capítulo 26

1023 Words
P.V. Princesa Kiara Subimos as escadas e passamos no quarto de Sofia primeiro. Ela ficou superfeliz em sair um pouco do castelo. Arrumamos as nossas coisas em tempo recorde. Quando descemos, Nana já nos esperava com o almoço pronto. — Essa mesa está muito bonita, Nana — elogiei. — Comam bem. Também preparei um lanche para depois — disse ela, aproximando-se de mim. — Vai ser ótimo, obrigada. Almoçamos e seguimos para os estábulos. Os meus pais já estavam lá nos esperando. — Entrem naquele quarto e troquem de roupa — disse o meu pai, apontando para uma porta. Entramos e encontramos três mudas de roupa separadas. Vestimo-nos rapidamente. As roupas cobriam tudo, deixando apenas os olhos à mostra. — Mandei selar cavalos que normalmente não usamos. Eles não têm nenhum símbolo nas selas. Também ordenei que alguns soldados vigiassem a estrada, então vocês estarão seguras. — Obrigada, papai. Vamos tomar cuidado — respondi, abraçando-o. — Não se preocupe, majestade. Cuidaremos dela — garantiu Sofia. — Conto com isso — disse o meu pai. — Cuidem umas das outras — acrescentou a minha mãe, dando um abraço em cada uma de nós. — Não se preocupe, mãe. Ficaremos bem — respondi, já montando no cavalo. Seguimos viagem de forma tranquila. Havia realmente vários soldados do meu pai na estrada, que reconhecemos pela forma como nos cumprimentavam. Quando a noite começou a cair, um dos soldados do meu pai nos guiou até uma clareira na floresta, onde um pequeno acampamento havia sido montado. Descansamos ali, pois na tarde seguinte chegaríamos ao reino dos Mandrack. Acordamos cedo, tomamos um café rápido e voltamos à estrada. — É tão bom sair um pouco — comentou Sofia. — Também acho. Estou curiosa para saber se o Dylan já se casou — disse, rindo. — O príncipe já é comprometido? — perguntou Elisa. — Mais ou menos. Ele ama alguém no reino dele — expliquei. — Duvido — rebateu Sofia. — Em matéria de conquista, o príncipe é meio devagar. — Então vamos aproveitar a nossa estadia para dar umas dicas a ele — sugeri. — Verdade. Só uma garota entende outra — concordou Elisa. — Com certeza — acrescentou Sofia. Na hora do almoço, paramos debaixo de uma árvore próxima à estrada para comer. Enquanto comíamos, vimos duas pessoas pararem para conversar. — O serviço já foi feito? — perguntou um deles. — Acredito que a emboscada acontecerá a qualquer momento — respondeu o outro. — Ótimo. Vou informar ao mestre que tudo está conforme o planejado. Ao ouvir a conversa, rastejei devagar até próximo da estrada, escondendo-me atrás de uma árvore. Esperei um dos homens se afastar e, então, silenciosamente, me aproximei do outro. Tapei a sua boca e pressionei um punhal contra a sua garganta. — De que emboscada vocês estavam falando? — perguntei. Ele não respondeu. Em um movimento rápido, deu-me uma cotovelada no estômago e tentou fugir. Corri atrás dele e o derrubei com uma rasteira. Segurei o seu braço, torcendo-o para trás. — Se não falar, eu te mato aqui e agora. — Se eu disser, vou morrer de qualquer jeito. Vai se f**er! — Kiara! Você está bem? — perguntou Sofia, aproximando-se. — Kiara? — disse o homem, surpreso. — Então você é a p**a da princesa? Antes que ele pudesse continuar rindo, dei um soco no rosto dele. — Me dá seu punhal, Sofia — pedi, e ela entregou. — Você não sabe com quem está lidando. Vai se arrepender das suas palavras — falei, cravando o punhal nas costas dele. — Sua desgraçada! — gritou ele. — Resposta errada — retruquei, retirando o punhal e cravando-o novamente. Os seus gritos de dor ecoaram, mas não o soltei. Ao longe, vi Elisa horrorizada, com as mãos cobrindo a boca. — Vou perguntar de novo: para quem é a emboscada? Ele continuou em silêncio, então torci o punhal na sua carne. — Está bem, eu conto! Só pare! — Então fale. — É para o príncipe Lien. Fomos contratados para emboscá-lo e matá-lo. — Quem mandou? — Eu não sei. Só conheço o homem que estava aqui. Não sei quem é o mandante. — Tudo bem — disse, soltando o braço dele. Ele pareceu aliviado, mas, antes que pudesse reagir, puxei o seu cabelo e cortei a sua garganta. Ouvi o grito de pavor de Elisa, enquanto Sofia me olhava com admiração. — Você ficou boa nisso — comentou ela, sorrindo. — Tive muitos anos para me preparar — respondi, indo até Elisa. Ela deu alguns passos para trás, tentando se afastar de mim. — Não temos tempo para isso, Elisa. Não vou te machucar, mas precisamos ir — falei, passando por ela e correndo até o meu cavalo. — Vamos — disse Sofia, pegando a mão de Elisa e puxando-a. — Sem descanso. Ele está meio dia à nossa frente. Temos que correr — avisei, montando no cavalo e disparando pela estrada. Após alguns minutos, Sofia e Elisa me alcançaram. Tudo o que passava pela minha mente era chegar a tempo. Corríamos como loucas pela estrada. Com o tempo, os cavalos começaram a demonstrar cansaço, mas não paramos. Vi a tarde cair, e a minha preocupação só aumentava. De repente, ao longe, ouvi o som de espadas se chocando. Cutucando o meu cavalo já exausto, consegui fazê-lo disparar. Logo vi a cena: corpos espalhados pelo chão e o que restava da escolta de Lien. Mário estava ferido no braço, enquanto Rolf apresentava várias manchas de sangue pelo corpo. Lien e Solomon ainda estavam de pé, mas claramente exaustos. Restavam pelo menos dez inimigos atacando. — Fiquem aqui. Eles não podem nos reconhecer — ordenei a Sofia e Elisa, antes de disparar em direção ao confronto. A preocupação estampada nos rostos deles era evidente, afinal, não tinham como saber quem eu era. Saltei do cavalo e cravei o meu punhal nas costas de um dos inimigos. Virei-me rapidamente e chutei outro, passando o punhal na sua garganta. Quando os demais me notaram, vieram na minha direção. Mas eu tinha uma vantagem: estava descansada. Puxei o outro punhal da bota e avancei.
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