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Laços De Sangue*Livro 1*Segredos

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Blurb

Eliza é a irmã mais nova de Abelardo.Abelardo sempre cuidou de Elisa, ele a amou desde o primeiro dia que sua mãe Valentina a trouxe para casa. Quando a sua doce irmã nasceu Abelardo tinha 10 anos. Foram criados por pais que os amavam muito, porém eles esconderam algo importante que irá mudar de vez o rumo dê suas vidas. Abelardo como homem da família Monteios, dono da fazenda, depois de um ano da morte dos seus pais, recebe uma inesperada carta que o faz mudar completamente em relação a sua irmã Eliza.

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Apresentação dos personagens/ Capítulo 1
Eliza Monteios Uma jovem de 22 anos: linda, alegre, espírito livre, ama dançar especialmente com o seu violino elétrico. Depois de um ano da morte dos seus queridos pais vai se encontrar em uma difícil realidade e tudo por causa de Abelardo, seu irmão mais velho. Abelardo Monteios É um homem de 32 anos, chefe da família Monteios desde a morte dos seus pais, ele precisa liderar toda a herança da família, principalmente a fazenda de vinhal. Ele importa e exporta vinhos em vários países. De uma hora para outra Abelardo decide que é o momento ideal para realizar todos os seus sonhos obscuros, desejos que ficaram escondidos por tempo demais. Dante Aragão Um homem misterioso, enigmático, charmoso e que chega na cidade do interior de Minas gerais para exigir algo, porém, ele conhece Eliza no momento mais difícil da vida dela. Nathalia Vilar Moça de 25 anos, melhor amiga de Eliza. Essas duas são inseparáveis. Nati como é conhecida pela cidade vai descobrir como a vida pode ser complicada e o quanto um amor pode ser proibido. Capítulo 1 Abelardo Monteios O meu empregado Silvino tinha acabado de trazer uma carta, era dos meus falecidos pais, e o seu conteúdo me trouxera esperanças, renovando a paz interior de toda a minha vida. Nunca imaginei receber uma notícia tão agradável, finalmente o que tanto almejei, sonhei, e até idealizei, vai se concretizar. Saio do casarão e descendo a escada de mogno branco eu a avistava de longe, mas podia ver-lhe o rosto, sorrindo. Depois de um ano sem ver esse rosto lindo, meigo sorrir. Foi demais para o meu pobre coração. Ela não sorria na minha direção, e vinha de dentro pra fora, olhos fechados, sentindo o que a música e violino faziam com ela, era assim toda às vezes que tocava o seu precioso instrumento, dançando ao mesmo tempo. Era uma visão divina contemplar a sua formosura bailar sozinha com o seu objeto musical, parecia um anjo em cima de uma nuvem. Meu pai Abaquque Monteios, não gostava disso, achava ele que ela deveria dançar ou tocar o violino, uma coisa ou outra. Reclamava que às pessoas poderiam estranha-la, entretanto essa menina nunca se importou com essa opinião paterna. Um dia fará tanto sucesso, será chamada para se apresentar ao grande teatro municipal de São Paulo, sim, e farei de tudo ao meu alcance para realizar suas vontades. Sento-me no terceiro degrau, notando as suas longas pernas que não paravam de ser mexer, uma desenvoltura incrível. Suas emoções sendo transmitidas através do seu corpo, parecia um ser inatingível, eu a idolatrava, minha deusa de ébano, minha flor do jardim. Sou rendido e apaixonado pela minha irmã Eliza Monteios. Com a força do meu pensamento, atrai seu olhar na minha direção, de imediato recebi aquele sorriso, e no mesmíssimo instante de contemplação finalizou a sua música. Não esperou mais e veio correndo para os meus braços. Há muito tempo não reagia assim, então rapidamente levantei para agarra-la, aperta-la em meus braços. Seu corpo esguio, cheio de curvas sinuosas, agarrando-se ao meu. Nos encaixamos perfeitamente. Aspirei o seu cabelo liso, longo, chegava a bater abaixou do seu bumbum, parecia a própria rapunzel. Aqueles incríveis par de olhos castanhos se ergueram para cima. Sou extremamente alto, mesmo tendo altura mediana de uma modelo, precisava esticar o queixo para me observar melhor. Fitou-me saudosamente, respirando fundo. E sem esperar se afastou de supetão sem me dar tempo de senti-la direito. Queria revindica-la, todo o meu ser a desejava, a extensão do meu corpo suplicava por Eliza, ela é a dona dos meus desejos obscuros, pois era proibido ama-la, mesmo assim seguia amando. Que se dane o mundo! — Abelardo ,meu irmão querido. Senti muita vontade de tocar o meu violino e dançar. Desde a morte de nossos pais, não o fazia, sentia falta dessa adrenalina. — Disse ela toda animada. Em seguida passou por mim, entrando no casarão. Como bom irmão que sou a segui feito um cachorrinho. — Eliza, fiquei muito feliz de vê-la dançando e tocando o seu violino, não faz nem ideia de como me agradou. Parou de andar e deu um meio sorriso. Se virou totalmente na minha frente, como já estava bem próximo pegou o meu rosto com suas mãos delicadas, abaixando minha cabeça depositou um beijou na testa. Fechei os olhos pela sensação prazerosa que senti. Logo, se afastou bruscamente e foi para o corredor, indo ao quarto guardou sua preciosidade com extremo esmero. Eliza foi tomar banho, sempre depois de fazer a sua apresentação ela tomava um banho morno. Quantas vezes sonhava em ser a água que percorria seu corpo nú. Não sabia como prepara-la pelo que estaria por vim, portanto seria do meu jeito. Esse desejo me golpeia cruamente dia e noite, não tinha tempo de explicar. O sentimento crescente invadia cada canto do meu corpo e coração. Eu a amava profundamente e agora seria minha para sempre. durante o seu banho, dei um jeito na segurança do casarão. Eliza não escaparia do seu destino. — Abelardo vou sair e... Que isso? A porta está trancada, cadê as chaves?! Ela me olhava ainda com seus resquícios da felicidade, e eu acabaria com isso. Sei que iria. — Não sei como vou avisar mas... — Dei uma pausa, respirei fundo, olhei dentro dos seus olhos, tomando coragem. — Elisa iremos nos casar! — Que brincadeira é essa?! Chega irmão, não tenho tempo para isso. — Estou falando sério. Eu te amo Eliza, sempre fui apaixonado por você, desde... Seu rosto ficou pálido, em choque. Seu peito subia e descia exasperadamente. Mirava-me com certo desprezo. — Está maluco?! Somos irmãos, criados juntos. Você bebeu é!!! — Berrou cheio de raiva. Avançei em sua direção mas conseguiu se esquiva a tempo. Estava com medo, acuada, e começou a chorar. — Sei que a morte repentina do nossos pais deixaram feridas e mágoas em nossas vidas e aqui no nosso coração. — Tocou o seu peito. — Mas isso já é demais, vai procurar um psicólogo, também estou quebrada, mas nunca te faria nenhum m*l. — Eliza eu te amo. Repeti e repetiria mil vezes se fosse preciso. Corri em sua direção como um homem determinado, sem ter para onde correr, pressionei ela na parede, segurando seu rosto entre minhas mãos. — Abe... Abelardo não faça isso, você é meu irmão. Eu também te amo, mas como irmão. Pare com essa loucura. Acariciei aquela face alheio ao que dizia, nada mais importava, somente eu e ela. Dava pra ver o seu medo estampado no semblante tristonho. Porém, fora de mim e caindo de amores por essa menina, não consegui resistir e a beijei na boca. Eliza ficou desesperada, se debateu toda. Eu gemia por sentir seus lábios, o contato agindo feito uma droga em mim, mesmo não abrindo a boca para me receber. Lógico, que ela não faria isso. O momento sublime tinha chegado e fiquei em êxtase total, até que me mordeu. — Aí! Me afastei dela, pondo o dedo na boca. — Vou denunciar você por abuso!! Me neguei internamente, puto por ela me ameaçar. Agarrei seu pulso e a levei em direção ao seu quarto. — Larga-me!! Solta-me!!! Socorro!!! —Gritou ela, mas ninguém a ajudaria, aqui sou eu que mando. A coloquei no seu aposento de princesa, tranquei-a bem rapido, ouvindo-a chorando, batendo na porta. Totalmente apavorada. — Abelardo!!! Meu Deus!!! Que loucura!!!Isso não pode estar acontecendo comigo! — Tudo ficará bem, te prometo Eliza. — Te ódio! Te odeio! Seu monstro!! Ha... Me deixe, sai da minha porta! Tenho nojo de você!!! A voz dela era dura, rascante e torturada. Escutei o chacoalhar da cama e muita choradeira. Estava com a testa encostada na porta, apoiando os meus braços nas laterais. Sabia que seria assim mas não sabia que iria me doer tanto. Ouvi-la, escuta-la dizer que me odiava partia meu coração. Não podia perder mais tempo, guardei a chave no bolso da calça jeans e caminhei em passos rápidos e decididos para fora do casarão. Preciso ir na igreja conversar com o padre Juventino.

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