Maxsuel, vulgo Monstro....
ALGUMAS HORAS ANTES...
Não saberia dizer se tive um sonho, um pesadelo ou uma experiência morte com um anjo. Na minha mente eu tinha visto a Galega, mas é claro que tudo era fruto de um delírio e da minha mente de o****o emocionado. O que aquela X9 de merda estaria fazendo na favela, cuidando de mim? Quando abrir meus olhos e minha mente parou de delirar, minha realidade me passava a cara a tia Zélia.
— Água — a sede me matava. Tia Zélia pegou um algodão, mergulhou no copo e espremeu devagar na minha boca.
— Não se esforce. — a coroa falou amável — já chamei o seu irmão, disse a ele que estava acordando.
— Tia, só a senhora cuidou de mim?
— Não, eu não sou cirurgião. — responde como se fosse óbvio.
E era óbvio, nunca que aquela vagaba estaria aqui cuidando de mim e se fosse assim, não deveria está todo emocionado. deveria está pensando em qual maneira iria passar ela, sem direito a volta do inferno.
Não demorou muito e Micha adentrou o quarto. Eu estava lesado, mas conhecia bem a cara que meu mano estava. Cara de que alguma merda estava acontecendo. O que não daria para mim naquele momento, era se o morro tivesse lombrado. Além da expressão de boladão, também tinha o alívio de me ver vivo.
— Duro na queda do c*****o. — foi o que ele disse assim que me viu. Era a maneira de Micha dizer que estava feliz de me ver vivo.
— Que p***a tá acontecendo? — pergunto já tentando entender, toda a merda que se passava a minha volta.
— Nada, você só se preocupa em ficar 100 por cento novamente. Mas irei lhe tirar daqui e pôr no bunker.
Tia Zélia que ajeitava algumas coisas por ali, interveio. — É melhor falar logo para o menino o que está se passando, vai por mim meu filho.
Micha olha de canto de olho para a coroa, esse era o jeito dele quando ficava puto com uma intromissão, mas respeitava a pessoa o suficiente para não mandar ela tomar no cu.
— Ainda bem que acordou para eu poder te tirar daqui, Paraiba vai invadir a Faz Quem pode, quer tomar seu morro. — ele resolveu falar.
—
— Filho da Putta. — espremi sob os dedos o lençol que forrava a cama. — e eu aqui todo fodido, não poderei fazer p***a nenhuma. O comando é seu mano, não quero e nem estou em condição de resolver p***a nenhuma. Mas quando estiver bem, esse cueiro do Paraiba me paga, isso se você não acabar com ele antes.
(...)
Foi dolorido vir para o bunker, na hora de descer a escadaria sangrei um pouco e os curativos tiveram que ser trocados. Eu já odiava esse lugar, que mais parecia um buraco de rato, mas ao ver a cara de Jão, meu padrasto minha raiva aumentou.
— Não tinha uma enfermeira melhor? — soltei minha ironia.
— Que bom meu filho! Você é duro na queda.
— Vai se f***r, filho é o c*****o. — deixei claro como a presença dele não era bem-vinda.
— Mano é melhor ficar de boa com o Jão, querendo ou não é da sua familia.
— Família dele é a Marcela, quem está cuidando da minha irmã?
— Ela está com a vizinha, enquanto eu ficar aqui com você.
Não gostei de ouvir aquilo, Marcela era danada e sem controle ficava desgovernada. No entanto, realmente naquele estado, nada eu poderia fazer.
Micha saiu, ainda era madrugada e o horário que alemão invade. Nossos homens sempre estavam preparados para uma guerra, mesmo assim, seu general tem de estar lá para tomada de decisão. Pus uma série na tv. tomei o antibiótico, o remédio para dor e não demorou muito eu adormecer.
(...)
— Pai, não ferra! Eu só quero ver o meu irmão.
Acordei com a voz de Marcela, levantei da cama feito o c*****o de uma lesma. Fui até o Jão que estava sentado no sofá. — Cadê minha irmã.
— Marcela não está aqui, você sonhou.
— Vai vendo hein! Estou com a p***a do corpo frajelado, mas não sou o****o seu pela saco.
— Vou preparar seu café da manhã. — O cheira rola se limitou a dizer.
Enquanto Jão se dirigiu a pequena cozinha do bunker, me sentei no sofá aonde ele estava, meu ex padrasto apenas levou com ele o rádio comunicador, o celular estava jogado no estofado. Chamei a Marcela pelo app de mensagem.
"Fala aí, mano aqui."
"Max!!! Pai para de mentira eu sei que é você."
"Sou eu p***a, você feio no bunker não foi? Ouvi sua voz."
"Ta aí a prova de que não é o Max, ele jamais chamaria esse buraco de bunker. Ele chama de beco da lacraria"
"Sou eu c*****o, tu é chata pra c*****o. Na moral, pergunta alguma p***a que só nós dois saberia?"
"Com o nome da mina que você está todo emocionado?"
"Nenhuma. Ta maluca!"
"O que eu tinha para falar é sobre ela, como ela não existe, não tenho nada para falar,"
"Peste! O nome da galega é Triana."
"Liga para o d***o do seu irmão, isso se ainda der tempo."
"que merda da acontecendo?" ´perguntei sentindo meu sangue que vazava, ferver.
"Saiu arrastando a mina lá pro afofo, pelo que estou sabendo vai ter farra e pão careca, liga para ele rápido. Fui tentar te falar mas meu pai não deixou entrar."
DEra uma vagabunda falsa de merda, me traiu. No entanto, Micha não tinha esse direito, a galega era problema meu.