Capítulo 3

1698 Words
— Eu acho você bem gata! — O cara sentado ao lado dele fala com um sorriso — Eu sou o Rui, muito prazer! — Estende a mão e eu aperto. — Eu sou a Liz, o prazer é todinho meu — devolvo o sorriso. — Pelo jeito você e o meu amigo já se conhecem. — Sim, mas seu amigo não foi nada legal comigo, ele até me mandou para a cadeia, acredita! — Gargalha quando mostro a língua para o amigo. O Alex encara-me e levanta, eu fico um pouco apreensiva quando ele dá um passo em minha direção, mas para minha surpresa e alívio, ele só está indo para o banheiro. — Não liga, ele é um pouco difícil, mas é gente boa — O Rui comenta assim que ele sai. — Tomara! Seria um desperdício um homem tão lindo ser r**m — novamente ele ri. — É mesmo? Então, você acha ele bonito? — Claro que sim! Ele é um gato, mas seria melhor se ele fosse um pouco mais simpático — digo esperançosa. — Eu não sou um i****a que fica rindo para qualquer um — Alex responde, atrás de mim. Como ele voltou tão rápido? — Agora você pode voltar para o seu lugar e me deixar em paz! — Você está muito estressado. O que foi, você não tem feito s**o ultimamente? — A gargalhada do Rui soa alta quando faço a pergunta — Sim, porque esse estresse todo deve ser falta de um bom o*****o, eu posso ajudar se você quiser — falo calma. Ele não respondeu, só virou toda a bebida num gole só, está com tanta raiva que os nós dos seus dedos ficam brancos com a força que ele aperta o copo. — Então, você é de Las Vegas. Os cassinos de Las Vegas são realmente tão animados, quanto falam? — O Rui inicia outro assunto para amenizar a tensão que se formou. — Sim. Os cassinos são muito animados, eu trabalho em um. — Mesmo, que legal! — Sim, é muito legal. Eu trabalho no Cassino Royale, que é o mais famoso de Las Vegas. — Você trabalha com o que? — Quando ele fez a pergunta o Alex olhou, parece está curioso também. — Eu sou atendente, nós somos as garçonetes que recepcionam os clientes e os diverte, enquanto estão jogando. — Diverte é? Que tipo de diversão? —Tem uma certa malícia em sua pergunta. — Nós jogamos com eles, servimos bebidas e fazemos eles gastarem o máximo possível. Não somos garotas de programa, se é isso que você quer saber, a gente até pode ir para a cama com eles se quiser, mas o divertir do nosso trabalho, não envolve s**o — ele ri da minha resposta direta. Fiquei conversando com o Rui por um tempo e o Alex não me deu nenhuma atenção, foi como se eu nem estivesse ali. Ele bebeu várias doses de uísque, o Rui até brincou com ele algumas vezes, mas o cara parece que não sabe o que é sorri. Às três horas da manhã, o Alex decidiu ir embora e o Rui me ofereceu uma carona, que eu aceitei, óbvio. — Rui, eu não deixei você levar ela no meu carro! — O ogro reclama quando vou atrás deles. — Calma, Alex, é só uma carona, ela não vai te morder. — É, eu não vou, a menos que você queira, claro! — Provoquei com um sorriso malicioso. — Você é muito s****a! — Olhou-me com nojo, isso me incomodou muito. — Você não tem o mínimo de respeito por si própria e nem pelos outros. Fica se oferecendo de bandeja por aí, você não tem vergonha de agir como uma mercadoria barata que ninguém quer comprar?! Ele falou tão naturalmente que eu nem tive resposta, pela primeira vez alguém me deixou sem palavras, literalmente. — Ei Alex, não exagera, cara, ela não fez nada demais. — Não fez? Quer dizer que ficar impondo sua presença e me enchendo o saco, não é nada demais! — Quase grita com o amigo. — Tá tudo bem, Rui, foi um prazer conhecê-lo. Eu vou pegar um táxi, espero sua visita no Cassino qualquer dia — me despedi e afastei-me deles. Enquanto me afastava consegui ouvir o Rui dando um sermão no Alex, mas não adiantou, aquele homem é impossível, nunca aceita que tá errado. Eu voltei para o hotel e não consegui tirar a maldita imagem daquele iceberg de músculos da minha cabeça, sabe quando o coração acelera e parece que tem algo flutuando no estômago? É assim que eu estou me sentindo em relação a ele, eu nunca senti nada parecido com isso antes. ALEX FOXY Eu acordei com uma baita dor de cabeça, essa é a primeira vez que bebo tanto, eu não pretendia beber feito um porco ontem à noite, mas quando aquela maldita mulher apareceu e ainda molhou minha camisa com bebida, eu perdi o controle. Ela é tão descarada que teve a audácia de me dizer que eu tenho falta de s**o, e ainda se convidou para fazer comigo! Eu nunca vi uma mulher mais sem vergonha e o pior é que eu fiquei duro com aquela provocação barata. O Rui pelo jeito gostou dela, não pára de falar em como ela é bonita. — Cara, seu pai está muito bem de amigas, que mulher gata! — Acordou falando na praga. — Ele sabe mesmo, escolheu pelo nível de caráter dele, ou seja, nenhum – digo e ele balança a cabeça negando. — Cara, não fala assim da garota, ela parece ser bem legal, divertida e… ainda está caidinha por você — ri. — Legal? Divertida? Ela é uma v***a s****a isso sim. Esse tipo de mulher que fica se oferecendo aos homens para mim não vale nada. Além do mais, você viu como ela se veste, aquele micro vestido não cobre nem a b***a direito — novamente ele balança a cabeça discordando do meu comentário. — Alex, eu sei que você sempre gostou das mulheres mais reservadas, que se fazem de difícil, o estilo Angel de ser, mas isso não significa que mulheres como essa Liz, não tenham valor, ela só é decidida e não tem medo de expressar seus desejos. — Você não enxerga direito quando o assunto é mulher — encaro-o — acha mesmo que uma mulher como aquela, que fala e se veste como uma p**a tem alguma qualidade que valha à pena? — Você só está falando isso porque ela trabalha em um cassino? Eu não achei que você fosse tão preconceituoso, Alex — diz com desgosto. — Não, eu não estou falando isso por causa da profissão dela, a outra mulher que veio com ela também trabalha no mesmo cassino e não é como essa aí. — A outra é bonita também? — Perguntou curioso. — É sim, é muito bonita e parece ser legal. Respondi naturalmente e ele ergue a sobrancelha. — Você não gostou mesmo da Liz, né? Você está falando m*l dela o tempo todo, coitada da garota, ela ficou chateada ontem quando você falou aquelas coisas. — Eu sei, e foi justamente essa a minha intenção, assim ela me deixa em paz de uma vez por todas. Agora eu vou levantar — falei pulando da cama. O Rui dormiu aqui em casa ontem, aliás, a maioria das vezes que saímos ele dorme aqui, isso acontece desde que me mudei para esse bairro. — Bom dia, meu filho! — Minha mãe me dá um beijo na testa. Ela sempre faz isso, até parece que ainda sou criança. — Bom dia, mãe — retribuo o beijo — Nossa, que mesa bonita, nós vamos receber visitas? — pergunto quando a vejo colocando flores para enfeitar a mesa do almoço. — Sim. Eu convidei a Alicia e a Liz para almoçar conosco — responde sorrindo. Eu não gostei nada da ideia, mas depois de ver a alegria da minha mãe ao arrumar a mesa e falar nessas duas, fico calado. Também não gostei da decisão de ir para Las Vegas, mas não posso negar que minha mãe ficou muito mais feliz depois que elas apareceram aqui. Como eu já imaginava, o Rui ficou todo animado quando soube que teríamos visitas para o almoço, tive que suportar vê-lo babando por aquela descarada assim que ela passou pela porta. — Bom dia, Sarah, obrigada pelo convite — Alicia diz abraçando demoradamente minha mãe. A Alicia tem postura, é mais séria, se veste mais composta e seu vocabulário é requintado, também é muito bonita e meiga, já a Elizabeth é solta, vocabulário chulo, fica o tempo todo jogando piadinhas com duplo sentido, fora as roupas, hoje ela está com um shorts quase mostrando um pedaço da b***a e uma camiseta preta, sem sutiã, mas não dá para negar que ela é muito bonita. Aquele cabelão preto com a franja cobrindo a testa e os olhos verdes a deixam com uma carinha de menina, é uma carinha de menina no corpo de mulher, uma combinação que faz o nosso amigo ficar de pé assim que coloca os olhos nela. Como sempre, ela chega causando e abraçando todo mundo, menos eu, que nem respondo o seu bom dia. O almoço foi muito animado. A Alicia falou sobre sua vida em Seattle, ela estudou medicina, é impressionante a história dela. Minha mãe falou sobre nossa vida aqui em Chicago, o Rui falou sobre seu trabalho de marketing digital, apenas eu e a Elizabeth ficamos calados, até que o Rui resolveu questioná-la. — E você, Liz, tem quantos anos? — Eu tenho vinte — ela responde com um sorriso. — Mas você disse que trabalha no cassino há cinco anos, você começou a trabalhar tão nova à noite — Minha mãe perguntou, ficou bastante surpresa, eu também fiquei. — Sim, eu sempre fui alta, então não deu problema começar a trabalhar com quinze anos, ninguém desconfiou. — Mas seus pais não se importaram? Quero dizer, você deveria estar estudando ao invés de trabalhando — ela não responde rápido como foi nas outras perguntas, ela parece está criando uma resposta e, com certeza, mentirosa. Continua...
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