“Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito, tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos, e o fogo genital transformado em delícia.” Pablo Neruda Eu ainda fiquei congelada por alguns instantes, sem saber o que fazer apenas o observando até ele desviar o olhar e falar logo em seguida; — Laurel… É a primeira vez que ouço meu nome sair daqueles lábios e o tom de voz dele faz um arrepio cruzar meu corpo, mas o ignoro e me afasto permitindo que ele entre, fechando a porta logo em seguida. Se algum dos vizinhos o visse tenho certeza que viraria o assunto dos moradores do prédio pelos próximos dois meses. — Eu… vou ahm, troca de… roupa — gaguejo parecendo uma criança acoada. Ele move a cabeça em afirmação e eu ando o mais rápido possível em direção ao quarto,