Capítulo 19

1131 Words
**P.V. Príncipe Lien** Em poucos minutos, fomos cercados por vários soldados. Mário levou o prisioneiro para interrogatório, e os outros recolheram os corpos dos que morreram. A nossa tarde de diversão foi por água abaixo. Alguns soldados levaram Sofia e Elisa para o palácio, onde ficariam seguras, enquanto Solomon e Rolf examinavam a área. Ao longe, vejo Kiara se aproximando, e vou na sua direção, grato por, sabe-se lá o que, ela ter se mantido longe do perigo de hoje. — Oi, o que houve aqui? — pergunta. — Uma emboscada, tentaram me matar. — posso ver a preocupação no seu rosto. — Você está bem? — pergunta, descendo do cavalo e começando a examinar-me. — Não se preocupe, estou bem. — digo, abraçando-a, então vejo-a soltar um pequeno silvo de dor. — O que foi? Você se machucou? — Eu estou bem. Agora à tarde, uma das aldeãs entrou em trabalho de parto, então fui ajudar. Quando terminei, vim correndo para encontrar vocês, mas não vi um galho no caminho e ele acabou batendo no meu ombro. — levo um susto com o que ela disse, agarro o ombro do seu vestido e tento ver o seu machucado, mas ela não deixa. — O que está fazendo? — Quero ver o seu machucado. — Não precisa, já fiz um curativo no caminho. — Deixe-me ver se está muito machucado. — Não, e não vai pegar bem você fazer isso na frente dos soldados. — diz ela, segurando o lugar que machucou. Quando olho em volta, várias pessoas estão nos observando. — Desculpe, só fiquei preocupado. — Está tudo bem, só preciso ficar com o braço quieto por um tempo. — diz ela, pegando a minha mão. Apesar de tudo, continuo feliz por ela não estar aqui na hora do ataque. — Alteza, já verificamos tudo, podemos ir. — diz Rolf, se aproximando. — Tudo bem, vamos voltar ao castelo. Acredito que o rei já deve ter sido informado do ataque. — Acredito que sim, alteza. — Vamos voltar. — alguns guardas seguiram na nossa frente, enquanto os outros estavam ao nosso lado e atrás, formando uma barreira em volta de mim e Kiara. Quando chegamos ao castelo, os outros já nos esperavam na sala. — Príncipe Lien, você está bem? — pergunta o rei, vindo na minha direção. — Sim, majestade, não sofri nenhum dano. — Fico feliz em ouvir isso. E você, minha filha, nem imagina o alívio por saber que não estava lá na hora. — Eu estava ajudando com um parto, papai. — diz Kiara, sorrindo. — Isso é bom, mas precisamos investigar. O povo daqui sempre foi pacífico, isso não deve ser obra de alguém daqui. — Também acredito nisso, majestade. Na nossa viagem, pude observar o quanto o povo é tranquilo e hospitaleiro. — Vamos redobrar a segurança, ninguém aqui sai mais sozinho. — diz o rei, olhando para todos na sala. — Isso não se aplica a mim e à Elisa, não é, majestade? — pergunta Sofia. — Infelizmente, querida, vocês estavam no local. Quem planejou isso pode querer usá-las para chegar ao príncipe, então não posso permitir que andem desprotegidas. — Também concordo, majestade. — digo ao rei. — A partir de hoje, vocês não saem mais sozinhas. Quero guardas 24 horas acompanhando vocês, e também quero vigias na porta dos quartos. Quero que inspecionem os quartos de todos vocês antes de entrarem. — Farei isso, majestade. — diz Solomon. — Já separei alguns dos melhores para o serviço. — Excelente! Kiara, não quero que você saia do castelo, e se precisar sair, que seja com uma escolta numerosa. Me ouviu? — Desta vez, não vou discutir, papai. — Ótimo. Elisa, você também ficará no castelo, e as outras atividades estão suspensas. — Como ordenar, majestade. — diz, fazendo uma reverência. — E você, Sofia, vou mandar preparar um quarto aqui para você. Não vou deixar que retorne para a sua cabana. Mesmo com escolta, lá é muito perto da floresta, fácil de fazer uma emboscada. Mas você poderá continuar a trabalhar normalmente, por ora o campo de treino é seguro. No entanto, você também terá uma escolta. — Como desejar, majestade. — Quero todos aqui no castelo às cinco da tarde, e evitem sair sozinhos. Todos concordam com o rei. Era melhor ter precaução, ninguém sabia quando o inimigo atacaria novamente. — Meninas, vão tomar um chá na cozinha. Preciso ter uma conversa em particular com os outros. — diz o rei, sinalizando para que o acompanhemos até a biblioteca. Entramos e fechamos a porta. — Então, príncipe Lien, o que eu ainda não sei? — Eu fui salvo por um dos seus soldados, majestade. — o rei me olha confuso. — Quem? — Não sei, vi-o poucas vezes e não sei o seu nome. — Você o conhece, general? — pergunta o rei, voltando-se para Rock, que ainda estava em silêncio. — Sim, majestade, ele mora numa cabana na floresta, mas dadas as circunstâncias, acredito que não vai encontrá-lo lá. — todos parecem confusos. — Mas por quê? — Ele não faz parte do nosso exército. Apesar de ser habilidoso, prefere ficar distante, mas sempre ajuda quando precisamos. — Você já verificou o histórico dele? — pergunta Rolf. — Sim, ele está limpo, é do nosso reino mesmo. Tem poucos contatos com outras pessoas, apenas eu consigo conversar com ele. — Isso é estranho. — diz Solomon. — Sei que parece, mas para mim, que já convivo com ele há vários anos, já me acostumei. Ele é confiável, não se preocupem. — Gostaria de agradecer a ele pela ajuda. — digo ao general. — Isso não vai ser possível, alteza. Eu conheço-o bem, a essa hora ele já deve estar longe. Seria perda de tempo procurá-lo. — Mas você garante que ele não é um risco? — pergunta o rei. — Sim, majestade. Ele pode ser diferente, mas é de confiança. — E o prisioneiro? — Vamos interrogá-lo amanhã, majestade. — diz Rock. — Muito bem, façam de tudo para que ele fale quem ordenou o ataque. — diz o rei, sentando-se. — Quero que Solomon pessoalmente vigie Kiara. — Não será um problema. Hoje mesmo ficarei de guarda. Os novos guardas já foram designados também, por ora não precisamos nos preocupar. — São confiáveis? — pergunta o rei. — Eu mesmo os escolhi, majestade. — responde Rock. — E os guardas para o príncipe, quem escolheu? — Eu escolhi, majestade. — diz Rolf. — O general Rock auxiliou-me e, com base nos treinos que tivemos, separamos bons guardas. — Excelente! Não quero falhas na nossa segurança. — Não haverá, majestade. — responde Rock. O clima estava tenso, mas precisávamos focar no nosso objetivo, que era encontrar quem orquestrou o ataque.
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