O frango

1357 Words
Amores comentem muito por favor!!! * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Felicith Alguma coisa me mandava voltar a dormir, alguma coisa me mandava não abrir os olhos, alguma coisa dizia para mim mesmo, o sono e um bom lugar, o sono e um lugar seguro. Porem ninguém nessa vida pode dormir por todo tempo, ninguém pode dormir para sempre, o para sempre, sempre acaba. Eu não queria acordar, porem, lentamente abri os olhos, então o peso da realidade atingindo-me imediatamente. A minha visão era um borrão por um momento antes de se ajustar à figura que estava sentada ao meu lado. Era King, os seus olhos repletos de uma tristeza e compreensão que eu nunca vira antes. Ele segurava a minha mão com um aperto suave, como se estivesse tentando transferir um pouco de sua força para mim. As lágrimas desciam pelos meus olhos —Preciso da sua poção magica — Eu disse apertando a sua mão — Uma dose foi o suficiente mon petit (minha pequena) Respondi soluçando — Eu queria continuar dormindo, abrir os olhos e um verdadeiro pesadelo — Encarar a realidade, as vezes e a melhor forma de se manter a sanidade — Eu, eu não quero viver a realidade, ela doi, machuca, e muita dor! — Você vai passar por isso, nos vamos, eu estarei ao seu lado. Ele tinha olhos cinzas como os seus cabelos, e tão cheios de dor, olhos tão cinza e tão transparentes que eu via a dor em sua alma então ele disse: — Felicith — ele começou, sua voz embargada, e eu sabia, antes mesmo de ele continuar, que as notícias não eram boas. — Eu sei, a minha a mãe... ela não resistiu. Eu sabia, no fundo eu sabia que a minha mãe havia me deixado e eu estava sozinha no mundo, mas falar em voz alta doia mais, muito mais! O mundo pareceu desabar sobre mim. Senti uma onda de náusea e uma pontada aguda de dor, como se mil agulhas estivessem perfurando meu coração. Eu quis gritar, quis fugir daquela realidade, mas tudo o que consegui fazer foi soltar um soluço profundo, como se estivesse tentando expulsar todo o meu sofrimento. Lágrimas jorraram dos meus olhos, molhando o rosto de King à medida que ele me puxava para si, tentando proteger-me da tempestade de tristeza que tomava conta de mim. Eu chorei descontroladamente, permitindo-me sentir todo o peso da perda, cada parte da dor aguda que parecia nunca terminar. A segurança de seus braços era a única coisa que me impedia de desabar completamente. — Felicith, eu sinto muito — ele murmurou em meu ouvido, sua voz rouca. — Eu estou aqui. Estou aqui com você, eu estou aqui para você. Nós nos seguramos daquela maneira por um longo tempo. O mundo lá fora continuou, indiferente à minha dor, mas naquele quarto, o tempo parecia ter parado, permitindo-me lamentar, sentir e, eventualmente, começar o longo processo de cura. A minha vida nunca mais seria a mesma. Eu era uma garota de 17 anos que havia perdido tudo, meus pais, minha vida, meu tudo. Eu tinha os meus pais, um irmão adoravel, uma vida feliz, e agora eu não tinha nada, nada mesmo A dor da perda é inexprimível. E o funeral dos meus pais foi um dos momentos mais difíceis que já vivi. O dia estava nublado, como se o céu compartilhasse da minha tristeza, envolvendo tudo em uma atmosfera sombria e melancólica. Apesar de tudo, foi um funeral simples, mas digno. Era exatamente como eu queria, e como meus pais teriam desejado. Nada de ostentação, apenas uma celebração silenciosa de suas vidas e de seu amor um pelo outro. Em cada momento, eu sentia a presença forte e constante de King ao meu lado. Ele não havia soltado minha mão desde que chegamos. O seu apoio silencioso, seu olhar repleto de empatia e compreensão, tudo aquilo era uma âncora para mim em meio ao turbilhão de emoções. Depois da cerimônia, ele me levou para sua casa. O trajeto foi feito em silêncio, com apenas o som suave do motor do carro cortando a quietude. Ele me conduziu pela grandiosa entrada, e eu podia sentir a atmosfera pesada da casa, como se os muros também estivessem lamentando minha perda. — Felicith, — ele começou, enquanto me guiava por um corredor longo e ricamente decorado — quero que conheça algumas pessoas. Foi então que fui apresentada a Marco, Edgar e Lilith. Eles pareciam tão diferentes entre si, mas todos tinham um olhar compreensivo e uma postura de apoio. Edgar, com sua aparência misteriosa e penetrante; Marco, com uma serenidade quase palpável; e Lilith, com seus olhos vivazes e curiosos. — E esta — King disse, chamando uma mulher de meia-idade, com cabelos grisalhos elegantemente presos e uma postura impecável — é Lais, minha secretária, minha conselheira, alguém que me ajuda todos os dias. Lais estendeu a mão, e eu notei uma força surpreendente por trás daqueles olhos castanhos. — Sinto muito pela sua perda, Felicith — ela disse com sinceridade. Lais, com sua presença calma e acolhedora, tinha uma aura maternal que acalmava qualquer um. Enquanto nos sentávamos à mesa posta para um almoço pós-funeral, percebi que cada m****o da família de King havia feito questão de estar presente, para me acolher e prestar solidariedade. Lilith, observando minha hesitação diante dos talheres, sussurrou palavras de apoio. — Essa quantidade de talheres e assustadora, faz igual a mim, coma com as mãos! lilith tira uma coxa de franco com a mão colocando em seu prato. Edgar, com seu olhar penetrante, afirmou com confiança: — sua porquinha sem educaçaõ ensinando coisas erradas para Felicith, querida use talheres, ele pega um canivete enorme corta um pedaço do peito do franco, depois corta e coloca em sua boca Marco puxa o resto do frango para ele e comei=u com as mãos, Lais então fala seria - Eu juro por Deus que eu que eu tentei dar educação para esses selvagens, mais desisto. Quando king chegou a mesa a empregada trouxe os nossos pratos e colocou em nossa frente, um file suculento. — Porque nos ganhamos frango assado e vocês um prato chique? - Lilith fala roubando a outra coxa do prato de marco. — Quando vocês deixarem de ser animais e virarem pessoas normais, Deus estamos com visitas. - Lais disse — Ela ja é da familia e a nossa caçulinha, uma menina perdida como nos, então estou só tentando dar a ela uma boas vindas — Agora chega, finjam que são civilizados, e comam direito! - Lais ralha enquanto King come sua refeição chique completamente alheio a confusão. Então eu ri, meu primeiro sorriso em dias. Todos riram comigo menos king que mais parecia um lord ingles Foi então que Lais, depois de servir-me uma porção de sopa, disse: — Trouxe suas malas do hotel. Estão no quarto de hóspedes. Acho que é melhor você ficar aqui por um tempo. Eu balancei a cabeça, grata. Ela continuou: — Felicith, sei que é um assunto delicado e a última coisa que você deseja pensar agora, mas... você não tem mais ninguém no mundo. Precisará de um tutor até completar a maioridade. Se desejar, estou disposta a cuidar de você até lá. Olhei para Lais, surpresa. Em seus olhos não havia piedade, apenas uma determinação suave e uma vontade genuína de ajudar. Ela, assim como King, estava me oferecendo uma tábua de salvação em um mar de tristeza. Engoli em seco, tentando formar palavras, mas nada saía. Finalmente, com a voz embargada, disse: — Obrigada, Lais. Não sei como agradecer por toda a bondade. Ela sorriu suavemente, dando um leve aperto em minha mão. — Não é necessário agradecer, Felicith. Estamos aqui para ajudar.
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