Capítulo 21

1641 Words
- Emma – Cheguei em casa após levar Regina a fazenda, mesmo insistindo que ele ficasse comigo, depois do pesadelo que ela teve e das ligações que vem recebendo, ela não me falou com o que sonhou mas tenho certeza que foi com seu ex, pelo modo que ela acordou aos gritos. Encontrei David e Mary na varanda, senti falta de Elsa e Henry, mas a essa hora meu príncipe já está dormindo e minha irmã também, já que ultimamente ela não tem saído a noite com os amigos ou com o i****a do Will, o que é estranho, mas depois conversarei com ela. - Boa noite irmãzinha. – cumprimentou Dave. - Boa noite gente. – falei sentando ao lado deles. – O Henry já dormiu? - Sim, quis te esperar mas ficou tarde e ele não aguentou. – Falou Mary sorrindo e me entregando uma cerveja. - Obrigada Mary. – Agradeci pegando a garrafa. – E Elsa? - Está no quarto desde que chegou da faculdade, nem quis descer para jantar. – Disse Dave e percebi um tom preocupado em sua fala. - Aconteceu alguma coisa? – Perguntei. - Posso está enganada, mas acho que ela estava chorando. – Disse Mary. - Eu vou lá falar com ela. – Disse entregando a cerveja a Dave e saí. Antes de ir ao quarto de Elsa fui a cozinha e preparei um sanduiche de queijo, pois, sei que ela gosta, ponho em uma bandeja junto com um copo de suco de laranja. Cheguei a porta do quarto e escuto soluços, dou três batidas na porta e após alguns segundos escuto ela pedindo para entrar. Ela estava deitada abraçada ao travesseiro e com os olhos e nariz vermelhos pelo choro. Me aproximei e coloquei a bandeja na mesinha que tem ao lado da cama e sentei ao seu lado. - Trouxe um lanche, pois já sei que você não jantou. – Ela balançou a cabeça negativamente e entendi que ela não comeria. – Está tudo bem? – Perguntei e ela negou novamente. – Quer conversar sobre isso? – Ela nada respondeu e começou a chorar. Não falei nada, apenas fiquei ali acariciando sua cabeça e esperando que ela se acalmasse. Após alguns minutos Elsa finalmente parou de chorar, ela olhou para mim e eu sorri para que ela saiba que pode confiar em mim. - O que fizeram com você meu amor? - perguntei passando os dedos em seu rosto para tirar as marcas de lágrimas que ainda existiam ali. - Você acha que algum dia... alguém vai me amar como eu sou? – perguntou triste, respirei fundo já imaginando sobre o que ela falava. - Claro que sim Elsa, você é uma menina linda, é doce, educada, divertida, o que mais alguém pode querer? – falei segurando sua mão. - Uma mulher normal, que possa ter filhos coisa que eu não posso Emma e você sabe. – seu olhos marejaram novamente. - Elsa, para se ter um filho não é necessário gerar um, você pode adotar. Veja eu por exemplo, também não posso gerar um filho e mesmo assim eu tenho o tesouro mais valioso da minha vida, o Henry. - Nem todo mundo quer ter um filho adotado Emma, e se a pessoa por quem eu me apaixonar não quiser adotar e não me aceitar por isso? – Disse deixando as lágrimas caírem novamente. - Então essa pessoa não te merece Elsa, muito menos merece o seu amor. Agora me diz o que aconteceu para você ficar assim. - O Will... ele descobriu sobre minha condição e me disse coisas horríveis. - Ele te fez algo? Ele ousou tocar em você Elsa? Se ele tocou um dedo em você eu juro que mato aquele desgraçado. – Falei já me alterando, eu sabia que aquele crápula não era homem para minha irmã. - Não, ele não tocou em mim. Não se preocupe vai passar, sempre passa né? – a tristeza de Elsa estava deixando meu peito apertado. Insisti mais uma vez para que ela comesse o lanche que levei, mas ela se recusou. Então deitei ao seu lado e a abracei, senti lágrimas molharem meu peito, mas não disse nada apenas fiquei acariciando seus cabelos até ela pegar no sono. - Don- Hoje seria o dia que Sebastian estaria livre, sei que meu irmão não quer saber de mim, mas eu tinha que tirá-lo da prisão, já que por minha culpa ele estava preso e não me perdoa por ajudar Robin a anos atrás. Estou em minha mesa quando escuto o celular tocar. - Arqueiro, espero que tenha boas notícias para mim. – Atendi. - Eu sou o melhor no que faço Don. O i****a do seu irmão está livre, e melhor ainda, paguei a um i****a para assumir a culpa pelo crime então as acusações contra seu irmão foram tiradas e ele pode voltar a vidinha que tinha antes. - Saiu melhor do que o esperado em amigo. – Falei sorrindo. - Agora cumpra a sua parte no trato e me diga onde encontrar minha mulher. - Irei lhe enviar os dados que você precisa. E quando você chegar aqui faça de conta que não me conhece. - Pode deixar Don, isso será uma tarefe agradável para mim. - Outra coisa Arqueiro, não ouse tocar na loira que está com sua mulherzinha, senão eu cuidarei pessoalmente de você. Desliguei o telefone e voltei ao trabalho, afinal, o que tinha que fazer para tirar Regina Mills do meu caminho já foi feito, em pouco tempo Emma Swan você estará em meus braços. - Emma – Estava na delegacia revendo alguns casos e pensando emcomo pedir Regina em namoro, nunca fui boa nessas coisas, só namorei sério uma vez e quem fez o pedido de namoro e casamento foi Belle, ia pedir ajuda a Elsa, mas depois que a encontrei ontem tão abatida desisti, liguei para Ruby e irei me encontrar com ela na hora do almoço para resolvermos isso. Só tive que despistar minha morena o que não foi uma tarefa fácil, mas como falei que iria fazer uma investigação na cidade vizinha e não daria tempo de voltar até o almoço ela entendeu e disse que iria almoçar no hospital mesmo. Na hora do almoço fui ao Granny’s me encontrar com a Ruby, ao entrar avistei minha amiga servindo uma mesa no canto. Ela pediu para que eu fosse para a ultima mesa que ela iria assim que terminasse de atender o cliente. Alguns minutos depois Ruby senta ao meu lado sorridente como sempre. - E ai loirinha, o que é tão importante para falar com sua amiga gostosa aqui? – Falou passando as mãos pela lateral de seu corpo e revirei os olhos. - Vou pedir a Regina em namoro, só não sei como fazer isso. – Falei de uma vez só. - Não acredito... Emma Swan está apaixonada!- Ela batia palmas animada o que fez todos que estavam na lanchonete olhar para a nossa mesa. - Estou amando, Regina é tudo o que sempre sonhei. – Falei sorrindo feito uma i****a. - Mas você vai deixar todas aquelas gostosas que dão bola para você para ficar só com uma pessoa? – Falou sorrindo, sei que é para me irritar. - Ai Ruby, só a Regina me basta. Nenhuma outra me interessa. - Já vi que é serio. – Sorriu- Fico feliz por vocês, aquela gostosa parece te amar também. - RUBY! Mas respeito com minha morena. – Falei irritada, mesmo não demonstrando morro de ciúmes de Regina, ela é muito linda e seu corpo atrai olhares por onde passa, só eu sei o que passo para não demonstrar. - Calma loirinha, estou falando com todo respeito. Mas quem manda namorar uma gostosa. – Falou rindo e dei um tapa em seu braço. Ruby me deu algumas ideias que gostei bastante, nunca pensei que aquela maluca fosse tão romântica, agora sei porque ela está com a Tinker que é um doce de mulher. E Ruby também me sugeriu passar o final do sábado e o domingo na cabana que pertence a sua avó, que segundo ela é em um lindo lugar na floresta. Eu disse que iria pensar, mas adorei a ideia de ficarmos só eu e minha morena sozinha. Em certo momento percebi que Ruby me olhava com os olhos marejados. - Ei Ruby, o que foi? Que cara é essa? Você está bem? – Fiquei preocupada com essa mudança da morena. - Você é como uma irmã para mim, e ver que você superou todos os traumas que aquela safada deixou me deixa muito feliz. – Ruby falou deixando uma lágrima descer de seus olhos e me abraçou. Fiquei igualmente emocionada, Ruby foi minha força quando a Belle foi embora e eu amo essa morena como uma irmã e sei que ela sempre estará comigo em qualquer momento. Ficamos abraçadas por um tempo sentindo essa cumplicidade até que eu olho para a porta da lanchonete e sinto meu sangue gelar, meu corpo fica tenso e ao perceber Ruby olha na direção do meu olhar, sinto ela se afastar bruscamente e sussurrar – “ferrou” – minha morena estava estática nos observando, seus olhos estavam marejados e senti meu coração quebrar ao notar o olhar de decepção e dor. Antes que eu pudesse ter qualquer reação ela sai correndo pela porta. Saio correndo atrás dela e quando olha para a rua vejo seu Mercedes sair em disparada, corro para meu fusca e giro a chave na ignição, mas como uma brincadeira do destino o carro não pega, tento duas, três, quatro vezes e nada. Desesperada por imaginar o que minha morena está pensando e sei que é um monte de besteira ligo para ela, mas ela não atende. - Droga Regina! – Digo batendo os punhos no volante.

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