Capítulo 4

1221 Words
Maya Stuart: Algumas semanas depois... Corro rapidamente em direção ao banheiro e me abaixo em frente ao vaso sanitário, logo começo a vomitar. Já venho me sentindo assim a algumas semanas, desde aquele dia no parque com o Lyan. Parece que a cada dia esses sintomas ficam piores. Saiu do quarto e vejo a diarista que veio arrumar meu apartamento, a mesma me olha e sorri. — Os primeiros meses são os piores. — diz ela. — Primeiros meses? — pergunto confusa. — Sim, você não está grávida? — pergunta. Grávida? Eu grávida? — Não. — falo no automático. — eu acho que não. Eu não posso estar grávida, se isso for verdade, o pai seria o Maycon. Droga! — Seu corpo mudou? — pergunta ela. — tipo, você está achando seus s***s maiores, mais sensíveis, sua menstruação está atrasada e você se sente mais cansada ultimamente? — Bem... Sim. — respondo. — mas meus s***s sempre ficam maiores no período da menstruação. — Mas você está menstruada? — pergunta. Em silêncio faço as contas do meu período, p***a, estava atrasada. — Estou atrasada a cinco dias... — falo assustada. — deve ser normal atrasar um pouco. Eu não queria acreditar na hipótese de estar grávida. — Acho melhor fazer o teste para tirar suas dúvidas. — diz ela. — eu já terminei tudo que tinha que fazer, agora preciso ir para os outros apartamento. Se cuida. Boa sorte. Ela logo vai embora e me deixa ali cheia de dúvidas. — Será que devo fazer esse teste? — pergunto pra mim mesma. — se isso irá me deixar tranquila, é melhor fazer isso de uma vez. Pego meu celular e ligo pro Lyan, ele na terceira chamada me atende. — Oi Maya, algum problema? — pergunta ele preocupado. — Mais ou menos. — falo. — está ocupado? — Não, por quê? — Pode fazer um pequeno favor pra mim? — peço. — Faço, o que você quer que eu faça? — pergunta. — Quero que compre dois testes de gravidez e traga pra mim no meu apartamento. — peço. — por favor, quando você chegar eu te explico. — Certo, chego aí em alguns minutos. — fala e desliga. Deixo o celular sobre a cama e corro novamente pro banheiro, vômito tudo e quase coloco as tripas pra fora. Dou descarga e saiu do banheiro, sigo na direção da cozinha onde pego um copo de água e começo a tomá-lo. Ouço o som da campainha e corro para atender a porta, era Lyan, ele levanta a sacola com os dois testes e rapidamente o pego. — Pode me explicar o que está acontecendo. — diz ele entrando no meu apartamento. O mesmo começa a me seguir, vou em direção ao meu quarto e ele logo vem atrás de mim. — É o seguinte. — falo virando de frente pra ele e o encarando. — talvez eu esteja grávida. Vejo seu semblante confuso ficar sério. — O quê? — diz ele sem acreditar. — você pode estar grávida dele? — Ainda não tenho certeza disso, mas se for verdade, claro que o filho infelizmente será dele, nunca o traí. — falo. — Certo, eu acho melhor você fazer logo isso para tirarmos todas as dúvidas. — diz. — independente do resultado, sempre estarei do seu lado. — Obrigada, eu estava precisando dessas palavras. — falo sorrindo pra ele. Juntando os últimos requisitos de coragem que tenho, pego as duas caixinhas e vou em direção ao banheiro. Deixo uma das caixas sobre a pia e leio as instruções na outra, leio o passo a passo para não errar o processo. Abro as duas caixas e com os dois testes em mãos eu ando até o vaso, me sento no mesmo e espero um pouco, logo urino nos dois testes e os deixo sobre a pia, me seco com papel higiênico e arrumo minha roupa. Saiu do banheiro e vejo Lyan sentada na minha cama balançando seu pé nervosamente. — Já fez? — pergunta se levantando e andando na minha direção. — Sim, agora teremos que esperar cinco minutos até sair o resultado. — falo me sentando na cama. Lyon se senta ao meu lado e segura minha mão. — O que você irá fazer caso o resultado seja positivo? — pergunta. — Não sei... ainda estou tentando digerir tudo que está acontecendo. — falo. — Você irá falar pra ele? — me pergunta. — Mesmo que ele não mereça, acho que seja o direito dele saber... — falo. — você como advogado deve saber disso. — Eu sei... — diz — você irá voltar pra ele? — Nunca, iremos apenas ter um filho. — falo e vejo ele suspirar aliviado. — sei que se preocupa comigo, pode ficar tranquilo. — Tudo bem, acho que já passou os cinco minutos. — diz ele. Sinto minha barriga revirar de nervosismo, minhas mãos ficam geladas. — Olha pra mim. — peço. — estou nervosa. Ele apenas assenti e vai em direção ao banheiro, o mesmo demora alguns segundos e depois volta pro quarto com os dois testes em mãos. Não consigo descrever como está suas emoções, ele parece estar triste, com raiva, magoado talvez. Ele pode estar tudo, menos feliz. — Lyan, qual o resultado? — pergunto me levantado. — Positivo. — diz. Paraliso e caiu sentada na cama, estou grávida...meu Deus, estou grávida de um filho do Maycon. Preciso pensar no que irei fazer, preciso planejar minha vida... Sinto braços ao meu redor e me aconchego entre os braços de Lyan. De alguma forma me sinto segura entre seus braços... — Eu sempre vou estar aqui, pode contar comigo sempre. — diz beijando meus cabelos. — Você é tão especial pra mim... a única pessoa que me restou, você e sua mãe. — falo. Meus pais vinheram para os Estados Unidos comigo ainda muito nova, basicamente a família de ambos não aceitavam o relacionamento deles e eles resolveram ganhar a vida em outro país. Já em solo americano, vivemos juntos durante dezoito anos, infelizmente meus pais morreram em um acidente de carro. Sofri muito, mas Lyan sempre esteve comigo, depois de um tempo conheci Maycon e me apaixonei, casei rápido também e acho que isso foi meu erro, eu deveria tê-lo conhecido mais. Agora estou aqui, divorciada e grávida do meu ex-marido. — Eles iriam amar essa notícia. — diz Lyan. — o maior desejo deles eram ser avós. — Mas agora não estão aqui para desfrutar disso... — falo enquanto deixo algumas lágrimas caírem. — Tenho certeza que aonde eles estiverem, estão felizes por você. — ele se afastando de mim limpando minhas lágrimas. — Precisamos falar pra sua mãe, ela irá amar a notícia. — falo. — ela sempre me considerou como sua filha apesar de tudo, será uma ótima notícia saber que ela terá um netinho, isso ajudará ela a criar forças e seguir com o tratamento. — Primeiro você precisar organizar sua cabeça e seu coração, descansa e pensa no que você irá fazer. — diz ele. — depois iremos no hospital falar pra ela. — Promete sempre estar ao meu lado? — pergunto. — Prometo. — diz ele me apertando entre seus braços. Sinto meu coração acelerado, eu estava me sentindo protegida, como se naquele abraço nada poderia me atingir.
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