Capítulo 4

1855 Words
  -EMMA-         Acordei com certa dificuldade de me localizar, pois, quando abri os olhos tinha uma luz forte que fazia meus olhos doerem, foi quando escutei uma voz conhecida, porém, não me recordava de onde. Virei minha cabeça em direção a voz e ela estava lá, meu anjo, a mais linda das criaturas.   - Srta Swan, pode me ouvir? - Perguntou ela e... meu Deus! como essa mulher pode ser tão linda assim?       Continuo olhando para ela, e seu rosto é tão familiar, mas acho que se já a tivesse visto eu não iria esquecer, lógico que não. A morena diz que alguém quer me ver e quando desvio meu olhar do dela vejo o Dave sinto uma sensação tão boa que não consigo controlar as lágrimas, pensei que nunca mais iria vê-los e o Henry, não tem como não pensar no meu pequeno, que irei vê-lo novamente, Henry... é isso, o meu anjo me lembra o meu pequeno, volto os olhos para a morena e pude ver claramente, os cabelos, os olhos e o sorriso, cara! Como pode ser tão parecida assim com meu príncipe, não sei como o Dave e a Mary não perceberam.     Tentei dizer isso, mas, só consegui pronunciar o nome do meu pequeno, acho que por causa do efeito da anestesia ainda. A morena perguntou ao Dave sobre quem eu estava falando e percebi que ela ficou triste quando meu irmão a respondeu. Eu tinha que descobrir o que aconteceu com ela. É até pecado olhos tão lindos estarem tão tristonhos.     A Dra Mills saiu e Dave e Mary ficaram comigo, falado sobre o meu pequeno, como eu queria vê-lo estou morrendo de saudades, mas prometeram que iriam trazê-lo para me visitar. Eles passaram algumas horas comigo falando tudo o que aconteceu, Dave falou do medo que sentiu quando me viu entrar no hospital com o peito aberto e Regina em cima de mim com as mãos no meu coração. -” Meu pai como perdi isso? queria lembrar daquela morena em cima de mim apesar da situação”.      A conversa continuou até quando comecei sentir fortes dores no peito, então David chamou uma enfermeira que aplicou a medicação em meu soro me fazendo dormir.                                                                                             [...]       Fui despertando sentindo algo deslizando em meu rosto, passei a mão e mesmo assim continuei sentindo esse toque, aos poucos foi abrindo os olhos e me deparei com a razão da minha vida, meu pequeno que tinha no rosto aquele sorriso que tanto amo, senti uma alegria inexplicável que não consegui conter as lágrimas.   - Meu amor, mamãe estava com tanta saudade. - Falo sorrindo em meio as lágrimas. - Porque tá chorando mamãe? Ta doendo? - Pergunta Henry preocupado. - Não querido, não tá doendo é que estou feliz em te ver. Te amo muito meu pequeno. - Também te amo muito mamãe. - Meu amor, você veio com quem? - perguntei, pois, estávamos sozinhos no quarto. - Tia Mary, me trouxe depois da escola. - Escola? dormi por quanto tempo? - Perguntei a Mary que tinha acabado de entrar. - Você voltou a sentir dores no sábado a noite Emma, então o médico sedou você e acho que o remédio foi forte, porque, você dormiu ontem o dia todo. - Respondeu Mary.       Fiquei impressionada, dormi o domingo todo! Pelo menos não estou sentindo mais dores.   - Meu amor, você disse que veio da escola, já almoçou? - Pergunto a Henry que está ao meu lado. - Estávamos esperando você acordar, esse mocinho ai disse que só iria depois que falasse com você. - Querido, vá com a tia Mary, mas depois volta aqui porque estou morrendo de saudades, OK? - OK mamãe.       Henry e Mary saíram do quarto e fiquei olhando pela janela. Pensando em tudo o que aconteceu, é um milagre ainda estar viva depois de tudo o que David me contou, e tudo graças a morena mais linda que eu já vi na vida. Preciso conversar com ela, pois, meu filho parece muito com ela, aquela mulher que salva vidas não teria coragem de abandonar um filho, ela pareceu triste quando o David falou sobre o Henry e meu faro diz que tem coisa errada nessa história e eu vou descobrir eu devo isso a ela, afinal, ela salvou a minha vida, tenho que retribuí-la de alguma forma.     Sou tirada de meus devaneios com a porta se abrindo. E quando olho meu sorriso abre automaticamente. Era ela, meu anjo.   - Vejo que acordou melhor, está até sorrindo. - Disse a morena com um lindo sorriso para mim. - Sim. - respondi. - Está sentindo algum incômodo? Fiquei sabendo que sentiu muitas dores no sábado. - Não, estou bem... Queria te agradecer por ter salvo minha vida. - Falei. - Amo minha profissão. Entrei na medicina para isso, não precisa agradecer.       A olhei por alguns instantes, eu realmente estava encantada com essa morena.   - Você não é daqui é? - Não pude conter a curiosidade. - Não, na verdade sou de Boston. -O que te traz a Storybrook? - Sei que estou exagerando, acontece que é mais forte que eu. - Minha mãe é dona do Hospital, vim passar um tempo com ela. - Desculpa se estou sendo curiosa. - Falei sem graça, mas, teria que arriscar falar com ela antes de Henry retornar com Mary. - Não há problemas. - Responde ela com aquele sorriso. - Posso te fazer uma pergunta? - Digo apreensiva, sei que estou arriscando demais, mas preciso continuar. - Claro! - Responde ela me olhando com curiosidade. - Você... tem filhos? - Pergunto e me arrependo no mesmo instante que vi seu sorriso se desmanchar e seus olhos marejarem. - Desculpa doutora eu não devia ter perguntado. Você está bem? Me desculpa por favor. “Droga Emma você poderia ter ficado calada, precisava ser tão direta assim” - Tive... - Responde ela num fio de voz. - Como? - Tive um filho, o nome dele também era Henry igual ao seu garoto. - Percebi que ela estava se segurando para não chorar. - O que aconteceu? - “Me responde, por favor morena” - Ele morreu em um acidente de carro, em que eu fiquei em coma por três meses. - Sinto muito. - Digo a olhando fixamente. - Tenho que ir Srta Swan, depois volto para verificar seu estado. – percebi que esse assunto a deixa muito emotiva.       Quando ela fez menção em sair, Henry entra como um foguete pelo quarto até a minha cama.   - Mamãe, mamãe! Tia Mary me deixou tomar um sorvetão, você promete que não fica brava com ela? Tava tão bom. - Disse meu pequeno segurando minha mão com carinha do gato de botas. - Claro meu amor, a mamãe não vai brigar com a tia Mary, mas você sabe que não pode tomar tanto sorvete não é? - Falo olhando para Regina que estava estática encostada na parede e com os olhos fixos em Henry. -Querido, essa é a Dra Mills, ela que curou a mamãe, vai falar com ela. - Disse ainda olhando para Regina.     Meu pequeno foi em direção a ela um pouco tímido e falou: - Oi, sou Henry Swan. - Disse ele estendendo a mão para a médica. - Oi... sou... Regina Mills. - Regina falou em um sussurro, ela estava bastante abalada. - Obrigado por curar a mamãe, estou muito feliz por isso. - Falou ele sorrindo para ela, que não esboçava qualquer reação. - Querido, a mamãe precisa que você vá pra casa com a tia Mary e amanhã depois da aula você vem me ver, OK? - Falei olhando para Mary. - OK mamãe. Te amo. - Também te amo, muito.       Henry e Mary saíram do quarto e Regina ficou parada no mesmo lugar, o rosto já estava banhado pelas lágrimas, e isso me incomodava vê-la chorando. Alguém definitivamente fez uma grande maldade com essa mulher.   - Regina. REGINA! - Ela olha para mim. - Senta aqui, você tá bem? - Ela continuou me olhando por alguns segundos e veio lentamente sentar do meu lado. - El... Ele... - Tentou falar, mas as palavras não saíram. - Ei. - Falei segurando sua mão e ela olhou para mim. - Vou te contar uma história e quero que você escute até o fim tudo bem? - Regina assentiu e eu continuei.   - Eu sempre tive o sonho de ser mãe, mas por conta de um acidente de trabalho fiquei sem poder realizá-lo. Eu estava casada há cinco anos, estava feliz, mas sentia que faltava algo para me sentir totalmente realizada, então um dia minha esposa que estava voltando de Boston me ligou pedindo para eu ir para casa porque ela tinha uma surpresa para mim. Achei estranho, pois ela sempre ia me encontrar na delegacia quando voltava de viagem, mesmo assim fui. Chegando em casa tive a melhor de todas as surpresas do mundo, encontrei Belle em nosso quarto com um lindo garotinho de cabelos negros, olhos escuros como a noite e um sorriso lindo no rosto, foi o dia mais feliz da minha vida. - Regina olhava para mim e continuava segurando a minha mão e ainda chorava, então continuei. - Quando eu acordei aqui nesse quarto e olhei para você eu pude ver tudo de novo, os mesmos cabelos, os mesmos olhos e o sorriso lindo do meu bebê. - Regina deu um sorriso tímido. - Tive a certeza naquele instante que você é a mãe biológica do meu pequeno. Não entendo como ninguém percebeu.   - Mas... ele morreu. - Ela falou chorando ainda mais. - Ele está vivo, você pôde vê-lo há pouco. Eu não sei o que fizeram e porque fizeram isso com vocês, mas prometo que vou descobrir porque afastaram vocês. - Eu desejei tanto vê-lo novamente Emma. - Ela fez uma pausa e respirou fundo. - Rezei tanto para que tudo não passasse de um terrível pesadelo e agora.... - Ela voltou a chorar. - Regina, eu não vou distanciá-lo de você, ele é seu filho também, só peço que você não o tire de mim, ele é a razão da minha vida. - senti meus olhos marejarem com medo de perder meu pequeno, mas também não podia tirar isso dela.     De repente Regina me abraçou, colocou a cabeça no vão do meu pescoço soluçando, senti uma vibração pelo meu corpo, foi tão bom que nem me importei com o incômodo no lugar da cirurgia por conta do abraço, fechei os olhos aproveitando o momento. -Obrigada! Obrigada! - Ela repetia ainda abraçada a mim. - Ei. - Disse e ela olhou para mim. - Vai ficar tudo bem, você vai ver, nosso bebê é o melhor do mundo. Agora, fica calma Doutora você tem pacientes que precisam de você. - Brinquei e ela abriu o sorriso mais lindo do mundo. - Obrigada Emma, você não sabe como eu estou feliz. - Amanhã após a escola ele virá novamente, quero você aqui, ok? Amanhã começaremos a operação “reaproximação”. - Regina abriu mais o sorriso e eu me vi perdida em seus lindos lábios.
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