Então ela estava aqui. Quando me viro Kelly está segurando uma pasta na mão, perto do balcão e perto de uma porta de vidro que dá para os fundos. Seu rosto está branco. Cético e até meio apavorado. Ela olha para exatamente todas as pessoas e coloca a pasta no balcão. Enquanto passa pelas clientes, seus saltos são a única coisa que quebram o silêncio, mas desconfio que se chegar perto conseguirei ouvir a sua respiração agitada. -Oi, algum problema? -Ela pergunta, mas não para mim, para Brinna. Finge que nem me vê. -Kelly, achei que você não tivesse vindo hoje. -Brinna responde, deixando claro em seu tom de voz que está mentindo. Kelly entende e assente, continuando seu teatro. -Esse rapaz quer falar com você. -Diz a garota, apontando para mim como se Kelly não fosse capaz de me ver se