************ Capítulo 20 ************
************* Salita ****************
A recuperação do meu consorte chegou ao marco zero, então para celebrar essa dádiva corporal, fomos caminhar ao redor do reino, e para mas distante dele, onde se concentrava a massa popular. Mostrando-o de perto nossos costumes, crenças e a rotina diária de cada cidadão saturniana.
No começo a expedição, fui quase impedida pelos guardas reais do castelo de pedra, porém a Rainha deu as suas ordens, passando por cima de uma orientação contraditória do seu segundo marido. Disse-me até que conversaria sobre aquele assunto específico, pela qual compartilhei somente com ela numa outra ocasião.
Precisava manter Sean calmo, não queria travar batalhas desnecessárias. A minha decisão foi tomada, e agora planejava solenemente um novo recomeço.
Nunca desejei estar longe da minha estimada família, definitivamente não era um projeto do meu coração, todavia, meu caminho tomou outro rumo depois que o conheci, depois de tudo o que fez por mim. Além de achar melhor te-lo como meu amante numa terra estrangeira, onde ele poderá governar. Ser alguém que se possa orgulhar, ter o respeito de Marte. Assim, se sentiria melhor consigo mesmo. Bom, como sua mestra devo agradá-lo também. Aprender com o marciano escolhido, as dogmas do seu mundo.
- Está tão calada, Salita. Por acaso a caminhada lhe trouxe alguma fadiga?
Sorri internamente, adorando a sensação da sua voz mais comportada, centrada, domesticada. A lufada de ar que volta e meia saia das suas narinas, sabendo precocemente o quanto me sentia entre as minhas coxas, fazia-me contorcer de um prazer infinitamente mais castigador, contudo, também apaziguador. Porque sabia que me pertencia. Penetrante, batendo contra a pele exposta, me cativava a quere-lo aqui e agora.
- Estou relutante a entrar num certo ponto com a sua pessoa.
O senti removendo um fio de cabelo meu da nuca, coisa de segundos, e aquilo perpétuo internamente, trazendo arrepios na espinha. Cheguei a fechar os olhos por um breve instante de insensatez. Não devia estar tão excitada em plena luz do dia, não era o correto. Preciso controlar melhor esses extintos vorazes.
- Pode falar o que quiser. - Disse ele num tom meio zangado.
Os moradores que passavam por ali, não o olhavam com bons olhos, encaravam com o semblante r**m ao se dirigir ao meu prisioneiro depois de me presentear com suas saudações repletas de entusiasmo. As crianças obviamente tinham medo da sua característica forte, e traços hostis. Talvez os próprios pais tenham feito a cabeça dos seus filhos contra uma ração diminuta feito esta. Fora que eles temem que o forasteiro que devia ter sido sacrificado, levem a única princesa deles. Nessa questão estão redondamente corretos, eu vou embora. No entanto, por livre e espontânea vontade.
- Gosta de fazer a minha escolta? Andar atrás da sua mestra como se fosse um...
- Animal de estimação? - Perguntou naquele timbre acusatório, um pouco camuflado para não passar a imagem de Alienígena violento. - Seu Rei gosta de me chamar assim.
- Eu ia dizer... "escravo" Porque é isso que você sempre será para mim.
Quis cutuca-lo para saber se continha ambições futuras em seu coração.
- Já lhe disse que não me importo, posso ser o que a princesa quiser que eu seja. Só preciso do seu amor, de ser recompensado através dele.
Andamos até um poço de pedra, parei justamente onde havia poucos números de pessoas, já que todos gostavam de ir pegar água pela manhã, e já era quase a hora do anoitecer.
Virei-me, notando de antemão sua postura de guerreiro, alta, viril. Não trouxe sua espada consigo alegando ser um perigo, podia ser m*l visto pelos moradores de Saturno. Uma ameaça velada.
E sua fama não era a das melhores entre eles, mesmo que tenha sido valente o suficiente, de ter rompido a maldição da princesa. Cavlask sabia desde o início, que nunca o viriam como um herói, então, só restava ser totalmente meu ou morrer por não ter mais nada pelo o que lutar. Ele me devolveu parte da minha paz, e eu? Ofereci uma vida vazia ao meu lado, porém até isso poderia faze-lo se cansar ao longo dos anos.
Pensar nisso tirou um pouco da minha concentração no ato de admira-lo.
Desviei o olhar pondo as mãos para traz, imitando sua postura ereta.
- Não faça isso comigo princesa.
Alarmada pela tristeza repentina da sua voz, olhei-o de imediato. Encontrando um olhar de puro deleite.
- Eu que peço para não fazer isso comigo, sabe muito bem o grau de confusão que me desperta.
- Sou teu. - Falou solenemente. - Pode fazer o que quiser do meu corpo. Não precisa fingir, ou ficar travada a respeito dos seus desejos meu amor. Podemos ser um só novamente, onde, e quando sentir aquela vontade em sua i********e.
Meu consorte falou de uma maneira tão simplificada que fiquei tentada a buscar um lugar reservado, logo no meio do povo, distante do lençol de seda, do conforto do meu lar. Embora repensar naquela aventura que tivemos naquela cabana, trouxesse resquícios de uma paixão insana, fora dos padrões. E era aquilo que me dava mais gosto de reviver.
- Quer uma ajuda para escolher o local perfeito, minha princesa? - Arqueou onde devia ter uma sombrancelha, mas ao invés disso ficava uma dobra de pele verde por causa do movimento.
Mesmo assim não encontrava feiúra nesse ser, pelo ao contrário, ficava cada vez mais rendida a sua natureza marciana.
Ao notar meu silêncio ininterrupto, aproximou-se rápido, roubando descaradamente meu espaço pessoal, da qual precisava muito, ainda mais nesse instante de vergonha e excitação máxima.
- Avistei umas casinhas em nosso trajeto.
Engoli em seco, seu rosto se abaixando, roçando a cartilagem nasal no meu nariz, diferente do meu. O dele era maior, e podia sentir o cheiro com mais apuração, principalmente o da sua fêmea.
- Fica numa rua estreita, e pouquíssima movimentada...
Fechei os olhos, derretendo-me pelo som daquela sonoridade de macho dominante. Permitindo que falasse o que pretendia fazer comigo. Não podia negar o fato de que precisava estar com ele... Pertencer a ele.... Ser do meu Cavlask.
Sua boca raspou na minha, molhando meus lábios entreabertos com a sua saliva, deixando-me totalmente em alerta ao prazer que só o meu consorte poderia me proporcionar.
Abri os olhos de repente, fazendo-o se afastar apenas para me olhar melhor nos olhos, procurando alguma raspa de negação, alguma objeção. Não encontraria.
Quando percebi, seu alinhamento havia sido mudado, parecia menos servil, e agora se assemelhava a um mestre. Sua mão já havia tomado a minha, e dali me levou devagar sem tirar seus olhos desejosos sobre mim. Carregando-me onde ficava o espaço reservado aos amantes, onde dissera o que faria com o seu órgão masculino quando entrasse na minha feminilidade. Consenti sem dizer mais nada.