ㅤJúlia
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Júlia: Brenda, fala pra mim, o que está acontecendo?
Brenda: Está falando do que? — se jogou no sofá.
Júlia: Do Emanuel e você. — cruzei os braços — Todo mundo já sacou, só vocês dois que não. — revirei os olhos.
Brenda: Estão sacando nada, até porque não tem nada o que sacar. — ligou a tv — Vai no baile hoje?
Júlia: Pode mudar de assunto. Mas no fundo você sabe que é verdade. — dei por vencida — Estou pensando seriamente.
Brenda: Vai sim! — animei ela — Horrores meu amor. — se levantou jogando o cabelo — Preciso de meninos.
Júlia: Precisa é aquietar essa b****a sua.
Marina: Júlia, olha os modos. — colocou a mesa de café — Está tudo pronto.
Júlia: Mãe convença essa menina a ficar com as pernas fechadas hoje?! — me servindo suco.
Brenda: Tia, fala para a sua filha, que homem é tudo de bom. — afirmou.
Marina: Isso é não posso negar! — concordou.
Júlia: Mãe!!!!
Brenda: Eu aviso. — comendo um biscoito.
Marina: Não é mentira Júlia. — se sentou na mesa — Sabemos que você é do tipo come quieta, filha.
Júlia: Mãe, que isso? — ficando vermelha.
Brenda: O Alex que o diga né... — tossiu.
Marina: JURA O ALEX? — colocou as mãos em cima das minhas — ME CONTA TUDO.
Júlia: Lógico que não. — olhei pra Brenda — Cala a boca.
Marina: Mas, quando assim ele te despertou o interesse meu anjo? O Alex é tudo de bom, concordo com o seu gosto. — piscou.
Alex: Com o gosto de quem? E eu sou o que? — deu um beijo na testa da mesma — Falando m*l de mim tia? Não esperava isso. — brincou se servindo.
Emanuel: Minha casa virou pensão agora? — se sentou também.
Júlia: Só falta o outro i****a. — sussurrei.
João: Cheguei família.
Marina: Bom, deixa eu dar licença. — colocou a cadeira no lugar.
Bia: Amiga, vem cá... — disse entrando.
Lana: Correndo — apareceu na porta e nos olhou na mesa — Aí Jesus que lindos. — emocionada — Todos juntos.
Bia: São lindos né?! — mandou beijo.
Marina: Nossas crianças.
Júlia: Ai ninguém merece.
Brenda: Mãe, não sou mais criança. Não vêm.
João: Mãe, sem mico. Combinamos.
Júlia: Adeus. — mandei beijo.
A fome estava terrivelmente grande, comemos tudo que existia naquela mesa.
Brenda: Tô cheia. — bateu na barriga.
João: Também... — debochou — Come pra carai.
Brenda: Aí João ó... — deu um empurrão nele de leve — Porco. — deu um beijo em sua bochecha.
Alex: Júlinha que não comeu nada.
Júlia: Comi, comi horrores. — me debrucei na mesa — Você que comeu um biscoito.
Brenda: UM? — indignada — Júlia deixa de ser cega.
Alex: Vou te ignorar. — me olhando nos olhos.
Emanuel: p**a que me pariu. — olhando todos de "casal" — Ô João vamos lá pra cima.
Brenda: Hmmmmmmmmmmmm. — zoou.
Emanuel: Anda João. — ignorou.
Isso se chama ciúmes. O celular do Emanuel começou a tocar e logo ele desapareceu da vista.
João: O caminho está livre gata.
Brenda: É ele deve ter ido comer mais uma bolacha cracker.
Júlia: Vai no baile hoje? — sendo acariciada.
Alex: Vou, você vai? — próximo de mim.
Brenda: Vamos parar com isso? — entrou no meio — Alex ela vai sim, você vai e lá vocês se pegam de um monte. Agora dá licença, reunião das garotas.
João: Só tem as duas.
Júlia: Exatamente, plural. Não singular. — mandou beijo.
Subimos para o meu quarto que por sinal estava uma zona, ultimamente tenho me afogado nos estudos, tinha livros e cadernos por toda parte. Além das minhas roupas, nas quais eu cismei que estão todas velhas e que não tenho nenhuma que preste para ir ao baile hoje. Meu pai era fechadão para essas coisas, rezava uma missa na minha cabeça antes de me deixar sair para qualquer lugar, não sei como ele me deixa ir para o baile. O que na minha opinião consegue ser ainda mais perigoso, mas vai entender.
Júlia: Só não repa.. — olhei bem — Você já é de casa. Me ajuda. — empurrei as roupas para ela dobrar.
Brenda: Não sou obrigada, querida. — piscou.
Júlia: Quer morrer enforcada? — olhei de lado.
Brenda: Não, ó... — dobrando.
Ela deixou tudo em cima da minha cama e foi mexer no computador.
Brenda: Temos que ser mais acessíveis. — olhando o f*******: — Todo mundo famosinho e nós no chão. Olha quantas curtidas essa horrorosa tem. — bateu a mão na perna indignada.
Júlia: Amiga, ninguém fica famosinho assim, só pela beleza. — dei a minha opinião.
Brenda: Boa parte sim. Os meninos acham essas ridículas um máximo. — foi passando — Que nem esse Igor, mó cara de nojo, e olha lá quase 1.000 curtidas na foto desse moleque.
Júlia: Ele é um gato Brenda. — olhei séria — Admita, que ele têm lá seus charmes.
Brenda: Pra uma boba feito você. Se derrete por qualquer coisa. — mostrou língua.
Júlia: Me esqueci que você gosta dos machões, cafajestes... Tipo... Emanuel. — falei como se fosse óbvio.
Brenda: Vocês cismaram com isso. — impaciente — Olha esse daqui.
Júlia: Prefiro o outro amiga. — apontei.
Brenda: Sempre dos mais sem sal. — revirou os olhos.
Júlia: Eles estão com muito sal pro meu gosto. — ri — Dá licença. — abri outra aba entrando no meu face — Esses daqui são meninos de verdade.
Brenda: Nerds? — debochou de mim.
Júlia: Deixa de ser ridícula. — belisquei ela.
Emanuel: Jú. — chegou na porta sem camisa e eu pude ouvir uns suspiros.
Júlia: Oi?
Emanuel: Vai chamar a Laura pro baile hoje?
Júlia: Emanuel... — reprovei.
Emanuel: Vou conversar com ela, quero esclarecer as coisas!
Júlia: Posso tentar está bem? — olhei para ele sem camisa — Vai colocar uma camisa. — empurrando ele pra fora.
Emanuel: E aí Brenda. — olhou pra ela sentada na cadeira.
Brenda: Tá doente? — irônica.
Emanuel: Estou tentando ser legal.
Brenda: Não você quer alguma coisa em troca. — cruzou os braços — O que?
Emanuel: Arruma uma menina pro João, faz favor.
Brenda: Uai, não sou motel não meu filho.
Emanuel: Facilita. O cara é bacana! — afirmou.
Júlia: Exatamente por isso, ele pode arrumar uma sozinho. Hm? — sugeri.
Ele decidiu de tentar com a Brenda e foi para o quarto. Voltou a mexer no computador, e eu arrumando a minha bagunça pelo quarto. Escolhendo uma roupa para o baile.
Maquinista: Vai ao baile hoje? — entrou.
Júlia: A batida é na porta. — brinquei.
Maquinista: Sou seu pai, para. — deu um tapinha na minha testa — Sabe as regras não é?
Júlia: Pai, não vou aprontar. — dei um beijo na bochecha dele.
Brenda: Oi tio. — cumprimentou.
Maquinista: E aí coisa linda... — deu um beijo na cabeça dela — Vai pro baile também senhorita?
Brenda: Lógico, quero boys. — riu mais falando sério.
Maquinista: Se comporta! — repreendeu — Cadê a sua mãe?
Júlia: Saiu com a tia Bia, Lana. — falei.
Maquinista: Beleza. — olhou pra minha roupa — Não quero curta! — saiu do quarto.
Tiramos fotos, postamos no snap, i********: e ainda por cima fazendo publicidade do baile no face.