01 REI
REI NARRANDO
Paro o meu carro na minha vaga em frente ao campo da rocinha. É aqui que são feitos os bailes. Desço do meu carro e meus seguranças e vapores de plantão vem fazer a minha contenção e abri o caminho para que eu possa passar.
Meu vulgo é rei e sou dono do complexo da rocinha, tenho vinte e cinco anos, sou moreno, com um metro e noventa e dois de altura, meus olhos são na cor verde e dependendo da luz eles ficam no tom de mel. Gosto pra c*****o de tatuagem e por isso tenho o braço direito fechado, do lado esquerdo tenho tatuagens do cotovelo para baixo na mão e, uma na parte de trás do muque. Fora essas eu tenho uma no peito direito e, na perna esquerda tenho uma tatuagem no joelho.
Sou um cara frio a vida me fez assim. Não sou da confiança para ninguém, nem sou de me enturmar. Gosto de ficar na minha e, quando eu preciso sei ser de boa, mas o lado que todos mais conhecem é o meu lado sagaz e, impiedoso. Não temo ninguém e, não dou brecha para que ninguém fique acima de mim.
Hoje o baile flui no morro para comorar sete anos que eu e minha irmã estamos com o poder da rocinha. Sim, tenho uma irmã e, ela é meu braço direito e esquerdo aqui no morro. Crescemos juntos, vivemos juntos, treinamos juntos e tomamos o comando da rocinha juntos, em um dos dias que mais sofremos juntos também e, é por isso que eu e minha rainha somos unidos como somos e nossa cumplicidade vai além do que possam chegar imaginar.
Piso dentro do campo e sinto o material que eles usam para proteger a grama nos dias de baile. caminho até a estrutura que é montada para o camarote e no caminho vejo as putas que rende, os homens que me olham com o olhar de quem queria ser eu e, estar onde estou. Acho graça desses caras, porque pra chegar aqui eu tive que fazer algo que tenho certeza de que nenhum desses aí teria coragem.
Chego nas escadas do camarote e faço toque com meu chefe de vapor Magal e, começo a subir as escadas. Não tenho muitos amigos está ligado, os únicos que tenho é Magal, a mina dele bela e, índio que é o chefe de segurança. Fora eles só minha irmã e, mais ninguém. Mas confiar, não n**o que só confio na minha irmã, os parceiros cresceram comigo, mais não sei o dia de amanhã. Espero que nunca eles venham me trair, mas se um dia acontecer é papo de vala e sem mais.
Chego no camarote e vejo a minha irmã, a mina é linda pow. Me dá um trabalho do c*****o, os crias tudo cresce o olho, os play quando sobe para os bailes, para na morena que ela é e, eu nem posso breca, porque ela é de maior, sub de morro e sabe o que faz. mas se n**o machucar ela, para mim ela pode ser a rainha do mundo que eu vou cobrar o safado sem pensar muito.
RAINHA- oi amor da minha vida. _ minha irmã vem até mim e eu dou um beijo na sua testa e, seguimos para nossa mesa.
REI- fala, minha rainha. _ eu falo para ela- ta lotado. _ eu falo para ela que sorri.
RAINHA- com Mc pose pow tem nem como ser diferente. _ ela fala e eu concordo.
REI- bora curtir nosso baile então pow. _ eu falo pegando o copão que ele me entrega e vou até a grade ver o movimento do baile.
RAINHA- ta tudo nos conforme e geral curtindo. _ ela fala e eu sorrio.
DJ- SALVE COMPLEXO DA ROCINHA. VAMOS COMEMORAR O PODER DO REI E RAINHA. SETE ANOS NO COMANDO E QUE ESSE NÚMERO SE TRIPLIQUE. _ ele fala a comunidade grita, os vapores atiram para o alto e, eu com a minha irmã levantei os copos na direção de todo o baile- bora de MC pose rocinha. _ ele fala e o cara entra cantando.
MC POSE- Respeita o CV Que só tem bandido brabo, só menor de guerra
Que bota pra fuder. _ ele entra cantando o refrão da música e a comunidade se junto, os crias levanta os fuzis e cantam juntos.- Nós é terror dos Terceiro, ADA e dos meleca, Fala que a tropa é Comando Vermelho, Se piar aqui na rocinha, vocês vai ver Só soldado preparado,_ ele canta e os tiros pro alto cantam juntos mou brisa mano- os menor descontrolado Se os cana brotar, a bala vai comer._ ele canta e olha pra o camarote- bora canta comunidade pra o rei e a rainha o poder da rocinha._ ele canta fazendo rima e a comunidade grita e canta de novo com ele que começar a cantar a musico do início.
RAINHA- é quem vê nós aqui nem sabe tudo que passamos para chegar no poder. _ ela fala do meu lado e eu concordo.
REI- pra ta aqui tivemos que ser mais frio que muito n**o com mais de trinta anos de comando pow. _ eu falo e na minha mente vem a noite que eu e minha irmã tomamos o poder da rocinha para nós.
Com treze anos eu e a rainha começamos o nosso treinamento para assumir uma posição no movimento aos dezoito anos. Nosso pai se é que posso o chamar assim, era o imperador, um cara frio e impiedoso como eu, mas esse era assim para todo o mundo e não só para quem merecia.
Imperador sempre foi um cara lixo na minha visão de morador da rocinha e de filho também. O filho da p**a nunca respeito minha mãe, nunca respeitou a favela. Fazia orgias na praça, na quadra. Só queria saber de dinheiro. A única coisa que ele ainda fazia pela comunidade, era manter o hospital e, escolas em boas condições.
Eu e rainha não somos filhos da mesma mãe. Rainha veio morar na mesma casa que eu e minha mãe com cinco anos, depois da mãe dela morrer. Desde quando ela chegou nós dois ficamos bem próximos, não sabia da existência dela até aquele momento, mas minha mãe sim, no entanto minha mãe a acolheu como sua filha e assim fomos criados juntos.
Com dezoito anos eu e minha irmã tivemos um baile para nós. Para nossa formatura no crime como meu pai disse. Nós dois seriamos gerentes. Fomos pra o baile curtimos pra um c*****o, só não imaginávamos que no fim desse baile nós não se tornaríamos gerentes da rocinha e sim os donos dele.
Subi na minha moto aquela noite com a minha irmã na garupa e fomos para nossa goma. Descemos da moto na garagem de casa e, já deu dali mesmo para ouvir os gritos e algo caindo. Corri com a minha irmã para dentro de casa e, quando chegamos lá dentro não dava para acreditar no que estávamos vendo.
Aos meus olhos tudo estava se passando em câmera lenta. A sala toda bagunçada, na escada de casa sangue em vários degraus, a mesa do centro quebrada com a minha mãe em cima e, o verme que era o meu pai sentado no sofá fumando um baseado e sorrindo olhando para ela quase morta.
LEMBRANÇAS ON
REI- COMO PODE FAZER ISSO COM ELA SEU MALDITO. _ eu falei cego de ódio me segurando onde estava parado.
IMPERADOR- ela mereceu, acha que pode se crescer para cima de mim, me negar b****a quando eu quero. _ ele falou ainda olhando para a minha mãe.
RAINHA- você é um monstro, não devia estar no comando de nada. Você não respeita as regras da sua própria facção. _ ela falou com lagrimas nos olhos. - Você não respeita ninguém. _ ela completou.
IMPERADOR- não fica bravinha filha. Ela vai morrer assim como a sua mãe. _ ele falou e só aí descobrimos como a mãe da minha irmã morreu.
REI- agora você vai morrer como elas. _ eu falo vendo que a minha mãe ainda respirava. Falo isso e o verme saca a arma e atira na cabeça da minha mãe eu saquei a minha e atirei na mão que ele estava portando a arma e ela cai no chão.
RAINHA- vamos grande imperador mostra do que é capaz. _ ela fala para o verme que levantou segurando a mãe e minha irmã vai com os dois pé no peito do safado.
IMPERADOR- filhos da p**a desgraçado. _ ele falou e eu fui para cima dele no murro. Esmurrei a cara dele até que ficar desfigurada como ficou a da minha mãe.
REI- se eu sempre te odiei, agora então seu verme e te reduzo a nada na minha vida. _ eu falei e minha irmã veio para cima dele e quebrou as pernas dele ouvindo seu gritos.
RAINHA- agora tu vais tirar o lugar do capeta, porque aqui na rocinha o poder agora é nosso. _ ela falou e eu atirei na cabeça dele.
LEMBRAÇAS OFF
Foi naquela noite que eu e minha irmã se tornamos donos da rocinha e, desde então estamos cuidando um do outro e, os dois cuidando da nossa comunidade. olho tudo ao redor e me sento vendo e ouvindo pose da o show dele que paguei caro pra c*****o, mas vale muito apena o cara é brabo demais.
AMORES... ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DO PRIMEIRO CAPÍTULO. ADICIONEM O LIVRO NA BIBLIOCA DE VOCÊS, DEIXEM U COMENTARIO E UM VOTINHO SE PUDERE E JÁ JÁ TEM MAIS.