III

2108 Words
Quando pós uma distância segura do seu marido. Enfim Maria se pois a pensar. Pelo que podia ver ela se lembrava bem que havia se casado com o homem mais bonito que já vira e agora com ele no andar de baixo podia confirmar que nunca esteve enganada. Seu marido é o homem mais bonito que já teve o prazer de colocar os olhos. E o que faria agora ? Como agir ? Nunca ninguém havia contado a jovem como ser uma esposa e pior, como ser a esposa de um marido que nunca a quis. Ela podia escutar o seu marido no quarto ao lado conversar com Jesse , pelo visto o seu mordomo enfim poderia bajular seu patrão. — Maria. – Me assusto com Rosa tão perto, mau havia percebido que estava com a orelha colada a parede. — Que hábitos mais horríveis, pelo visto a chegada do seu marido a deixou fora da casinha. Sai daí menina. A senhora riu ao ver o tom vermelho tomar conta de todo o rosto da jovem. A verdade que Rosa nunca gostou tanto de uma pessoa como gosta de Maria. A menina a estendeu a mão mesmo quando ninguém mais estava disposto a ajudá-la. Antes trabalhava para a famílias Gonçales, pessoas horríveis que ofereciam um prato de comida em troca de dias de trabalho, tiravam sua dignidade, o senhor Gonçales era conhecido por todos por ser um ser desprezível e vil, usava do seu poder para estuprar as criadas e com ela não fora diferente. A única coisa diferente fora quando veio a tona e tudo o que a senhora Gonçales fizera foi acusá-la de roubo. Mas então quando achou que tudo estava perdido, a jovem mais bonita e gentil lhe estendeu a mão e lhe restaurou parte do que havia se partido. Por um tempo sentiu pena por ela ser tão sozinha, mas logo viu o quanto todos perdia por abandoná-la. Tudo nela é bonito, tão respeitosa e boa. Nunca em sua vida havia servido uma senhora tão gentil, boa e educada como a sua menina. — Já está tudo preparado para a apresentação dos funcionários para o senhor Almeida. Também pedi para que fosse arrumada a sala verde, agora receberá mais visitas de todas as senhoras pomposas que a ignorava. A biblioteca está sendo ajustada para o seu senhor ter um espaço particular. Maria se sentou na cama já estava na ponta da língua toda a história que pretendia contar e também a falsa dor de cabeça que seria o motivo de não estar nas apresentações. Mesmo agora se sentido doente de verdade. — Não me olhe com essa cara e nem me diga que está m*l dos nervos. A senhora sabe que é tudo um dever, não quer que seu marido ache que você é uma caipira. — Ele já pensa isso. Aliás ele sempre pensou. Imagine agora que voltou e mais parece um conde, com todo o ar de superioridade e elegância. Ele não passa de um esnobe. A jovem se irritou ao ver o sorriso de sua querida Rosa. Ela não gostará jamais de ser alvo de divermento de outros. Maria se levantou da cama já irritada e culpava Nicolau por todos os seus infortúnios, se sentou agora na cadeira da sua penteadeira e deixando sua pessoa favorita no mundo arrumar seus cabelos. Rosq ocupará o lugar de sua mãe e Maria não tinha vergonha nem uma em dizer que amava mais a cozinheira do que já amará sua mãe. Sabia que Rosa não lhe suportava e sim a amava, ela já esteve com a jovem incontáveis vezes e não se tratava mais de uma relação de trabalho, ela sabia que se necessário Rosa daria a própria vida por ela e ela sabia que faria o mesmo pela senhora a sua frente. Olhando no pequeno espelho ela nunca se lamentou por esta tão fora do que diz a moda. Os cabelos estava uma bagunça, viu até mesmo o momento em que Rosa tirou uma folha de lá e essa havia sido a primeira vez que o seu marido havia lhe visto depois de quatro longos anos. — Você tem sorte. Todas aquelas mulheres com seus maridos feios e narigudos vai cair de inveja, quando ver o jovem Almeida. Imagina só o quanto vai poder esfregar na cara da sonsa da Elisa o seu marido é tudo o que o dela não é. Vão poder da um baile agora, já tem tudo o que precisa. — Pare com essa baboseira, Rosa. Sabe bem que ele me deixou e não tem nem um afeto por minha pessoa. Creio que nunca teve. E está exaltando muito um homem que pode ser a verdadeira personificacâo do diabo... Maria nem terminou a frase e viu Rosa correr até a porta e bater nela três vezes, esqueceu o quanto a mulher é supersticiosa. Em nem um momento ela tentou negar que sim, seu marido é muito bonito. Mas não tinha nem os modos dos seus tão adorados cavalheiros, que sempre lia nos livros. Sonhara tanto com a volta dele no primeiro ano. Tão belo em um cavalo, a sequestraria e amaria tudo nela. Mas seus sonhos foram se esvaindo com o passar dos dias e quando nem mesmo uma carta lhe foi enviada, sentiu seu coração ser quebrado. Tudo o que recebia era uma pequena quantidade de moedas para poder viver. Mesmo a prioridade lucrando 100 vezes mais. — Está linda. – Verdade seja dita ela estava linda, depois de ter seu cabelo penteado e se sentir mais calma. Ao sair do quarto esbarrou em Nicolau parado em sua porta, por um momento se sentiu feliz ao ver sua boca se abrir levemente. Ele a olhou descaradamente, com a mesma intensidade de horas atrás. — Agora sim está parecendo uma senhora de respeito. Naquele momento ela decidiu que não gostava dele. Nicolau é rude e tão convencido quanto qualquer outro homem. Mesmo vestido tão elegantemente ainda era um completo i*****l. — Todos os empregados estão esperando para a devida apresentação que nunca ocorreu. Foi tudo o que ela disse, olhou diretamente para Rosa que tentava da privacidade ficando longe do casal. Ela acenou para a senhora a seguir. Não queria mais nem um momento perto de Nicolau e todo o seu corpo tremeu por pensar que ele poderia agir de modo semelhante na frente de todos. Uma única vez seus empregados se vestiram tão bem, foi para recebe-la a quatro anos atrás, sozinha ela não fez muita questão de prolongar as apresentações e no momento ela percebeu como tudo estava diferente, todos os empregados parecia ansiosos para agradar seu patrão. Até mesmo as crianças foram trazidas, todas limpinhas e tão quietas que até a assustou um pouco. Ela começou por Jesse o mordomo, depois passou para Rosa sua cozinheira, então para a filha de Rosa a acompanhante da jovem, Ismael o ajudante geral, Tiago o contador.... e mais outros trinta empregados e suas funções. Nicolau cumprimentava cada um com um aperto de mão, ele fazia questão de perguntar sobre a saúde, o tempo que estava servindo a sua família e o que cada um achava que precisava ser melhorado e Maria viu todos os funcionários se derreter com a simplicidade do Marido. — Obrigada a todos por terem cuidado da minha casa e da minha esposa. Maria se segurou para não falar uma palavra, ele olhou para ela e sorriu. Um sorriso que mostrava todos os seus perfeitos dentes, seu marido fazia parecer que mau tinha se passado alguns meses. E fazia com que todos pensassem que ele se importava realmente com a jovem. Depois das apresentações Jesse guiou cada uma das pessoas para suas definitivas tarefas e novamente ela está a sós com seu marido. — Maria... Ela não estava com paciência para um diálogo com ele, então o ignorando da maneira mais rude lhe virou as costas o deixando sozinho. Tiago esperava impaciente por ter um momento a sós com Maria e saber porque diabos ela não avisou sobre a volta de Nicolau. Então ele a viu passando pela frente da sua sala. Se levantou o mais rápido que lhe foi possível e correu atrás da jovem, encontrando-a no corredor. A agarrou pelo braço a fazendo ficar de frente para ele. — O que esta acontecendo, Tiago ? Maria se assustou com a repentina aparição do seu amigo. Nunca em todos os anos em que se conheciam ele havia sido tão grosseiro. Parecia até mesmo um outro homem, mas todos temos nossos dias ruins, ela o entendia já que hoje também não era o seu melhor dia. — Me parece muito feliz com a chegada do Nicolau. Até fez um novo penteado no cabelo. Não esqueça que ele a abandonou, que deixou-lhe sozinha e foi viver uma vida de libertinagem na Inglaterra,enquanto ti era motivo de fofocas e pena de toda a cidade. Ele não fazia questão de esconder o desprezo que sentiu ao ver Maria tão bonita, para o i*****l e burro que a abandonou. Usou as palavras para machucar a jovem, ele sabia o que deveria falar, sabia que teria que fazer algo para manter a jovem longe do arrogante e cretino Nicolau, todo esse tempo ele vem acompanhando os passos de Nicolau e sabia a fama de libertino que ele tem, ele tinha um plano. Mas não agora parecia ainda mais difícil de ser concretizado. — Que ? – Ela perguntou, na sua voz havia exatamente o que ela queria transmitir. Quem era ele para falar ou questionar o que ela fazia. Parece que hoje o dia não estava tão feliz com a sua pessoa e fazia de tudo para a levar a loucura. — Você... — Acho que estou atrapalhando ou posso fazer parte da conversa? Nicolau olhou diretamente para o local onde O senhor Tiago Viera segurava o pulso de sua esposa. Não havia nada que ele pudesse achar estranho, até mesmo o toque não era. Ele mesmo já havia feito coisas piores com mulheres casadas, mas na posição de marido sentiu uma pontada direto em seu ego. Uma mistura de raiva e desapontamento. — Claro que pode. Maria ajudava a gerir tudo na casa, estou a explicar que não será mais necessário. — Acho que todos precisam saber seu lugar. É senhora Almeida para o senhor e para todos os outros empregados. Todos aqui parece não saber o lugar que lhe foi designado. Agora solte a minha mulher. Nunca em toda a sua vida ele havia sido tão humilhado e naquele momento odiou Nicolau, o qual havia sido seu melhor amigo na escola e mesmo depois de ter roubado o afeto de Maria ainda o considerava um amigo. Mas agora já não mais, tudo o que quis foi socar a cara presunçosa dele. Ele soltou o pulso do alvo de todo o seu afeto e desejo, nunca quisera alguém como a quer e não ser correspondido só fazia com que ele a quisesse mais e se sentia próximo, até o hoje quando ele voltou. Mas podia demorar o tempo que fosse, chegaria o dia em que ele teria tudo o que era seu por direito. — Faça o seu trabalho e se desejar tratar de alguma coisa dirija a minha pessoa. — Você não pode dar ordens em uma casa que nem sequer chegou a dormir. Todos os empregados são boas pessoas e Tiago ajudou com as finanças desde você fugiu daqui. Nada fez o jovem botânico além de levantar umas das sobrancelhas e sorri em desdém da jovem e ele não deixou de perceber que aquilo irritou Maria. Ele olhou para o homem que precisava de uma mulher de um metro e cinquenta para lhe defender. — Deixarei vocês dois a sós. Quando lhe for oportuno e estiver acabado a fofoca com minha esposa venha até meu escritório. — Não estamos de fofoca. – Nicolau sorriu ao ver o tom alterado da jovem. — Você não tem mais escritório. Dessa vez ele havia perdido. Toda atenção esta nela e Deus o ajudasse, qual bela é a sua esposa e que sorte ele tinha de ser apenas ele o seu dono. O poste humano não significava nada, ele poderia querer ela e todos os outros também, mas diante de Deus e dos homens ela é dele. — Agora é a minha biblioteca. Pode ter seu espaço em outro lugar... — Você tem uma língua afiada, lhe fez mau todo esse tempo que estive fora, pelo que vejo precisou muito mais de minha presença que julguei necessidade. Lhe faltou um marido para lhe acalmar os nervos. Mas eu estou aqui, minha querida.
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