A Procura da Felicidade

Capítulo 09.

Milana Sartori.

Na manhã seguinte, havia acordado com a minha avó me chacoalhando levemente no sofá, chamando-me para eu ir me vestir.

— Está na hora de levantar querida.

— Oi vó — me espreguicei. — O que está fazendo aqui tão cedo?

— Nesses últimos dias eu não tive tempo para vir te ver, então como hoje, eu estou com esse tempo livre, então vim aqui.

— Ah, sim. Como você está vó?

— Eu estou ótima e você?

— Estou bem.

— Por que dormiu no sofá? Você irá ficar com seu corpo dolorido.

— Eu só peguei no sono e acabei dormindo aqui.

— Entendo. Da próxima vez, durma na sua cama.

— Tudo bem.

Levantei-me sonolenta, caminhando até as escadas. Em seguida, subindo para o meu quarto. Entrei e peguei o meu uniforme, vestindo-o e calçando meu tênis.

Olhei para o horário do meu celular e já estava tarde, eu estava atrasada para a escola. Desci as escadas às pressas e me despedi da minha avó, mas assim que eu estava caminhando até a porta, minha avó me chamou.

— Aonde está indo?

— Estou atrasada para a aula.

— Deixe a sua mochila aí e venha tomar seu café! A escola pode esperar.

Larguei a minha bolsa no sofá e segui para a cozinha. Sentei-me de frente para a minha avó e comecei a preparar meu ceral. Em seguida, comecei a comer.

— Como está indo na escola?

— Estou indo bem.

— E o que tem feito?

— Eu saí com um amigo, mas a maior parte do tempo eu fico em casa.

— E que amigo é esse?

— É um que entrou agora na escola, ele se chama Lorenzo, ele é muito bacana.

— Fico feliz que esteja fazendo novas amizades.

— Eu também.

Assim que eu terminei de comer, me despedi da minha avó e saí de casa, caminhando até a escola. Assim que cheguei, entrei e segui em direção à classe, mas assim que eu estava caminhando até lá, o Damiano começou a andar do meu lado.

— Oi — sorriu ele.

— Oi Damiano, que bom revê-lo — sorri.

— Está atrasada, dormiu até mais tarde?

— Exatamente — ri levemente. — E você?

— A mesma coisa.

— Enfim, preciso entrar agora — falei parando em frente a porta da classe, que a mesma estava fechada.

— Nos vemos no refeitório?

— É claro, até lá.

— Até lá.

Batia na porta e a abri, pedindo licença para a professora e entrando. Andei até a carteira vazia do lado do Lorenzo e me sentei.

— Oi, como você está? — indagou Lorenzo em voz baixa.

— Estou bem e você?

— Também estou. Eu até pensei em não vir hoje, mas eu não podia "baixar a cabeça".

— Você tem razão, nós não podemos se mostrar francos.

— Exatamente isso.

Algum tempo depois. Assim que aula havia terminado, nos levantamos e seguimos para o refeitório. Pegamos as nossas bandejas com os alimentos e Lorenzo e eu, fomos nos sentar. Assim que estávamos comendo, Damiano e seus três amigos sentaram-se na nossa frente.

— Oi Damiano — cumprimentei.

— Oi, esses são os meus amigos. Pietro, Mirko e Giulio.

— Prazer, esse é o Lorenzo.

— Prazer — cumprimentou Lorenzo.

Matteo Rossi.

Eu estava no refeitório em uma mesa ao lado da mesa da Milana, eu estava o

a observando e o fato dela estar sentado com o Lorenzo e com o garoto da noite passada, me incomodava muito.

— Dylan, quem é aquele garoto loiro? — perguntei ainda olhando fixo para o rapaz.

— Aquele é o Damiano e os outros três são os seus amigos. Ele é um ano mais velho que nós, mas ele não é flor que se cheire.

— Como assim?

— Ele é traficante.

— O que?! — indaguei espantado. — Como assim traficante? — perguntei em tom baixo.

— Ele e os seus amigos, ele vendem d***a.

— A Milana n******e andar com pessoas assim!

— Acho tão fofo o jeito que você ai da gosta e se importa com ela — Dylan ironizou.

Revirei os olhos e bufei. Eu estava aborrecido por saber sobre o Damiano e seus amigos, e ainda mais irritado por ver com com a Milana estava andando.

Milana Sartori.

Eu estava feliz por estar conhecendo e fazendo amigos novos, eu não sabia se a Alessa voltaria a andar comigo, então essas pessoas, fazia eu me distrair um pouco.

Algum tempo mais tarde, assim que as aulas terminaram, me despedi dos demais e caminhei de volta para a casa. Assim que estava caminhando, Matteo se aproximou de mim.

— Milana, espera. Nós precisamos conversar sobre o Damiano.

— Veio inventar o que sobre ele agora?

— Não é invasão! É real. O damiano é traficante.

Ri ironicamente. — E quem lhe contou isso?

— Não é engraçado Milana! E foi o Dylan que me contou, até porque, ele conhece o Damiano.

— Você não percebe o quão hipócrita você é, não é mesmo?

— Do que está falando?

Parei de andar e o olhei aborrecida.

— Matteo, eu já vi você e seus amigos fumando m*****a, bebendo horrores e até hoje você ainda fuma, principalmente o cigarro, então eu não sei porque a preocupação em r*****o ao Damiano.

— São coisas completamente diferentes! É claro que a m*****a, cigarro e bebidas fazem m*l, mas eu estou falando de outras drogas muito mais pesadas e de tráfico Milana! Isso é crime, então técnicamente, o Damiano e seus amigos são criminosos.

— E daí? Não será eu quem irá comprar drogas com eles e não será eu quem irá parar atrás das grades. Eu só converso com eles, porque eles são melhores que você e a Alessa, então eu prefiro andar com "traficantes" do que com vocês dois, será que fui clara?!

— Eu só tentei ajudar você.

— Eu não preciso de ajuda de pessoas desprezíveis como você!

— No final, você é igual ao Damiano, uma pessoa r**m.

— Francamente, não venha se vitimizar como se você fosse o "coitadinho" que só quis ajudar uma colega de classe, porque você não é nada disso!

Voltei a caminhar com a cabeça erguida, tentando conter as lágrimas.

Eu não sabia se o Matteo estava falando a verdade sobre o Damiano e os seus amigos, mas achei melhor não se envolver muito com eles.