NEVADA

751 Words
*** -senhorita, não posso ir mais que isso ou ficarei preso na neve. - O que? Não não não! Havia esquecido dessa parte e ligeiramente me bateu um arrependimento de não quer contato ao menos para o meu pai, o moço simplesmente recebeu e foi embora, olhei para os lado e nem se quer uma alma viva passava, a minha volta tudo meio branco e uma meia ladeira pra descer com duas mala parecendo um pinguim. Lá vai Mia, descendo e empurrando suas duas malas. -não, não o que mais vai acontecer? A rodinha tinha ficado presa em um galho dentro da neve e eu agachei pra tentar tirar, minhas mãos quase congelaram, por fim eu tirei dei mais alguns passos e escorreguei bati de b***a e minha mala abriu. Deu-me uma vontade de dar um grito, mas me contive, fiquei recolhendo minhas coisas e colocando de volta na mala. Passei mais um tempo caminhando quando enfim avistei a minúscula "cidade" andei mais rápido que pude e já vi algumas pessoas conhecidas na rua tentando ter certeza que era eu. Como passei quase toda minha vida aqui todo mundo conhecia todo mundo. -Mia? Um amiga da minha mãe falou comigo. -oii, como esta? -eu estou bem e você? Nossa esta diferente. -espero que seja um diferente bom. -uma carinha de cansada, mas linda como sempre. -kkkk obrigada. -eu vou pedir pro Tomy te ajudar com isso. -não, esta tudo bem. Ela gritou ele e o adolescente gigante apareceu. Alias cresceu muito em três anos. -Oi Tomy. -oi Mia... Falou um pouco tímido como sempre me ajudando com as malas. -depois vai lá em casa. -vou sim, sua mãe vai ficar louca. -concordo, segui meu caminho e mais na frente avistei minha casa, pequena e aconchegante, apressei o passo e bati no ferrinho da porta. -JÀ VAI! Escutei o grito da minha avô. Não demorou quase nada ela abriu a porta e tomou um susto dos grandes, MIA! Ela quase berrou e minha mãe apareceu descendo a pequena escada de madeira. -MIA!!! Gritou ela e veio me abraçar também. -mas você disse que não ia poder vir. -ela disse? Perguntou minha mãe. -surpresa. -minha filha como você esta magra. Falou minha avó. -Não estou nada, ganhei até mais uns quilinhos com tanta coisa gostosa que tem em Nova York. -pra mim está magra e essas comida da cidade grande devem ter um gosto r**m. Sorri e fui entrando depois de agradecer ao Tomy. -Alias, não quer entrar e comer algo, aposto que tem comida. -Não, obrigada, preciso ajudar minha mãe também. Respondeu e foi embora. -está cansada? Vou fazer um chocolate quente, tem biscoito. -ta bom. Sentei à mesa e mesmo cansada eu me sentia ótima. -cadê o papai? -foi comprar mais lenha pra lareira. -hmm, vi que ainda não começaram com a decoração de Natal. -Atrasamos um pouco esse ano, mas vamos comprar e juntar todos pra enfeitar o vilarejo. -que bom que não estou atrasada então. Minha vó me deu a xicara e eu fechei os olhos sentindo aquele cheirinho incrível. -o melhor de todos! m*l posso esperar pra comer os biscoitos. -sabe que não são feitos agora. -vovó, por favor! -sem chance, somente no dia. Fiz biquinho e ela foi abrindo as vasilhas com bolachas, bolos, tudo que ela mesmo fazia. -como está seu trabalho? -bem. -só isso? Concordei. -e o Josh? Por que ele não veio? Queria conhece-lo? -bem, ele... nesse momento à porta abriu me livrando de ter que contar que não deu certo. -Pai!! -MIA! HEHEHE! Falou o meu senhor favorito me dando um abraço. -eu sabia que esse natal seria o melhor! Quando chegou? -agora a pouco. -vamos comer e beber licor pra comemorar! -pai eu já comi. -mas não fizemos um brinde com licor! -ta bom. Concordei e minha vô colocou as taças na mesa pegando o licor de fruta. -AO MELHOR NATAL! Brindamos e bebemos tudo de uma só vez.  -acho que preciso de um banho. -a água está bem quente. -tenha cuidado que o chuveiro está ficando com defeito, abra devagar. -certo. -pode deixar que o papai, eu o grande papai, leva suas coisas. Sorri, concordei e subi. Entrei em meu antigo quarto, pequeno, mas o melhor de todos, abri um pouco a janela que dava de frente com a janela da casa vizinha. Estiquei meus braços e fechei novamente, fui tomar um banho, pois estava mais que necessitada, deixei que a água quente corresse por meu corpo permitindo me trazer leveza.
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