Eco Celestial

2119 Words
A entrada da floresta de Gynan parecia mais sombria do que o costume, tinha uma névoa densa, não tinha nenhum barulho de animal ou das folhas balançando ao vento, tomo coragem e saio da carruagem, o clima estava gelado e dou um suspiro e começo a entrar. Pude ouvir alguém me chamando toda a vez que uma brisa passa por mim me chamando, mas para dentro, começo a seguir a voz e cheguei numa clareira dava para ver, mas ao longe uma pessoa parada olhando para o lado oposto que estou. A clareira é enorme e tinha um pequeno lago no meio tinha uma grande árvore cheia de frutas caídas nas suas raízes. Ele virou-se e pude ver que ele é o Alistar Starfall ele estava bem mais velho do que na foto do livro, os seus cabelos estavam perfeitamente alinhados e agora eram branco e ele tinha uma barba rala, está a vestir uma roupa calças de linho preta com uma blusa de couro da mesma cor ele está com a bainha da espada vazia presa na sua cintura os seus olhos agora eram castanhos e ele agora tinha também uma cicatriz na bochecha do lado esquerdo. Ele deu um grande sorriso assim que me viu, apresso-me para ir até ele, mas olho para trás por um momento para ver se tinha alguém atrás de mim. — Estava à sua espera minha jovem — Diz assim que estou perto o suficiente dele, ele estende a mão para me comprimente e se apresenta — Me chamo Alistar, e sou o primeiro ás sei que tem várias perguntas. — Sim, preciso saber como controlar os poderes — Revelo o que fez ele dá uma gargalhada alta — É sério, sinto que algo muito r**m irá acontecer a qualquer momento e tenho que estar preparada para proteger as pessoas. — Sei que sim — Diz compreensivo e olho para ele sem entender e logo ele volta a fala — Já estive no seu lugar, vou te contar um segredo. Ele se abaixou um pouco para ficar na minha altura e sussurrou em meus ouvidos. — Não é porque sentimos que algo vai acontecer que realmente vai acontecer alguma coisa — Como assim? — Pergunto confusa, será que não é para confiar nos meus instintos. — Nós fomos escolhidos para proteger a paz e sempre terá alguém que não gosta dela e terá que identificar se é o m*l escondido nas sombras ou o um m*l-entendido — Concordo com a cabeça e ele vai andando, mas para longe do lago indo até uma árvore com uma fruta que parecia maçã, mas tinha a cor preta — E se eu for a escolha errada? — Pergunto para ele enquanto ele colhia a fruta estranha ele olha para mim e entrega. — Você é a escolha certa para isso a minha jovem e sabe por quê? — Pergunta para mim e n**o com a cabeça e ele responde — Porque você tem algo muito mais valioso do que poder. — Não entendi? — Brinco com a maçã jogando de uma mão para outra, ele segura a bainha vazia com uma das mãos e sorri para mim. — Não esperava que você entendesse — Diz e coloca as mãos e os meus ombros, foi estranho, pois era como se realmente tivesse com as mãos no meu ombro — Mas agora temos que treinar! Peça para que a Rainha regente solicite o Códice dos ventos para o Conselho, será de grande ajuda para você. Concordo com a cabeça e me afasto um pouco da árvore, deixando a maçã no bolso da calça. — Agora feche os olhos e tente se concentrar em tudo ao seu redor — Sigo as instruções dele e fecho os olhos e respiro fundo. Posso sentir o cheiro delicado e doce que vem das árvores frutíferas ao nosso redor e o aroma da terra úmida perto do lago. Abro minhas mãos à minha frente e imagino filamentos de vento se entrelaçando em meus dedos. — Sinta o ar, Alice — Ouço a voz de Alastar vindo de longe — Ele é parte de você, assim como você é parte dele. Tento me concentrar no movimento sutil do ar, mas é difícil então abro os olhos. Sinto-me impaciente, desejando algum sinal visível do meu poder. De repente, uma leve brisa passa, fazendo as folhas das árvores suspirarem suavemente, consigo ver uma corrente de ar passando ao nosso redor tento tocá-lo mas ele desaparece quando tento. — Você tem que ter a confiança do elemento — Alastar aconselha, a sua figura espectral aparecendo diante de mim, as mãos estendidas como se ele próprio pudesse moldar o ar — Você tem que compreender que vocês dois são um só. — Está bem, vou tentar novamente — Encorajada por suas palavras, repito tudo novamente. Dessa vez, em vez de tentar controlar o ar, peço a sua ajuda, mentalmente implorando que ele me levante no ar. Pouco a pouco, sinto uma resposta. É quase como sussurros vindo de todas as direções. O ar começa a se mover em resposta aos meus desejos, envolvendo meus dedos com sua presença gelada e me faz flutuar no ar. —Isso mesmo — Alastar murmura, e seu rosto, antes sério, se ilumina com um sorriso — Esta habilidade é ótima quando você e seus companheiros estão em perigo. Meu coração dispara com excitação e um pouco de medo, pois estou a mais de 5 metros de distância do chão, é uma sensação muito diferente não tocar o chão, Alastar estende sua mão para que eu volte para o chão. — Quando você tiver elevado o seu vínculo poderá fazer muito mais que isso. — Como o que? — Pergunto para ele que coloca uma mão no queixo como se estivesse pensando. — Vou ensinar algo para você que pode ser útil agora — Diz ele e começa a andar ao meu redor e vou rodando junto para entender o que ele está falando — A melhor habilidade para mim será sempre o Eco Celeste. — Como assim? — Fico curiosa para saber o que seria este eco celeste, reparei que ele fez um círculo ao meu redor com os pés que tento me sair para ir até ele, mas sou interrompida por uma grande corrente de ar — Ok, irei ficar onde estou. — Os Ás de Espadas não apenas controlam o ar, Alice; eles se comunicam através dele — Ele não mexeu a boca para falar sua voz foi trazida pelo vento isso foi incrível — Feche os olhos, deixe que seus outros sentidos ampliem, o vento traz suas histórias e quando você puder entendê-la poderá enviá las também. Fiz como ele pediu, fechando meus olhos. Por um longo momento, tudo que pude sentir foi o batimento do meu próprio coração e o ar frio em minhas bochechas. Então, pouco a pouco, comecei a perceber uma mudança. O vento carregava vozes, múltiplas e sobrepostas, como se a própria terra estivesse falando comigo. — O que você ouve? — Alastar perguntou, sua voz um sussurro quase indistinguível. — Vo... vozes — eu gaguejei, surpresa. — Estão falando todas ao mesmo... não consigo entender. — Concentre-se em uma voz de cada vez — Ele aconselhou. — O vento é o mensageiro apenas, mas você precisa aprender a filtrar o ruído. Respirei fundo, tentando me acalmar e focar. Aos poucos, uma voz começou a se destacar, clara e parecia com medo. Era um pedido de ajuda, vindo de alguém não muito distante, alguém preso ou perdido. — Eu acho que alguém está precisando de ajuda — Falei com a voz um pouco trêmula pela intensidade da experiência. — Alguém está perdido... talvez preso. Alastar assentiu, encorajando-me com um gesto de cabeça. — Muito bem. Agora, use o vento para responder. Envie sua mensagem através do ar, deixe que o vento seja seu mensageiro. Fechei os olhos novamente, concentrando-me não apenas em ouvir, mas em enviar. Imaginei minhas palavras como uma brisa suave, formando frases no ar, saindo de mim e viajando pelo vento. "Onde você está? Estamos aqui para ajudar." — Muito bom, Alice. E agora, ouça. Era um exercício de paciência, de a******a para o mundo de uma forma que eu nunca havia experimentado. Mais uma vez, o vento trouxe vozes, mas agora eu estava aprendendo a discernir, a entender. A voz respondeu, mais clara desta vez, uma localização, uma descrição do local onde a pessoa estava. Saio do círculo no chão começo a através da densa floresta até perto de onde eu cair quando cheguei chegamos perto da árvore que tentou me capturar no meu primeiro dia aqui. — Ali! — Gritei, assim que cheguei perto e pude ver que tinha uma garotinha presa em um dos ramos da árvore, ela é pequena e estava começando a ficar roxa, devido ao aperto dos cipós Alastar olhou para mim, sua expressão séria. — Use a espada para libertá-la, Alice. Tiro a espada da bainha e vou até a garota correndo e cortou alguns cipós e eles começam a pegar fogo e como naquele dia escuto um grito e todos os cipós se recolhem e solta a garotinha, peço que o vento não a deixe cair no chão. — Você está segura agora — Consolo ela assim que me aproximo de onde ela está flutuando — Vou colocar você no chão agora está bem. A garotinha acenou com a cabeça, ainda sem palavras, assim que ela está no chão confiro se tem algum machucado nela e olho para trás e Alastar está com um sorriso orgulhoso no rosto o que me deixa muito feliz — Alice, como você pode ter dúvida que não foi a escolha certa? — Ele disse, olhando para mim e vem caminhando para perto. — Você sem saber nada sobre este mundo correu e foi ajudar pessoas que não conhecia de uma criatura muito mais forte do que você e agora ouviu um pedido de ajuda e veio sem pensar duas vezes. — Isso é verdade — Peguei a garotinha no colo, sentindo o peso leve de sua confiança — Mas é algo que qualquer um faz não é verdade? — Não minha jovem, todas as escolhas que você fez desde de antes de chegar até aqui contribuíram para que a Natureza escolheu você para liderar essa luta. Sorrio e logo um grito de uma mulher e a criança levantou a cabeça como se reconhecesse a voz que gritava. — É a sua mãe que está gritando? — Pergunto para ela que concorda com a cabeça, peço para o vento me ajudar a encontrar quem estava gritando — Acho melhor encerrar o treino de hoje. Alastar concordou com a cabeça e uma brisa forte surgiu e começou a levantar as folhas secas que tinha no chão e rodando ao redor dele, me viro de costa para a direção do vento para que não pega-se na criança, quando acabou Alastar não estava mais lá suspiro e começo a andar na direção que os ventos me falaram. Não demorou muito e contratar outra clareira, onde está reunida darias pessoas tinha duas pessoas em um canto uma mulher e um homem, vou caminhando em direção deles pois eles provavelmente são os pais da garotinha, quando estou quase chegando a mulher levantou a cabeça e virou em nossa direção quando ela olhou para a criança ela veio correndo e a criança se jogou no colo dala. — Meu amor, você está bem. Obrigada! Obrigada —- Agradeceu a mulher enquanto chorava ela vem e abraça de lado, todas as pessoas que estavam ao redor vieram agradecer também — Como podemos agradecer por achar nossa Cassia? — Perguntou o homem assim que chegou perto o suficiente. — Não precisa, eu vi que ela esta precisando de ajuda e fui ajudar. — É verdade mamãe ela falou comigo por aqui — Disse a criança apontando a sua cabeça todos dão uma risada, o clima ficou mais leve depois disso — Olha papai ela tem uma espada. — Uma aprendiz de guarda? — Pergunta uma senhora dos cabelos grisalhos ela era a menor entre todos os adultos. — Quase isso — Digo meio constrangidas, não sou muito fã das pessoas me encarando — Sou Alice Dufour e sou… eu sou a nova ás de espada. Todos ficaram em choque por um momento depois surgiu vários gritos de alegria e todos vieram novamente me abraçar felizes, pediram para que eu ficasse para o piquenique de família deles. Me sento e todos conversam e brincam, Fiquei a tarde toda conversando e aprendendo um pouco mais sobre a cultura e como é morar aqui, pode me sentir em casa.
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