CAPITULO 11

1191 Words
POV EMMA A luz do sol invadia meu quarto, despertando-me da noite de insônia que havia passado. A realidade da minha demissão injusta da Parker Technology ainda pesava sobre mim como uma pedra em meu peito. Eu sabia que precisava seguir em frente, então me forcei a sair da cama e enfrentar o dia. Miranda Stevens já estava na cozinha, preparando o café da manhã. Seu cabelo loiro caía em cascata pelos ombros enquanto ela se movimentava com graça ao redor da cozinha. "Você está pronta para enfrentar o dia, Emma?" ela perguntou, sua voz animada. Eu me sentei à mesa e suspirei profundamente. "Eu não tenho escolha, Miranda. Preciso encontrar um novo emprego o mais rápido possível." Enquanto saboreava o café e uma fatia de torrada, meu celular tocou. Um e-mail da Parker Technology pela minha contribuição à empresa piscou na tela. Eu apaguei-o com uma careta de amargura. Não havia nada de agradecimento em ser demitida por um motivo tão absurdo. Após terminar o café, peguei meu laptop e comecei a procurar novas oportunidades de emprego. Comecei a pesquisar as vagas disponíveis na área do Vale do Silício. Minha esperança era encontrar algo em minha área de especialização, mas eu estava disposta a considerar outras opções, se necessário. Enviei currículos, escrevi cartas de apresentação e preenchi inúmeros formulários de inscrição. Cada clique no botão "enviar" era uma esperança renovada de um recomeço. Porém, à medida que eu enviava currículos e preenchia inscrições, as respostas que recebia eram desanimadoras. Um após o outro, os e-mails de rejeição enchiam minha caixa de entrada virtual. Minha mente começou a se encher de dúvidas e inseguranças. O que havia de errado comigo? Por que nenhuma empresa parecia interessada em me contratar? E assim os dias se transformavam em duas semanas, eu começava a sentir o peso da rejeição. Os e-mails de resposta eram predominantemente negativos, e as respostas que obtinha das empresas eram desanimadoras. Parecia que minha experiência e habilidades não significavam nada mais. Uma tarde, após mais uma série de rejeições, sentei-me à mesa da cozinha, exausta e desanimada. Miranda se aproximou, colocando uma mão em meu ombro com empatia. "Emma, eu sei que as coisas estão difíceis, mas você é talentosa e determinada. Não desista", ela disse com sinceridade. Eu sorri fraco para ela, agradecendo pela sua compreensão. "Eu não vou desistir, Miranda. Mas está difícil manter a esperança." Enquanto continuava minha busca frenética por emprego, comecei a perceber um padrão perturbador. Todas as empresas às quais eu me candidatava, independentemente de quão qualificada eu fosse, recusavam minha inscrição. Era como se houvesse uma conspiração contra mim no mundo corporativo do Vale do Silício. Meus nervos estavam à flor da pele quando finalmente tomei a decisão de procurar a ajuda de um especialista em recolocação profissional. Era uma medida desesperada, mas eu não via outra saída. Passei horas conversando com um consultor de carreira, que revisou meu currículo e me deu dicas sobre como melhorar minha abordagem na busca por emprego. Mesmo com a orientação do consultor, as portas continuaram a se fechar diante de mim. Eu não entendia o que estava acontecendo. Por que ninguém me dava uma chance? Desanimada, fui encontrar Miranda em nossa sala de estar após mais um dia de rejeições. Ela me olhou com compaixão enquanto eu desabafava minhas frustrações. "Miranda, eu simplesmente não entendo. Não importa o quanto eu tente, ninguém parece disposto a me contratar. Eu não sei o que estou fazendo de errado." Ela se aproximou de mim e colocou um braço ao redor dos meus ombros. "Emma, você não está fazendo nada de errado. Às vezes, o mercado de trabalho pode ser brutal, mesmo para pessoas talentosas como você." Eu respirei fundo, sabendo que ela estava certa. Ainda assim, era difícil aceitar a rejeição constante. A noite chegou, e enquanto eu deitava na minha cama, encarando o teto, minha mente estava repleta de incertezas. O Vale do Silício, uma vez repleto de promessas e oportunidades, agora parecia uma parede de tijolos intransponível. Era como se todas as portas tivessem sido fechadas para mim. A sensação de impotência me consumiu, e eu me perguntei se meu tempo no Vale do Silício estava chegando ao fim. *** O sol brilhava através das cortinas do nosso apartamento, iluminando o pequeno espaço, mais um dia, mais uma semana. Miranda na cozinha, preparando seu café da manhã, enquanto eu me arrastava até a mesa da cozinha, ou melhor só meu corpo, pois minha alma sem dúvida ficou na cama. " O que fará hoje, Emma?" Miranda perguntou enquanto derramava o café em sua xícara. Eu suspirei e balancei a cabeça. "Farei o que todo desempregado faz, procurar um emprego... pessoalmente. Vou bater de porta em porta até alguém me contratar." Ela olhou para mim, com pena. "Eu sinto muito, Emma. Sei que isso não deve ser fácil para você. Se quiser, eu posso ver com as empresas que eu trabalho se tem algo para você." Eu tentei sorrir, mesmo que de forma forçada. "Obrigada, Miranda. Vou dar um jeito nisso." Terminei meu café da manhã e me levantei da mesa. Era hora de recomeçar a busca por um novo emprego. Eu estava determinada a não ficar parada por muito tempo. Com meu currículo em mãos, peguei minha bolsa e saí de casa, pronta para enfrentar o mundo competitivo do Vale do Silício. *** Ao longo do dia, percorri as ruas da cidade, entrando em prédios e preenchendo inscrições em empresas que estavam contratando. No entanto, à medida que o dia avançava, minha esperança começou a murchar. Cada vez que entregava meu currículo, recebia olhares de desinteresse e ouvia desculpas ensaiadas sobre como não havia vagas disponíveis. Eu estava perplexa. O Vale do Silício era conhecido por suas oportunidades de emprego e crescimento profissional, mas ali estava eu, sendo rejeitada repetidamente. Aquela não era a recepção que eu esperava. No final do dia, voltei para casa, exausta e desanimada. Miranda estava na sala, folheando uma revista de moda. Ela me olhou com preocupação quando entrei. "Como foi o seu dia, Emma?" Suspirei e desabei no sofá, derrotada. "Terrível, Miranda. Eu entreguei currículos em dezenas de empresas hoje, mas todas me recusaram. Parece que ninguém quer me contratar." Miranda franziu a testa. "Isso é estranho. Você é uma profissional talentosa, Emma. Não deveria ser tão difícil assim encontrar um novo emprego." Eu balancei a cabeça concordando. "Eu sei, Miranda, mas parece que ninguém está disposto a me dar uma chance." Aquela noite, enquanto deitava na minha cama, fiquei pensando no que poderia estar acontecendo. Era como se todas as portas do Vale do Silício tivessem sido fechadas para mim. Eu não conseguia entender. Meu currículo estava repleto de experiências valiosas, e eu sabia que tinha habilidades valiosas para oferecer. Eu estava desesperada por uma nova oportunidade, mas o mundo parecia estar conspirando contra mim. O que eu fiz de errado? O que eu poderia fazer para mudar minha sorte? Eu sabia que, de alguma forma, precisava encontrar uma maneira de superar a adversidade e provar meu valor. Eu não podia permitir que a demissão da Parker Technology me definisse.
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