Carma

3629 Words
Garza estava furioso, ver James e Nicolas interagirem o incomodava mais do que esperado não havia motivos para tal ato, mas quando percebia já estava irritado só de imaginar aqueles dois transando. Achava traição do rapaz na qual já fora um dia seu melhor amigo t*****r com seu ex isso simplesmente não podia acontecer. Outra coisa que o rapaz já não aguentava mais, era Hall, não suportava mais um A' que o garoto falava que já ficava completamente irritado, parecia que a cada segundo com ele ao seu lado uma memória boa com Allen surgia em sua mente. Estavam brigando tanto por culpa do ex ─ sendo que nem era ele a começá-las ─ que Michael começou a de fato pensar nele.   A cada dia que passava ficava ainda mais obcecado─ se podemos dizer ─ em saber como a vida de Nicolas andava, ele parecia ter até ciúmes dele estar feliz e curtindo a vida enquanto ele estava passando por um inferno sem fim. Estava cansado de tudo aquilo, desde o fim da relação sequer tinha tocado ou beijado Charles, eram tantas brigas que o rapaz nem ao menos queria tentar algo com Michael.   E com isso as coisas foram piorando, as brigas aumentaram. Necessitava urgentemente sair daquela casa já não suportava mais ficar discutindo com o namorado toda santa hora por algo que ele nem ao menos tinha feito. E como sempre Allen era lembrado e citado em todas as brigas, nem mesmo quando ele estava traindo o namorado Hall era assim. Via seus melhores amigos saindo com o grupinho do ex, via os encontros do rapaz com Baker ─ ele sempre focava no ex melhor amigo ─ e os demais amigos na qual tinham em comum.   Notou que Nicolas tinha se mudado para um novo lugar, onde ele fez questão de postar inúmeras fotos e vídeos de sua nova casa. Ele tivera até feito um almoço com os amigos para celebrar o novo lugar e claro, James estava lá ─ estava puto com isso ─ podia ir mil pessoas, mas a que mais irritava na vida do rapaz era o de mechas vermelhas, se sentia traído pelos dois por ficarem consigo. Até mesmo se perguntava se Baker não tinha ficado com seu ex enquanto namorava.   Seria irônico, não? Ele estar sendo traído enquanto ele também traia o parceiro, mas isso era algo na qual ele preferia não pensar já que sua mente já estava muito perturbada esses dias. Por incrível que possa parecer ele só tinha paz quando ia ao trabalho pois ninguém ali sabia sobre sua vida fora daquelas paredes então ninguém o julgava. Bem, ultimamente todos estavam estranhando seu humor horrível e seus ataques de estresse só que nenhum ali dentro queria perguntar o motivo. Quando saiu do emprego estava indo em direção a sua nova '' casa'' ele passou em uma padaria e abriu um sorriso triste ao ver alguns bolinhos na qual Nicolas tanto gostava de comer e por impulso acabou comprando. Sempre que saia do emprego acabava levando alguns para agradar o parceiro e mesmo sem nenhum tipo de motivo para tal, ele acabou comprando. Não sabia o motivo de ter realizado tal compra, mas ficava irritado ao lembrar que tivera feito isso por uma lembrança do passado, não querendo piorar sua situação acabou comendo-os no caminho pois achava que Charles poderia surtar até com bolinhos.   Seu relacionamento com sua mãe estava em um estado lamentável, ela m*l atendia suas ligações e quando atendia respondia com frases curtas e um tanto frias. Notava o tom triste na voz da mulher na qual tinha lhe dado à luz, mas não queria perguntar o motivo... afinal ele sabia que era ele o motivo de toda seu sofrimento, mas não sabia o motivo dela ficar daquele jeito sendo que quem estava sofrendo e passando por um inferno era ele. Também se recusava a falar algo para ela, sabia que ela esfregaria na sua cara o que estava passando.   Chegando no prédio, foi rapidamente ao elevador e ficou pensando em como sua vida estava uma merda. Quando chegou no corredor piscou algumas vezes não acreditando no que estava vendo. Um rapaz estava saindo com um sorriso malicioso de sua casa ele não sabia como reagir com aquilo, não conseguiu mover um musculo nem mesmo quando o garoto passou por si e utilizou o elevador. Com passos duros e completamente irritado ele se apressou em entrar na casa e ver Hall bebendo café despreocupado.   ─ QUE p***a, QUEM ERA ELE? ─ perguntou o rapaz escutando uma risada cínica vindo do parceiro. ─ Não fique rindo, me responda!   ─ É isso que você viu, Michael ─ respondeu encarando feio. ─ Estou cansado de você e de toda essa merda, me arrependo todos os dias por um dia ter caído nessa sua lábia barata, eu pedi perdão de todos os jeitos para meus amigos. Disse a verdade que na moral, não foi nem mentira! Você me iludiu me prometendo algo que nunca aconteceu, eles notaram o quanto eu estava sofrendo e como você me tratava como um amante de quinta e me perdoaram! Todos me disseram coisas horríveis, mas entenderam que eu também fui a p***a de uma vítima!   ─ Não se faça de vítima, você sabia muito bem o que estávamos fazendo!   ─ Sabia? Quantas vezes você me prometeu terminar com ele? Quantas? ME RESPONDA! Estou farto de você ainda se importar com ele, mesmo alegando que me ama... seu amor não passa de uma ilusão de merda. Agradeci como nunca agradeci na vida pelos meus amigos, mesmo que penas alguns deles, conseguissem me apoiar e ver que eu também fora apenas um peão nessa bosta.   ─ Me poupe Charles, você pode se pagar de santo. Só que podia muito bem ter negado tudo, mas aceitou mesmo assim! Comigo estando namorando.   ─ EU ACEITEI PORQUE EU TE AMAVA E FUI BURRO O SUFICIENTE PARA ACREDITA QUE O SENTIMENTO ERA RECÍPROCO... Eu me sinto tão i****a agora, eu perdi quase tudo por sua causa e o que eu ganhei em troca? Absolutamente NADA, só dor de cabeça.   ─ E você acha que eu também não ganhei dor de cabeça? p***a você só briga e enfia o Nicolas em todas nossas brigas, em todos os momentos na qual eu falo a p***a de um 'A!! Depois reclama das próprias coisas que eu digo, você nunca fora alguém que se sentia inferior a ponto de ter medo de ser jogado fora ou ser trocado! Sabe muito bem que eu não faria isso com você.   ─ Assim como não faria com o Nicolas? Você só promete, aposto que também faria o mesmo comigo quando se cansasse e achasse uma outra b***a para mete.   ─ Não fale como se meus sentimentos fossem falsos! Eu não iria te trair p***a!   ─ NÃO? Então por qual motivo você traiu, Nicolas? Você não amavaaaaaaa ele? O que garante que esse seu amor por mim não acabe resultando na mesma coisa?   ─ Eu...   ─ Mas tudo bem, eu fiz primeiro que você.   ─ Como assim? O que quer dizer com isso.   ─ Estou dormindo com aquele homem faz uma semana ─ disse sério vendo o olhar irritado do outro sendo direcionado para si.   ─  COMO PODE DIZER ESSA MERDA NA MINHA CARA? ─ perguntou perturbado, afinal o rapaz nem ao menos parecia sentir remorso ou expressar algum tipo de culpa.   ─ Sim, eu te trai... Michael! Diferente de você eu digo isso na p***a da sua cara, assim como também tem digo para pegar suas coisas e ir embora da minha casa! ─ apontando para duas mochilas que estavam no corredor. ─ Vai enganar outro trouxa com esse seu amor barato, eu não vou cair mais. Eu fui e******o de ter caído e além de tudo ter feito a p***a de um moleque ser corno por um cara que eu não duvido nada ter outro amante!   ─ Eu não tenho outro amante! E você não deve estar falando sério e tudo o que você me falou de gostar de mim? Tudo foi para a p**a que pariu a ponto de você abrir as pernas para um outro?   ─ Não, eu realmente te amei! Mas a cada dia que passava ao seu lado notei que você nunca me amou, eu sempre fui a p***a de um amante que você usava quando queria uma f**a e depois voltava para a casa. E sabe o motivo deu estar transando com esse cara? Porque eu vi que o Nicolas está fazendo a mesma merda e pelo jeito está resultando em algo positivo! Se ele consegue esquecer um escroto como você transando, eu também posso!   Garza iria falar mais, estava puto. Inúmeros sentimentos estavam se passando pela sua cabeça, mas o que mais o incomodava era o fato de ter sido traído por um homem na qual implorou para que ele terminasse seu relacionamento e que o amava. O que era completamente ridículo e hipócrita, pois ele tinha feito o mesmo quando terminou com Nicolas de uma maneira tão escrota ─ ele nem terminou, se pararmos para pensar ─ se lembrou da sua mãe ao dizer sobre carma o que fez com que um frio na espinha viesse.   ─ E você não vai abrir a p***a da sua boca, você vai pegar essa mala e ir embora! Se você falar mais um 'A eu ligo para polícia ─ disse com o celular na mão e encarando o rapaz com ódio. ─ AGORA VAI EMBORA!   Michael apertou os punhos, ainda queria inúmeras coisas ao rapaz. Claro que no momento sua cabeça estava a mil e não sabia mais como organizar nada muito menos como agir direito, do jeito que se encontrava certamente confundiria as coisas e poderia até mesmo citar o antigo relacionamento o que poderia resultar em uma briga ainda maior. Ao ver Hall impaciente ele pegou suas malas e saiu, quando se virou para falar sentiu a porta ser fechada bruscamente quando pegando em seu rosto.   Bufou  irritado e se dirigiu ao elevador, poderia continuar aquela conversa, mas como se Charles ameaçava chamar a polícia? Não tinha para onde ir, seus amigos nem existiam mais e pagar um hotel estava fora de cogitação no momento. Era final de semana e era bem mais caro e no momento tudo o que menos queria era gastar seu precioso dinheiro ─ tinha já gastado demais com o atual ex, outra coisa que o deixou puto ─ então ele só tinha uma escolha o que fez com que ele mordesse o lábio inferior com força.   Ele teria que recorrer a sua mãe.   Era horrível admitir que estava indo visitar a mãe ─ ainda mais depois da conversa ─ ver que ela estava certa em relação a tudo doía muito em seu orgulho, mas o que lhe restava? Precisava desabafar com alguém e conversar e não ficaria em um bar qualquer conversando com estranhos sobre sua vida amorosa fracassada.   Sua mãe não morava muito longe, por sorte Nicolas não tinha levado o carro ─ até porque ele estava usando no dia ─ então dirigiu a sua antiga casa de infância, claro que seria um pouco chato sair de lá para o trabalho só que era melhor que ficar pagando uma diria de um hotel e comer fora todos os dias. Ficaria na casa até conseguir uma casa fixa, mesmo que pequena para que conseguisse sustentá-la sozinha. Garza não ganhava pouco, mas era narcisista de mais então gastava mais consigo mesmo do que com a casa, por isso dividir as despensas era algo vantajoso para si.   Mesmo morando em uma cidade diferente era um tanto longe da antiga casa ─ no caso em que ele morava com Allen ─ de transporte público demorava no máximo 2 horas, em contrapartida de carro as vezes poderia demorar até 4 horas devido ao trânsito o que deixava o garoto irritado, pois justo no dia na qual precisava ir para casa de sua mãe estava pegando um engarrafamento terrível.   Chegou na casa no final da tarde, tinha avisado sua mãe que iria até a casa passar alguns dias até que conseguisse se instalar em um local apropriado. A garagem comportava 2 carros e como sua família só possuía um ficara fácil guardá-lo em segurança. Garza poderia jugar que no caminho as pessoas de sua vizinhança estavam lhe encarando com um certo olhar de desgosto, mas preferiu esquecer e ignorar. Aquilo poderia ser algo de sua cabeça, afinal estava completamente perturbado.   Como tinha a chave de casa não precisou tocar a campainha ou algo do gênero, usou o controle remoto para abrir o portão e estacionou, optou em retirar as malas depois queria conversar antes com sua mãe. Por algum motivo na qual Michael não conseguia entender ele se sentia nervoso ─ muito ─ em ter uma conversa simples com sua mãe era como se ele estivesse indo contar que tinha quebrado o prato favorito ou bagunçado o quarto.   ─ Até que demorou, achei que isso aconteceria mais cedo ─ sua mãe dissera sentada na mesa de jantar, segurava uma caneca que provavelmente estava com café ─ ela amava ─ enquanto encarava o filho, Garza podia jurar que ela estava com olheiras.   ─ Podemos não falar sobre isso? ─ perguntou tentando não se lembrar da discussão recente e como sua vida era uma merda. ─ Eu posso passar uns dias aqui? Até eu conseguir uma casa nova.   ─ Claro ─ respondeu encarando a caneca e não o filho.   ─ Está tudo bem? ─ estranhou o fato de sua mãe não gritar ou ficar jogando em sua cara suas burrices, pensou que ela faria isso no momento que ele pisasse dentro de casa só que lá estava ela, sentada completamente desanimada e com um olhar cansado. Aquilo o preocupou pois nunca a virar daquela forma.   ─ Estou bem? ─ deu uma risada seca. ─ Como poderia estar bem se virei motivo de chacota nesse bairro.   ─ Chacota? Por qual motivo isso está acontecendo, você sempre foi amiga de todos aqui mesmo tendo sua personalidade explosiva ─ falou confuso, não estava entendendo aquilo. Então viu o olhar raivoso de sua mãe em cima de si.   ─ A fofoca se espalha, Amanda deve ter comentado com alguém e outra pessoa deve ter escutado... não importa como, só que aconteceu. Todos da vizinhança acham que eu não soube educar meu filho direito ou fui uma mãe de merda que não sabe ensinar os valores éticos para o filho. Estou escutando coisas horríveis! Coisa na qual não sou obrigada, pois a culpa não é minha!   ─ Esses idiotas, a senhora deveria responder a altura! Não deveria deixá-los dizer tais coisas.   ─ Vou me defender como? Me explique ─ se levantou com raiva colocando a caneca em cima da mesa. ─ Que meu filho é inocente? Que ele não traiu o namorado e tudo isso é mentira?   ─ Mas isso não faz sentido, sou eu que eles deveriam julgar não a senhora!   ─ Eles estão lhe julgando, e muito, só que sou eu a mãe... e é responsabilidade minhas suas ações. Se você teve a capacidade mental de trair só mostra a quão péssima mãe eu fui! Céus, estou escutando que seu pai está me traindo também... que deve ser coisa de família, minha vida esta um inferno, minhas amigas começaram a fofocar entre si sobre mim. Acham que eu não sei o que elas falam sobre minhas costas, isso quando não perguntam na cara '' nossa Emma, como você deixou seu filho fazer isso? Você não ensinou o quão errado é trair alguém? ''   ─ Eu não sabia que o que eu fiz poderia gerar esse tipo de coisa para a senhora... não faz sentido.   ─ Não faz sentido?  Você acha que era só trair e que ninguém ia se importar? Me poupe Michael Garza ─ ela só falava o nome inteiro do filho quando estava muito irritada e ela nem ao menos aumentou o tom de voz. ─ As pessoas julgam tudo a sua volta, se você agiu dessa maneira foi por falta de educação nessa casa!  Não é culpa dos amigos, não é culpa de fulano de tal... É SEMPRE CULPA DOS PAIS QUE NÃO ENSINARAM DIREITO! E devo concordar que talvez eles estejam certos, eu devia te espancado você até você enfiar nessa cabeça que trair é ERRADO!   ─ Em nenhum momento eu a culpei por minhas escolhas, eu não tive influência de terceiros ou algo do gênero. Eu agi por conta própria e assumo meus erros e estou pagando por eles! A senhora não deveria ser apedrejada por minha causa.   ─ MAS EU ESTOU! ─ gritou irritada. ─ Sabe o quanto me dói escutar coisas horríveis sobre você... e concordar com tudo? Não vou passar a mão na sua cabeça, ou falar que tudo vai acabar bem, não vai Michael... não vai, eu disse que isso ia acontecer e olha só... você está aqui arrependido.   ─ Mãe eu... você não devia se importar com a opinião dos outros, você nunca se importou. Sempre falavam m*l de mim pelo meu comportamento na escola e mesmo assim....   ─ Não confunda as coisas, você nunca matou, se drogou; engravidou alguém nem nada do gênero. Toda criança faz merda e é normal as pessoas ficarem cochichando sobre isso, eu mesmo vivia falando m*l dos filhos dos outros!  Mas adulto? Você acha que vamos passar a mão na cabeça de adultos? Homens, feitos que deveriam saber que não se pensa com a cabeça de baixo?   ─ Eu assumo meu erro, tá legal? Eu fui um babaca eu acabei perdendo uma das pessoas que mais me amo nessa vida toda... eu não deveria ter feito o que fiz, pelo menos não da maneira que eu o fiz... se eu só tivesse terminado, as coisas não estariam assim. Charles brigou comigo ele também me traiu...   ─ AH, NÃO ME DIGA ─ disse com um sorriso de deboche. ─ Ele te traiu? HAHAHA.   ─ Isso não tem graça!   ─ Isso também não tinha graça quando você fez o mesmo com o Nicolas! Para de ser hipócrita, eu não te criei assim. Eu acho bem-feito, você merece tudo isso que a vida está de dando... você foi um escroto mentiroso de merda e me fez ter vergonha de encarar toda essa vizinhança!   ─ Mãe não fala assim...   ─ Você espera que eu fale como? Oh, querido que lastima, eu tenho certeza de que alguém vai aparecer e mostrar que todos estão errados e que você merece sim ser perdoado pelos seus atos... ─ disse passando a mão pelos cabelos. ─ Você não merece, nem hoje... nem nunca! Trair é algo horrível, agora você sabe o que Nicolas passou já que aconteceu o mesmo com você, mas diferente dele você sequer amava esse garoto. Se coloque no lugar dele então, como deve ter sido para ele ter visto essa traição.   ─ Ele parece não ter se importando muito já que fica saindo com um bando de cara e dando o...   ─ CALA A BOCA! Você não tem moral para falar o que ele faz ou deixa de fazer, se ele acha que isso foi um meio de te esquecer o problema é DELE! Você não tem o direito de julgá-lo!  Você deveria se desculpar de joelhos para ele, só pra ter o direito de ficar no mesmo ambiente que ele.   ─ Você acha que se eu conversar com ele... as coisas.   ─ Ahhhh, claro... Vamos pedir desculpas que tudo vai acabar bem, entenda de uma vez... o mundo não gira a seu favor. Os erros que você cometeu não podem simplesmente serem apagados, assim como qualquer ser humano você está pagando pelos seus erros ─ pegou a caneca e se dirigiu a cozinha para deixá-la na pia. ─ Se sua consciência vai pesar menos ao se desculpar, mesmo que tarde, com ele... peça perdão. Mas se acha que isso vai mudar alguma coisa... espere sentado.   Emma saiu deixando o filho sozinho no andar de baixo, ele ficou processando as palavras da mãe. Nunca pensou que sua traição pudesse gerar tantos problemas, não só para si, mas para os outros também. Imaginar que a mãe estava sendo acusada e sendo motivo de piada pelas pessoas lhe doía de uma forma que nem ele conseguia expressar. Perdera seus amigos, dignidade e até quem sabe o amor de sua mãe.   Se perguntava se ainda era tarde para resolver as coisas, se Nicolas de alguma forma pudesse lhe perdoar e começar do zero. Claro que ele não era i****a em pensar que eles voltariam a namorar no mesmo dia, mas dar uma chance para voltarem a falar... quem sabe sair juntos e um futuro próximo voltarem a namorar.  No caminho da casa de Hall para lá tinha visto o quão i****a ele tinha sido por trair uma pessoa tão especial e maravilhosa quanto o ex-namorado, não fazia sentido suas ações como ele podem fazer algo do gênero? Não havia nada de errado, tentou se lembrar de algo que fosse impactante para que ele cogitasse a traição só que não lembrava de nada. Talvez, assim como sua mãe tinha lhe dito, tinha pensado com a cabeça de baixo... só que ainda assim, ele sempre gostou de fazer amor com o namorado então por qual motivo ele trocaria isso por um simples sexo casual? Poderia conversar com o parceiro para realizarem certas coisas que agradasse ambos os lados.   ─ Eu sou tão i****a ─ disse com um sorriso e pela primeira vez ─ depois de muito tempo ─ ele chorou não acreditando no que tinha feito se sentia o cara mais babaca. Tinha estragado a vida de todos e a sua própria e não fazia ideia de como conseguiria recuperá-la. Ele só queria Allen de volta para seus braços.
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