CAPITULO 12

1130 Words
POV EMMA Os dias após minha demissão da Parker Technology pareciam se arrastar, cheios de incerteza e rejeição. A cada entrevista que eu participava e a cada empresa que visitava, a resposta era a mesma: "Lamentamos, mas não temos uma vaga disponível no momento." A esperança que eu tinha no início de encontrar um novo emprego estava se esvaindo rapidamente. As semanas se transformaram em um mês, e a sensação de desânimo estava se tornando quase insuportável. Eu estava determinada a não me deixar a****r pela demissão injusta, mas as portas continuavam se fechando diante de mim. Um dia, ao abrir a caixa de correio do nosso modesto apartamento, eu sabia o que encontraria antes mesmo de olhar as cartas. Contas. Um monte delas. Faturas de aluguel, serviços públicos e outras despesas começaram a chegar, e a realidade de minha situação financeira precária estava me atingindo com força total. Sentei-me na mesa da cozinha e comecei a examinar as contas. Minha colega de casa, Miranda estava no seu quarto, provavelmente em uma reunião de algum projeto de modelo. Ela tinha uma carreira bem-sucedida, mas eu não podia depender dela para pagar minhas contas. A angústia estava tomando conta de mim. Eu precisava encontrar um emprego, qualquer emprego, o mais rápido possível. A demissão da Parker Technology tinha abalado minha confiança, mas eu não podia me dar ao luxo de desistir. No entanto, os dias se arrastaram, e as contas continuaram a se acumular. Cada nova recusa nas entrevistas era um golpe no meu ego e uma lembrança constante da minha situação financeira instável. Eu me sentia impotente e frustrada. O Vale do Silício, que antes parecia cheio de oportunidades, estava se transformando em um labirinto intransponível. As portas se fechavam cada vez mais, e eu não sabia mais a quem recorrer. Uma noite, enquanto Miranda estava fora em um evento de moda, eu sentei no sofá do nosso apartamento, olhando para as contas empilhadas na mesa de centro. Lágrimas de frustração começaram a escorrer pelo meu rosto. Eu estava prestes a desistir quando uma ideia começou a se formar em minha mente. Eu tinha habilidades valiosas em marketing e comunicação. Talvez fosse hora de usar essas habilidades de uma forma diferente, mais independente. Eu poderia oferecer meus serviços como consultora de marketing freelance, trabalhando em projetos por conta própria e construindo minha própria clientela. A ideia de tomar as rédeas da minha carreira era assustadora, mas também empolgante. Eu estava determinada a fazer isso funcionar. Com meu laptop em mãos, comecei a pesquisar sobre como começar como freelancer e a criar um plano para minha nova empreitada. Nos dias que se seguiram, eu mergulhei de cabeça nesse novo desafio. Entrei em contato com empresas locais, oferecendo meus serviços de consultoria em marketing digital. Eu estava disposta a fazer o que fosse preciso para pagar as contas e provar que eu ainda tinha muito a oferecer, apesar da minha demissão. *** Os primeiros dias como consultora de marketing freelancer foram desafiadores. Eu estava construindo minha reputação do zero, e cada cliente que eu conquistava era uma pequena vitória. Trabalhava arduamente, dedicando-me a cada projeto com paixão e determinação. Dois meses se passaram desde o início da minha jornada como freelancer, e eu estava começando a ver os primeiros sinais de sucesso. Os clientes estavam satisfeitos com o meu trabalho, e o boca a boca estava começando a me trazer novos contratos. Meu apartamento estava cheio de anotações, ideias e projetos em andamento, e eu não podia estar mais animada com o futuro. Foi por volta de dois meses após o início da minha jornada como freelance, Miranda fez uma sugestão que me pegou de surpresa. Estávamos sentadas no sofá do nosso modesto apartamento, o som da televisão ao fundo, enquanto eu revisava um relatório de marketing em meu laptop. Ela estava sentada no sofá, assistindo sua série e então olhou para mim. "Emma, você está trabalhando cada vez mais. Já pensou em contratar um assistente para te ajudar?" Eu levantei os olhos do meu laptop, surpresa pela sugestão dela. Então eu ri, pensando que ela estava brincando. "Um assistente? Miranda, m*l posso pagar minhas contas agora. Não acho que tenho recursos para contratar alguém." Miranda sorriu e se aproximou. "Você está sobrecarregada de trabalho, e está indo muito bem. Um assistente poderia aliviar um pouco a sua carga e te dar mais tempo para focar nas estratégias de marketing." Eu ri, ainda incrédula. "Miranda, eu sou uma recém-convertida em freelancer. A ideia de contratar um assistente parece um luxo que eu não posso pagar." Ela inclinou a cabeça e me olhou com seriedade. "Emma, você não precisa de alguém em tempo integral. Pode ser alguém em meio período ou até mesmo um estagiário. Eu só acho que isso poderia te ajudar a crescer ainda mais." Eu me peguei pensando na ideia. A verdade era que eu estava me esforçando para dar conta de tudo sozinha, e minha carga de trabalho só estava aumentando. Se eu quisesse expandir minha consultoria, talvez precisasse de ajuda. Após um tempo de reflexão, concordei com a ideia de Miranda. Abri meu laptop e comecei a escrever um anúncio para minha página em uma rede social, buscando um assistente de marketing freelance. Eu destacava a oportunidade de trabalhar em um ambiente dinâmico e com a possibilidade de crescimento em um setor em expansão. Escrevi uma postagem simples, explicando que estava em busca de um assistente de marketing em meio período ou um estagiário. Para minha surpresa, as respostas começaram a chegar quase imediatamente. Se eu pudesse encontrar a pessoa certa para me ajudar, talvez pudesse levar meu negócio a um novo nível. *** Minha busca por um assistente de marketing estava em pleno andamento. Enquanto analisava os vários currículos que haviam chegado ao meu e-mail, um perfil chamou minha atenção: Bobby Davis. As qualificações dele eram impressionantes. Com experiência sólida em marketing digital e uma compreensão profunda das estratégias de mercado que eu precisava, seu currículo era exatamente o que eu estava procurando. Ele havia trabalhado em algumas das empresas mais renomadas do Vale do Silício, e suas conquistas eram notáveis. No entanto, havia um detalhe que me intrigava: não havia foto no currículo. Era uma omissão estranha, considerando que a maioria dos candidatos incluía uma imagem de perfil. Mesmo assim, decidi enviar uma resposta para o e-mail de Bobby, manifestando meu interesse em conhecê-lo melhor. Pouco tempo depois, recebi uma resposta de volta. Ele agradeceu pelo interesse e concordou em marcar uma entrevista. Respondi a Bobby, sugerindo que nos encontrássemos em meu próprio apartamento. Afinal, ali era a sede da minha empresa. Pelo menos , era melhor do que uma garagem na casa dos pais. Ele concordou prontamente e marcamos a entrevista para a próxima semana.
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