II

2125 Words
— Suas terras? – Maria estava assustada com o homem a sua frente ela nunca tinha o visto em parte alguma, se lembrou da conversa que havia escutado no baile da noite anterior, homens que forçava carinho de jovens ou tirava suas vidas. Ela queria sair correndo dali, mas seria pega com facilidade, nunca tinha sido boa nas brincadeiras de pega-pega. já não conseguia pensar direito levou as mãos a sua testa tentando não parecer tão desesperada. Casada. Era tudo o que queria mostra com ato, que ele viesse a temer o fato de que já tinha um marido a quem a defender, o que era uma mentira. Assim como ele acabou de fazer, um p****e que usaria de artimanhas para seduzi-la. Ele ergueu uma das sobrancelhas e por um instante o alívio percorreu o corpo da jovem. — Essas terras são minhas. Peço que saia delas ou o tiraram com uma ordem minha. – Maria gaguejou, não era boa com ameaças e o homem se encontrava muito perto, não conseguia formar um pensamento com o cheiro dele por toda a parte. Ele sorriu, examinando os arredores. Então os olhos encontraram os delas, a malícia brilhava ali, ele chegou mais perto seus olhos abaixaram para o topo do vestido da jovem e então recuou ficando um metro longe, Maria acompanhava tudo com atenção, qual era o nome dele ? O que ele queira e por que zombava dela ? Ela pegou os sapatos assim que teve seu espaço liberado novamente, se abaixando com a elegância que lhe foi ensinada. Ele sorriu, Nicolau nunca esteve tão confuso, não havia passado tanto tempo fora que m*l conseguisse lembrar o caminho de casa. Passou a mão pelos cabelos castanhos confuso fazendo o caminho que havia seguido mentalmente, então como um raio de luz tudo se clareou. O primeiro pensamento do jovem foi o quanto era sortudo. Seus olhos nunca havia visto uma mulher tão bela e descobri que ela era sua o fazia um sortudo. — Peço que vá embora, Senhor .– Maria olhou com o ar de superioridade para Nicolau então lhe deu as costas. E precisou isso para o botânico a reconhecer. Sim. Foi com essa mulher que me casei. — Essas terras são minhas, assim como você minha esposa.– Naquele momento era como se os pés de Maria tivesse se fixando ao chão, seus sapatos caíram na grama e ela não se lembrava de como respirar — Sinto-me ofendido por não lembrar do seu próprio marido. – Porém nem ele mesmo lembrava da sua esposa em quatro anos ela tinha mudado completamente, quando Nicolau se casou com Maria seus s***s m*l haviam crescidos suspeitava que a menina até possuía piolhos. Demorou para que ele pudesse reconhecer sua esposa e ninguém podia condenar-ló por isso, a sua frente estava a mulher mais bonita que ele já virá. Ela estava arfando e com o rosto vermelho quando finalmente Nicolau ficou a sua frente ela procurou algum traço do antigo Nicolau e a única coisa parecida era a boca, seus cabelos agora estavam maior, os cachos caindo a testa, as sobrancelhas mais grossas, não possuía espinhas ou cortes nos lábios, uma leve camada de pelo mostrava que ele gostava de fazer a barba. Não parecia um botânico e sim um boxeador, parecia muito com a caricatura que ela havia visto no jornal certa vez, homens grandes e fortes que tinha como trabalho socar outro homem. O que ele estava fazendo aqui? Pensava que ele estivesse na Inglaterra estudando, suas mãos tremia ela escondeu e um sorriso involuntário surgiu em seus lábios. Ela sempre se comportava assim quando estava nervosa. O sorriso no lábios da moça fez com que tudo no corpo de Nicolau acordasse, Os cabelos escuros como a noite, os olhos azuis e as bochechas vermelhas assim como os lábios. Maria agora possuía um corpo de mulher e até onde ele havia visto uma mulher muito bonita. Então Maria ficou paralisada, sentindo uma enorme vergonha se abater sobre ela. Ele estava de pé perto demais. O homem devia ter quase dois metros de altura, usava um casaco escarlate e os detalhes em dourado imaculados, a calça muito branca e botas de montaria. Era imponente, forte, firme, com um ar ameaçador. Tinha uma expressão implacável nas feições marcadas, acentuada pelas sobrancelhas escuras os cabelos e um rosto sorridente, com olhos brincalhões , quase negros, os cachos castanhos ainda era os mesmo, se lembrava da vez que havia tocado era tão macios. Esse é o seu marido. — Percoreste o caminho até aqui sozinha? – Maria fechou a boca e abriu de novo ainda não conseguia acreditar que Nicolau havia voltado e mudado tanto. Não conseguia formar uma frase e nem muito menos um pensamento coerente. — Estou em minha propriedade nada de m*l poderá vir acontecer. Meu marido. – não queria soar tão sarcástica. Se sentia estranha, a visão do belo homem a sua frente não ajudava em nada. Nunca ficará assim na presença de qualquer outro homem. Mesmo aqueles impertinentes e atrevidos. Nicolau olhou para baixo e encontrou os pés descalços de Maria. — Tenho que discordar minha querida, se um homem a visse da maneira que eu a encontrei você estaria em apuros. – Seus olhos sobe pelo corpo da jovem e ele morde os lábios para conter um gemido. Maldição como ele merecia tanta sorte?Pensou o jovem, ao encarar os olhos azuis de Maria percebeu que a assustou por um momento. Fazia alguns dias que não tinha uma mulher em seus braços, mas nunca gostou de parecer desesperado por uma. — já que diz ser meu marido qual é a data do nosso casamento meu querido esposo?– Maria já não tinha mais dúvida que o homem a sua frente era seu esposo, mas queria testa-lo. Tudo o que ela queria fazer era correr para o seu quarto e se esconder de todas as sensações que cobria seu corpo. — 06 de maio de 1825, três dias depois do seu aniversário. Maria Cristina Xavier de Nicolau Valentino da Cruz Almeida.– Nicolau se abaixou pegando os sapatos e demorando mais que o necessário a observa os pés da jovem. — Comporta-se assim em minha ausência? – Ele tocou seu pé a mesma gritou ao sentir os dedos macios lhe tocarem a pele e o chutou de uma forma nada delicada. Ele se encontrava de joelhos no chão. Seu olhar encontrou o dela. Maria não sabia o que falar, logo ela que precisava que pedissem para que se calasse, mau encontrou seu marido e já não gostava de como ele a fazia mudar. — O senhor não pode fazer isso. – Nicolau sorria, os olhos brilhava como a chama de uma vela. Ainda era a mesma jovem tímida que ele conhecerá, mas algo havia mudado, lembrava que Maria o exaltava e sorria todas as vezes que o via. Era uma menina apaixonada e por um estranho momento sentiu um aperto no peito por pensar que talvez ela pudesse ter se tornado uma mulher amarga e fria como tantas que foram abandonadas por seus cônjuges. — Você é minha esposa. – Ele estava gostando de usar o a palavra esposa como nunca antes havia gostado. — Peço que acompanhe-me até a minha... nossa casa. – Nicolau ofereceu o braço para Maria que hesitante segurou o braço do homem. Ainda era obediente. Pensou o jovem com um sorriso ao lembrar de todas as vezes que a mãe a mandava ir atrás dele. Ela deixou ser guiada e seu marido não a decepcionou. Eles montaram no cavalo, os dois ficaram próximos uma única vez assim, na noite de núpcias quando Nicolau consumou o casamento. Ainda hoje Maria não compreendia o motivo da mãe lhe dizer que ela podia sentir dor. O marido não provocará dor alguma nela ao contrário. Foi magnificente. ▪▪ — Não precisa ter medo, agora es minha esposa e nada de m*l lhe acontecerá. - Ele retirou o véu que cobria o rosto de Maria , seu vestido era vermelho com detalhes dourado, ela estava linda e todos que tinha dois pares de olhos poderia confirmar a beleza dela. Uma flor a desabrochar. ouviu tanto isso no casamento que enfim podia ver uma beleza oculta na jovem. — Você irá me machucar ? – Não estava em seus planos um casamento, mas seu pai jamais o perdoaria se desfizesse o ato, a família de Nicolau sempre levou a sério os casamentos, como podia ele desonrar o nome da família. Seria uma vergonha muito grande para sua e seu pai o mandaria para fora de casa. — Não... eu não a machucaria, minha esposa. – Ela sorriu suas bochechas ganhando um tom de vermelho, Nicolau não conseguia pensar em nada para que todos acreditasse na consumação do casamento, ele não tocaria aquela menina, ela era tão jovem e ele poderia facilmente tirar a vida dela, se ela viesse a ficar grávida. — Feche os olhos. — Consumará o casamento agora ? – Ela parecia feliz, um pouco temerosa percebeu o jovem. Uma menina como todas as outras que ele conhecera e que depois do casamento se tornará amarga. Ele não tiraria a inocência de ninguém não suportaria saber que ele era o motivo de tanta amargura. — Sim. – Maria ainda escutava a voz da sua mãe dizendo que deveria fechar os olhos e esperar que tivesse terminado que ele pararia assim que tivesse o que desejava. Ela fechou os olhos e esperou, nada aconteceu seria isso pensou a jovem a mãe sempre fora uma mulher dada a exaltar momentos simples. Fizera isso apenas por maldade para que ela não tivesse paz. Muitas da vezes Maria pensou que esse era o maior divertimento da Eugenia. — Meu marido. – Ela ainda tinha os olhos fechados como lhe foi pedido, sentiu o braço de seu marido envolver sua cintura e a outra em seu pescoço, então sentiu a boca dele na sua, ela ficou parada, sentiu a língua quente de Nicolau em seus lábios ela precisava de ar, abriu um pouco os lábios e sentiu a língua dele agora dentro de sua boca, era macia e quente. Sua mãe estava errada ela pensou aquilo não estava doendo e Maria sentiu o rosto esquentar por está gostando, já tinha ouvido falar que só mulheres de vida fácil gostava do que acontecia no quarto. Sempre disseram que ela era uma mulher diferente e ela agora tinha certeza nunca seria perdoada por tal pecado. Maria queria fazer alguma coisa, gostava de Nicolau achava que era um rapaz muito bonito e não queria parecer uma tola, ela tocou-lhe o pescoço e ele emitiu um som gutural. Ela pousou uma mão em seu rosto e ele se afastou imediatamente. — Fiz algo de errado meu marido?– Ela perguntou ainda de olhos fechados. — Pode abrir os olhos! – Ela obedeceu, os olhos de Nicolau estavam escuros como a noite, o quarto não estava tão iluminado talvez fosse apenas fantasia de sua cabeça. Maria podia ver apenas parte do rosto de Nicolau. Como o bem e mau o anjo e o demônio. — O que ouve? — Me lembrei de um compromisso urgente. – Ele se foi da mesma forma que chegou, tão depressa, Maria se deitou na cama e ficou ali, tocando os lábios, ela se sentia diferente, será que já estava grávida? O pensamento passou pela cabeça da jovem que sorriu, ela gostaria de ter um filho, sempre gostou de crianças. Aos poucos ela se entregou ao sono. Quando Maria acordou, havia sangue em seus lençóis, ela achou estranhos, já que suas regras já havia acontecido, aquele mês. A primeira coisa que viu foi o paletó de Nicolau sobre a cadeira. Ele havia voltado a noite. Havia ficado com ela. A jovem sorrio, nada poderia desfazer a felicidade que sentia quando levantou da cama. Mais tarde sentiu o aperto no peito ao saber que seu marido resolverá viajar. ▪▪▪ — Vejo que fez muitas mudanças em minha ausência. – A voz de Nicolau fez Maria sair dos devaneios em que se encontrava. — Isso o incomoda ? Porque se sim eu não me importo. Essa casa também é minha. – Maria parou no primeiro degrau da escada, não foi nada delicada quando puxou os sapatos da mão do marido. — Essa casa é tão sua quanto minha, e mesmo que você tivesse ateado fogo eu não me importaria. – Ele disse sorrindo, ela fechou a cara, e se virou novamente. Não se lembrava que ele poderia ser tão impertinente. — Essa notícia é maravilhosa, assim não precisarei lhe mostrar mais nada, creio que a conheça então. O sorriso que persistia nos lábios do jovem a irritava.
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