King
A música envolvente de um saxofone preenche a atmosfera do ambiente, luzes suaves e um murmúrio constante de conversas e risadas permeiam o ar da boate. Lá do alto, do meu escritório privativo, observo através das vidraças tintadas o balé harmonioso de corpos e almas que dançam e se embriagam na ilusória sensação de libertação que a noite oferece. Eles não sabem o que se esconde por trás das paredes ornamentadas e dos sorrisos acolhedores de meus funcionários.
Para o mundo à luz do dia, sou conhecido como um empresário bem-sucedido, o CEO de uma corporação imaculada, conquistador de fortunas e corações. Mas quando a noite cai e as sombras se estendem pelas esquinas de Nova Orleans, uma coroa muito diferente repousa sobre a minha cabeça. Uma coroa forjada nos abismos do submundo, no sangue e no sofrimento daqueles que ousaram desafiar as minhas regras.
Meus olhos varrem a multidão abaixo, capturando fragmentos de histórias que se desenrolam sem a menor ideia do que se esconde nas profundezas deste lugar. As regras são claras e simples: você dança sob a minha melodia ou é eliminado da pista.
Com um suspiro suave, trago o charuto cubano aos lábios, a fumaça azulada serpenteia pelo ar enquanto pondero sobre os caminhos que me trouxeram até aqui. A dor e a vingança são velhas amigas; elas seguraram minha mão quando, naquela noite fatídica, vi minha família ser destruída diante dos meus olhos. São elas que sussurram em meus ouvidos a cada decisão tomada no trono que construí, sobre os corpos e segredos daqueles que ousaram se opor a mim.
Meu traje impecável, embora usualmente destinado a causar uma impressão em meus negócios legítimos, servia agora como uma armadura simbólica. Afinal, acredito na frase que diz de que, quando se vai para a guerra, deve-se vestir apropriadamente.
Algumas mulheres com cabeças tão vazias quanto minha paciência passam por mim rindo e dando tchauzinho,
Estou velho para essa merda - Falei para mim mesmo.
Eu era um bilhete premiado, isso mesmo, sentar em minha mesa para essas moças era como ganhar na loteria, as mulheres vinham na boate sempre querendo meter as garras em um dos irmãos Drogo, mas também, sou um pacote completo, bonito, rico, inteligente, solteiro e acima de tudo e não menos importante, bom de cama.
Okay, que homem arrogante, tenho certeza que vocês devem estar pensando nisso nesse exato, mas como diz uma musica antiga, eu tenho que manter a minha fama de cafajeste, a fama de homem que não dorme com uma mulher uma segunda vez.
Um outro grupo de meninas passam pela frente da minha mesa, olhei para um lado, para outro, porque não ganhar um boquete não e mesmo?
Olhei para Maverick, um dos meus seguranças e disse a ele para chamar a menina, a loira com a boca carnuda.
Ele a chamou, e eu fui na frente para o escritorio, não queria chamar a atenção dos fotografos, 10 minutos depois a mulher entra, e antes mesmo de eu falar alguma coisa ela vem ate mim e me beija, e não demora muito para a boca da mulher descer e subir em mim sem encostar o dente, so com Era um carinho constante de labios, lingua e garganta, a mulher me levou aos ceus fazendo aquelas covinhas na lateral da boca como quem faz sucção, a verdadeira boca de boqueira.
Eu estava quase lá quando Marco entra no meu escritório, a mulher para Automáticamente, nesse momento se eu estivesse armado, a mulher iria ganhar um tiro e Marcos também!
—Fora v***a! O assunto é sério - Marco disse
Marcos grita a mulher sai me deixando literalmente de p*u na mão.
Mas antes que eu proteste meu irmão diz sério.
— Você realmente e um estraga prazer! - Eu disse vestindo a roupa, querendo matar um!
Ele me olhou bufando!
— Fizeram de novo! agora foram três meninas!
Automáticamente a minha raiva passou, eu tinha problemae maiores que uma f**a interrompida
Terminei de me vestir, coloquei o dinheiro para a mulher em cima da mesa e sai do meu escritório da boate
Entendam, eu sou um criminoso, sem dúvidas, mas um com princípios. Eu dominei a arte da sobrevivência na selva urbana, operando meus negócios ilícitos com uma mão de ferro, porém, mantendo uma certa ordem e decência em meus domínios. Ninguém usava mulheres em minha cidade. Ninguém causava caos e panico no meu reino. Essas eram as minhas regras, e elas eram sagradas.
“Regras...” A palavra girava em minha mente enquanto meus homens e eu avançávamos, sinistros e implacáveis, em direção ao antro daqueles vermes de duas rodas.
Os turistas vêm para cá para beber, se divertir, comer bem e ouvir boa música. A nossa diferença com Las Vegas, por exemplo, é que aqui nós temos alma, e em Vegas não. Em Vegas, qualquer filhodaputa se cria; aqui no meu reino temos Classe e mandemos nossas mulheres seguras, tudo bem, podem me chamar de hipocrita, acabei de f.oder a boca de uma mulher que eu nem mesmo sei o nome, e que provavelmente eu nunca mais vou ver, porem ela não foi obrigada a nada, e vou deixa-la sã e salva em casa, e se eu não esquecer irei mandar flores amanhã.… Eu não, minha secretária deve falar com o motorista e ele deve contar que eu mandei ele levar a menina para casa, e Lais a minha secretária trovão deve mandar as flores. Aliás ela tem convênio com a floricultura. Conselho para vida, seja um canalha mas seja canalha gentil.
Mas vamos voltar aos problemas,algum clube de motociclistas desgraçados estão tirando a minha paz quase inexistente. Mulheres vêm para nossa cidade, com as amigas para uma noite tranquila ou despedida de solteira. Então esses caras andam se aproveitando das mulheres e as drogando, muitas vezes vendendo as meninas para carteis de prostituição. O único problema é que meus homens ainda não conseguiram localizar os filhos da puta... até o momento.
Saí da boate com gosto de sangue na boca e fomos atrás dos homens. A noite em Nova Orleans estava apenas começando, e eu estava pronto para pintar a cidade com o sangue dos transgressores. A lua, pendurada baixa no céu, seria a única testemunha de nossa caçada. E a melodia sinistra do jazz, tocando em algum lugar distante, seria a trilha sonora do caos que estava prestes a se desenrolar nas ruas escuras e úmidas.
Mas não importava quantos becos percorrêssemos, quantas portas chutássemos ou quantos suspeitos interrogássemos. Os sinais dos culpados desapareceram na névoa noturna da cidade, como se tivessem sido engolidos pelas sombras que nós, a Máfia, uma vez controlávamos com tanta certeza.
O amanhecer se desenhava no horizonte, uma faixa tênue e laranja que começava a se infiltrar entre os edifícios de Nova Orleans. Meu maxilar estava cerrado, a frustração fervendo em meu peito enquanto retornávamos à minha mansão, cada célula do meu ser vibrando com uma raiva silenciosa e uma sede de vingança que jamais seria plenamente saciada.
Eu queria matar os filosdaputa, mais eles sumiram.
* * * * * * * ** * * * * * * * * * * ** * * *
Eu nunca fui fã de recitais, gosto de musica clássica, mas odeio ouvir aquelas crianças que m*l sabem segurar um instrumento se achando betoven só por estar em cima de um palco, sem falar que crianças são incrivelmente irritantes,
Mas como eu sou patrocinador do teatro municipal, me chamaram para ser jurado em uma competição de violino, admito que fiquei intrigado. Talvez estivessem buscando alguém com um ouvido mais "apuradp e sensivel" para a música como o meu, mas e por eu ter um bom ouvido e que eu odeio recitais.
Optei por levar minha irmã, Lilith, como minha acompanhante. A ocasião parecia uma ótima desculpa para nos tirar da rotina, mesmo que ela detestasse esse tipo de evento.
— Por que diabos tenho que usar estes saltos? E essa roupa?! Parece que estou indo para um baile da terceira idade! - Lilith reclamava, tentando equilibrar-se nos saltos enquanto descíamos os degraus de nossa mansão. - Sem falar dessa calcinha, esse troço fica entrando na bund,a, prefiro minhas cuecas femininas
— Sabe, para alguém que pode intimidar homens duas vezes o seu tamanho, é engraçado ver você derrotada por um par de saltos, e uma calcinha, provoquei, tentando conter o riso.
Ela me lançou um olhar feroz, mas havia um brilho travesso em seus olhos.
— Ria agora, mas vou lembrar disso na hora de dividir a herança
Eu ri. — Você parece deslumbrante, como sempre.
Ao chegarmos no recital, fui cumprimentado por diversas personalidades conhecidas, mas foi quando uma jovem ruiva subiu ao palco que tudo mudou.
Felicity.
Ela estava lá, sua postura era de total concentração, o violino repousava sob seu queixo com familiaridade e graça. Mas quando ela começou a tocar, fui transportado para outro mundo.
As notas que saíam daquele violino não eram apenas sons, mas emoções puras. Ela tocava com uma paixão e intensidade que faziam seu corpo inteiro se mover em harmonia com a música. Os cachos ruivos balançavam a cada movimento, refletindo a luz e criando uma aura dourada ao seu redor.
A beleza de Felicity era atemporal. Os seus traços delicados, olhos verdes intensos e a forma como a luz do palco brilhava sobre ela a faziam parecer um anjo. Um anjo que desceu à Terra apenas para compartilhar sua música divina.
Eu estava fascinado. Naquele momento, todo o ambiente, as pessoas, os ruídos, tudo desapareceu. Só havia ela, seu violino e aquela música celestial que parecia ser a única coisa que importava.
Lilith, percebendo a minha reação, inclinou-se e sussurrou em meu ouvido: "
— Nunca vi você assim antes.
—Ela e linda
—E tem um terço da sua idade, agora para de babar na menina
Eu apenas sorri, ainda absorto pela visão e som de Felicity. Naquele momento, tudo o que eu sabia era que tinha encontrado algo - ou alguém - que mexia comigo