Capítulo Dois da História

2139 Words
Capítulo Dois — Uma Ajuda Inesperada Ponto de Vista do personagem principal — Henry Reymond Os ponteiros do relógio se movem com uma certa rapidez, e quanto mais eu folheio as páginas do livro que eu tanto amo presente em minhas mãos, mais a minha sede pelos estudos se intensifica, fazendo com que a minha mente peça por mais incessantemente. Ao redor do mundo, existem pessoas com inúmeros hobbies, comuns ou diversificados, mas quanto ao meu é certo eu dizer que este é o estudo. Engrandecer o meu intelectual com conhecimentos novos me traz uma sensação tão boa a me fazer querer repetir em uma sequência viciosa. Porém, interrompendo o meu momento em meu estudo, o som alto de grunhido que o meu estômago realiza chama a minha atenção para a fome que ainda está presente em meu organismo. Diante disto, eu solto um pesado suspiro em uma frustração ao imaginar que eu realmente preciso parar os meus estudos no momento para resolver primeiro o problema de minha fome. Eu preciso solucionar uma coisa de cada vez. Com isto, eu fecho o livro em minhas mãos com um pesar por querer ter lido mais, mas ao mesmo tempo sabendo que eu preciso mesmo me alimentar, caso contrário eu terei um sério problema em minha saúde. Neste instante, eu procuro cogitar alguma ideia que possa vir a me ajudar a resolver este problema. Eu preciso me alimentar por pelo menos este dia, uma vez que a partir de amanhã eu terei alimentação gratuita cedida pela organização do evento no qual eu irei participar. Com isto, eu acabo recordando que nas festas realizadas pelos veteranos no campus, sempre tem comida de sobra. Cogitando nisto uma boa ideia, eu busco em minha mente se haverá alguma festa pelas repartições do campus na noite de hoje, ao cogitar que eu aproveitarei para saciar a minha fome com a comida cedida pelo organizador da festa. Sem recordações definidas, eu disco rapidamente o número telefônico de meu irmão mais novo, o que eu posso considerar como o rei das baladas. Ironicamente, Simon é totalmente o contrário de mim. O que eu tenho de interesses por uma boa literatura intelectual em moldes do conhecimento da mente, ele tem em mesma intensidade o interesse em festas e mulheres. Talvez, deva ser este o modo de superação pelo qual Simon adquiriu após a morte de nossos pais, uma vez que ele adotou esta personalidade apenas após o ocorrido. Detentor de um espírito mais radical, Simon não quis se dedicar aos estudos e nem sobre qualquer meio que gere uma renda financeira para que ele se auto sustente em sua maioridade. Mas ao contrário disto, ele optou por viver na casa de nossos avôs, estes a quem sempre o mimam e defendem o seu comportamento como um reflexo pelo ocorrido com os nossos pais. Enquanto eles o bancam financeiramente, Simon aproveita das melhores festas da cidade. Não que eu esteja o julgando, afinal cada um escolhe o seu estilo de vida. Mas eu só esperava mais. Neste instante, eu desperto de meus pensamentos ao ouvir o som da chamada a tocar diante da ligação que eu realizo para Simon. Sem dúvidas qualquer, ele é a pessoa que melhor saberá me informar sobre qualquer festa para esta noite. Por um momento, eu imagino que como o seu irmão mais velho eu não deveria estar a o incentivar a isto. Porém, ao mesmo tempo eu sei que ele será o único que poderá me ajudar com esta informação, uma vez que eu não quero ter que incomodar os meus avós, retirando esta última cogitação de ideia. — Fala, Zé Mané. — Quase de imediato aos primeiros toques, a sua voz soa no outro lado da linha aí atender a minha ligação, porém, esta contém um tom mais eufórica do que o normal, acompanhada com alguns indícios de uma respiração ofegante. — Depois eu termino isto com você, querida. No mesmo instante, diante de que a sua segunda fala não foi destinada a mim, mas sim a alguém presente com ele, de imediato eu repugno a minha mente ao imaginar desagradavelmente que provavelmente o meu irmão deve estar coabitando com alguma garota. Festas, mulheres, bebida alcoólica e s**o resumem perfeitamente a sua vida. Eu não julgo o seu estilo de vida, mas bem que ele poderia ter me atendido em outra hora, seria muito menos desagradável do que está sendo para mim agora. Porém, ao mesmo tempo, eu cogito aproveitar o momento já imposto para realizar a minha intenção principal. — Eu não acredito que eu direi isto, mas... — Eu dou uma pequena pausa em minha fala, por eu ainda estar um pouco receoso sobre o meu pedido a seguir. — Qual é a festa ligada para esta noite? De prontidão, se demonstrando tão surpreso quanto eu perante a minha pergunta, o riso de Simon em um divertimento ecoa pela ligação, mas ao mesmo tempo, também é possível perceber uma certa descrença pela minha fala. Realmente, de longe, não fariam parte de meus planos ou hobbies, mas eu permaneço firme com esta ideia por cogitar que esta é a mais fácil para o meu momento presente. — E o que aconteceu para que você me pergunte sobre isto? — Simon solta o seu questionamento ao confirmar sobre a sua confusão perante o meu pedido, mas logo ele adota um certo deboche em sua próxima frase. — O engomadinho decidiu se divertir um pouco? De imediato, eu rolo os meus lhos em uma chateação pelo o apelido que ele me destina, porém, ao mesmo tempo, eu decido levar a situação com uma certa leveza ao compartilhar de um breve riso nasalado, uma vez que eu realmente entendo o quanto ele deve estar surpreso perante o meu pedido. Mas pensando por este lado, eu realmente não tenho um momento de diversão desta forma há muito tempo. Por incrível que pareça, talvez isto realmente possa me ajudar não somente com a saciação de minha fome, mas também para distrair um pouco a minha mente de tantos pensamentos problemáticos que ultimamente tem insistido em me consumir. — Você sabe de alguma festa que possua comida liberada? — Eu pergunto, revelando a minha verdadeira e prioritária intenção para o meu pedido, diante da minha falta de dinheiro. — Digo, com a entrada e a comida gratuitas. — Meu irmão, eu acredito que você mereça ter o pacote completo. — Simon acrescenta ao dizer em um tom de festejo, o que me faz cogitar que ele já tem em mente alguma festa para o patamar. — Esteja pronto às 20h da noite, te mostrarei o mundo incrível das festas. Confia em mim, maninho. Tão brevemente após a sua última fala, a ligação se finaliza enquanto eu me perco em meus próprios pensamentos sobre o ocorrido. Eu me recordo que todas as vezes que o meu irmão já disse para que eu confie nele, certamente problemas vem a caminho. Por conhecer bem a sua personalidade, eu sei bem que eu acabei de assinar um contrato desastroso. Mas ao mesmo tempo, eu solto um pequeno riso nasalado ao recordar das aventuras que ambos nos metíamos quando nós éramos crianças. Isto me faz cogitar que será um momento muito agradável, nós estarmos unidos novamente. Despertando de meus pensamentos ao voltar a minha realidade, eu intenciono distrair os efeitos de fraqueza com a fome em meu organismo, voltando a focar a minha atenção no tão aclamado livro de Megan. Ato este que não serve tão somente para enganar a minha fome, mas também é destinado diante da v*****e crescente que eu sinto pelos estudos na recapitulação destes conhecimentos, os quais nunca é demais relembrar. Desta vez, o tempo até que cooperou com o meu momento, fazendo com que os ponteiros levem os minutos embora de uma forma mais rápida do que o tradicional. Desta forma, eu consigo enganar a fome presente em meu organismo por um maior lapso determinado de tempo. Mas eu confesso que a fraqueza presente em meu organismo por este motivo, me causa uma dor de cabeça tão forte que me faz interromper a minha leitura e o meu estudo. Felizmente, ao guiar o meu olhar em direção ao horário indicado pelos ponteiros presentes em meu relógio prateado de pulso, eu noto que eu estou muito próximo do horário combinado com Simon, o que me faz ter um alívio em meus pensamentos ao cogitar que eu enfim conseguirei saciar a fome que corrói as paredes de meu estômago. Em uma intenção de preparo para a festa que eu frequentarei, eu tomo um banho bem reforçado, apesar de que eu não conseguir passar muito tempo em pé no banheiro com a tontura presente pela fraqueza. Mas em meu look, eu opto por uma roupa que contém um ar mais despojado, porém, descolado. Há muito tempo que eu não vou a uma festa do tipo, então, eu quero ao máximo não parecer tão careta como um nerd inegável que eu sou e de certa forma me orgulho. Imaginando que haverá muitas pessoas, eu invisto em um cheiro agradável com o meu melhor perfume, uma vez que momentos festeiros como estes serão realmente raros em minhas escolhas. Pouco tempo depois, o Impala 67, de pintura preta, velha e desbotada, chama as atenções de todos com a repetição constante de sua estridente buzina a ecoar pelo estacionamento do campus. Ao me aproximar da janela, eu reconheço de imediato, o homem de barba bem feita e com óculos de sol mesmo que esteja de noite enquanto veste uma pesada jaqueta de couro. Simon está com o seu vidro abaixado enquanto ele apoia o braço de uma forma descolada para fora. Não diferente de mim, eu noto que alguns estudantes que estão no parque, bem como outros a aparecer nas janelas de seus respectivos apartamentos, também destinam os seus olhares repletos de reprovação para o ato de desrespeito de Simon. Este mesmo a quem se descontrai com os barulhos estridentes das buzinas feitas por si próprio, não se importando com os demais, muito menos com as regras de silêncio existentes no local. Isto me faz apressar os meus passos para sair de meu apartamento e me guiar rapidamente em direção ao seu carro, uma vez que eu sei bem que ele não parará com o show de buzinas, o que poderá vir a causar futuros problemas para mim. A maioria dos universitários já querem se livrar de mim, então dar motivos plausíveis para isto está completamente fora dos meus planos. — Você poderia ser mais reservado, não é mesmo? — Eu direciono a minha fala a ele assim que eu adentro o seu carro, demonstrando o meu constrangimento ao ter todos os olhares reprovadores focados em nós. Em uma breve resposta, Simon apenas optou por abaixar um pouco de seu óculos escuro ao me destinar um olha e um sorriso em desdém. Mas não perde tempo ao acelerar intensamente o seu carro, ocasionando um barulho ainda maior ao cantar pneu no estacionamento do campus. Por um momento, eu solto o meu suspiro em uma nítida decepção ao imaginar que a sua intenção é completamente intencional para chamar as atenções onde quer que ele passe. Porém, ao mesmo tempo, eu tento não focar muito nisto, uma vez que a personalidade de Simon nunca aceitará um conselho diverso dos seus próprios interesses, afinal eu mesmo já cansei de tentar a isto intencionar. Desta forma, eu opto por apenas mudar o meu foco do ocorrido, mas a minha atenção se destina para um assunto questionante em minha mente. — Desde quando você fica com o carro do nosso avô? — Eu questiono me referindo ao Impala que ele está a dirigir, ao imaginar que o motivo disto seria mais para que ele possa ir às festas livremente sem ter qualquer horário para voltar. — Ao contrário de você, o nosso vô sabe muito bem como se divertir. — Ele direciona a sua fala em um tom brincalhão, seguindo com as explicações para tal. — Ele me deu as chaves do carro para que eu possa aproveitar a minha juventude. Você deveria fazer isso também, ou vai definhar com os livros, ao lado das pessoas tão arrogantes dessa universidade. Em partes, eu tenho que confessar que ele está certo. Eu deveria destinar mais momentos de minha vida para poder aproveitar mais a minha juventude, e em conjunto, não pirar tanto com as opiniões dos egocêntricos universitários. Mas ao mesmo tempo, eu não ouso compartilhar do mesmo pensamento sobre só viver de festa em festa, sem nenhum rumo profissional, como ele mesmo optou seguir. Um momento de distração é realmente muito importante para a nossa saúde mental, e pode nos fazer muito bem. Mas tornar disto uma vida sem responsabilidades, já não faz o meu tipo de interesse. Continua…
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