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1107 Words
ㅤEmanuel ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ João: Só acho mano que isso daí é pesado. — sentou roda. Alex: Ela é apaixonada contigo Dedeu. Maquinista: Ô o respeito moleque, tá ouvindo?! — dando bronca. Emanuel: Sim senhor. — dei as costas — Não tem nada haver velho, ela que confundiu as coisas. João: Ou você que deu chance demais? Alex: Da mesma forma, acho que é errado. Emanuel: Sai dai Alex. — dei um tapa na cabeça dele. Brenda: Nossa quanta imaturidade. — de braços cruzados. Emanuel: Tá falando comigo? Brenda: Com quem mais seria? — revirou os olhos. Emanuel: Brenda não se mete a parada nem foi com você. Brenda: Exatamente, foi com a minha amiga. Se fosse comigo, eu seria mais esperta. — brava. Emanuel: Iria? — ri alto — Arrasta uma b***a por mim, se liga. Brenda: Nem uma lasca de unha que dirá a b***a. — chegou perto — Se afasta da Laura. Emanuel: Vai fazer o que? — quase beijando ela. Essa mina conseguia me tirar do sério, não tinha nada haver. A amiguinha dela me deu mole e eu fiquei, mas não prometi fundos e mundos, só foi uma ficada. João: c*****o, cadê o beijo? Alex: Vai moleque, vai que é sua. Brenda: Vão se ferrar. — mandou dedo do meio. Júlia: O que foi dessa vez Emanuel? Brenda: O seu irmão fazendo graça com a Laura. Júlia: Emanuel, deixa ela em paz. Por favorzinho. — fez bico. Me afastei um pouco da Brenda, mesmo com a zoação e aproximação de todos, não saímos do lugar. Emanuel: Sabe que eu não consigo resistir. — abraçei a Jú forte. Júlia: Irmão, ela gosta de você mais do que um amigo e você sabe. Por favor, se não quer nada com ela se afaste. — abraçou mais forte. Emanuel: Da minha vida cuido eu, vocês nem sabem se eu gosto da menina! — me soltei da Júlia — Vazei. Alex: Fui. Emanuel: Hoje vai ser o frevo. João: Baile. Alex: Gatas novas. — esfregou as mãos. Emanuel: Várias danadinhas no colinho do pai. — rimos e fizemos um toque de mão. Ficamos jogando papo fora para o tempo passar, ainda era de tarde, geralmente íamos pegar uma praia ou qualquer coisa do tipo, mas dessa vez preferimos ficar no morro mesmo. Menor: Emanuel, seu pai está te chamando. Emanuel: Xô vazar predadores, de noite em. — dei toque. Alex: Firmeza. Partiu b*******a bolinha? João: Agora. Alex: Se bem que né... — olhou a Júlia passar com a Brenda. João: Irmão, você pode brigar, fazer o que quiser, mas nossa senhora... — se referia a Brenda. Alex: Júlinha então, esses olhos claros hm... — suspirou. Emanuel: Que graçinha. — fui debochado — Tira o olho. — falei pro João. João: Como que é? — riu, queria me ver admitindo. Emanuel: Que meu fi? Viaja não falei com o Alex, ela não é pro teu bico. — sai pisando fundo. Puta que me pariu nessa menina, que merda. Emanuel: Chamou? — empurrei a portinha da casa. Maquinista: Já decidiu? — contando as notas de cem. Emanuel: Sabe que a minha mãe vai achar r**m sobre isso. Maquinista: Emanuel, com a sua mãe eu me entendo! — contava outro bolo. Menor: Mais encomenda. — colocou a caixa no canto junto com as outras — Tem mais de 200 gramas nessa daí. Maquinista: Demorô, tem mais caixa? — perguntou. Sorriso: Tem! — entrou com mais uma — Essa é de coca. Criolo: Tem criança no recinto. — olhou pra mim — Tá fazendo o que aqui moleque? Emanuel: Meu pai me chamou. — mexendo nas coisas pela casa. Os dois morros se juntaram não tinha mais "Morro Santa Fé ou Morro Cruz", agora era "Morro Grota", tudo ficou maior. Agora temos mais de duas escolas com Ensino Médio e Fundamental, temos mais de 3 quadras, mais de 20 lojinhas sejam elas do produto que for, fora os comerciantes que vendem pipoca, bebidas na caixa de isopor, salgados, picolé, que vivem subindo pelo morro. Fizeram um centro de atendimento, tudo que achavam r**m ou que queriam iam lá, o soldado anotava e depois passa pro meu pai e ele dava o que pediam. Um hospital que se chama Regional, não só o povo aqui do morro, mas como os vizinhos ou até mesmo do asfalto podem vir se precisarem, lógico com a autorização do bravo Maquinista. Em resumo, tudo estava em plena reforma. Tem até um salão de balé, academia, farmácia conhecida. CV: Fala meu chegado. — chegou me abraçando. Emanuel: E aí padrinho. — bati nas costas dele. CV: Tudo em alta? — fez outra — E as gatinhas? Passando o rodo carai? Meu sobrinho é muito chavoso, ê piração. Criolo: Claro com as minhas dicas. Menor: Não se esqueçam do avó. Maquinista: Cai fora todo mundo! — falou sem olhar pra nenhum. Todos passaram por mim, me dando aquele tapinha no ombro. Criolo: Menino, só faça se você quiser. Suas escolhas. — falou baixo. Esperamos todos saírem da sala. Maquinista: Emanuel, pensa bem, esse morro aqui todo vai ser seu. — afirmou — E outra, eu tenho que ter alguém aqui. Emanuel: Pai, tem a Júlia, tem a mamãe, tem os meus tios. — cansado — Por que logo eu? Maquinista: Por que é você quem eu quero no comando. — de pé na minha frente — Se eu quisesse os outros, seria os outros. — sério. Emanuel: Pai... Maquinista: Emanuel, além de você ser meu filho, eu te criei debaixo disso tudo para você ocupar. Emanuel: Se eu não quiser? Maquinista: Você quer. Emanuel: Já falei que não sei. — olhei — Ainda tô procurando o meu caminho, nem sei se quero continuar aqui. Nem sei se quero fazer faculdade, nem sei o que eu vou comer hoje ainda. Maquinista: Acho melhor você tratar de escolher e rápido, ou melhor, acho melhor você aceitar a ideia de quem vai assumir algo aqui é você! Não vou deixar o meu morro nas mãos de qualquer um. Você merece. Emanuel: Pai ó mais tarde a gente conversa. Maquinista: Não adianta ficar fugindo, uma hora você vai ter que encarar. Jogou algumas sacolinhas pra mim. Maquinista: Vai repassando e cobrando. Quero o meu dinheiro. — me deu as costas. Peguei todas as sacolinhas e sai, não iria adiantar discutir com ele. Fiz o que me pediu e guardei o dinheiro, sei que ele me daria. Meu pai acha que pode me cobrar, mas é verdade eu nem sei o que eu vou fazer daqui a um segundo.
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