Não é um sonho!

1943 Words
Olho ao redor do quarto e suspiro profundamente e tudo é branco e roxo, com pequenos desenhos de raios roxos. No centro, há uma cama grande com lençóis brancos e pretos à esquerda, uma janela com uma cortina roxa que dá vista para a frente da casa, à direita, um grande guarda-roupa e uma porta. Em frente da cama, uma estante cheia de livros com capas coloridas e chamativas. Vou em direção à porta que está do lado da estante, abro e entro mas assim que passo pela porta, percebo que estou novamente no teto. —Sério, de novo? — Reclamo, tentando voltar ao chão sem sucesso. Volto para a porta, mas ela já não está mais atrás de mim, está lá embaixo suspiro. — Este lugar está tentando me enlouquecer. Salto o mais alto que posso e seguro a torneira do banheiro, conseguindo me estabilizar no chão, agora que não estou de cabeça para baixo, consigo observar melhor o lugar. O banheiro é simples, todo branco, com um pequeno chuveiro, um vaso sanitário e uma pia com espelho. Ao me olhar no espelho, percebo um arranhão na bochecha, meu cabelo cheio de folhas e todo bagunçado, e minha roupa suja. Volto para o quarto, pego uma roupa na minha mochila, pego uma blusa de manga longa, uma calça preta e meias ¾ brancas e retorno ao banheiro para tomar um banho quando saio, ouço alguém batendo na porta digo para a pessoa entrar e a senhora Vandronia abre a porta. — Vim ver se você já está pronta, o jantar já está pronto — Ela informa, trazendo consigo uma pequena maleta de metal. — O que é isso? — Pergunto assim que ela coloca a maleta em cima da cama. — Aqui dentro a um pequeno dispositivo de cura — Responde enquanto a abre e começa a montá-la. — Máquina de cura? Como funciona? Parece muito legal — Faço várias perguntas muito animada, tentando tocar na máquina, mas senhora Vandronia dá um pequeno tapa na minha mão. — Ei, só queria tocar. — Uma pergunta de cada vez, e nada de encostar — Ela fala, terminando de arrumar a maleta ela pegou um teclado com letras totalmente diferentes das que já vi antes. — A máquina de cura portátil é um aparelho doméstico usado para curar pequenos ferimentos, como cortes rasos, arranhões e pequenas fraturas. Agora, sente-se aqui. — Isso seria muito útil no meu mundo — Comento enquanto me sento e estendo meu braço para ela. — Não vai doer, né? — Não, você vai sentir apenas um formigamento suave — Ela explica, quando coloca na minha cintura um círculo de metal e uma luz branca surge do centro, fazendo toda a área formigar. Após alguns segundos, o aparelho volta ao normal e percebo que não tenho mais nenhum arranhão ou hematoma. — Venha, querida, vamos comer — Ela diz, assim que tem certeza que não tenho mais nenhum machucado. — Obrigado senhora Vandronia — Agradeço enquanto saímos do quarto. — Não tem que agradecer pequena — Diz e me guia até a cozinha — E você pode me chama de Alora Quando chegamos na cozinha a mesa tem várias comidas diferentes, me sento à mesa ao lado de Tariq, que já está comendo ele parou de comer, levantou e puxa a cadeira para Alora, que murmurou um "obrigada" e começa a colocar comida em um prato me entrega. — Muito obrigada — Agradeço antes de começar a comer, há comidas que nunca vi antes, mas decidi experimentar um pouco de tudo. — Vocês acham que tem como eu voltar para a minha casa? Pergunto a eles enquanto comemos Tariq e Alora param de comer e se olham. — Não sabemos, mas não se preocupe vamos tentar encontrar uma resposta — Declarou Alora, colocando sua mão sobre a minha para me reconfortar. Terminamos de comer e vamos para a sala, onde nos sentamos no sofá Tariq aperta um botão na parte de baixo da mesa e um holograma surge, o que me deixa impressionada. Aproximo-me e passo a mão no meio do holograma, que se desfaz e volta ao normal quando olho para Alora, ela está rindo da minha reação. — Vejo que esse tipo de tecnologia não existe onde você vem, não é? — Questionou, eu apenas balanço a cabeça, envergonhada pela minha reação infantil. Comecei a prestar atenção no que está passando na espécie de TV, uma mulher de pele roxa e cabelos pretos com mechas rosa, usando um terno feminino preto, está dando uma notícia. "O clima de alegria e renovação que envolvia o Festival da Passagem de Voukt em Luk foi abruptamente substituído pelo caos. Enquanto os cidadãos celebravam a chegada da estação das flores, uma série de explosões e confrontos tomaram conta das ruas, deixando a todos em choque, este é o quarto ataque em todos o Conselho Hexaliano, e os governantes receptivos irão se reunir em..." A notícia é rapidamente substituída por um jogo em que pessoas estão montadas em dragões em uma arena suspensa, com dois enormes arcos de metal em cada lado. Fico observando esse jogo peculiar até acabar adormecendo. > Acordo com a luz do sol em meu rosto, reclamo, sento na cama e penso no sonho que tive. Ao abrir os olhos, percebo que não foi um sonho, jogo-me de volta na cama e dou um longo suspiro, logo a porta abre, e vejo que é Alora. — Vejo que já está acordada — Diz assim que entra no quarto, vindo até onde estou — Vim ver se gostaria de me acompanhar até o centro? — Sim, adoraria ver mais deste lugar — Pulo da cama assim que ela pergunta, vou até minha bolsa e percebo um macacão azul e uma blusa branca de manga longa e ao lado, há um sapato da mesma cor da blusa e uma pequena meia — São para mim? — Sim, é um protótipo da coleção de primavera — Ela diz e vai em direção ao guarda-roupa cheio de roupas. Alora me puxa para perto. — Pode escolher qualquer peça deste guarda-roupa. — Nossa! Quanta coisa — Só consigo dizer apenas isso, pois estava impressionada com toda as roupas que tinha, Alora ri e vai em direção à porta, antes de sair, vira para mim. — Se troque para tomar café — Pede e já sai do quarto, deixando-me olhando para o monte de roupas. Decido usar a roupa já separada, servindo perfeitamente e vou até a porta e a abro surpreendentemente, não fui parar no teto como nas outras vezes, sigo o cheiro de comida até a cozinha, onde Alora e Tariq tomam chá e comem bolinhos. Há também um senhor de cabelos brancos e um bigode engraçado devorando a comida. — Olha só, quem seria esta jovem, Tariq? — Pergunta o homem ao me ver passando pela porta. Tariq me cumprimenta com um caloroso bom dia e volta sua atenção ao homem. — Esta é Alicie, meu cara amigo — Responde Tariq ao homem. Sento ao lado de Alora, que me entrega um prato com comida e um copo de suco. — Encontrei Alicie vagando pela floresta dos Gynan. — Sozinha? — Fica surpreso e me olhando incrédulo e logo em seguida olha para o amigo, que apenas balança a cabeça confirmando. — Alicie não pertence ao nosso mundo — Tariq diz, e o amigo olha curioso para mim. Observo a conversa sem dizer nada. — Aparentemente, ela foi pega por uma f***a feita por um Nwpus. — Por isso me chamou aqui, para ver se há um modo de voltar para o mundo dela? — Pergunta o senhor é que parece que todas as pessoas conversam como se eu não estivesse aqui — Nunca ouvi falar de alguém de outro mundo que veio para cá através de uma f***a, irei verificar nos antigos manuscritos se há relatos sobre isso. terei irei demorar um pouco, pois tenho que domar um Gulv selvagem. — O que é um Gulv? — Perguntou, fazendo todos na mesa me olharem. — Gulv é um animal de quatro patas capaz de correr muito; se bem treinados, são uma ótima montaria — Responde o homem, pegando mais um monte de comida. — Então, eles seriam como cavalos! — Falo imaginado que nem tudo de ser tão diferente de casa termino o meu suco. — Me diga, como foi que você caiu na f***a do Nwpus? — Questionou o homem em quando come um biscoito — Eu estava em uma festa de com a minha familia quando vi o Nipos no andando me chamou a atenção e fiquei muito curiosa e o segui — Conto a historia e o homem escuta tudo com muita atenção — Eu acabei caindo até aqui e atrapalhar a refeição de um animal gigante. — Ela está falando do Gynan — Fala Alora quando o homem a encarou sem entender do que eu estou falando — Terei que me retira Hiros tenho que arrumar algumas coisas para ir ao centro. — Não tem problema Alora nos vemos outra hora quando estiver com tempo — Fala e se levanta e da um beijo na mão de Alora, que sai logo em seguida ele volta a atenção para mim e pergunta — Falando no Gynan, como foi que você escapou de ser devorada? — Para dizer a verdade, eu não sei — Respondi pois é um mistério até para mim — Aquele monstro estava me seguindo até uma árvore cheia de cipós; pode ser que ele ficou com medo dessa árvore, já que ela tentou me agarrar quando estava perto a minha sorte foi que tinha uma espada jogada no meio das raízes dela. — Uma espada? — Fica curioso o homem que olha para Tariq o responde. — Ah, já ia me esquecendo, ela é uma escolhida Às, ela é a mais nova Ás de Bosdio — Informa e o homem engasga com a sua bebida ele levantou com tudo o fazendo a cadeira em que estava sentado cair. — Você tem certeza mesmo? — Questiona para Tariq, que apenas confirma com a cabeça. — Já informou à Lady Morana? —Não, a garota acabou de chegar e não sabe o que está acontecendo. Não jogaria tal responsabilidade nas mãos de uma criança — Foi sincero Tariq e eles voltaram a me ignorar totalmente, o homem fecha a cara para o amigo — Você tem que contar para Lady Morano imediatamente, pois se ela é realmente uma escolhida Às, isso significa que tempos difíceis irá vim — Diz e começa a andar de um lado para o outro mexendo na barba. — Sim irei falar só que não agora tenho que primeiro explicar para ela o que é ser uma escolhida — Tenta explicar Tariq para o amigo que só negou com a cabeça. — Você não pode esconder isso para sempre; ela é a governante desse reino, e você não pode ignorar o que está acontecendo. Alguém está tentando começar uma guerra. —Eu sei, mas... — Será que vocês poderiam parar de falar como se eu não estivesse aqui? — Interrompo a conversa já que aparentemente estão querendo decidir as coisas por mim. — O que quer dizer ser uma escolhida Ás? Antes que qualquer um possa responder, um som estridente e gritos são ouvidos do lado de fora da casa. Vou até a janela e vejo várias pessoas correndo, uma criatura feita de lama ataca pessoas na rua. — Ai, meu Deus, temos que ajudar aquelas pessoas — Digo e corri para fora de casa antes que alguém tente me impedir.
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