Vampiros entre os humanos

1537 Words
Angel A Chloé veio para minha casa para nos arrumarmos, segundo ela já que essa era a última festa do ensino médio tínhamos que ir arrasando. Mesmo que fossemos nos sentir duas deslocadas quando estivéssemos lá, era sempre assim nas poucas festas que fomos. Somos mais de ficar em casa vendo um filme legal e comendo pipoca, essa coisa de estar em uma confusão com um monte de adolescentes bêbados não é para a gente. Mas eu tenho um objetivo que é deixar o meu protetor no limite e essa missão começa agora. Eleanor_ Tem certeza mesmo que de vai a essa festa? A Vovó pergunta quando nos vê descendo as escadas já prontas para sair. Angel_ Tenho sim. Claire_ E com essa roupa? Angel_ Qual o problema com a minha roupa? Pergunto olhando para o meu vestido azul tomara que caia, é verdade que não costumo usar peças assim, principalmente marcando o meu corpo, sempre fui mais adepta de uma boa calça jeans, mas qual é, estou indo a uma festa e se quero deixar alguém puto de ciúmes preciso de armamento pesado, por isso a maquiagem e os cabelos soltos além do salto alto. Claire_ Nada, você só... Eleanor_ Está diferente. Chloé _ Gostaram? Eu quem a produzi. Minha amiga diz empolgada sem entender que a palavra diferente nesse caso foi dita de forma negativa. Eleanor_ Minha neta está linda é que... Esquece, deixa para lá, aproveitem a festa. Por que tive a impressão de que a vovó está me escondendo algo? Claire_ Só tome cuidado. Angel _ Vou tomar, eu prometo. Chloé _ Bom, então vamos? Angel_ Sim, até mais tarde para vocês. Digo dando um beijo na mamãe e outro na vovó e seguindo a Chloé para fora. Chloé _ Tive a impressão de que elas não queriam muito que você fosse a essa festa. Angel _ Elas só estranharam, só isso, quer dizer, em quantas festas nós fomos nesses quatro anos de ensino médio? Chloé _ Acho que em umas duas ou três e isso foi lá no segundo ano. Angel_ Nós detestamos cada uma delas. Chloé _ É mesmo, da última vez dissemos que nunca mais iríamos a uma festa. Angel_ Pois é, por isso elas estão achando estranho. Chloé_ E, olhando por esse lado, é estranho mesmo, só espero que a gente não fique deslocada dessa vez e curta um pouco. Angel_ Eu também. Digo pensativa, tudo que passa pela minha mente é o meu protetor, será que ele vai me procurar como das outras vezes? Se bem que eu o mandei ir embora e disse para ele não voltar mais. Não, ele sempre volta, só espero que dessa vez não seja diferente, eu estava realmente chateada com ele. Por que tanto mistério? Será que ele é muito feio, é isso? Se for esse o caso, eu não me importo com aparência. Ou será que ele se acha muito velho para mim? Como ele me acompanha desde a minha infância, acho que ele não é tão jovem, mas eu até prefiro assim, sempre achei os caras da minha idade imaturos. Chloé _ Alô, terra chamando Angel! Balanço a cabeça saindo dos meus pensamentos. Angel_ A desculpa Chloé, estava distraída. Chloé , só pensando no cara misterioso de quem você gosta, né? Não vai mesmo me contar quem é ele? Ela pergunta cheia de expectativa, mas como responder algo que nem mesmo eu sei? Angel_ Um dia quem sabe. Ela bufa irritada e desliga a chave do carro. Chloé_ Não sei porque tanto mistério, chegamos. Olho mais adiante e vejo a casa do Josh toda iluminada, como sempre, a uma multidão de adolescentes bêbados no jardim, é até difícil passar por eles para entrar na casa. Chloé _ Se eu te disser que já estou me arrependendo de ter vindo, você vai me achar uma covarde? Angel _ Não, porque também me sinto da mesma forma. Mas já estamos aqui né, então vamos entrar. A porta já está aberta em um entra e sai de gente com copos de bebida, quando finalmente conseguimos passar vemos uma grande sala abarrotada de pessoas dançando. Chloé _ Uau! Parece que a escola inteira está aqui. Angel_ Ok, para mim já deu, vamos embora, prefiro mil vezes pegar um cineminha. Chloé _ Estou logo atrás de você Joshua_ Angel! Você veio! Bem, quando estávamos dando meia volta, a voz do Josh nos faz parar. Dylan_ Onde vocês estavam indo? Tive a impressão de que era embora. O Dylan diz olhando para a Chloé, eles meio que estão ficando, ele até convidou ela para o baile, só não estiveram juntos em público ainda, mas vendo a forma como ele está olhando para ela, acho que ele está mais do que disposto a fazer isso hoje. Chloé _ Nos só... Íamos para fora tomar um ar aqui está muito abafado. Dylan_ Então vem, vamos sair daqui. O Dylan diz estendendo a mão para ela que olha para mim incerta. Angel_ Pode ir. Eu digo dando um sorriso tranquilizador. Josh_ Quer dar uma volta também? Já reparei que você não gosta muito de multidões. Angel_ Como sabe disso? Josh_ Foram anos te observando de longe. Suas palavras me fazem lembrar do meu protetor, será? Não acho que não, se for esse o caso quando ele começou a me "proteger" ele também era uma criança, isso não faz muito sentido, mas sei la vai saber né. Angel _ Acho que dar uma volta seria legal. Respondo ignorando o que ele disse sobre me observar. Passamos pela porta da frente e seguimos para os fundos da casa. O lugar está vazio, vazio até demais para o meu gosto. Angel_ Achei que a festa estava rolando aqui também. Josh_ Não, disse ao pessoal que essa parte estava interditada. Sabe como é, se eles tivessem destruído o canteiro de rosas da minha mãe, ela acabaria comigo. Angel _ Não estou vendo rosas nenhuma aqui? Digo olhando para todos os lados, de repente o corpo sem vida Chloé cai do segundo andar diante de mim. Angel_ Aí meu Deus!!! Chloé!!!! Grito desesperada e tento alcançá-la, mas uma mão pesada puxa os meus cabelos e me leva para longe. Olho para cima e vejo o Josh me arrastando, seus olhos estão vermelhos e ele emana maldade. Angel_ Josh, o que está fazendo? Pergunto sem entender o que está acontecendo. Angel _ Me solta, Josh, preciso voltar lá, a Chloé tem de ir para um hospital! Joshua_ Sua amiga está morta! Se fosse você, me preocuparia mais com a própria vida agora. Ele responde com uma vez sinistra que me causa arrepios. Tento de tudo para fazê-lo me soltar, mas é inútil, o aperto em meu cabelo não diminui nem um pouco. Enquanto ele me arrasta, procuro por uma pedra ou qualquer coisa com a qual possa golpeá-lo, mas não tenho sucesso em minha busca. Do nada, ele me puxa para cima e prensa o meu corpo contra uma parede áspera que machuca a minha pele. Seu rosto chega bem próximo do meu enquanto sua mão aperta o meu pescoço. Olhando agora assim tão de perto, vejo que ele já não se parece com o Josh. Angel_ Você não é o Josh. Digo com dificuldade. … _ Claro que não, o seu amigo já virou lanchinho há muito tempo, assim como a sua amiga e o namoradinho dela. Ele fala e posso ver as enormes presas saindo da sua boca com um halito fétido que me causa ânsia de vômitos. Angel_ Você é... … _ Um vampiro! Um vampiro? Sempre achei que esses seres fossem criaturas inventadas na literatura. Não é possível, eu devo estar sonhando. … _ Sabe, o Supremo dos Pulguentos teve sorte, você é realmente bonita. Angel _ Por favor, me solta! Eu imploro com lágrimas nos olhos tentando a todo custo me soltar, mas é como se uma barra de ferro de trezentos quilos estivesse em cima de mim. … _ Então, o rei Jasper deu ordens para te levar viva até ele, mas não disse que não podia me divertir com você, e é isso que vou fazer agora. Ele rasga a frente do meu vestido, deixando os meus s***s expostos e eu tento me cobrir com as mãos. … _ Vou sugar o seu sangue enquanto enfio o meu p*u nessa b****a virgem. Não, isso não pode estar acontecendo, esse monstro, ele quer me... Estuprar. Angel_ Socorro!! Alguém me ajude! Eu estava tentando me manter calma para conseguir pensar em um jeito de fugir. Mas agora prestes a ser estuprada, o desespero toma conta de mim e eu começo a gritar em pânico. … _ Não adianta gritar humana insignificante, ninguém vai te ouvir. Ele diz sorrindo malignamente e acaba de rasgar o meu vestido, em seguida solta o meu pescoço e aproxima aquelas presas horríveis dele, pronto para me morder. Choro sem parar, onde está o meu protetor? Por que eu o mandei embora? Fecho os olhos, temendo o que está por vir, ele vai me morder e sugar todo o meu sangue e não há nada que eu possa fazer. Mas, como se fosse mágica, seu peso desaparece de cima de mim e eu caio no chão...
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