Vou até a copa do prédio para pegar um café e voltar ao trabalho. É um espaço aberto, sem portas, mas com paredes com treliças de madeira em ambos os lados que dão para o restante das salas do primeiro andar. Estou quase ultrapassando uma dessas paredes quando vislumbro um movimento na copa, perto do bebedouro e da máquina de café expresso no canto. As aberturas das treliças me permitem ver apenas o suficiente para reconhecer duas silhuetas, um homem de terno e uma mulher com vestido azul claro. Podem ser umas das várias pessoas que trabalham nesse andar, mas as vozes que se seguem me fazem parar e ficar atrás da parede. -Eu ainda não sei por qual razão você fez isso. Sinceramente, não dá para entender. -É a voz de Oliver que soa. A silhueta do terno está andando a passos lentos de um lad