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Filhas do Trono

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intro-logo
Blurb

O Reino de Eldoria sempre foi governado por reis que passaram sua coroa para seus filhos homens, mas o atual monarca, Rei Edric, foi amaldiçoado por uma antiga magia que o impede de gerar herdeiros masculinos. Com apenas três filhas, Edric enfrenta um dilema: desrespeitar séculos de tradição e nomear uma de suas filhas como sua herdeira ou ver o reino cair nas mãos de seus rivais, que aguardam ansiosamente pela sua morte.

Determinadas a proteger o legado de sua família, as princesas — a guerreira Audra, a sábia Isolde, e a diplomata Elara — lutam contra as forças que querem ver Eldoria ruir. Cada uma tem suas próprias ideias sobre como governar o reino, e essas diferenças ameaçam dividi-las em um momento crucial.

Conforme a maldição se intensifica, forças externas tentam explorar a fraqueza do rei, e as irmãs devem unir suas forças para enfrentar não apenas os inimigos do reino, mas também as expectativas da sociedade que as subestima. Será que uma delas conseguirá reivindicar o trono e liderar Eldoria em um novo capítulo, ou o reino será consumido pelo caos?

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Capítulo 1: A Maldição do Rei
O som abafado de passos ecoava pelas paredes de pedra do castelo, cada um deles marcado pelo peso de uma decisão que mudaria o curso da história de Eldoria. No salão do trono, o Rei Edric se sentava, uma sombra da sua antiga glória. O brilho que outrora iluminava os seus olhos azuis havia se apagado, substituído por uma preocupação sombria. À sua frente, três mulheres, suas filhas, estavam alinhadas em silêncio, aguardando as palavras que ele parecia relutante em pronunciar. Audra, a mais velha, permanecia imóvel, com as mãos cruzadas atrás das costas. Seu olhar era duro, como o aço da espada que sempre levava consigo. Seus cabelos dourados estavam presos numa trança apertada, revelando o semblante marcado pelas batalhas que já enfrentara, tanto no campo de guerra quanto nas discussões no conselho. Ela sempre fora a favorita de Edric, a filha que, em outro mundo, teria sido criada como herdeira, se não fosse o destino que lhe negara esse direito. Ao lado de Audra estava Isolde, a segunda filha, cujos olhos verdes eram tão afiados quanto a sua mente. Envolta num manto de seda escura, Isolde observava o pai com uma mistura de curiosidade e apreensão. Desde jovem, ela dedicava-se aos estudos, mergulhando em tomos antigos que falavam de maldições e profecias, na esperança de encontrar uma maneira de salvar o rei. Mas, até agora, todos os seus esforços haviam sido em vão. A mais nova, Elara, se mantinha à margem, sempre a mediadora entre as irmãs, mas também a que guardava os segredos mais profundos. Seus cabelos castanhos caíam em suaves ondas sobre os ombros, e seus olhos castanhos refletiam a calma que ela exalava, embora o seu coração batesse acelerado. Elara era a diplomata, a que sabia como navegar pelas intrigas da corte, e cujas palavras eram tão afiadas quanto qualquer lâmina. Ela sempre foi a mais próxima do pai, mas a maldição havia criado um abismo entre eles. “Minhas filhas,” começou Edric, a voz grave e carregada de uma tristeza que ele não conseguia esconder. “Vocês sabem tão bem quanto eu que o tempo está contra nós. A maldição que me foi imposta não pode ser revertida. Não terei um filho homem para herdar o trono.” As palavras pairaram no ar, como um veneno que lentamente contaminava tudo ao redor. As irmãs permaneceram em silêncio, mas nos seus rostos, emoções conflitantes se desenhavam: medo, raiva, tristeza e, acima de tudo, uma incerteza que crescia a cada momento. “Por séculos, Eldoria foi governada por reis,” continuou Edric, erguendo-se com dificuldade de seu trono. “Mas agora, o destino deste reino recai sobre vocês três. Vocês são minhas herdeiras, e o que eu temo… o que todos nós tememos… é que isso pode levar o reino à guerra.” Audra foi a primeira a falar, sua voz firme como sempre. “Não precisamos temer a guerra, pai. Temos exércitos fortes, e estou pronta para liderá-los se for necessário.” “Não é apenas uma questão de força militar, Audra,” respondeu Isolde, seu tom medido. “Há outros que contestarão a nossa legitimidade. Muitos acreditam que apenas um homem pode governar Eldoria.” Elara, sempre buscando um meio-termo, deu um passo à frente. “Devemos considerar todas as opções. Há aliados em potencial, reis e príncipes que poderiam fortalecer nossa posição. Talvez uma aliança, um casamento…” As palavras de Elara foram recebidas com silêncio, e ela percebeu o peso da sua sugestão. Mas antes que pudesse continuar, Edric levantou a mão, interrompendo-a. “Eu já pensei em todas essas possibilidades,” disse o rei, sua voz cheia de cansaço. “Mas a verdade é que não importa quem se alie a nós, não importa o quanto tentemos manter a paz, haverá aqueles que nunca aceitarão uma rainha no trono de Eldoria. E ainda assim, é o único caminho que nos resta.” Ele se voltou para as filhas, uma a uma, encarando-as com uma intensidade que lhes gelou o sangue. “Vocês terão que provar que são dignas desse trono. Não apenas para mim, mas para todo o reino. A partir de hoje, vocês deixarão de ser apenas princesas. Vocês se tornarão as Filhas do Trono.” O silêncio que se seguiu foi quebrado apenas pelo eco distante de trovões, como se o próprio céu reagisse à proclamação do rei. As irmãs se entreolharam, e naquele momento, cada uma sentiu o peso da responsabilidade que agora recaía sobre seus ombros. Enquanto o rei se retirava para seus aposentos, escoltado por guardas silenciosos, as três irmãs permaneceram no salão. O olhar de Audra era duro, o de Isolde, pensativo, e o de Elara, cheio de preocupação. O caminho à frente estava envolto em sombras, e o destino de Eldoria agora dependia delas. “Precisamos nos preparar,” disse Audra, quebrando o silêncio. “A partir de agora, não podemos confiar em ninguém, exceto em nós mesmas.” Isolde assentiu lentamente. “Precisamos ser mais espertas que eles, usar tudo o que sabemos para garantir que não nos subestimem.” Elara olhou para ambas, uma resolução crescendo dentro dela. “Precisamos nos unir, mais do que nunca. Se falharmos, o reino não sobreviverá.” E assim, as Filhas do Trono fizeram o juramento de proteger Eldoria. Mas nenhuma delas sabia que, enquanto conspiravam para proteger o seu reino, o destino já havia lançado dados cruéis, que trariam não apenas guerra e traição, mas também amor, em formas que elas jamais poderiam ter previsto.

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