de cabelos negros estende a mão para Danilo o fazendo sentar ao seu lado. - Augusto, ele veio do outro mundo e é seu esposo, vai morar com você aqui no castelo de hoje em diante seja bonzinho com ele, ok? Ao ouvir essas palavras Danilo deu um pulo estava preparado para tudo no mundo menos para aquilo. Augusto o grande e impiedoso Deus das águas era uma criança? Matheus observava a cena e ri. O Pequeno Deus se levantou do colo da mãe olhando feio para o irmão e foi ao encontro do ômega segurando em suas mãos e beijando as mesmas. - Muito prazer, eu sou Augusto.- O menor respirou fundo. - Seu cheiro é bom. - Disse a pequena criatura. Uma outra gargalhada de Matheus e ouvida ao fundo. - Não liga pro Matheus, ele é feio e bobo. Agora foi a vez de Matheus ficar com a cara feia. - O gato comeu sua língua ou você não tem nome? - O pequenino disse com as mãos na cintura bravo com a falta de resposta do noivo. - Mãe, ele veio com defeito! Luna ri. - Calma filho, ele ainda tem que se acostumar conosco, hum?, que tal você convidar o seu novo amigo para uma partida de shogi? (xadrez Japonês) - Você sabe jogar? O ômega balançou a cabeça que sim Logo as mãozinhas habilidosas levaram o ômega até o tabuleiro e em pouco horas depois Danilo estava totalmente relaxado e impressionado com a inteligência do menor. Matheus e Luna assistiam a partida atentamente. - Você acha que foi uma boa ideia apresentar o ômega ao Augusto nessa forma? - Ele tem que amar Augusto de todo o coração independentemente da forma que ele esteja, homem, criança ou dragão. -E você brigou comigo quando eu disse que ele era uma b***a de 3 cabeças. - Olha quem fala, o metamorfo que se transforma em vários animais para seduzir ômegas. - Pelo menos nesse momento estaria aproveitando do cheiro maravilhoso do ômega ali. Faria algo mais prazer que jogar Shogi. - Matheus levando outro tapa. - Aí, mãe Isso dói. - Se você não fosse suas habilidades curativas aos humanos eu já teria te castigado. - Tá, tá, mas agora olha, está anoitecendo. - Ok, vamos levar o ômega de volta pro quarto. Luna se aproxima dos dois pequenos que no momento discutiam a última jogada de Naruto. - Isso não pode- dizia o menor- Pode sim, você que não quer admitir que está em maus lençóis. - Augusto, está na hora de ir, tenho que levar nosso convidado de volta pros seus aposentos. - A manhêêêê, agora que estava ficando bom. - Amanhã prometo que o trago de volta.O Pequeno vai até o ômega e o abraça. - Obrigada por vir. - Você é uma graça, amanhã eu volto. - Vou te esperar bem aqui. Danilo se levanta e entra na liteira. O Pequeno corre e segura a mão do menor. - Você não disse o seu nome. - Verdade, meu nome é Naruto. Ao ouvir o nome do ômega uma dor dilacerante surge no peito do menor. Danilo não percebe o que aconteceu e os eunucos o levam para o quarto. Matheus vai ao encontro do irmão e o abraça Nesse instante a lua surge no céu e Augusto se transforma nos braços do irmão. - É ele, ele está aqui. - Diz Augusto abrindo os olhos. ☆☆☆▪▪▪▪☆☆☆☆☆☆▪▪▪▪▪▪☆☆☆☆☆☆ Votem e me sigammmmmm kct!
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