Nunca tive problemas em acordar cedo. Aliás, sempre me perguntei por que as pessoas reclamam tanto. Acho gostoso levantar, olhar a janela e saber que Deus está sendo muito gentil em me presentear com mais um dia nesse mundo cão, cheio de fome, desgraça e miséria, mas que ninguém quer sair dele. Porém, aquela segunda-feira não estava legal. Chovia muito e o tempo estava horroroso. O episódio do roubo do celular não saia da minha cabeça por três básicos motivos: o primeiro, de ordem financeira, seria a grana que eu teria que desembolsar para comprar um aparelho novo; o segundo, a chateação que seria perder um dia todo na fila da operadora para que eles fizessem a gentileza de me atender; e o terceiro, e na verdade o que mais me incomodava, eu não tinha o telefone do João Thomas e precisava,