A médica vendida ao traficante

02LAURA

LAURA NARRANDO

THAMIRES- laura tem um emergência chegando._ minha amiga thamires entra a minha sala me falando- esta vindo do morro da bailonia do confronto que estava em andamento desde a madrugada._ ela fala e eu já me levanto amarrando o meu cabelo e colocando o avental descartável tipo TNT.

LAURA- é policial?_ pergunto porque quando vem policial ferido pra ca é um inferno.

THAMIRES- não parece que é o chefe do trafico._ ela fala e eu a olho surpresa.

LAURA- pelo menos sabemos que aqui não vai encher de traficantes achando que só tem o chefe deles a ser atendido._ falo indo pra emergência com a thamires que é minha enfermeira principal.

THAMIRES- o estado dele parece ser bem grave._ ela fala e eu confirmo chegando na porta do hospital e não demora eu escudo a ambulância e logo umas sete ou dez viaturas vem atrás.

LAURA- p***a e eu achando que eles só faziam alerdes quando era um deles._ falo porque quando chega um policial ferido aqui a recepção fica com vários outros esperando e cobrando agilidade e assistência como se só tivesse o policial ferido dentro do hospital.

THAMIRES- é amiga pegar o chefe do trafico não é qualquer coisa._ ela fala e eu concordo mesmo não sabendo nada desse meio.

LAURA- qual o estado?_ eu pergunto assim que abrem a porta da ambulância.

XXX- homem de trinta anos aproximadamente, ferimento por arma de fogo no ombro e no peito, teve três paradas cardíacas no caminho a ultima foi a cinco minutos._ela fala e eu concordo.

LAURA- leve ele pro atendimento cinco._ falo e thami sai empurrando a maca com mais dois enfermeiros e sinto alguém puxar meu braço.

XXX- capitão soares do bope, você quem vai cuidar dele?_ ele pergunta e eu concordo.

LAURA- doutora Laura Garcia. Vou fazer o primeiro atendimento e ver quais as condições do paciente._ falo e ele concorda.

SOARES- quero ele vivo._ ele fala e eu o olho estreitando os olhos.

LAURA- vou fazer o meu melhor pra isso._ falo e solto meu braço da sua mão que ainda me segura.

SOARES- espero que o seu melhor seja excelente._ olho pra ele com ódio e saio antes que eu diga algo a mais do que devo.

LAURA- como o paciente esta?_ entro no atendimento perguntando.

THAMIRES- ele esta com a bala alojada próximo ao pulmão, rim e fígado a do ombro entrou e saiu._ ela fala virando ele meio de lado pra ver o ferimento.

LAURA- chama o doutor alex e leve ele pra sala de cirurgia agora, preciso de quatro bolsa de sangue O negativo._ falo e saio arrastando a maca e indo pra sala de cirurgia com o paciente.- tentem contato com a família para saber o nome do paciente e se tem algum problema de saúde._ falo e me viro pra frente indo em direção ao elevador que sai de frente pra sala de cirurgia dois, que quando entro já encontro Alex que é cirurgião cardiotorácico e um amigo também, se preparando pra para a cirurgia e eu vou fazer o mesmo.

ALEX- esse esta bem machucado._ ele fala já terminando de se lavar.

LAURA- o policial que o trouxe é do bope e exigiu excelência no atendimento para que ele saia vivo._ alex me olha surpreso e eu sorrio.

ALEX- a facção do rio também deve esta torcendo por isso, mais não pelo mesmo motivo._ ele fala e eu concordo.

LAURA- vamos salva o chefe da babilônia então né._ eu falo e alex concorda.

ALEX- é melhor, porque vai que um dos seus parceiros vem arranca nossa cabeça._ ele fala e eu fico como? Como o cu que não passa nem vento.

THAMI- fala isso que ela tem um treco antes de começar a operação._ eu não passo nem na frente dos morros, não é preconceito e sim medo.

LAURA- morro de vontade de subir um e fazer atendimento comunitário mais meu medo me impede._ falo e thami sorri.

THAMI- vamos passar seu medo operando o chefe da babilônia que p***a é um lindo de gostoso._ ela fala e eu n**o.

LAURA- e tu é uma safada._ falo e entramos eu thami e alex na sala de cirrugia e não demora começamos a operação.

Oi gente enquanto eu tento salvar a vida desse homem que realmente é lindo e gostoso como thami diz eu vou me apresentar a vocês.

Me chamo laura e tenho 27 anos, sou loira de estatura mediana e corpo bem definido, pernas e b***a de tamanho médio pra grande e s***s fartos, tudo proporcional ao meu corpo. Meus cabelos são loiros na altura da cintura e meus olhos azuis bem clarinho.

Bom eu sou filha única e moro com meu pai que é bem difícil de se lidar. Minha mae morreu quando eu tinha por volta de um ou dois anos e eu cresci só com meu pai que eu não lembro de um momento que foi o pai carinhoso e amoroso comigo. Lembro dele sempre trabalhando e de mau humor. As melhores partes do dia pra mim era quando eu estava na escola ou com a dona Odete que era a senhora que cuidava de mim e que infelizmente morreu a três anos atrás. Dona Odete cuidou de mim como sua neta, me deu todo amor e carinho que eu precisa e não tinha do meu pai ou de alguém da minha família pois eu nunca conheci ninguém.

Eu cheguei aqui onde estou hoje graças a educação e caráter que adquiri de dona Odete, sempre gostei de estudar e foi isso que me fez terminar meus estudo mais cedo e ingressar em uma faculdade 100% gratuita na área de medicina, até porque se não fosse essa bolsa eu não teria me formado e sem o apoio e motivação da dona Odete também não.

Meu pai se chama mauro, ele é administrador de empresas e tem uma boa condição de vida. Quando eu tinha treze anos soube que minha mãe deixou uma pensão boa também por ter sido medica do estado, mais eu só tive acesso a essa pensão quando completei dezoito anos, antes disso era tudo no nome do meu pai que era meu guardião legal, quando eu me tornei maior de idade a pensão passou pra mim pois meu pai e minha mãe não eram casados no papel então ele não tinha direito e eu já podia responder por mim mesma.

Com o passar do tempo as coisas com meu pai passou a ficar ainda mais difícil, ele já chegou em casa algumas vezes fora de si e tentou meu bater algumas vezes então passei a fica o mais invisível possível pra que ele não viesse meter o loco pra cima de mim. Eu faço a compra da casa e p**o as contas porque eu não sei aonde ele enfia o dinheiro dele todo mês porque em casa não é. Eu sei que sei que já devia ter saído da casa dele mais não tenho coragem de o deixar sozinho ainda mais sem saber o ta acontecendo com ele porque ta na cara que tem alguma coisa acontecendo.

Enfim essa uma parte da minha vida logo falo mais pra vocês. Olho o paciente por dentro e alex fala.

ALEX- vou apenas te auxiliar e monitorar os batimentos, não sei como mais a bala não oferece riscos ao pulmão e coração._ ele fala porque a bala entrou no peito dele.

LAURA- vou ter que retirar uma parte do fígado dele e alguns estilhaços pegou no rim mais não é necessária e remoção dele._ eu falo já retirando o fragmento da bala.

ALEX- esse cara tem uma baita sorte._ ele fala e eu concordo.

LAURA- sim. Mas se demorassem mais a trazer ele, a bala poderia ter se movido e as coisas não seria tão fáceis._ eu falo e alex e thami concorda.

ALEX- mesmo assim podemos dizer que ele nasceu de novo porque uma bala no peito era pra ter o matado._ ele fala e concordamos também.

THAMI- é, o sistema prisional vai ganha mais um habitante._ ela fala e concordamos, mesmo sabendo que dificilmente ele ficara preso por muito tempo.

Depois de retirar a bala eu retiro os estilhaços do seu rim e isso faz com que a preção dele suba e seu coração pare, mas conseguimos trazer ele de novo. Começo a tirar uma pequena parte do seu fígado que esta bem danificado e por fim faço alguns pequenos reparos no seu rim e logo já estou o fechando para que ele seja levado a UTI onde vamos esperar ele acordar e ver se ele vai esta bem e fazer exames neurológicos para ver se seu cérebro não foi danificado pela quantidade de paradas cardíacas.

LAURA- leva ele pra UTI e me mantenha informa, meu plantão só acaba as sete da noite._ falo e thami concoda e por falar na thami, essa é minha única amiga, conheci ela no ensino médio e desde então não nos largamos mais, eu a amo como uma irmã e tudo que acontece comigo ela sente assim como o que acontece com ela eu sinto e sinto muito.

THAMI- agora vai descansar doutora, ela fala e eu vejo que fiquei por volta de quase três horas em cirurgia.

ALEX- é eu cuido da emergência pelas próximas duas horas._ ele fala e eu sorrio grata. Aléx é um grande amigo desde que entrei como estagiaria aqui no hospital ele sempre se mostrou um grande amigo, ele tem uma namorada chata pra c*****o e enjoado pra p***a mais ele é um amor de pessoa.

LAURA- obrigada eu vou ir fala com o policial responsável e vou ir comer e descansar._ falo e alex concorda saindo com a thami atrás dos enfermeiros.

Tiro a roupa de cirurgia e lavo as minhas mãos pra sair o pÓ da luva e logo já vou sentido ao elevador que vai me levar até a recepção. Vou preenchendo algumas coisa no prontuário do paciente que não sei o nome e isso é estranho. As portas do elevador de abre e dou de frente com o tal capitão soares.

SOARES- enfim._ ele fala e eu me seguro pra não revirar os olhos.- como ele esta?_ ele pergunta eu responde.

LAURA- a cirurgia foi um sucesso o paciente esta na UTI e não corre riscos pela cirurgia. Vamos tirar a sedação dele em meia hora e ver como ele vai esta quando acorda._ falo e ele concorda com a cabeça.

SOARES- quando ele vai ter alta?_ ele pergunta e eu n**o.

LAURA- isso depende de como o organismo dele vai reagir, eu tive que retirar parte do seu fígado que foi bem danificado e seu rim direito teve algumas lesões que precisaram de reparos._ falo e ele concorda.- se me der licença agora tenho outros pacientes._ minto mesmo pra sair de la.

SOARES- obrigada e me desculpa por ter sido ignorante mais cedo._ ele fala e eu concordo- esse detento é de grande periculosidade e não era pra ter sido ferido e por isso acabei perdendo a cabeça, mais se me der uma chance vou me redimir._ ele fala e eu n**o.

LAURA- não é necessário e eu entendo._ falo porque eu não estou com vontade de sai com ele, nunca namorei ou sai com ninguém, já dei uns beijos na boca mais nada além disso.

SOARES- faço questão._ ele insiste e de novo luto pra não revirar os olhos.- um café ao menos é bem rápido._ ele fala e eu concordo só porque eu já ia busca um.

LAURA- ok somente um café porque estou em horário de trabalho._ falo e ele concorda e eu aponto com a cabeça pra lanchonete que fica do outro lado da rua e vamos andando quando eu sinto a mão dele na minha cintura eu o olho e fico desconfortável e continuo andando.

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