Os portões da mansão se abrem para que o moreno entre com o carro e eu ainda perplexa com o que aconteceu a minutos atrás desço do carro e carrego minhas malas até a porta principal.
– Senhorita Johnson, – Joanna não parecesse um robô treinado, eu diria que ela quase pulou alegre do sofá quando me viu entrar pela porta.
– Joanna, mostre á senhorita Johnson o quarto de hóspedes, ela vai passar essa noite conosco – o Senhor Whitmore diz subindo as escadas – Cadê minha filha? – Ele pergunta se voltando para ela.
– Lya está no quarto, dormindo – Joanna diz e o moreno assente subindo as escadas de vagar – O senhor está bem?
– Preciso de um analgésico apenas – é o que ele diz e Joanna assente enquanto ele sobe as escadas deslizando a mão no corrimão para subir vagarosamente como se qualquer movimento realizado de forma errada, fosse o levar para um leito novamente.
– Já irei levar senhor. Venha senhorita Johnson, vou te mostrar o quarto de hóspedes – ela se apressa e eu subo as escadas junto dela.
Joanna abre a primeira porta do corredor silencioso, e me da passagem para que entrar
– Vou mandar Kurt trazer suas mala, e levar uns analgésicos para o Senhor Whitmore, fique a vontade – Joanna da as instruções e antes de fechar a porta atrás de si ela hesita - Obrigada por ter voltado, – ela sorri minimamente e eu apenas balanço a cabeça e digo de nada, antes dela fechar a porta.
Me viro para observar o quarto branco com um papel de parede cinza em destaque aonde há uma TV enorme presa em um suporte e me sento na grande cama de casal a minha frente, penso por um segundo em me esparramar e dormir na mesma, porém mantenho a sanidade e suspiro me lembrando de Addam e em todos os problemas que me surgiram em um curto período de tempo.
Há uma cômoda branca ao lado de outra porta aonde eu deduzo que seja o banheiro. E minha boca se abre num perfeito –o– assim que abro a porta, é maior que o meu quarto lá no apartamento. O lavatório branco tem formato de uma folha, e eu me vejo numa luta para descobrir como faço para ligar a torneira. Eu desisto e volto para o quarto aonde abro as cortinas cinza e me deparo com um lindo jardim cheio de rosas.
É lindo mesmo. Nunca tinha visto tanta rosa junta num mesmo lugar, as luzes amareladas de um poste de iluminação estão acesas iluminando as mesmas e eu fico ali por alguns minutos a olhar o lugar bem cuidado.
Meu celular vibra dentro de meu bolso, com o nome de Amanda e eu volto a me sentar na cama novamente para atender.
– Por onde você anda? Não vá me dizer que foi beber de novo? – Amanda diz sem que eu possa nem dizer alô.
– Não, eu... Estou na casa do chefe – ouço ela engasgar do outro lado da linha.
– Como assim?
– Eai que eu fui para o meu apartamento, ele chegou lá, o Addam também e ele bateu no Addam, aí a gente saiu de lá, deixou o Addam lá no chão e ele me trouxe para cá – termino de contar.
– Quem bateu em quem? Ele não tava todo fodido? Ele foi atrás de você? Você vai dormir aí? JANE JOHNSON, VOCÊ BEBEU? – Amanda dispara a falar e ele n**o mesmo sabendo que ela não pode ver.
– O Addam chegou lá querendo se desculpar e quando viu ele, deu ataque de ciúmes, e tomou um soco na cara – explico.
– Nossa amiga, eai?
– Eai que eu estou aqui agora no quarto dos hóspedes, você tem que ver a vista daqui para o jardim. Essa cama parece que foi feita sob medida, eu nem sei ligar a torneira do lavatório – digo completamente deslocada – A governanta parece um robô, tem um tapete enorme na sala, aqueles persa de rico e a porta parece um portal mágico – continuo me aproximando da janela.
– Nossa Jane, calma, seu chefe é legal pelo menos? – mordo o maxilar em frustração.
– Ele é um grosso e ele não fala, ele manda nas pessoas como se fossem programadas para cumprir as ordens dele, ele tem barba. Nossa que barba – perco o foco.
– Hmm isso tem cara de cilada – ela comenta – Como você foi parar ai?
– Eu o atropelei.
– Isso não está fazendo sentido nenhum para mim amiga.
– Muito menos para mim – confesso e um raio rasga céu acompanhado de um grito agudo que ecoa no quarto ao lado.
– Amanda, depois eu te ligo – finalizo a ligação para ver o que aconteceu e saio para o corredor. Entro na porta do quarto ao lado aonde encontro uma garotinha chorando, e assim que ela me vê, cobre a cabeça.
Me aproximo da cama, descobrindo a cabeça dela e deparo-me com olhos verdes e uma cabeleira loira ondulada – está tudo bem, foi só um raio – digo acalmando ela que praticamente pula em meu colo amedrontada.
Ouço a porta ser aberta novamente e engulo o seco assim que vejo a figura do Senhor Whitmore entrar no quarto e acender a luz.
– Lya – ele a chama e me olha como se estivesse esperando eu dar uma explicação mas eu me encolho junto a garota assim que outro relâmpago ilumina o céu.
– Aidan, ela pode ficar aqui? Eu tenho medo de relâmpago – ela diz se agarrando ao meu pescoço e eu fecho os olhos fortemente.
– Acho que ela também tem Lya – ele diz como num resmungo e se aproxima da janela para fechar as cortinas.