Capítulo quarenta e três — Por você, sempre farei o possível e o impossível

4803 Words
Capítulo quarenta e três — Por você, sempre farei o possível e o impossível. Ponto de vista personagem principal Coloquei os DVDs na poltrona que havia ali, cheguei perto de Mel e ela parecia uma anjinha dormindo, peguei o controle da televisão que estava em sua pequena mão, a desliguei e coloquei o controle no criado ao lado da cama. Cobri Mel com o edredom e admirei mais uma vez seu belo rosto. Minha pequena Mel estava com uma expressão tão serena, e com um pequeno sorriso. Uma foto não vai fazer m*l, vai? Peguei meu celular e tirei uma foto dela, coloquei o celular no criado, liguei o abajur, desliguei a luz, e me deitei ao seu lado, coloquei meu braço em volta de sua cintura e a puxei pra perto, beijei sua testa e fiquei lhe fazendo carinho nos seus cabelos, admirando a beleza de Mel e pensando no que meu pai tinha me dito que nem percebi o tempo passar, só senti minhas pálpebras pesarem e acabei adormecendo. #Flashback Off Sorri ao lembrar disso, não posso ficar sem ela, eu a amo, sim eu a amo descobri um tempo depois daquele dia que eu a amo, mas ela só me ver como o melhor amigo, como um irmão mais velho, ela não namora mais o Daniel, e eu terminei com a Tânia, Mel ainda nem sabe que eu terminei com ela. Mas enfim era minha chance de finalmente me declarar mas agora ela está indo embora. Continua... —Ok, já pode parar. ― disse Nicholas. —Desculpe, mas foi muito engraçado. ― Respirei fundo, recuperando-me. —Então o que vai acontecer depois? Eu vou poder continuar aqui ou vou ter que voltar com você? Nicholas estava sério. Desviou o olhar pensativo, como se nem ele tivesse a resposta. —Você terá que voltar por enquanto. ― Nicholas disse. ―Mesmo que eu tenha passado no teste? ―Perguntei. Nicholas apenas assentiu respondendo minha pergunta afirmando, gerando-me confusão e incomodo. —Por quê? Você não disse que era só passar no teste e eu terei a confiança de minha liberdade? Por que está voltando atrás? —Porque eu mando em você agora. E você fará o que eu quiser. ―Nicholas disse ríspido e autoritário. —Isso não tem cabimentos! ― indignei-me. ― Você n******e achar que manda em mim, pois não manda. E.. você disse uma coisa e agora está voltando atrás? Como queres que eu demonstre confiança a alguém sem palavra? —Você se esquece do primeiro contrato que te envolve, em que você é apenas um objeto para assegurá-lo. Está sobre minha propriedade. ― ele disse ríspido, adquirindo uma postura desafiadora, desaprovando minha contrariedade. —Não! ― disse exaltada, completamente perplexa, levantando-me rapidamente de meu assento. ―Eu não sou um objeto pra ser propriedade de ninguém! —Não use esse tom de voz comigo! ― Nicholas disse raivoso, também ao levantar-se. —Como não? ― ri sem humor. ― Você me diz essas barbaridades e ainda não quer que eu fique exaltada? —Basta! Essa conversa acaba aqui! ― Nicholas disse, exaltando-se. ― Sim, o combinado era deixar-te aqui, porém apenas se você passasse no teste. O real teste não era ver como você reagiria com r*****o às perguntas e reações de seus pais diante do seu desaparecimento, mas sim ver se você teria a fidelidade de um verdadeiro seguidor, queria saber se você me demonstraria tanta confiança a ponto de fazer exatamente o que eu ordenasse. Coloquei-te diante de uma situação que envolvesse seus pais, justamente pois seria a melhor forma de você se sentir tão pressionada a ter que escolher entre uma coisa importante para você. Engoli em seco, encarando-o sem falas. Nicholas bolou calculadamente tudo isso, e fez com que eu caísse desastrosamente em seu plano. Estar sobre seu olhar atento pode ser mais perigoso do que eu pensei. —Nicholas.. ―suspirei desanimada. ― Eu só não entendo o porquê disso está acontecendo. Por que precisa que eu esteja lá? Por que está dizendo que eu sou sua propriedade? Eu sou apenas eu, uma pessoa normal com sentimentos, não sou apenas um objeto de contrato. —Culpe ao Ryan, ele quem te envolveu nessa situação! ―disse Nicholas. ―Eu não tive outra escolha a não ser essa. —Você é inacreditável. ― disse já sentindo o nó do choro preso em minha garganta, causado pela extrema indignação que novamente toma conta de meu corpo. ― Ryan apenas queria largar as coisas erradas, e você não deixou, ameaçando-o. Eu não quero voltar com você. É uma pessoa egoísta, que não se importa com ninguém nem nada a sua volta, a não ser com o próprio ego. E eu não vou contribuir alimentando seu ego ao obedecer ao que você ordenar. Quer saber? Você não quer me dar a minha liberdade, então f**a-se! Eu não me importo com você, e suas ameaças nunca me farão mudar de ideia. —Para de draminho. ― Nicholas disse ríspido. ― Arque com suas consequências. Eu te dei a chance de ter sua liberdade de volta. Você foi quem não aproveitou, e jogou-a no lixo. —MINHA LIBERDADE NÃO É UM JOGO! ―Gritei completamente irritada, sentindo as lágrimas de indignação escorrendo por meu rosto. ― VOCÊ SÓ NÃO QUER ADMITIR QUE É SOZINHO NO MUNDO! E POR ISSO PRECISA FICAR AMEÇANDO OS OUTROS PARA CONSEGUIR COMPANHIA! —Não fale nesse tom comigo! ―Nicholas rosnou raivoso. ―Você nunca terá meu respeito! Te acompanharei de volta à sua casa, só por causa das ameaças que você fez envolvendo a vida de Ryan, e provavelmente envolverá a de meus pais. Apenas por isso irei de volta com você. Uma prova de amor que você nunca receberá de ninguém. ―Vamos logo para o carro. ― Nicholas disse ao trancar seu maxilar em puro ódio. ―Eu deveria cortar todos os privilégios e benefícios que te dei, você vai voltar ao porão para aprender a não me desrespeitar. ―Mais ameaças? Claro né, é só o que você sabe fazer. Nicholas voou em cima de mim, apertando fortemente meu braço. Seus olhos estão escuros em puro ódio, sua expressão denuncia que ele se controla para não tirar minha vida. Senti um inconsciente arrepio amedrontado percorrer meu corpo. Tento permanecer firme em minha postura, porém Nicholas está intimidando-me extremamente. O aperto contra meu braço está tão forte que causa-me extrema dor. —O QUE ESTÁ ACONTECENDO? ― Ouvi a voz de meu pai, logo percebendo ele entrar como um furacão no cômodo. Nicholas soltou-me rapidamente, guiando seu raivoso olhar para meu pai. Bufou irritado e andou até a porta, logo virando-se em minha direção. —Te espero no carro! ― Nicholas disse autoritário e ríspido, logo saindo de minha vista ao atravessar a porta. —O que ele quis dizer com isso? Por que estavam naquela gritaria?― Papai questionou confuso e assustado. —Nada, eu... ― tentei inventar algo rapidamente, porém fui bruscamente interrompida. —Você vai embora de novo, né? ― Papai exaltava-se. —Me explica o que está acontecendo Shopia. Eu quero a verdade! —Pai, não tá acontecendo nada. Eu só vou passar mais alguns dias na casa da minha amiga e... —Para de mentir Shopia! Você sabe quem é o Nicholas de verdade? ― Ele voltou a questionar ríspido. Sua expressão parecia dizer-me que ele já sabia da verdade, apenas a me desafiar. ―Nicholas não é um amigo, ele não é seu amigo Shopia! No dia que ele se importar com alguém cairão vacas do céu de tão impossível acontecer! —Como? ― perguntei confusa com sua fala. ― Você o conhece? —Está tudo bem aqui? ― Ouvi a voz de minha mãe, interrompendo a conversa. Ela entra pela porta, preocupada conosco. Sem pensar direito, não aguentando toda pressão sobre minhas costas, corri até ela e a abracei fortemente, me desmoronando em choro. É muito para mim, eu não aguento isso. —O que houve meu amor? ― Mamãe perguntou compreensiva, com seu jeito delicado e protetor de ser, acariciando meu cabelo, confortando-me ao retribuir o abraço. —Shopia quer fugir com o playboyzinho do Nicholas. ― Meu pai disse raivoso. — Como assim, Shopia? ― Mamãe perguntou confusa, porém com seu tom ainda calmo. Sempre admirei a incrível compreensão que ela carrega. Ela tem um dom maravilhoso de conseguir entender os outros. ―Eu não posso contar. ― sussurrei. ― Eu preciso protegê-los. — Proteger-nos de que Shopia? ― Meu pai voltou a questionar. ― Onde você se meteu, filha? Por que simplesmente não diz logo a verdade? —Pai.. eu não posso. É melhor vocês não saberem. Eu só posso protegê-los assim. ― engoli em seco, fazendo-me ficar com o coração na mão. Eu simplesmente sinto v*****e de gritar a verdade, mas isso os botaria em riscos. E eu não sei o que seria de mim se algo acontecesse a eles. —Eu não vou ficar de braços cruzados somente vendo você se afundar. ― Ele disse, inconformado. ― Se você se acha esperta, então continue com ele. Mas eu não vou apoiar isso. ―Pai, eu não tenho nada com Nicholas. ―Shopia, seja lá o que você esta fazendo de sua vida, apenas saiba que eu só quero o melhor para você. ―ele disse. ―Eu sei quem Nicholas é, e não vou ficar de braços cruzados vendo-o puxar a luz de sua alma. ―Como assim?― encara-o completamente confusa com sua fala. ―Eles não devem andar conosco, suas auras são totalmente distintas. ―ele disse. ― Um dia você vai entender, e assim se afastará. Mas eu tomarei providências sobre isso, ele não conseguirá tomar sua alma. Ele se retirou em passos firmes, raivoso. As pronuncias confusas de meu pai, deixaram-me completamente sem fala. Eu nunca vi ou ouvi meu pai falar de assuntos como esse. —Eu realmente não podia contar.. ― Sussurrei, agoniada em pensar nas mil besteiras que meu pai deve estar achando de mim. Eu me tornei umas das coisas que eu mais temia: A ovelha n***a da família, centro de decepções para meus pais. —Calma meu amor. ― Mamãe disse me abraçando fortemente, confortando-me. Em uma hora de desespero, o abraço materno é a chave para tentar encontrar a calma. ― Se pai estava meio confuso em suas palavras, só estava descontrolado, você melhor que ninguém sabe como o seu pai age quando está irritado. Mas acima de tudo ele só quer o seu bem. Engoli em seco, tentando ao menos acalmar-me. Escutei uma estridente buzina alta de carro, chamando-me a atenção ao lembrar-me que Nicholas está à espera. —Tenho que ir, mãe. ― Disse, tentando recompor-me. —Shopia! ― mamãe disse indignando-se ao poucos. ― Você está tão sumida. Se você continuar com esses comportamentos de sumir e não dar notícias, terei que tomar decisões sérias. Você não era assim. Não quero que isso se repita. A surpresa me atingiu por seu tom tão autoritário, ela nunca precisou usá-lo comigo, sempre a obedeci. Apenas balancei a cabeça negativamente, e tomei coragem para contrariá-la. —Eu sinto muito mãe. ―sussurrei. ― Eu não posso manter contato, para o bem das pessoas que eu amo. Antes que minha mãe pronunciasse algo fui apressadamente em direção à porta, rapidamente saindo de casa. Amaldiçoei-me por ter que contrariá-la e não ter conseguido ao mínimo uma despedida adequada. Sei que talvez eu nunca mais volte a vê-la. Meu coração encontra-se partido em diversos pedaços. Assim que saí de casa percebi que Nicholas estava vindo em direção à porta de entrada, raivoso, provavelmente para ir me buscar. —Por que demorou tanto? ― Ele perguntou ríspido. O ignorei, passando por ele em passos rápidos em direção ao carro. Porém antes de conseguir chegar ao mesmo, meu braço foi puxado pra trás com força, fazendo com que meu corpo vá de encontro com o seu peitoral. —Eu te fiz uma pergunta! ―Nicholas rosnou. —Me solta! ― disse. Porém em resposta ao meu pedido Nicholas, apertou mais fortemente meu braço, fazendo-me soltar um forte gemido doloroso. —Está me machucando. Solte-me ― disse com a dor consumindo meu braço. Seu olhar é frio. Seus olhos possuem um tom vermelho e raivoso. —Por que seus olhos estão vermelhos? ― questionei, em seguida falando a primeira coisa que me veio em mente. ―Você se drogou ou algo do tipo? —Entra no carro agora! ― Nicholas disse autoritário, visivelmente incomodado com minha pergunta. Ele soltou o meu braço, fazendo-me passar minha mão pela vermelha marca de seus dedos longos e fortes em meu braço. —ENTRE NO CARRO AGORA SHOPIA! ― Nicholas gritou raivoso, em seguida soltando um palavrão. Nicholas assustou-me quando me puxou bruscamente para o carro, jogando-me no banco do passageiro, fechando a porta com força. Assim que ele entrou rapidamente no lado do motorista, acelerou em uma grande velocidade, o que fez seu carro catar pinéu na estrada. Meu corpo estremeceu e um medo me percorreu por inteira. Sua expressão, seu olhar, a forma como sua mão fechava em punho no volante, os xingamentos distribuídos para os outros motoristas, sua velocidade.. todos os fatores denunciavam a extrema intensidade de sua raiva. Além da velocidade exagerada, Nicholas desvia de diversos carros com uma agilidade incrível e passa por vários sinais vermelhos. Sinto-me no filme: "Velozes e furiosos". Encontro-me nervosa e temerosa. A coragem me deixou e o medo me consumiu. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX MOMENTO QUENTE: NÃO ACONTECE EXATAMENTE DESSA FORMA; TALVEZ TENHA ALGO PARA APROVEITAR. O caminho acomodou um silêncio muito incomodante. Nicholas apenas encara furiosamente a estrada, guiando seu carro tão apressadamente que não demorou muito para chegarmos a sua casa. —Vá para o meu escritório. ― ele disse autoritário, estacionando seu carro na garagem. ― Vamos conversar! Saí rapidamente do carro, em passos apressados para dentro da casa. Nervosa, intencionei chegar ao quarto, ignorando sua suposta ordem de anteriormente. —Shopia! ― Foi uma das poucas vezes que escuto meu nome ser pronunciado por Nicholas, guiei meu olhar para trás vendo que ele também apressava seus passos em minha direção. Temerosa, vendo sua expressão raivosa, não pensei duas vezes antes de acelerar meus passos em uma correria. —Não vou conversar com você, Nicholas! ― disse correndo. —Ah vai sim! ―disse Nicholas em um tom ameaçador. Meu coração acelerou temerosa com o medo atingindo-me. Nicholas me persegue como um predador prestes a m***r sua presa. Entrei rapidamente no quarto, porém Nicholas empurrou bruscamente a porta, impedindo que eu consiga fechá-la. O susto foi tão grande que me causou um desequilíbrio ao cair para trás no chão gelado. —Eu disse que nós íamos conversar! ― disse Nicholas permanecendo seu tom ameaçador, fazendo-me engolir em seco. Ele trancou a porta, causando-me uma sensação de alerta e medo. Meu coração está tão acelerado que posso jurar que ele pode escutar. Eu já presenciei que Nicholas é capaz até de m***r só para satisfazer seus interesses, temo qual seja sua decisão. —Levanta logo daí! ― Ele disse autoritário. Nicholas abaixou-se ao meu lado, segurando fortemente em meu braço, forçando-me a levantar. Com a rapidez de meu levanto, nossos rostos ficaram muito próximos. Seus olhos que normalmente possuem um efeito típico hipnotizante, porém o efeito estava nulo uma vez que a fúria presente neles parecia mais intensa. perto dos meus, com aa proximidade de nossos rostos. Nicholas bufou irritado, soltando-me. Ele caminhou cauteloso, até a janela presente no quarto. Logo estava puxando a cortina, cobrindo-a. Seu ato deixou-me com o coração na mão de tanto temor em pensar na pior das hipóteses para sua decisão. Sem perder tempo, corri em direção à porta do quarto. Engoli em seco, ao confirmar que ela realmente estava trancada, impossibilitando-me de conseguir abri-la. —SOCORRO! ― Gritei desesperada, batendo diversas vezes na porta, desejando com todas as minhas forças que alguém me tire daqui. Um ato que no fundo eu sei que é completamente inútil já que estou na casa de Nicholas, quem manda em tudo e em todos por aqui. —Para de gritar, estou com dor de cabeça! ― Ouvi a voz autoritária e ríspida de Nicholas, fazendo-me engoli em seco, nervosa. Cautelosamente virei-me em sua direção, encostando-me o máximo na porta, intencionando manter a maior das distâncias entre nós. Nicholas está sentado na cama, olhando-me com tédio. —Eu não me droguei em grande quantidade. ― disse ele. ―Se acalma. Nicholas suspirou, levantando-se. Fiquei em alerta ao acompanhar atentamente seus passos em minha direção. —Não se aproxima de mim! ―disse com a voz um pouco trêmula. Nicholas pode não ter se drogado muito, mas ele deixou claro que ao menos pouco ele usou. Eu não quero me arriscar a descobrir como é sua reação ao estar drogado. —Já disse para se acalmar. ―Nicholas disse ríspido, aproximando-se cada vez mais. Virei meu rosto na direção oposta, desviando o meu olhar. Em uma tentativa de não aumentar meu desespero ao ver sua expressão ainda raivosa a me encarar. —Olha pra mim! ― Nicholas ordenou. Novamente engoli em seco, sentindo seu corpo tão próximo ao meu. Posso jurar que ele consegue escutar meus batimentos cardíacos de tão acelerados. Não atendi à sua fala. Permaneci com meu olhar distante, temendo suas atitudes tão impulsivas. Estremeci de medo ao senti o toque e sua mão em meu rosto. Em um movimento delicado, Nicholas o virou em sua direção. Meus olhos logo se encontraram com os seus. Seus olhos aliviaram aos poucos a vermelhidão, estão carregados de uma expressão diferente, um sentimento diferente, inexplicável e indesvendável. Ele analisa-me atentamente. —O que você quer comigo? ― Perguntei nervosa. Nicholas acariciou meu rosto, analisando-me. A confusão reina em mim por todas as suas estranhas reações. Ele desliza seus longos dedos delicadamente por toda extensão de meu rosto parando em meus lábios. Seus olhos se fixam aos meus lábios, acompanhando os leves movimentos que seus dedos fazem. Encontro-me completamente perdida. Nicholas voltou lentamente suas mãos à minha bochecha, acariciando-a delicado. Ele cauteloso se aproximou seu rosto do meu. Como reação nervosa e automática, tentei empurra-lo, mas suas mãos se fecharam fortemente sobre meus pulsos. Tentei não me desesperar, mas acabei por não conseguir. Tremo-me com medo do que ele possa fazer. —Nicholas.. ― engoli em seco. ― Não me machuca... —Shh.. ― ele sussurrou. ― Eu senti sua falta. Franzi o cenho, confusa. ―Quase não aguentei ficar todo esse tempo longe. ― Nicholas voltou a sussurrar, mantendo um tom incrivelmente rouco e sexy. A confusão tomava-me completamente, nem ao menos eu conseguia raciocinar da forma correta. E para completar toda situação confusa, em um rápido movimento senti lábios macios contra os meus. Devido à extrema surpresa causada por seu ato, demorei a raciocinar que Nicholas estava na verdade me beijando. O susto por comprovar tal ato me atingiu, fazendo-me tentar me afastar, porém Nicholas novamente pressionou mais suas mãos contra meus pulsos, imobilizando meus movimentos. Lutei por uns instantes, mas parei com meus bruscos movimentos atingida por um arrepio assim que senti sua língua tocar com delicadeza meus lábios, como um pedido de permissão para avançar ao beijo. Lentamente começamos um beijo calmo, estranhamente aos poucos sentindo fraquejo em minhas resistências contra a sensação boa que seus beijos me proporcionam. Assim que minhas resistências se foram, o beijo se aprofundou, Nicholas soltou meus pulsos, passando suas mãos para minha cintura, apertando-a possessivamente, enquanto eu passei minhas mãos para seu pescoço, o puxando pra mais perto, sentindo o beijo se intensificar cada vez mais. Nicholas me deu impulso, fazendo com que eu envolvesse minhas pernas em volta de sua cintura. Surpreendi-me com seu aperto em minha b***a. Senti minhas costas entrarem em contato com algo macio e confortável, não preciso nem abrir meus olhos para saber exatamente que essa superfície reconfortante deve ser a cama. As coisas estão indo rápido de mais, nem eu sei qual o motivo de não conseguir parar de deixar-me ser levada por essa sensação. A verdade talvez seja que, no fundo eu sei exatamente que algo em Nicholas me atrai, de uma forma diferente e confusa. Poderia ser apenas atração física por sua beleza impressionante, mas vai além de minha compreensão. Odiá-lo era tudo o que eu deveria sentir por ele. Mas por mais que eu tente esconder, em extrema confusão, um mistério escondido atrai minha curiosidade. Tento retomar o controle da situação aqui posta, mas está funcionando como uma d***a, eu sei que é um grande problema que me ocasionará um m*l tremendo, porém eu não consigo parar, completamente extasiada na sensação tão boa que este momento estranhamente está me causando. Uma falta de ar se fez presente devido à intensidade de nosso beijo. Nicholas, não perdeu nenhum segundo, já passando seus beijos para o meu pescoço, de uma forma incrivelmente prazerosa. Um gemido acabou escapando de minha boca. Foi o suficiente para que a realidade viesse à tona. Afastei-me tão rapidamente quanto fui atingida pela surpresa do ato que foi cometido. Encaro Nicholas da mesma forma que ele me direciona seu olhar. Assustados. O motivo que eu me encontro dessa forma é devido ao fato de sermos quase como inimigos. Eu não deveria sentir nem ao menos atração, ou seja lá qual for a denominação para isso. Mas Nicholas não parecia assustado pelo mesmo motivo. Só assim pude por fim perceber de que se tratava sua expressão assustada. Nicholas novamente parecia surpreso ao ver-me, ele novamente me confundiu com outra pessoa. —Você não é... ― Nicholas engoliu em seco, se auto interrompendo. ― Essa não era a conversa que eu teria com você. Desviei meu olhar, envergonhada. Rapidamente arrumei meu cabelo, antes desgrenhado. —Depois do que aconteceu aqui, nem me lembro mais qual era o assunto da conversa. ― Nicholas voltou a dizer, levantando-se rapidamente da cama. ―Você achou.. ― engoli em seco, tentando achar as palavras corretas. Incomodada com a situação. ― Você achou que eu era outra pessoa novamente, não foi? Nicholas olhou-me fixo. Ele parecia perdido, atordoado. Ele apenas limitou-se a assentir, respondendo positivamente minha pergunta. ―Por quê? ― voltei a questionar, tentando ao menos compreender o motivo dessa confusão. ― Se recorda do homem que entrou aqui escondido uns dias atrás? Ele também me chamou do mesmo nome que você costuma trocar. Para vocês dois me confundirem com a mesma pessoa, alguma coisa deve ter. ―Como assim? ― Nicholas franziu o cenho. ― O que ele te disse? ―Ele me chamou de Juliane, dizendo que eu o enganei por fingir estar morta durante anos. ―Ele disse mais alguma coisa? ― Nicholas estava pensativo. ―Algo sobre alguém que iria gostar de saber de mim. Após minha fala, de imediato uma expressão séria e um tanto surpresa o atingiu. Nicholas bufou irritado, soltando alguns palavrões, demonstrando seu descontentamento. ―E o homem fugiu, provavelmente contou.. ― Nicholas passou suas mãos, exasperado, pelo cabelo. ―Então Bryan não estava blefando, ele sabe de você! Ele novamente parecia assustado, temeroso, e possuía uma expressão de não saber o que exatamente poderia fazer. Nicholas rapidamente destrancou a porta, apressado, mas antes de passar pela mesma o chamei. Ele virou-se rapidamente, olhando-me. ―O que está acontecendo? ―questionei confusa. ― Quem é Bryan? Nicholas saiu rapidamente do quarto. Respirei fundo antes de segui-lo. ―Nicholas me diz o que está acontecendo! ―Perguntei, seguindo-o apressados pelo corredor. ― O que eu tenho a ver com isso? Por que ele saber de mim é algo tão sério? Me dá uma resposta para isso! Nicholas virou-se rapidamente em minha direção, quase me fazendo ir de encontro a um esbarrão nele. ―Não se diz respeito a você! ― Nicholas disse ríspido. Seus olhos continuam assustados, como se permanecesse sem saber o que fazer para isso. Algo realmente está acontecendo. Se Nicholas está temendo, eu deveria temer mil vezes mais. ―Se não se diz respeito a mim por que você ficou assustado quando eu te falei sobre as informações de o homem ter me confundido? ― Novamente eu estava o questionando. ― Tem a ver comigo, e pela sua expressão não deve ser nada agradável. Nicholas engoliu em seco, parecia atordoado demais para ao mínimo conseguir responder minhas perguntas. Ele voltou a caminhar apressado pelo corredor. ―Vá para seu quarto. ― Nicholas disse ao perceber que eu continuava a segui-lo. ―Não. Eu exijo saber o que está acontecendo. ―insisti. ―Você não tem direito de exigir nada. ― Nicholas irritou-se, se virando rapidamente em minha direção. Encontrava-nos na frente da porta de seu escritório. ―Logico que eu tenho esse direito. Pois o assunto trata-se a mim. ―Não. Não se trata de você. Trata-se de Juliane. ―Percebi a dor no olhar de Nicholas ao pronunciar o nome da garota. ―Pelo que o homem tinha me dito, Juliane está morta. ― novamente Nicholas parecia abalado ao ouvir minha fala sobre a morte da garota. ― E é a mim que estão confundindo com ela. Seja lá quem ela foi, tenho medo das consequências dos atos dela caírem sobre mim, pelo simples fato de me parecer com ela. Nicholas engoliu em seco. Obviamente, Juliane é um assunto que o deixa completamente atordoado. ―Bryan já deve estar sabendo. Mas eu não vou deixar a mesma coisa acontecer novamente. Não vou tropeçar duas vezes no mesmo erro. ―Do que você está falando? ― perguntei confusa. Nicholas parece mais falar consigo mesmo. ―Vá para o quarto. ―Nicholas disse. ―Eu vou dar um jeito na situação. ―Mas.. que situação? Apenas me explica o que está acontecendo. ―Insisti novamente, porém tudo o que eu consegui foi a porta bater na minha cara. Nicholas adentrou o escritório, trancando-o ao impedir que eu entrasse junto. Bufei insatisfeita, completamente frustrada por não conseguir nenhuma resposta. Quando eu penso que as coisa não poderiam piorar, elas fazem é o pior. Minha única preocupação era estar sobre o teto obrigatoriamente de Nicholas, agora mais problemas se juntaram a minha coleção. Quem é Bryan? E por que seu nome está me dando calafrios amedrontados? Pela reação de Nicholas, com certeza ele é alguém que eu devo temer. Suspirei cansada de toda essa situação. Todo esse assunto é inevitável não lembrar-me de minha melhor amiga, Juliane. Sei que ela não tem nada a ver com essa situação e muito menos com o assunto da conversa anterior. Mas.. lembrar-me de seu nome, me faz reviver as melhores lembranças ao seu lado.. Como eu sinto falta. Juliane era compreensiva, carinhosa, gentil, meiga, vivia sonhando acordada com contos de fadas, ela era uma amiga pro que der e vier, sempre pronta para me ajudar. Ryan também sempre me ajudava, porém chegou um tempo que ele vivia muito sumido. Muitas vezes ela fazia a mesma coisa que Ryan, sumia. Mas ao contrário dele, ela me contava para onde ia. Falava-me de suas aventuras com um lindo homem. Ela nunca me contou o nome dele, nem sua aparência. Apenas dizia ser o seu grande amor. Como uma pegadinha de mau gosto do destino, em uma noite ela disse que precisava resolver problemas de família, pegou seu carro e saiu com Ryan. E um tempo depois recebo a notícia lamentável que eles sofreram um acidente de carro, e Juliane não resistiu aos ferimentos. Sua morte até hoje me afeta. Eu perdi uma verdadeira irmã. Sinto sua falta Juliane! XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX PESADELO COM NICHOLAS MORRENDO: Para tentar distrair-me passei um tempo assistindo filmes aleatórios que passavam na televisão. Mas em nenhum momento consegui concentrar-me, minha mente grita com pensamentos temerosos de quem possa ser Bryan. Desliguei a televisão, sentindo-me agoniada. o homem tirou suas mãos de meu pescoço. Ele se afastou, porém múrmuros de luta estavam presentes. Não entendo muito bem o que estava acontecendo. Mas o homem parece lutar contra alguém.Passo minhas mãos pelo meu pescoço, sentindo ainda o nó de seu aperto. Quase seria estrangulada. Engoli em seco ao não ouvir nada mais. Apenas minha respiração forte e ofegante era presente no ambiente escuro. Procurei rapidamente pelo interruptor de luz do quarto, um deles era localizado acima de minha cama. Porém, assim que o achei, senti uma mão sobre a minha, impedindo-me de continuar. Meu coração novamente acelerou, assustada e nervosa. —Não liga a luz. ― ouvi a voz rouca de Nicholas. De certa forma, um alívio percorreu meu corpo, em saber que provavelmente ele ganhou a luta. Senti sua respiração em meu rosto, denunciando sua proximidade. Sua mão tirou calmamente a minha sobre interruptor, colocando-a sobre minha perna. Em seguida, senti seus dedos acariciando lentamente meu rosto, deixando-me extremamente confusa. Continua…
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