POV AISHA
- O que você quer mesmo em? - fala cruzando os braços e se aproximando.
- Absolutamente nada - falo e desço o olhar pro corpo dele.
- Você ta me manjando é isso mesmo?
- Você ta de toalha na minha frente...involuntariamente a culpa não é minha.
- Você está com minha camisa, sem calcinha e nem por isso estou te olhando.
- Porque não quer - falo baixo...mas o suficiente pra ele ouvir.
- Depois de 4 anos Aisha? o que ta acontecendo?
- Na verdade nem eu sei, acho que é carência.
- E eu que vou saciar isso? logo eu? Você sabe muito bem que eu não cumpro esse papel.
- Você está namorando?
- Não.
- Ata - falo e passo a mão no ombro dele, como se estivesse limpando alguma coisa e ele acompanha com o olhar.
- Porque você quer saber se eu tenho namorada? - ele fala e gruda o corpo no meu... ta tão próximo que chega senti o que vocês estão imaginando ai.
- So uma curiosidade que me surgiu aqui.
- É? - aproxima seu rosto.
- É ... - falo em um fio de voz e não da nem tempo de formular uma frase pois ele me beija.
4 anos depois e estamos aqui no meio da sala da casa dele nos beijando... sem ter álcool e sem ser em um corredor nojento e escuro.
Me afasto dele, quando minha cabeça volta pro lugar e penso em tudo que isso pode causar.
- Não era isso que você queria?
- Era... eu acho né.
- Você acha?
- Eu acho que agora cai na real no que você tinha falado, não temos espaço pra ser ficante ou algo parecido com isso.
- E você so percebeu isso agora?
- É... - ele da uma risada sem humor nenhum e me larga.
- Vai vestir sua roupa pra gente ir buscar seu carro e as crianças - fala e sai.
Gente o que foi que eu fiz... quatro anos odiando ele e agora simplesmente meu corpo quer ele, acho que isso so está acontecendo porque ele ta me tratando melhor. Na verdade eu e o Guilherme nunca tivemos essa i********e que está acontecendo aqui, eu so vinha buscar as crianças e ia embora e ele na minha casa a mesma coisa... a gente m*l conversava, e do nada eu dormir aqui duas vezes... com a roupa dele e pra piorar ele não ta sendo um ogro.
(...)
- Você ainda ta ai? - ele surge ja vestido, me tirando do transe.
- Você tem que voltar.
- Voltar pra onde?
- A ser ignorante comigo, isso tava tornando nossa relação ótima... você mudou agora e fudeu tudo.
- Eu não mudei com você, você que parou de falar coisas bestas.
- Até parece né Guilherme... agora so volta.
- Vamos buscar as crianças logo.
Ele vai na frente e entra no carro... termino de vestir minha roupa e vou atrás dele.
Chegamos na casa da minha mãe e como de esperado... as crianças tudo com o cabelo pra cima.


- Que roupa é essa Aisha? - minha mãe ja me enquadra.
- Longa história mãe.
- Você dormiu com o Gui? - minha mãe é a única que chama ele assim... é a única que ele deixa chamar além do Chris.
- Não né mãe.
- Você e o papai voltaram? - a Yuna pergunta pulando.
- Não- eu e o Guilherme respondemos juntos.
- Mas podia - minha mãe diz... pense em uma pessoa que gosta do Guilherme, por ela a gente estaria juntos...agora quem gosta de um ogro desse.
- Isso é impossível dona Vera - ele responde pegando as coisas das crianças.
- Nada é impossível, vocês que dificultam as coisas... ja tem os filhos, ja tem as casas, ja tem a independência... mas prefere ficar se implicando do que assumir que se querem.
- Ih mãe eu hein, larga de história... bora Yuna e Zion se dispersam da vó de vocês e vamos - o Guilherme está com uma feição de nada... como sempre.
Estamos ao caminho do bar pra buscar meu carro.
- Papai?
- Oi filho.
- Você vai la em casa ver o meu carro?
- Ver o seu carro?
- Sim, a mamãe me deu uma pista desse tamanhão - fala gesticulando com a mão - Você vai la brincar comigo?
- Você leva pra casa do papai que ele brinca com você.
- Eu também ganhei uma casa enorme de boneca papai... da até você que é grandão dentro - o Yuna se empolga também.
- O papai gostaria muito... mas vocês sabem que papai so pode brincar na casa dele né?
- Mamãe deixa o papai brinca lá? - o Zion faz cara de pidão.
- É mamãe, porfavor - a Yuna entra na onda.
- Eu nunca proibir seu pai de ir la... ele pode ir la quando ele quiser - Guilherme desvia o olhar da estrada e me da uma breve olhada.
- Vai hoje papai.
- Papai não promete, por que hoje o papai está cheio de trabalho... mas vou fazer o possível pra ir.
- Quando você fala assim, você não
vai - yuna fala chateada.
- Seu pai trabalha Yuna, se os clientes estiverem la ele não pode sair.
- Manda eles embora então - o Zion fala como se fosse óbvio e vejo o Guilherme dando um sorriso de lado.
- Boa ideia filho - ele vai na onda das crianças.
- Eu sempre tenho boas ideias - fala todo convencido.
.....
Chegamos no bar e meu carro está protegidinho. ja pensou quebrar carro nessa crise que o Brasil está?é um tiro de basuca no pé.
- Vamos crianças, troquem de carro... vamos pra casa.
- Tchau papai... até mais tarde.
- Lembra de colocar eles pra fora papai, a gente vai ta esperando - o Zion fala sério e convencido que aquilo é o certo.
- Tchau... papai ama vocês.
As duas espoletas correm e entram no carro na velocidade da luz.
- Se você não conseguir ir... me manda menssagem pra não ficar criando esperança pra eles - falo encostada no carro e ele parado na minha frente.
- Ta certo, mas vou fazer de tudo pra ir... irei fazer o máximo pra resolver as coisas aqui.
- Coloca eles pra fora - falo imitando o Zion e ele rir... primeira vez que ele faz isso pra mim, fico surpresa.
Os funcionários dele chegam e óbvio ficam olhando... principalmente pra mim que estou com essa roupa em plena luz do dia.
- Agora vai, geral está olhando pra você.
- Obvio, se eu não fosse eu.. eu estaria me olhando.
- Ta ... agora vai.
- Você está me colocando pra fora?
- Não... to colocando essa sua roupa que está mostrando demais.
- A roupa é minha, o corpo é meu... mostro mesmo - levanto o tuli mostrando tudo e entrei no carro, e ele me olha com a cara de incrédulo com que eu fiz.