***
-senhorita, não posso ir mais que isso ou ficarei preso na neve.
- O que? Não não não!
Havia esquecido dessa parte e ligeiramente me bateu um arrependimento de não quer contato ao menos para o meu pai, o moço simplesmente recebeu e foi embora, olhei para os lado e nem se quer uma alma viva passava, a minha volta tudo meio branco e uma meia ladeira pra descer com duas mala parecendo um pinguim.
Lá vai Mia, descendo e empurrando suas duas malas.
-não, não o que mais vai acontecer? A rodinha tinha ficado presa em um galho dentro da neve e eu agachei pra tentar tirar, minhas mãos quase congelaram, por fim eu tirei dei mais alguns passos e escorreguei bati de b***a e minha mala abriu. Deu-me uma vontade de dar um grito, mas me contive, fiquei recolhendo minhas coisas e colocando de volta na mala.
Passei mais um tempo caminhando quando enfim avistei a minúscula "cidade" andei mais rápido que pude e já vi algumas pessoas conhecidas na rua tentando ter certeza que era eu. Como passei quase toda minha vida aqui todo mundo conhecia todo mundo.
-Mia? Um amiga da minha mãe falou comigo.
-oii, como esta?
-eu estou bem e você? Nossa esta diferente.
-espero que seja um diferente bom.
-uma carinha de cansada, mas linda como sempre.
-kkkk obrigada.
-eu vou pedir pro Tomy te ajudar com isso.
-não, esta tudo bem. Ela gritou ele e o adolescente gigante apareceu. Alias cresceu muito em três anos.
-Oi Tomy.
-oi Mia... Falou um pouco tímido como sempre me ajudando com as malas.
-depois vai lá em casa.
-vou sim, sua mãe vai ficar louca.
-concordo, segui meu caminho e mais na frente avistei minha casa, pequena e aconchegante, apressei o passo e bati no ferrinho da porta.
-JÀ VAI! Escutei o grito da minha avô.
Não demorou quase nada ela abriu a porta e tomou um susto dos grandes, MIA! Ela quase berrou e minha mãe apareceu descendo a pequena escada de madeira.
-MIA!!! Gritou ela e veio me abraçar também.
-mas você disse que não ia poder vir.
-ela disse? Perguntou minha mãe.
-surpresa.
-minha filha como você esta magra. Falou minha avó.
-Não estou nada, ganhei até mais uns quilinhos com tanta coisa gostosa que tem em Nova York.
-pra mim está magra e essas comida da cidade grande devem ter um gosto r**m. Sorri e fui entrando depois de agradecer ao Tomy.
-Alias, não quer entrar e comer algo, aposto que tem comida.
-Não, obrigada, preciso ajudar minha mãe também. Respondeu e foi embora.
-está cansada? Vou fazer um chocolate quente, tem biscoito.
-ta bom. Sentei à mesa e mesmo cansada eu me sentia ótima.
-cadê o papai?
-foi comprar mais lenha pra lareira.
-hmm, vi que ainda não começaram com a decoração de Natal.
-Atrasamos um pouco esse ano, mas vamos comprar e juntar todos pra enfeitar o vilarejo.
-que bom que não estou atrasada então. Minha vó me deu a xicara e eu fechei os olhos sentindo aquele cheirinho incrível.
-o melhor de todos! m*l posso esperar pra comer os biscoitos.
-sabe que não são feitos agora.
-vovó, por favor!
-sem chance, somente no dia. Fiz biquinho e ela foi abrindo as vasilhas com bolachas, bolos, tudo que ela mesmo fazia.
-como está seu trabalho?
-bem.
-só isso? Concordei.
-e o Josh? Por que ele não veio? Queria conhece-lo?
-bem, ele... nesse momento à porta abriu me livrando de ter que contar que não deu certo.
-Pai!!
-MIA! HEHEHE! Falou o meu senhor favorito me dando um abraço.
-eu sabia que esse natal seria o melhor! Quando chegou?
-agora a pouco.
-vamos comer e beber licor pra comemorar!
-pai eu já comi.
-mas não fizemos um brinde com licor!
-ta bom. Concordei e minha vô colocou as taças na mesa pegando o licor de fruta.
-AO MELHOR NATAL! Brindamos e bebemos tudo de uma só vez.
-acho que preciso de um banho.
-a água está bem quente.
-tenha cuidado que o chuveiro está ficando com defeito, abra devagar.
-certo.
-pode deixar que o papai, eu o grande papai, leva suas coisas.
Sorri, concordei e subi. Entrei em meu antigo quarto, pequeno, mas o melhor de todos, abri um pouco a janela que dava de frente com a janela da casa vizinha. Estiquei meus braços e fechei novamente, fui tomar um banho, pois estava mais que necessitada, deixei que a água quente corresse por meu corpo permitindo me trazer leveza.