Capitulo 1-O vingador

702 Words
Meninas esse livro e o livro 2 de Romulo. porem vou por avisos!!! 1- romulo e Remo sempre fizeram de tudo para manter as famílias " Separadas", pois os Salermo são mafiosos e os Wesses servem a rainha. 2 - Sim, as crianças so se conheceram tarde Um mora no fofo do mundo na Irlanda, o outro na Inglaterra, Romulo sempre se mateve afastado da família Wessex. 3 - Tipo os wessex sabem que os salermo existem porem são parentes distantes principalmente Romulo, esposa e filhos. * * * A madrugada na Universidade de Oxford Nova era feita de silêncios cortantes. Névoa baixa, grudada como um véu úmido aos becos de pedra, e o farfalhar das folhas de plátano nos jardins desertos. Nenhum estudante, nenhum segurança. Apenas o eco de passos apressados quebrando o vazio. Tum. Tum. Tum. O homem corria sem rumo, o suor escorrendo pelo pescoço como água de riacho. Seus pulmões ardiam, mas ele não parava. Não pode parar. As luzes dos corredores intermitentes projetavam sombras monstruosas nas paredes, transformando estátuas de filósofos em algozes de olhos vazios. Ele olhou para trás — nada. Apenas a escuridão mastigando o fim do corredor. Tum. Tum. Tum. Sua respiração era um sino de igreja em seus ouvidos. Por que ninguém está aqui? A pergunta martelava, mas ele já sabia a resposta. Fora ele quem desligara os sistemas de segurança. Ele quem garantira que a noite estivesse deserta. Tudo para apagar os rastros, para enterrar o que vira nos arquivos da biblioteca. Agora, porém, os rastros tinham dentes. Uma porta rangeu à sua esquerda. Ele estacou, o coração batendo na garganta. Nada. Apenas o vento? Não. O vento não usava luvas de látex. Corre. Desviou para o pátio interno, onde a fonte seca parecia um crânio gigante sob a lua. Seus passos ecoaram no mármore, mas os dele... Os passos dele não faziam som. Só uma respiração suave, ritmada, como quem não tem pressa. Como quem sabe que a caça já está encurralada. O homem tropeçou na escadaria da biblioteca, as mãos arranhando os degraus de granito. Sangue escorreu de seu joelho, mas ele se arrastou para cima, para as portas de carvalho entalhadas. Abrir, abrir, abrir. A maçaneta rangia, emperrada. — Por favor... — sussurrou, como se a universidade pudesse ouvi-lo. Do fundo do pátio, uma silhueta emergiu da névoa. Alto, encapuzado, a faca reluzindo como um dente de prata na mão enluvada. Devagar. Calculado. O homem na escada gritou, chutou a porta. Clique. A biblioteca engoliu-o. Corredores infinitos de estantes, livros antigos cheirando a mofo e morte. Correu entre as prateleiras, derrubando volumes pesados — História das Guerras Clássicas, Tratados de Anatomia, Mitologia Grega. Nada importava. Seus dedos tremiam ao tentar pegar o celular no bolso. 9...1...1... — Você não deveria ter feito o que fez, Thomas — a voz veio de todos os lados. Suave. Quase educada. Thomas congelou. Ele sabia meu nome. O ar ficou gelado. — Quem... quem é você? — sua voz era um fio. Risadas. Leves, como o arrastar de uma gilete sobre papel. — Você dopou mulheres, você as filmou, as coagiu. Achou mesmo que ia se livrar disso? Thomas recuou até bater em uma estante. Aristóteles. Platão. Sócrates. Os olhos de tinta nas lombadas o julgavam. — Eu fiz nada com ninguém! Juro! — mentiu. Sua alma era mais sombria que o olhar do seu algoz A figura surgiu na ponta do corredor, a faca desenhando círculos lentos no ar. Thomas correu de novo, cego pelo pânico, até encontrar uma mesa de estudo iluminada por um único lustre de cristal. No centro, um livro aberto: "A Origem das Tragédias", página 666. — Não... não! — ele se virou, mas o capuz já estava lá. A lâmina pressionou sua garganta antes que ele pudesse gritar. O homem encapuzado inclinou-se, o cheiro de mentolado das luvas invadindo as narinas de Thomas. — Vá para o inferno que é lugar para gente como você — sussurrou, como uma cantiga de ninar. O corte foi rápido. Profundo. Thomas caiu de joelhos, as mãos tentando estancar o jorro vermelho que pintava os livros de ébano. O assassino observou, a cabeça inclinada, como um biólogo estudando um inseto raro.
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