Capítulo 5

1571 Words
  -Regina-       Quando vi aquele garotinho correndo em direção a Emma, meu coração quase parou, achei que estava vendo um fantasma, estava delirando, só podia ser isso. Meu garotinho ali, a poucos metros de mim, como havia sonhando com isso meu Deus! Tudo o que passei, tudo o que sofri, todos esses anos me culpando não era certo.       Passei dois anos vivendo um inferno naquela clínica de reabilitação, pois, não conseguia sequer me olhar no espelho sem lembrar aquele dia, sem me sentir a pior pessoa do mundo por ter matado o meu bebê. Quem faria isso comigo, meu Deus?       Fiquei paralisada, eles tinham uma sincronia tão linda, dava para ver o quanto Henry amava aquela mulher. Confesso que senti uma “inveja” naquele momento, era para ser eu a receber todo esse carinho e amor.       De repente fui tomada pelo medo, será que se Emma descobrir a verdade ela iria afastá-lo de mim? Será que ela não iria permitir que eu me aproximasse com medo de perdê-lo?! Eu jamais faria isso, eu quero o melhor para o meu príncipe, se eu o afastá-lo dela sei que ele irá sofrer e isso eu não suportaria.       Sou tirada de meus pensamentos quando escuto a loira pronunciar meu nome e o meu pequeno vindo em minha direção e estendendo a mão para me cumprimentar. Que saudade desse toque, meu bebê está aqui, ele é real, meu Deus!       Fiquei sem reação e só acordei quando Emma me chamou, nem percebi que o pequeno havia saído. Emma me chamou para sentar-me perto dela e quando o fiz ela segurou minha mão. Emma começou a relatar tudo a respeito de como Henry foi parar em sua casa. Ouvi tudo com atenção, era incrível como a loira amava meu garoto, fiquei radiante e bastante emocionada quando ela falou que não ia afastá-lo de mim. Percebi verdade em suas palavras e aquele medo inicial de dissipou, como uma pessoa pode ser tão boa e correta como essa loira?        Agora eu entendi porque no dia do acidente eu tinha a sensação que deveria salvá-la de qualquer jeito, ela tinha que sobreviver para me devolver à vida que é ao lado do meu Henry, quando ela terminou eu só queria abraçá-la e foi o que fiz, a abracei tão forte e senti uma paz enorme me invadir, me senti segura em seus braços, uma segurança que nunca havia sentido com ninguém. Eu iria ser grata a Emma por toda a minha vida.       Marcamos de eu voltar no dia seguinte na hora do almoço, pois, Henry iria visitá-la e com isso começaria minha convivência com meu príncipe. Saí daquele quarto transbordando felicidade, trabalhei o resto da tarde com um enorme sorriso no rosto, ainda não estava acreditando no que aconteceu mais cedo, estava rezando para que isso tudo não passasse de um sonho, pois, se assim fosse eu sei que não resistiria. No fim do plantão resolvi passar no quarto de Emma para me despedir.   - Srta Swan! - falei ao entrar no quarto. - Oi Regina, como esta? - Responde ela sorrindo. - Vim ver como se sente antes de ir embora. - Estou ótima, Regina... quero lhe pedir duas coisas. - Ela falou séria, confesso que nessa hora um medo passou pelo meu corpo. Será que ela se arrependeu... Será que ela não vai querer que eu conviva com meu pequeno? Não, eu vi em seus olhos mais cedo que ela estava falando a verdade quando disse que não iria nos afastar, mesmo com esse medo dentro de mim pedi que continuasse.   - Pode falar Srta Swan! - Eu andei pensando e acho que será melhor que você não fale com ninguém que encontrou o Henry – Ela fez uma pausa. - pois, se realmente alguém queria afastá-la dele, talvez tente de novo. E isso pode colocá-los em perigo e atrapalhar as investigações, será mais seguro assim, você entende não é? - Ok! Mas … você não mudou de ideia … sobre...  - ela me interrompe. - Não Regina, já falei que vamos conviver com o Henry, é apenas por segurança. - falou sorrindo. - Que alivio … fiquei com medo que tivesse mudado de ideia. - sorri. - Não faria isso com vocês.- Ela me respondeu sorrindo. - Posso pelo menos falar para minha mãe? Ela mora comigo e quando ela encontrar com o Henry irá reconhecê-lo. - Claro, só peça para não contar a ninguém por enquanto, primeiro vamos aproximá-los, mas sem falar a verdade para ele tudo bem? - Certo! Você disse que tinha duas coisas a me pedir. - A segunda é … me chame de Emma, por favor, compartilharemos um filho e Srta Swan é muito formal não acha? - E mais uma vez recebi aquele sorriso maravilhoso. - Tudo bem EMMA. - falei sorrindo. - Já vou indo então. - Não esqueça, amanha após o almoço ok? E traga a sua mãe, assim ela já o reencontra de uma vez.       Sai do hospital radiante, lembrando do meu pequeno, ele estava lindo. Nunca fiz o percurso do hospital para fazenda tão rápido, quando atravessei os portões já não segurava as lagrimas, estava ansiosa para contar a novidade à mamãe. Entrei em casa gritando.   - MAMÃE! MAMÃE! - Filha o que aconteceu? Porque está chorando? - Cora veio até mim com um semblante bastante preocupado dado ao meu estado. - O Henry … o Henry … mamãe! - falei soluçando. - Filha o que tem o Henry, não me diga que está tendo uma recaída? Eu não irei suportar vê-la naquele estado novamente. - Ela me abraçou forte. - Ele está vivo … vivo mamãe. - Ela afastou-se delicadamente para olhar em meus olhos. - O que?! Que historia e essa Regina, o Henry esta morto, sua irmã e eu vimos ele sendo enterrado filha. - Não mamãe! Ele esta vivo, eu o vi hoje, ele esta tão lindo! - Não pode ser Regina... - Não deixei ela terminar. - A senhora viu ele dentro do caixão? - Não, eu queria vê-lo para pelo menos me despedir, mas nos informaram que o caixão não deveria ser aberto... eu estava tão transtornada que não insisti. - A moça que eu socorri quando cheguei aqui é detetive, o Henry é filho dela, ele foi visitá-la hoje no hospital. - Tem certeza disso minha filha!? - Ela me disse mamãe... que quando me viu, teve certeza que eu era mãe dele, pois, ele e uma copia minha. Ela o adotou ha quase três anos, a esposa dela o trouxe de Boston após uma viagem. - Regina, isso é serio? - Ela me perguntou já chorando. - Sim mamãe – minhas lágrimas voltaram aos olhos. - ela quer que agente conviva com ele. Só me pediu para não tirá-lo dela, mas eu nunca faria isso, eu vi o amor que ele tem por ela. - Ai meu Deus! Meu neto esta vivo, eu quero vê-lo filha, eu preciso vê-lo.- Minha mãe voltou a me abraçar. - amanha após ele sair do colégio irá visitá-la, a senhora vai almoçar comigo e encontramos com eles. - Falei sorrindo. - Só tem uma coisa, ela achou estranha essa historia da “morte” dele, então pediu para não falarmos nada sobre ele com ninguém, até ela investigar o que aconteceu, pode ser perigoso. - Ok filha, o que importa e que nosso Henry está vivo.       À noite já em minha cama, não consegui dormir só pensando no meu Henry, e veio em minha mente o dia do nascimento do meu príncipe.   - Flashback on-   Eu estava em uma cama de hospital com Zelena e minha mãe, uma de cada lado da cama me apoiando, já que o Robin não havia chegado, pois, estava em uma conferencia em outro estado e  segundo ele não teve como conseguir um vôo para aquele dia. Eu estava tão feliz, em poucas horas estaria com meu filho nos braços, de repente comecei sentir as contrações, a dor estava tão forte que pensei que ia morrer apesar de ser médica e saber que essas dores são fortes, senti-las não tem explicação. - Mamãe, está doendo muito, será que está tudo certo? Será que meu filho está bem? -estava apavorada como a maioria das mães de primeira viagem. - Calma meu amor, é assim mesmo. - Falou minha mãe secando minhas lágrimas. - É sis, quando você estiver com o meu sobrinho nos braços nem vai lembrar dessas dores que tenho certeza que nem está tão forte, você que é muito manhosa demais.- Falou Zel rindo e segurando minha mão. Nem deu tempo de responder, a dor voltou com tudo e nessa hora a doutora Anna começou a pedir para que eu empurrasse por que meu bebê estava vindo, eu fiz o que ela pediu, empurrei, a cada contração ela repetia a sua ordem, pensei que nunca iria acabar estava ficando sem forças, até que ouvi o som mais perfeito e lindo que já ouvi na vida, o choro do meu filho, ele chorava alto e nesse instante meu coração explodiu em felicidade, já não segurava as lágrimas e quando o puseram em meus braços, céus! A Zel tinha razão, eu já nem lembrava mais das dores causadas pelas contrações. Foi o dia mais feliz da minha vida.   - Flashback off-       E foi com essas lembranças que adormeci, rezando para que amanhecesse logo para reencontrar minha vida, meu Henry.
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