capítulo 3

1468 Words
- A mesa 3 quer uma garrafa de vodka. - saltei os olhos pelo que o Afonso disse. - Isso porque está no final da noite. - rimos. Pego a garrafa e vou até a mesa. Deixo para eles a garrafa e quando olho pra mesa da janela Shawn ainda estava lá. Ele estava mechendo no celular e em um segundo eu pude ficar olhando para ele sem ele me olhar. - Tá esperando oque ? - não entendi oque Debby queria dizer. - Como assim? - Tira esse avental e vai com o garoto. - Mas eu tenho que terminar. - Você trabalha mais que todo mundo aqui a sua vida toda! - ela desfaz o laço do meu avental. - Não tem o menor problema em sair antes do horário hoje. - eu sorri para ela e dei um abraço na mesma. Corri para o banheiro e fui trocar de roupa. Coloquei uma calça jeans e uma blusa azul escuro que estavam na minha bolsa, soltei meus cabelos e passei uma água no rosto. Eu não estava nada arrumada, mas sai assim mesmo e fui até ele. - Acho que quero outra vez uma carona. - disse para ele que bloqueia o celular e sorri para mim. - Para você eu dou carona até para Marte se quiser. - sorri toda boba para ele e o segui até fora do bar. Ele vestiu sua jaqueta de couro preta e subiu na sua moto. Ele me entrega o capacete, mas minhas mãos estavam ocupadas então ele o coloca na minha cabeça. Seu olhar sobre mim era tão bom e ao mesmo tempo invasivo. - Obrigada. - digo e subo na moto logo depois dele. - Quer ir pra casa ou eu posso te levar para dar uma volta? - Eu vou aceitar dar uma volta. - sorri. Agarrei em sua cintura e dessa vez sem ele pedir. Como da outra vez, ele correu feito um foguete me fazendo fechar os olhos o máximo possível para não ver a velocidade em que estávamos, mas eu podia sentir o vento batendo em mim como um boxeador bate no outro. A moto foi parando aos poucos. Olhei ao redor e estávamos na praia. Assim que ele parou eu desci e ele também. Tiramos os capacetes e fomos para perto da água. - Eu gosto da praia, mas faz um tempo que não venho. - digo. - Eu gosto do som das pequenas ondas. - ele diz e dessa vez parecia tão doce. - Você perguntou sobre mim, mas e você ? Me fala de você. - sentamos no chão. Estava vazio, era mais de meia noite. Seu olhar vai longe e ele demora a falar. - Eu sou do Canadá. Minha família se mudou para perto daqui. - ele faz uma pausa. - Eu vim pra Miami. - Canadense, hum. Como é o Canadá? - Não faz o calor daqui. - ele ri - Eu prefiro o calor. - Eu também amo o calor. Eu amo tudo que é quente. - assim que paro de falar noto que ele o entendeu minha frase com malícia ao me olhar com aquele sorriso sexy cheio de intenções. - Eu gosto de coisas quentes também. - Seu rosto vira pra mim e vejo seu maxilar apertado. Ele era a perdição. - Tipo oque ? - minhas palavras m*l saem. Minha boca estava seca e eu nervosa. - Tipo a senhorita. Você é quente e eu sinto isso só de te olhar. - suas palavras me deixavam com vontade. Oh Deus! - Talvez você seja mais quente que eu. - Podemos testar essa teoria. - ele se aproxima de mim e coloca uma mão na franja do meu cabelo a colocando atrás da orelha. A outra mão segura a minha cintura e seus olhos caem sobre a minha boca de uma forma tão gostosa de ver que eu senti a minha espinha arrepiar. - Talvez a gente pegue fogo se eu for mais quente que você. - ele sorri e seu sorriso foi a gota d'água. Eu me derreti por ele naquele momento e avancei nos seus lábios. Senti sua boca invadir a minha de uma forma tão desesperada e boa. Sua mão passa atrás do meu pescoço me trazendo mais para ele. A mão que estava na minha cintura me pega com força e me coloca em cima dele. Eu estava em cima do mesmo de pernas abertas enquanto ele me beijava e sua mão invadia as minhas coxas. Sinto sua mão tocar as minhas costas por dentro da blusa e acabo dando um pulo ao me arrepiar quebrando o beijo. Olhei para ele que estava com o olhar fixo em mim e sorri. Sai de seu colo envergonhada e voltei a olhar para frente. - Miami estava prestes a ser queimada por um incêndio. - ele diz me fazendo rir. - Seu bobo! - Caio da gargalhada. Com um dedo ele vira meu rosto para ele outra vez. - Você é quente como eu gosto. Até seu sorriso é quente garota. - ele sorri. - Eu gostei muito de te conhecer. Eu espero que você aceite sair comigo, talvez amanhã? - Eu trabalho até às dez amanhã. Pode ser depois das dez? - Quando quiser. - Então combinado. - dei um sorriso para ele e voltamos a falar de coisas aleatórias. Ele era extremamente legal, mas era muito intimidante. A forma dele me olhar me deixava sem jeito e até seu jeito me deixava sem jeito. Isso não era algo r**m, era resultado do que ele fazia comigo. Ele mexia comigo e eu apenas o conheço a dois dias. Ficamos conversando sobre algumas coisas até que o celular dele tocou e ele ficou sério. Parecia ter sido alguma coisa grave. Ele se levantou e disse que precisava ir. - Eu te levo pra casa. - ele disse sério e me deu o capacete. Coloquei o mesmo e seguimos pra minha casa. Ele corria mais ainda do que antes. Eu estava quase tremendo de medo. Em pouquíssimo tempo estávamos na porta do meu prédio. Desci da moto e dei o capacete para ele. - Foi muito bom, obrigada! - Eu também gostei. Nos vemos amanhã. - ele sorri, coloca o capacete e acelera a moto. Fico observando o mesmo ir embora e parecia que eu não queria que ele fosse. Assim que entrei em casa percebi que Debby não tinha chegado ainda. Fui tomar um banho e em seguida me deitei na minha cama. Fiquei pensando no beijo em que demos. Eu daria tudo para repetir aquele beijo. Apaguei pensando nisso... No outro dia acordei com Debby me sacudindo na cama. - Oque é isso Debby? - digo irritada. - Quero saber tudo de ontem. - Que horas são? - olho no relógio e era sete e meia. - Jura que me acordou essa hora ? - Fala logo garota! - ela gritava tão alto que me sentei na cama totalmente acordada. - Não tem oque falar. Ele me levou pra praia e ficamos conversando. - Não rolou nenhum beijinho? - Bom... - ela sorri. - Rolou um beijo e que beijo! - respiro fundo e Debby não se aguentava. - Me conta mais. - Nós nos beijamos e foi bom. Na verdade foi muito bom. Ele é maravilhoso. - Seu olhar tá brilhando. - Não, não tá. Oque quer dizer ? - Você tá apaixonada Camila! Apaixonada! - ela começa a gritar e isso me faz rir. - Não tô Debby! - Tá apaixonada sim. Nunca vi seus olhos brilharem assim garota. Eu tô vendo como você tá. Até tá saindo do trabalho oque nunca aconteceu! - Debby, para! - reviro os olhos. Me levanto e arrasto ela pra fora do meu quarto. Tranco a porta e deixo ela de fora. Volto a me deitar. Eu estava com muito sono então voltei a dormir. Acordei era umas dez horas com alguém batendo na porta. Me levantei e Debby nem estava mais em casa. Fui até a porta e abri. - Bom dia dorminhoca! - Oi Afonso. - eu estava com cara de sono mesmo. Ele entra e eu fecho a porta. - Não tem desculpa, hoje vamos na praia. - Não sei, eu tô cansada. - Você vive assim, mas vamos fazer oque ? Vai vestir alguma coisa pra gente ir. - Tá bom! - reviro os olhos e vou colocar um biquíni preto e por cima um short jeans e uma camiseta rosa básica. Escovo os dentes e arrumo o cabelo. Volto pra sala. - Isso, agora vamos lá! - sorrio tentando parecer animada e saímos de casa. O Afonso amava pegar onda então eu tinha que ir com ele sempre na praia. Sempre que eu estava disposta... Vamos lá né!
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